Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 6
Capítulo 6 - Agradecendo A Ajuda


Notas iniciais do capítulo

Saído do forno, capítulo novinho para vocês. Espero que gostem :)



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Bella saiu do elevador guiada por um ótimo cheiro que se espalhava por todo o corredor do andar. Ela seguiu até sua porta e a abriu, não estava trancada com chaves, e ela sabia que se dissesse algo para Alice, ela alegaria que não havia necessidade, que ela confiava que ninguém as assaltaria. “Ninguém pode entrar aqui e querer roubar algo. Se entrarem vão ter dó e nos dar dinheiro até”, Alice sempre retrucava em sua defesa.

O cheiro era ainda melhor dentro do apartamento. Bella tirou seus sapatos e se deliciou com a sensação de tocar o cão de tacos de madeira com os pés.

- Ai como isso é bom... – ela sussurrou de olhos fechados e com os sapatos na mão.

Ela fechou a porta, com chave, e seguiu até a cozinha, sentando-se em um dos bancos de um pequeno balcãozinho.

- O que há de tão bom aí?

Alice sorriu ao vê-la.

- Seu prato preferido: lasanha de berinjela!

- O seu, você quer dizer – ela respondeu após torcer o nariz.

- Não – Alice protestou, antes de se explicar, – você gosta de lasanha e eu de berinjela, apenas juntei os dois para deixar ambas felizes! – ela respondeu como fosse óbvio.

Bella não resistiu a rir.

- Você venceu, berinjela não mata mesmo.

Alice sorriu e chegou perto do balcão.

- Calma, a sua é lasanha normal! Mas, e aí? Como foi hoje?

- O normal, de sempre – Bella deu de ombros, ela não podia falar que era péssimo ou Alice nunca aceitaria outro emprego que não fosse na área de marketing. Porém, ela tinha que desconversar, – mas, e como anda o seu currículo, hein?

- Oh, bem! Na verdade, o seu grande incentivo me fez criar duas versões dele e eu as entregarei na segunda em vários locais.

- Isso é bom, Alice.

- A lasanha?

- Não, o currículo!

- Ah, ah sim, é bom. Está lindo, vou te mostrar depois.

- Hmm... Lindo? Bem, eu vou ver se está bom mesmo, porque senão, não sei, eu acho que você vai entregar algo rosa que não vai ser muito bom em um currículo.

- Não é? – Alice perguntou séria, como se refletisse.

Bella estava pronta para falar que não acreditava que ela estava fazendo um carnaval no currículo, mas Alice começou a rir.

- Claro que não fiz nada rosa fluorescente! Fique fria, eu não sou tão louca assim.

- Sei. Já podemos comer? Eu estou com fome!

* * * * *

O telefone de Lucy começou a tocar, ela estava dirigindo, mas parou no primeiro local que pode para atender.

- Alô?

- Lucy, aqui é Edward.

- Oi, Edward. Tudo bom?

- Bem, na verdade...

- Ok, eu sei que você atura meu irmão e isso é uma suuuper barra, mas você é forte o bastante para aguentar.

Edward, com algum custo, havia deixado Jasper sentado na sala de espera, enquanto ele providenciaria os papéis de liberação do corpo de Maria. Agora, a atendente Liz observava Jasper, e Joyce providenciava os papéis que ele precisava levar ao serviço funerário. Ele havia criado coragem para avisar Lucy.

Por outro lado, ela havia notado que sua “piadinha” não havia feito um bom efeito em Edward, e que certamente o que ele tinha para falar poderia ser sério.

- Por acaso... Meu irmão está bem?

Edward estudava as palavras certas para dizer, enquanto coçava a cabeça de olhos fechados.

- Em tese... Eu estou com ele no hospital de Palo Alto...

- Palo Alto? Ok, isso é bom, Maria está aí. Pode deixar que eu ligo para ela encontrar vocês e...

- Lucy, você não vai conseguir falar com ela.

- Lógico que vou! Ela deixa o telefone no mudo quando fala com os clientes, mas eu sei onde é a casa dele, tenho o telefone residencial, e...

- Lucy! – Edward a cortou.

- O que é? – ela respondeu irritada.

- Pode, por favor, me deixar falar...

- Ah, claro... Me desculpe.

- Maria não irá atendê-la e não adianta ligar. Estamos no hospital de Palo Alto porque ela sofreu um acidente.

- Um acidente? Ai, meu Deus! Como assim?

- Eu não sei dizer exatamente, com detalhes... – Edward respondeu enquanto olhava para Jasper ao longe e virava para o outro lado, tentando continuar. – Não foi nada bom... Ela estava no telefone com Jasper quando aconteceu.

- Eu sabia, eu digo para não falar no celular ao volante e... – Edward bufou do outro lado da linha e Lucy parou. – Desculpe, é que eu estou nervosa.

