Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 50
Capítulo 50 - Bhaskara


Notas iniciais do capítulo

E vamos começar agradecendo pela linda recomendação que recebemos da EsmeACullen! :D Sorrisos mega triunfantes de felicidades! Esse capítulo pode não ter a Esme, mas dedicamos ele a você, tá? :D



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Edward tentou abrir a porta a sala de Jasper e não conseguiu. Ele parou, coçou a cabeça e virou incerto para as secretárias.

- Jasper não veio?

- Depende de quem quer saber – Ellen respondeu.

- Mas, hein? – Edward foi até a mesa dela ainda mais confuso.

- Digamos que...ele não está para algumas pessoas – Kelly respondeu, tirando a lixa da gaveta. – Aliás, acabei meu serviço, posso?

- À vontade... – Edward respondeu sem ligar muito, ele ainda estava curioso demais para se importar com as secretarias lixando as unhas em horário de serviço. – Mas... e para quem ele não está? Para mim? – ele perguntou ainda mais incerto.

Logo ele e sua secretária encaravam a funcionária de Jasper que apenas deu de ombros.

- Para você ele está, mas nego-me de veementemente em dizer para quem não está...

- ‘Veementemente’ existe? – Edward pareceu confuso.

- Sabe, chefe, o senhor também não deveria esta aqui, viu? – era Ellen, que se levantou. – Até onde eu sei, há um tal compromisso seu....

- Compromisso meu?

- Sim, você me mandou te avisar quando fosse próximo às 5 horas e, estamos a quinze minutos disso.

- Então eu também não estou! – ele disse correndo para sua sala.

- Que deu nesses malucos hoje? – Ellen perguntou a uma Kelly despreocupada.

- Acho que deve ser...sei lá, aproximação do dia do orgulho nerd!? – ela deu de ombros.

- Sabe, eu ouvi isso – Edward disse ao voltar – e me magoou do fundo do coração – ele fez uma mesura, depois voltou a falar como se não tivesse dito nada antes. – Mas, falamos sobre isso depois. Eu realmente tenho um compromisso importante e tenho que ir. Ahhh, por favor, sem esmalte derrubado na mesa, ok?

- Sim senhor – a secretaria respondeu com uma continência, mas sem olhá-lo.

- Não creio que você teve coragem disso...

- Porque não? Ele é seu chefe, não meu... O meu está trancado na sala – ela sussurrou a última parte.

- Não falo nada para você – Ellen respondeu virando os olhos e se concentrando em seu serviço – porque eu sim tenho coisas para fazer...

- Confessa, você vai na manicure – ela acusou em tom e zombaria e a amiga riu concordando. – Eu sabia!

* * *

Jasper na verdade não tinha nada para fazer. Ele havia avaliado todos os novos projetos, aliás, duas vezes cada um, também havia arrumado a agenda de seu celular e apagado o cachê, a lixeira e passado o desfragmentador de disco em seu computador. Tudo que ele fazia no exato momento era observar o aquário perto da janela. “Porque mesmo eu tenho um aquário?”, ele se pegou perguntando, até que lembrou que Jane amava peixinhos, mas costumava dar bolacha de água e sal para os pobres coitados e ele teve que tirá-lo de casa para o bem deles.

Após olhar para o teto por alguns minutos, ele decidiu ver como seus pestinhas estavam se comportando, afinal faltava um tempo para sair ainda e ele temia achar Nettie na porta. “Sabe, hoje é um ótimo dia para horas extras até!”, ele pensou consigo, disposto a achar o que fazer desesperadamente.

Como estava terminando de passar a limpeza de disco no computador, ele optou por ligar para Gertrudes, “melhor perguntar se a babá está viva ainda, não?”. A governanta não demorou para atender, pois estava naquele instante passando perto do aparelho.

- Gertrudes...que rápida, hein? – ele estranhou a rapidez e começou a se preocupar. – Não ia me ligar avisando que eles aprontaram algo, não, né? Ok, pode falar, eu estou pronto... – ele disse abaixando a cabeça e encostando a testa na mesa enquanto fechava os olhos.

