Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 34
Capítulo 34 - Que a Verdade Seja Dita!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novinho e agora é 5:28 da manhã... Madruguei só para postar, olha só, eheheh :D
Bem, para quem está com saudades da Esme, aposto que vai amar esse aqui!



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O telefone de Alice começou a tocar, e entre risos e beijinhos ela disse que teria que atender. Mesmo sob protestos, Rafael deixou-a ir até lá. Ela nem ao menos viu o número e já foi logo atendendo feliz.




– Alô? Quem fala?




– Olá Alice, minha nora querida! Como vai?




– Bem, eu sou a única, não é? – naquela hora, ela soube que era Sarah Holdford, e sorriu. Rafael olhou para a namorada que sussurrou um “sua mãe!”.




– Meu filho lindo por acaso está contigo?




– Está sim. Conte-me o que ele aprontou que eu já aproveito e dou uma dura nele! – ela disse brincalhona, mas estreitando os olhos na tentativa e fazer cara de má para Rafael, que se perguntava o motivo de sua mãe estar ligando para Alice.





– Coitadinho, ele não fez nada... Dessa vez! Mas eu não fiquei feliz com aquele dia na frente de casa, onde ele me envergonhou. Ora essa! Imagina só os vizinhos achando que criei um troglodita! Mas, enfim – ela riu junto com Alice após o comentário, – eu estava lavando o banheiro dele e o celular não parava de tocar, achei que era o meu, mas quando cheguei no quarto percebi que era o dele. Aliás, avise-o que o Doutor Wilson do Marine quer vê-lo em meia hora, por favor.




– Oh, aviso sim – e ela se virou para Rafael. – Você esqueceu seu celular!




Automaticamente, ele tocou nos bolsos e constatou que tinha mesmo esquecido o aparelho em casa.




– Bem, é só querida – Sarah disse. – Mas, apareçam aqui mais tarde, ok? Eu vou fazer uma torta de palmito com catupiry, ok?




– Oh sim, nós vamos. Adoro palmito! Até mais!




E antes mesmo que ela desligasse a ligação, ele já a perguntava o motivo da mãe ter ligado.




– Minha mãe ligou só para falar que esqueci o celular?




– Oh, não só! Na verdade, ela queria te dizer que o Dr. Wilson do Marine Hospital, que eu particularmente não sei onde é, quer falar com você em meia hora.




– Meia hora? Bem, melhor eu correr, não?




– Sim, vai lá – eles se beijaram e ela segurou-o um minuto, – e mais tarde temos torta de palmito com catupiry na sua casa – ela sorriu.




– Então tá... Eu vou na entrevista e saindo de lá passo aqui, ok?




– Ok, acho que nossos planos de sair foram frustrados mesmo, mas por uma ótima causa! – ela disse feliz.




– Desculpe, mas compenso depois...




– Ah e vai mesmo! – ela brincou a dar-lhe um selinho.




Ele sorriu e saiu apressado pela porta, enquanto Alice respirava fundo, totalmente decidida. Ela sabia que aquela era a hora de ligar para Lucy, afinal, também tinha que ajudar as coisas andarem e não ficar só dependendo dos outros.




Alice pegou sua bolsa e achou o cartãozinho de Lucy em um segundo. Com o aparelho na mão, continuava pensativa, mas decidiu ligar de uma vez antes que mudasse de ideia.




Lucy atendeu no segundo toque, com um toque de preocupação na voz.




– Alô?




– Oi, Lucy, sou eu, a Alice.




– Ah, oi Alice! – e o nervosismo parecia ter se tornado maior em sua voz quase controlada, quando perguntou. – Já pensou sobre o assunto? Tão cedo? Tem certeza que não quer pensar mais um pouquinho?




– Oh, não, eu estou decidida.




– E, bem, sua decisão é...? – a voz dela foi sumindo em meio a pergunta.




– Vou aceitar o emprego – ela disse tentando transparecer entusiasmo na voz. – Afinal, você está me dando essa chance, não? Você não me devia nada e simplesmente me chamou, só porque eu esbarrei com você na agência aquele dia.