- Eu entendo... Mas, acontece que o resultado disso não foi algo bom.

- Eu darei uma bronca nela...

- Lucy, na verdade, onde você está? – Edward decidiu perguntar com seu último fio de paciência, enquanto a secretária lhe trazia a papelada.

- Perto de casa, por que?

- O quão perto?

- Há uns dois quarteirões.

- Bem, eu vou precisar que você não diga nada e escute exatamente o que eu tenho a dizer agora, ok?

- Ok...

- Maria não está bem e não ficará. Infelizmente, no acidente, ela foi atingida... Os médicos tentaram salvá-la, mas...

Não foi preciso que Edward completasse a frase para que Lucy entendesse. Logo, ela soluçava copiosamente.

- Eu sei que é difícil, mas seu irmão precisa da nossa ajuda agora... Você vai ter que ser forte Lucy, vai ter que me ajudar. Você pode fazer isso?

- Si-sim... – ela tentou responder sem fungar.

- Certo, eu preciso que você vá até a casa deles e fique com as crianças...

- Eles não gostam de ser chamados de crianças... – ela tentou dizer com uma certa pausa para não chorar.

- Eu sei disso, mas nós sabemos que vão se comportar como tal após saber.

- Ed, como está meu irmão?

- Ele está péssimo – Edward respondeu com sinceridade, após olhar para a atendente, que confirmou com um olhar triste.

- Bem, qualquer coisa, me ligue.

- Está bem, por favor, cuidado Lucy.

- Eu vou... E, obrigada por tudo, Edward.

Eles desligaram e Edward olhou para Joyce.

- Senhor, o corpo dela será liberado para o serviço funerário.

- Obrigado...

- Quer que eu ligue para alguém?

- Na verdade, eu não sei exatamente...

- Bem, então deixe que eu ligarei para o senhor, está bem?

- Obrigado...

- Na verdade, senhor, eu acho que você deveria levar seu amigo para casa, nós cuidaremos de tudo daqui. Ou, bem, o senhor pode voltar depois ou podemos chamar um táxi, não sei... – a atendente tentou ajudar, embora tenha se perdido nas palavras no caminho.

- Acho que está certa, Joyce. Bem, eu vou levá-lo, você tem meu número, poderia me ligar se precisar de mais alguma coisa?

- Sim, senhor e... Meus pêsames.

Edward apenas agradeceu com a cabeça e se dirigiu até Jasper, sentando-se ao seu lado. Naquele instante, as palavras faltavam, até mesmo para chamá-lo para ir embora. Mas, algo precisava ser feito.

- Eu liguei para sua irmã.

Jasper não respondia, apenas encarava o vazio.

- Acho que é melhor irmos, seus filhos precisam de você.

Embora naquele momento ele quisesse dizer que não iria a lugar algum sem Maria, Edward estava certo, Jane e Alec precisavam dele.

Mesmo relutante, Jasper levantou-se e seguiu com Edward para o estacionamento. Somente ao chegar à porta eles perceberam que já era noite.

* * * * *

Alec se sentia estranho a tarde toda e uma inquietude tomava conta de si. Ele preferiu não mencionar o fato à irmã, uma vez que ela estava muito ocupada com as amigas na sala.

Ele saiu até o jardim e logo avistou o carro de sua tia parado. Ele esperou por alguns minutos para que ela saísse, mas como Lucy não saía do veículo, ele seguiu até lá e a encontrou chorando debruçada na direção.

- Tia? – ele chamou ao dar um toque de leve no vidro fechado.

Lucy parou assustada e o encarou com os olhos vermelhos de tanto chorar. Fazia alguns minutos que ela havia chego ali, mas a coragem para que saísse daquele carro e contasse aos sobrinhos o que havia acontecido não aparecia.

Porém, ao ver Alec, ela abriu a porta, saiu do carro e o abraçou, ainda sem conseguir parar de chorar.

- Tia Lucy, o que houve? Quer que eu ligue para minha mãe? Ou para o meu pai?

Ela tentou segurar as lágrimas antes de continuar. Não havia saída, ela teria de entrar e amparar os sobrinhos, não os desesperá-los ainda mais com sua atitude.

- Alec, querido, vamos entrar, ok? A titia precisa dizer uma coisa muito importante a vocês... Onde está Jane?

- Lá dentro...

- Ok, vamos lá então, está bem?


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Notas finais do capítulo

Gente, só queria pedir uma coisinha:
Nós temos 15 leitores nessa fic, mas apenas 7 pessoas apareceram nos comentários até hoje.
Alguns deles em todos os caps, outros em apenas um (aliás, Suze cadê você? Você sumiu! Está tão ruim assim que estamos afastando o povo? Oo).
Mas eu gostaria mesmo de saber a opinião dos 15, ok?
Se está bom, ruim, um lixo, não sei. Apenas nos digam o que acharam, ok? :)
Até o próximo! :)