- Não, na verdade eu estava pertinho do telefone porque estou fazendo bolo de cenoura... Aliás, fazia tempo que eu não tinha uma paz para isso.

- Eles já a mataram é? Estão enterrando no jardim? – ele perguntou ainda de olhos fechados.

- Imagina! – Gertrudes riu. – Sabe, Alec e Felix estão na sala estudando com Alice.

- Certeza que eles não a amarram e estão brincando de inquisição, não? – ele perguntou incerto.

- Absoluta, senhor – ela riu.

- Mas...tenho até medo de perguntar – e ele fez um pausa, antes e completar – e quanto a Jane?

- Ela está lendo no quarto... E, bem, ela sim não está nada feliz, senhor.

- Suspeitei...

- Bem, mas o senhor vai demorar hoje?

- Na verdade, sim... Aliás, diga para Alice que pode ir já... Isso se conseguir ficar sozinha com eles, por favor. Acho que ela ficou até muito tarde ontem, não?

- Bem, realmente. Mas só vou dispensá-la quando o bolo estiver no fogo, ok?

- Por mim tudo bem...e, qualquer coisa, me ligue.

Gertrudes ainda sorriu antes de desligar, ela já havia notado que para Jasper era uma questão de tempo a garota sair correndo dali, mas algo em seu interior a dizia que desta vez nem Jane conseguia se livrar da moça.

* * *

Na sala e jantar, Felix começou a coçar a cabeça com o lápis e Alice logo percebeu que ele não deveria estar entendendo nada ali.

- Hum...certo, qual o problema aqui?

- Tudo, moça... Quem foi que inventou isso? Eu não consigo entender nada...

- Acho que foi o senhor Bhaskara... Afinal, a formula é dele, né? – Alec respondeu dando de ombros.

- Ah, gênio! – Felix comentou rolando os olhos e bufando frustrado. – E qual é a formula de Bhaskara então?

- Não olhe para mim, a Alice está aqui para nos ajudar estudar. Quem tem que saber é ela, né? – Alec eu de ombros, com a divertida ideia em mente de colocar Alice numa saia justa, pensando se sua babá saberia ou não como resolver aquilo.

- Sim, Alice, por favor, qual a maldita formula de Bhaskara? – e logo dois pares de olhos suplicantes a encaravam.

Alice sorriu amarelo e deu um pulinho na cadeira.

- Oh, mas olha só! Meu celular! – ela disse pegando o aparelho. – Eu vou ali atender e já volto, ok?

Os dois concordaram rapidamente, e ela sumiu alguns passos discando rapidamente para Bella, enquanto pensava “Bhaskara? O que era isso mesmo minha gente?! Bella, por favor, saiba!”.

* * *

Bella havia acabado de sair da lanchonete, milagrosamente no horário. Ela se preparava para partir em direção ao ponto de ônibus quando acaba por ver Edward parado do lado de fora da lanchonete.

- Comendo lanches demais você vai engordar, hein? – ela brinca e ele ri com aquilo, feliz por perceber que o humor dela estava bem apesar do fiasco das flores.

- Na verdade, - ele se aproxima dela – eu vi para me redimir e fazê-la aceitar mesmo aquela carona, viu?

- Sabe que não precisa fazer isso, não é? – ela disse sincera, mas ele deu de ombros.

- Não faço porque precise, creia em mim – ele disse abrindo a porta do carro para ela, que não teve como fugir, já que estava realmente feliz em vê-lo.

Edward havia acabado de dar a volta no carro e entrado do lado do motorista quando o telefone de Bella começou a tocar. Ela demorou um bom tempo para localizar o aparelho na bolsa e isso fiz com que ele ficasse a olhando incrédulo.

- Você leva a casa aí? – ele não resistiu a pergunta.

- Quase! – ela riu, pegando o aparelho e olhando o visor. – Oh, preciso atender, ok?

- Sinta-se a vontade – ele respondeu.

- Bella – uma Alice aflita suplicou do outro lado da linha – você precisa urgentemente me ajudar! E é para agora!

- O que houve? – ela perguntou de testa franzida.

- Qual é a formula de Bhaskara?

- Como é? Para que você precisa da Formula de Bhaskara? – Bella perguntou incrédula. – Aliás, o que lhe faz pensar que eu saiba qual é?