– Alice, muito obrigada! Eu tenho certeza de que será ótima! Você parece ser ótima com crianças. Tenho certeza que dará certo e... Bem, qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, basta me falar, ok? Eu sei que eles podem ser difíceis, então vamos ter um trato: conte-me o que a incomoda antes de tomar decisões drásticas, ok?




Alice estranhou o comentário, mas aceitou mesmo assim. Após despedirem-se, ela desligou a ligação no momento em que Bella entrou pela porta.




– Vi seu namorado correndo para a garagem, tive até medo de cumprimentar. Alguma emergência por acaso? – ela comentou ao sentar no sofá ao lado da amiga.




– Na verdade, ele tem uma entrevista.




– Ahhh... O que me lembra, e como você foi na sua?




– Bem – ela respondeu e depois se forçou a sorrir e mostrar grande entusiasmo, – e estou contratada!




– Isso é perfeito! – Bella levantou. – Vem aqui para eu te abraçar, amiga!




E Alice se levantou, mas Bella percebeu que havia algo errado ali, já que seu sexto sentido – que ela acreditava ter – lhe dizia que Alice não estava feliz de fato.




– Agora – ela começou sutilmente, – por que não está tão feliz com isso, hein?




Alice desfez a mascara de felicidade e falou para que sentassem. Logo, ela estava contando para Bella que havia sido contratada e a razão de estar aceitando ser babá, o que em suas palavras, era por conta das crianças que, realmente, pareciam precisar de alguém. Ela também contou o que Rafael achava daquilo, a amiga disse enfática após pensar.




– Ele está certo que elas podem ser difíceis, mas, quem não é? Eu lembro quando nossas avós morreram, elas eram tão da família, lembra? – e Alice concordou com a cabeça. – A sua até ficava mais na sua casa que seus pais.




– É sim, eu sofri tanto, como se perdesse minha mãe...




– Sim, e você sabe se colocar no lugar delas, então... – ela deu um tapinha nas costas de Alice em sinal de incentivo. – Vai dar certo. E, se não der, peça a conta, ué? Nunca sabemos aonde a vida nos levará se não tentarmos, né?




– É verdade! – agora ela estava tomada de felicidade novamente.




– Agora, deixa eu lhe contar como foi o meu dia – Bella disse entusiasmada e a amiga logo percebeu que ali tinha coisa, ah se tinha!




* * * * *




Carlisle estava cansado de esperar algum milagre acontecer para solucionar toda a confusão que envolveu o início do namoro com Esme. Ele sabia que precisava encontrar Rafael, mas sabia muito bem, também, que ir atrás do amigo em sua própria casa poderia ser uma ideia um pouco ruim.




Ele pensou que poderia ser um tanto quanto embaraçoso dar de cara com o futuro sogro antes de acertar as coisas. “Vai que ele está de mau humor, né? Melhor evitar!”, sua mente o advertia.




Como não havia mais volta, estava na hora de inverterem os papéis; e daquele que era procurado, agora ele seria justamente aquele quem procurava. Mas Carlisle tinha uma ótima desculpa para caçar Rafael, uma que tentava-o fazer ser o mocinho da história.




“Bem, eu só vou falar com meu amor, só isso. Afinal de contas, por que não ver minha linda amada e perguntar para ela mesma sobre o sumiço do irmão?”, pensou.




A verdade é que ele estava incomodado, dois médicos responsáveis por hospitais distintos já haviam ligado para ele com perguntas sobre Rafael e isso não era bom. “Eu só quero saber por que o irmão dela anda ultimamente entregando currículos por todos os hospitais da região... Mas o motivo principal é ela, claro!”




Por outro lado, mesmo que a intenção da visitinha fosse dupla, ele imaginava que Esme adoraria a surpresa. Pois, olha só, ele uniria o útil ao agradável, e poderia ver sua princesa o quanto antes.




