A floresta ainda estava meio
escurecida, o sol não estava tão alto e os galhos das arvores impedia o pouco
de raios solares que tinha. Não sabia ao certo o que estava fazendo ali, já que
tínhamos comida o suficiente agora. O capitol, por sermos vencedores tinha que
no bancar a vida inteira, só  tinha que
sair daquela casa. Então sentei em uma pedra e deixei meu corpo a vontade
pegando todo ar que preciso e aliviando toda confusão que essa manha tinha me
trazido. Olhei ao redor olhando em como tudo estava diferente, as folhas
estavam mais verdes o céu  mais azul o ar
mais respirável. Podia se impressão minha, já que não existiam mais jogos e
sendo assim não haveria algo para me preocupar agora. Na verdade não existia
muito a me preocupar mesmo.

Lembranças começaram a me atormentar, a imagem de minha irmã
sendo queimada viva e na minha frente veio  com força total eu não sabia oque fazer, queria
tirar tudo da minha cabeça, mas eu não conseguia eu estava pressa a essas
lembranças.

Meu nome é katniss everdeen tenho 17 anos. Moro no distrito
12  venci duas vezes o hunger games,
criei uma rebelião, onde minha irmã foi morta, minha mãe não teve coragem de retornar
pra casa. Moro com...  Com...

A verdade é que tive coragem e força pra vencer o hunger
games, mais não tenho nem força e nem coragem pra saber realmente oque sinto. A
vida toda cresci reprimindo meu sentimentos e agora que eles apareceram eu
estou com medo deles.

Eu não sabia oque sentia ao certo por peeta, só  sei que eu amo, não sei que tipo de amor,
mais eu o amo.

É ele quem eu quero toda noite, pra espantar o medo que os
pesadelos deixam. É ele quem me esforço pra manter vivo é por ele que decidi
lutar pra me recompor.

Não a duvida que peeta me ame, o amor que vi muitas vezes em
meu pai e minha mãe.

Muitas vezes presenciei meu pai fazendo carinho em minha mãe
abraçando –a de um modo especial olhando e sorrindo de um jeito bobo e é desse
jeito que vejo peeta fazer  comigo, e
desse jeito que vejo ele me amar e me sinto tão impotente em não conseguir
retribuir.

Mais como vou lhe explica que eu não posso amar ninguém, não
do jeito como ele quer, como posso explicar que não quero fazer família com ninguém.
Mais não posso enganar ninguém que me sinto atraída pelo carinho, por ele. Porque
o quero em minha vida, preciso dele e às vezes quando ele me beija sinto a
mesma coisa que senti lá na arena, na praia. Sinto uma fome por ele.

Algo estar crescendo em mim que me assustar, algo estar me
fazendo querer ele e isso me assustar.

Então com um clarão eu me vi em minha própria mente. Quando olho
pra ele, quando retribui-o seus beijos  quando
sorriu pelo seu sorriso é o mesmo modo que minha mãe fazia ao ver meu pai. O jeito
de como uma vez ela me falou  que sabia
que amava ele porque queria ele por perto. E eu o quero peeta.

Quando dei por mim, perdida em pensamentos já era tarde, o
sol já estava do lado poente. Eu tinha realmente ficado aqui por tanto tempo? Perdida
nos pensamento? Eu acho que a resposta é sim.

Então tenho que voltar pra casa, antes que peeta fique preocupado,
eu sei que ele estar. Quando  cruzei a
cerca novamente olhei de relance para minha antiga casa, onde cresci com minha família.
Não parei, segui em frente se ficasse 
ali a tristeza ia me encontrar e eu estava tão em. Não estava resolvida
do que ia fazer ou ia acontecer, mas não estava tão confusa assim.

Chegando perto do meu lar, da vila dos vitoriosos as luzes
estavam apagadas. Oque achei estranho. Quando entrei percebi que realmente não tinha
ninguém em casa. Peeta devia estar na casa da Haymitch, quando ia saindo o
telefone toca, outra coisa estranha, pois ele raramente toca. Ouço a voz
conhecida de minha mãe. Queria saber como eu estava, já que eu não ligava mais.
Disse que estava com saudades e me disse para lhe visitar em breve, quando
estava nos dizendo tchau eu lhe pergunto.

“- mãe, como foi pra você quando soube que estava apaixonada
pelo papai”? Houve uma pausa então ela responde.

“-foi uma coisa maravilhosa, katniss.” Ela disse de um modo tão
meigo, quando ela explicava uma coisa tão obvia pra Prim que ela não conseguia entender.
”- eu só deixei agir naturalmente” já com vergonha do jeito que estava só lhe
disse “-eu te amo, mãe”.

“-eu também te amo, filha. Você vai conseguir saber oque
fazer, você é esperta” e eu ouço o mudo do outro lado.

Eu não acredito que desabafei com minha mãe. Aquela mulher
que quando nosso pai morreu nos abandonou que nos deixou só e perdida, aquela
que eu tanto desprezei por anos. Sim, as coisas realmente estavam mudando! Ao me
virar vejo peeta me olhando seus olhos vermelhos, ele havia chorando?

“-quando tempo você esta ai” falo timidamente

“-só ate o tempo de você desligar o telefone” ele falar com
uma voz triste. Oque estar havendo com peeta? E ai o seu assalto? O silencio
invadi a casa e eu fico com uma onda de vergonha sobre meu rosto então ele me surpreende

“-katniss, você não precisa ficar fazendo isso”.

“-fazendo oque?” pergunto sem lhe entender.

“- me enganado, sentindo pena de mim. Fazendo coisas só pra
me agradar, você sabe que eu amo você e eu assumi isso dizendo pra mim mesmo
que não ia exigir nada em troca sua, mas.” a voz dele falha no fim de suas
palavras. Oque ele queria dizer com isso? Eu estive fingindo oque? Esses dias
eu não tenho feito nada com fingimento, eu tenho deixado rolar. ‘deixe
acontecer naturalmente’ a voz de minha mãe passa pela minha cabeça. O próximo passo
que dou sai no automático e quando me vejo meus lábios estão nos seus lábios,
seus olhos me encarando incredulamente, e eu agarrando sua língua. Só sinto ele
passa seus braços fortes sobre minha cintura e me puxar mais pra ele...