- Oh Bella, por favor! – Alice suplicava. – Em nome da nossa amizade! – e jogava sujo.

Eward riu, e se desculpou ao entrar na conversa.

- Mas...não faça isso, nossa amizade é grande, mas eu não lembro nada sobre um tal cara chamado Bhaskara.. Fora o fato de que matemática sempre foi minha sina e eu lembro desse nome de algo assim...

- Sem querer parecer indelicado – Edward chamou a atenção de Bella. - A fórmula é ax²+bx+c=0... bem, não que eu esteja entrando na conversa, sabe... – e ele tirou os olhos da direção para encarar uma Bella boquiaberta.

- Sabe, amiga... Você tem uma maldita sorte porque estou ao lado justamente de quem sabe qual é a formula de Bhaskara...

- Oh, Deus! Obrigada! – Alice vibrava do outro lado da linha. – E qual é?

E no instante seguinte Bella repetiu a fórmula, ainda olhando maravilhada para Edward. Alice agradeceu várias vezes, mas logo desligou a chamada, não dando tempo para Bella dizer mais nada. Aliás, Edward começava a ficar desconcertado até.

- O que? Não em olhe assim, isso é fácil, vai! – ele comentou encabulado, encarando o volante sem graça.

- Porque você não sentava na minha frente para que eu pudesse colar de você no colegial, hein? – ela comentou com um biquinho, encostando de braços cruzados no banco minutos depois. – A vida seria tão mais fácil! – e aquilo fez Edward rir dela.

- Duvido que suas notas eram ruins!

- Meus pais conheciam o apocalipse cada vez que meu boletim chegava em casa, pode acreditar!

- Bem, se está dizendo eu acredito, mas... só para constar, sua amiga sabe que precisa de mais duas contas para resolver a conta, não é?

- Precisa? – ela perguntou pasma, recebendo uma resposta afirmativa dele em seguinte. – Oh, Deus... Acho que ela não sabe não – ela estava boquiaberta, mas sorriu sutilmente para Edward e criou coragem para perguntar. – E, assim, só por curiosidade, você não saberia essas duas formulinhas não, né?

Ele não resistiu a rir com a cara de cachorrinho que caiu da mudança dela. Era claro que ele sabia bem sobre a formula, senão não teria mencionado, certo? Ele até tentou explicá-la, mas Bella realmente não conseguia achar um motivo para aquilo e muito menos escrever em uma mensagem de celular as dita cujas. Edward se ofereceu para escrever as formulas para ela, bem como uma pequena explicação de como usá-las. Com tanta boa vontade assim, Bella lhe passou o celular, em poucos minutos ele a devolveu e ela colocou Alice como a destinatária.

* * *

Aliás, Alice estava triunfante coma resposta e chegou até os garotos com uma carinha travessa, como se soubesse a resposta sobre os maiores mistérios a humanidade. Alec e Felix estavam ali olhando para ela, esperando pela resposta – que ambos já sabiam, pois Alec havia dito qual era a resposta na ausência dela, mas não estragariam a graça, eles queriam ver exatamente até onde ia a determinação da babá.

- Eu tenho a resposta! Eu sei a formula! – e ela entregou um papel para eles.

Alec olhou o papel e sorriu internamente, achando que a iria pegar naquele instante.

- E depois dessa formula vem o que? – ele parecia confuso, fisonomia que se refletia na cara da babá.

- Como assim, vem o que?

- Sim, tia... Posso te chamar de ‘tia’, né? – era Felix, que nem ao menos esperou a resposta dela. – Essa é a primeira conta, tem outras depois e é justamente essas que não sabemos...

- Oh...sério? – Alice respondeu temerosa, pronta para surtar quando uma mensagem chegou em seu celular. – Bem... eu já vejo isso para vocês, deixa eu só...

- A vontade – Alec disse, enquanto ela pegava o celular preocupada.

E de um minuto a outro a fisionomia dela mudou ao ler aquela mensagem. “Oh, Bella eu amo você e seja lá quem está ao seu lado!”, ela pensou consigo, pegando um papel e anotando. “Aliás...está ao lado dela? Hum... isso requer uma investigação, não?”, Alice pensou consigo ao terminar de escrever as contas, mas logo voltou a si após ver a carinha dos garotos.