Não demorou para que ele deixasse o jaleco de lado, bem colocadinho em sua cadeira, e saísse de seu consultório apressado. Ele conseguiu a façanha de não ser parado e quase não ter encontrado pessoas no caminho. No máximo, havia alguns que o cumprimentavam, mas nenhum o parou, o que era perfeito.




Chegaram a trocar com ele as frases básicas de todo o dia, como “oi”, “bom dia para a senhora também”, “fica com Deus também”, e, assim que conseguiu passar pela ilha central das enfermeiras no piso térreo, se resumiu a dizer um breve: “volto logo, ok?”.




Era muito bom ser o chefe, poder entrar e sair do seu trabalho quando bem entendesse. Lógico, que só se houvesse alguma justificativa aceitável, afinal, deixar um hospital à solta sem ninguém segurando as rédeas poderia causar um imenso problema!




De qualquer jeito, ele não tinha planos de demorar. Iria somente até Esme, perguntaria sobre Rafael e voltaria para os pacientes, o monte de papelada sobre custos mensais – nos quais ele precisava conferir manualmente com os recibos e assinar o cheque de pagamento – além de outras ocupações cansativas e tediosas. “Um trabalhão do cão que ninguém merece!”, pensava ao recordar-se o que o esperava.




Carlisle correu até o carro para não perder tempo no caminho e deu a partida. Procurou não se fixar nas pessoas que chegavam ao hospital – senão, teria dó e voltaria. Esme era bem importante para ele, mas as vidas das pessoas também. E, bem, ela que o perdoe, mas desde sua formatura, o código de lealdade dos médicos dizia que precisaria ter comprometimento com os pacientes. E, como todos da sala, Carlisle jurou essa lealdade à vida e a levava muito a sério!




Em todo caso, no caminho para a faculdade, ele pensou que talvez pudesse passar rapidinho em uma floricultura. Sabe como é, né? Levar um buquê, falar: “surpresa!” e deixar Esme vermelha de vergonha no meio de todos deveria ser divertido. Apesar de saber que Esme não fazer do tipo que ficava envergonhada por muito tempo...




Enfim, ele escolheu um imenso buquê de rosas vermelhas intercaladas com rosas brancas. Isso porque, ele pensou, “não estamos juntos há tanto tempo assim para dar somente rosas vermelhas, não? É meio que uma coisa mais... séria, né?”




Ele decidiu que quando estivessem namorando oficialmente, aí daria todos os dias buquês de rosas vermelhas para o seu amor. Se ela quisesse, é claro. Senão, ela que escolhesse outros tipos de flores, e então lhe Carlisle compraria todos os dias uma diferente para presenteá-la!




Com o buquê no banco do passageiro e o ar condicionado ligado – as coitadas das flores não tinham como continuarem bonitas naquela “amostra grátis do inferno” que fazia àquela hora, e ainda era só onze horas! – então, ele praticamente cortou a cidade correndo para chegar na faculdade.




Lá, no entanto, toda a certeza em ter comprado aquele buquezão já se esvaia. Não porque ela não fosse gostar, mas... A faculdade era tão grande. E Carlisle, que já havia passado tantas vezes daquele local, nunca havia prestado muita atenção no tamanho.




Pensando bem, ele podia ter comprado um buquê menor, um que passasse despercebido pelas pessoas que, ou andavam pelos corredores ou olhavam pasmas de dentro das salas mesmo para aquela “bela monstruosidade” que ele carregava. Ele se sentiu meio que, como se fosse um extraterrestre verde com bolinhas roxas.




E havia outro problema maior ainda: ele não sabia onde a sala dela ficava.




Mas, como o homem inteligente que é, Carlisle preferiu sair à procura de alguém que pudesse lhe dar algum apoio em sua busca. Apesar de haver algumas pessoas no corredor, ele precisava achar alguém mais “confiável”.




Alguns passos depois, deu de cara com uma mocinha com o uniforme da faculdade. Bem, ela deveria trabalhar lá e provavelmente era confiável, era o que ele se forçava a crer.




De qualquer forma, ia ser para ela mesma que ele perguntaria aonde se escondia a sala do último ano de Arquitetura.




– Olá, bom dia!