- Bem, aqui está! – ela disse feliz, e eles sorriram pela atitude dela. – E, vamos lá, eu estou até começando a me lembrar vagamente como fazia isso – e em pensamentos “graças a essa explicação mega fofa na mensagem”.

Alec até pensou automaticamente em fazer uma piada ruim, sobre ela ter memória péssima por ser velha, mas aquilo era o tipo de coisa que ele só diria sob influencia da irmã, então ele se refreou. Mesmo que soubesse muito bem fazer os cálculos, ele gostou da ideia de saber que alguém se dispunha a ensiná-los. Alice deu um toquinho nele e o mandou pular para a cadeira ao lado, sentando-se no meio dos dois meninos e explicando calmamente como chegar ao resultado.

Felix vira e mexe coçava a cabeça, perdido naquele mar de letras e números, mas ela pacientemente explicava de novo, até que ele entendesse. Por um instante Alec ficou feliz de ter uma babá tão atenciosa assim, mesmo com quem não era responsabilidade dela, afinal ela não recebia nada para cuidar de Felix.

Logo ele estava divagando mentalmente sobre o que Jane havia dito mais cedo, sobre a grosseria que havia falado a Alice, mencionando que a tal “preocupação dela” só existia porque ela estava ali por dinheiro. Olhando para ela, ele podia sentir que havia algum tipo de preocupação verdadeira ali e quase se revoltou com a irmã.

“Calma, Alec...”, ele pensou consigo. “Não haja de forma precipitada. Ela pode estar fazendo isso apenas para ganhar sua confiança, não é? Mantenha-se firme, ok?” repreendeu-se.

Gertrudes chegava naquele instante até eles com uma bandeja cheia de coisas. Aliás, tudo muito cheiroso e imediatamente Alec reparou nela, esquecendo-se de seus pensamentos.

- Meus meninos estudiosos precisam comer, não é? – ela disse entregando suco a eles e colocando um pratinho com pedaços de bolo ali. – Você quer também, Alice?

- Oh, não, obrigada Gertrudes – ela agradeceu timidamente.

- Mas e eles estão comportados? – Gertrudes fez cara de brava ao encarar os garotos, que se  encolheram rapidamente.

- Eles são uns anjos, Ger – ela disse mexendo no cabelo de ambos. – Agora, já que acabamos, enquanto vocês comem eu guardo tudo, ok? – Alice disse ao se levantar e começar a pegar os livros.

- Se quiser pode deixar para mim, Alice. Você veio mais cedo e o senhor Whitlock mandou avisar que já pode ir...

- Imagina, eu guardo, sem problemas – ela agradeceu, enquanto Gertrudes voltava a cozinha. – Aliás, quer que te leve para casa Felix?

- Ah, por mim tudo bem – ele responde dando de ombros.

Alice revolveu levar os cadernos e livros de Alec para o quarto dele, enquanto eles estavam comendo o bolo de Gertrudes, tão contentes que pareciam mesmo boas crianças. Alice chegou a desejar que em breve fosse Jane ali junto com eles, mas não se permitiu a ter tantas esperanças. Pois Jane não era nada fácil e fez questão de fechar a porta na cara de Alice quando a viu passando no corredor. Realmente, ela seria difícil de alcançar.


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Notas finais do capítulo

E ainda não acabou não gente!
Sempre nos perguntam sobre a Maria nessa fic, sobre como ela realmente era, então, nós postamos uma one shot aqui http://fanfiction.com.br/historia/378408/Sera_O_Destino/ que conta como ela chegou a cidade e como reencontrou seu primo Edward e conheceu o fofolete do Jasper. Convido todos a darem um pulinho por ela, ok?^E nos falarem o que acharam, tá?
Hum... e é isso!
Não esqueçam de deixar um comentário aqui também, ok? E se mais alguém se sentir uma vontade louca de nos recomendar não a detenha viu? O próximo capítulo pode ser justamente dedicado a você, eheheh :D
Beijinhos



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