– Oh, meu Deus... – ela se virou assustada com o buquê, só depois notou que quem falava com ela era o homem que segurava o buquezão! Não as flores. – Opa... Oi, desculpe.




– Tudo bem, tudo bem... – Naquele momento, um pensamento apreensivo passou pela cabeça dele. E a única coisa que ele realmente esperava era que Esme notasse a sua presença ali atrás, não somente um buquê, como havia acontecido inicialmente com a moça. – Eu queria uma informação. Onde fica a sala do último ano de Arquitetura?




– Ah, essa é fácil. É só seguir reto este corredor aqui, virar a direita, seguir toda a vida, passar o pátio e subir a rampa. Lá em cima, você vira à esquerda e pronto! A sala é a última do corredor!




Logo ele se viu boquiaberto pensando. “Isso porque era fácil! Imagina o que era o difícil para essa moça?” Se Carlisle já ficou assustado com aquele monte de informação – isso porque ele morava naquela cidade há anos, – imagina para quem estava se mudando para lá e começando o ano letivo? Ele podia jurar que os bombeiros deveriam fazer caçadas de buscar de alunos perdidos várias vezes ao dia em todo o inicio letivo do local.




– Difícil? – Não, ela realmente não estava de brincadeira e teve a audácia de perguntar. Mas, tudo bem. Carlisle iria se virar para achar a desgraça da sala escondida, antes que perdesse a compostura e respondesse de forma grosseira.




– Ah... Não, não. Não se preocupe. Eu já me... localizei, geograficamente falando! Obrigado!




– De nada! – ela sorriu em resposta e se sentou.




E, como quem está fugindo, mas não quer chamar a atenção, Carlisle se postou rapidamente a andar. Ele não tinha muita visibilidade detrás de tantos raminhos, florzinhas e folhas pulando em seus olhos, mas ele ia dar um jeito.




Ele ainda sentia o olhar da moça em suas costas até o momento em que chegou ao fim daquele corredor. Depois, tentou se lembrar do caminho mentalmente... “Direita, não?”




Mesmo ainda meio perdido, conseguiu chegar rapidamente ao pátio, onde achou uma rampa de concreto com umas pedras até que bem bonitas. “Só por que é o prédio onde tem as turmas de Arquitetura, né?”, o lado mau e irônico de sua mente brincou com aquilo.




Enfim, ele subiu sem maiores problemas e depois se lembrou que deveria virar à esquerda. Seguiu até o fim do corredor e parou à frente de uma sala onde havia uma plaquinha avisando ser a do último ano. Mas ele estranhou aquilo, afinal de contas, a sala estava praticamente vazia. Havia somente uma professora e sete alunos. A maioria mulheres.




Ele ficou encarando a falta de alunos nas cadeiras por um tempo, mas a ausência de uma certa aluna em especial era a mais preocupante. As hipóteses começaram a brotar em sua cabeça. Esme poderia ter ido ao banheiro, não? Mas, aí, ele pensou: “que má sorte você tem, não, Carlisle? Atravessa a cidade, atravessa meia faculdade e, quando chega na sala... Esme foi ao banheiro?”




– Pois não, senhor? – a professora ficou curiosa com a sua presença na porta da sala; mesmo que ela estivesse fechada, ela podia vê-lo através do vidro.




– Bom dia. A Esme veio hoje?




– Esme? – ela fez uma cara estranha.




– Sim, a Esme... Esme Holdford!




– Ah, sim, a Esme...




“Nossa. A pessoa vem à aula, vai ao banheiro e a professora já se esquece da aluna?”, ele pensou atônito, mas decidiu não se manifestar, já que a professora voltou a falar com ele.




– Bem, o que o senhor gostaria dela?




– Ela está?




– Sim. Acho que é no prédio ao lado que ela está.




– Como assim “no prédio ao lado”? Metade da turma está fazendo a aula separada? Ou ela ficou em alguma recuperação?




– Não, não, nada disso. Ela está lá na sala dela, de Artes Cênicas.




– O quê? Como assim?




– É, senhor. Ela fechou o curso no meio do ano passado, alegando que não gostava do que fazia, que antes no final do curso do que sofrer a vida toda trabalhando com o que não queria.




– Mas... Ela... Ela me disse...




– Bem, ela não tem mais aulas conosco desde o meio do ano passado. Aí, em seguida, logo após o meio do ano, ela iniciou o ano letivo no primeiro ano de Artes Cênicas.




– Ah...




– Creio que ela ainda esteja lá, se não desistiu também. Mas, o senhor... Quem é? É entregador?




Naquela hora, ele só queria ser um pouquinho irônico. Responder que sim, que nunca viu aquela moça, mas... Não, ele era só o namorado dela – mesmo que não oficialmente!




– Sim, sou!




– Bem, então é só ir até o prédio ao lado. O jeito mais fácil de chegar lá é saindo deste prédio pelo pátio e caminhando até chegar no pátio do prédio com a faixa roxa e... Agora eu só não me lembro se a sala de Artes Cênicas é na parte de cima ou de baixo. Eu acho que é de baixo, mas não custa nada perguntar por lá, não é?




– É, não custa nada! – “Só a minha reputação, dignidade, vergonha, alma...”, ele pensou envergonhado de todo o trabalho ainda pela frente.




– Bem, então, tudo bem. Até! – ela se virou mais do que imediatamente e fechou a porta na cara de Carlisle. Ele ficou chocado com a atitude reservista e imediata da professora.




Mas, tudo estava bem. Carlisle iria sobreviver a uma mentira de sua namorada e a uma portada na cara dada pela ex professora desta sua “pequena mentirosa”, como ele mesmo pensava agora.




Cheio de perguntas e tentando segurar os pré julgamentos de Esme, ele desceu a rampa, atravessou o pátio, chegou no prédio com a maldita listra roxa e... Um cartaz. Dizia:




“Sábado, às 20 horas no Teatro da Faculdade, a turma do segundo período apresenta a peça: ‘João e Maria: os irmãos descarados e caçadores de recompensas’. Não percam! Entrada gratuita para estudantes. Não estudantes: cinco dólares.”




E na foto... Carlisle ficou pasmo. Quem? Quem? Quem? Quem? Quem? Quem? “Quem acertar, ganha um buquê!”




– Oi amor! O que está fazendo aqui? – era Esme que chamava a atenção de Carlisle. Bem, pelo menos, ela havia o achado atrás de tantas flores, já era um ponto positivo a ser considerado. – Não era para você estar... sei lá... no hospital?




– Sim, deveria. Não deveria? – ele sorriu sem muita vontade.




– Pois é. O que faz com esse buquê aqui? – ela olhava de ponta a ponta da coisa gigante, que era difícil de ser ignorada.




– Então, era para você...




– Oh, que lindo! – ela começou a saltitar de um lado para o outro, e até ia abraçá-lo, se não tivesse prestado muita atenção no que tinha ouvido. – “Era”?




– Sim, moça. Eu acho que você me deve algumas explicações, não deve?




– Sobre o quê? – ela se fez de desentendida.




– Ah, sobre uma professora muito louca dizendo que você não está matriculada no curso de Arquitetura, pois trancou ano passado dizendo: “antes tarde do que nunca” e ela me recomendar te achar aqui no prédio onde tem aulas de Artes!




– Ah, amor, eu só estava de passagem! – ela ria, agora, prestando mais atenção nas rosas do que no próprio Carlisle.




– Sério? Então por que você é a Maria na peça... Como é mesmo? – ele virou para ler de novo o cartaz. – “João e Maria: os irmãos descarados e caçadores de recompensas”?



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Notas finais do capítulo

Merecemos um comentário, né? Nem que for para me chamar de louca pelo horário que acorde, mas realmente ando chegando muito tarde e nem pique de ligar o note tenho....
Espero mesmo que tenham gostado, hein? Mas mesmo se não gostaram, comentem, tá? :D
Afinal, temos 73 leitores e amariamos saber o que toda essa gente está achando :D