Você poderia me perdoar? escrita por Nightshadow, EnilaVK


Capítulo 8
Você Poderia Me Perdoar?


Notas iniciais do capítulo

Olha o milagre chegando aqui. Quem é vivo sempre aparece, ñ é msm?
Bom, a linda da Kagura ñ tava se sentindo bem hj, então eu dei umas brigadas cmg msm aqui pra terminar esse cap pra ela. Espero q isso anime um pouquinho seu dia miga ;3;



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FLASH BACK

 

— E então, como foi?

O moreno mal havia pisado em casa e Kouyou já o encarava ansioso esperando por sua resposta. Yuu havia passado os últimos dois meses se preparando para aquela apresentação e estivera agitado a semana toda com medo dela, mas o loiro tinha certeza de que ele se sairia bem. Havia repetido aquilo ao namorado milhares de vezes:

— Nove de dez. - informou, recebendo um largo sorriso do Takashima em resposta.

— Sabia! Eu disse que você ia se sair bem.

— Se eu tivesse ficado menos nervoso…

— Shiroyama Yuu! - Kouyou o cortou. - Você não vai se lamentar como se nove fosse uma nota ruim, eu juro que te mato se você fizer isso.

— Tá, eu não vou.

Resmungou, ainda que sentisse que poderia ter feito melhor. O loiro o beijou, fazendo seu bico dar lugar a um sorriso, e o puxou pro sofá em seguida:

— O que quer fazer pra comemorar?

— O que você quiser, Kou.

O mais alto revirou os olhos, indignado, encarando o moreno em seguida:

— Você quem é o gênio que merece uma festa, não eu. Anda, me diz o que você quer fazer e eu vou com você. Pode ser qualquer coisa.

— Eu quero ficar aqui com você. - falou manhoso, deitando-se no peito do loiro.

— Quanta falta de criatividade, Yuu.

— Você é a única coisa que eu preciso.

Kouyou corou, sem graça, mas acabou por sorrir, passando a mão pelos fios negros:

— Nesse caso, escolhe um filme e eu vou pedir sua pizza favorita.

O moreno sorriu e ergueu o rosto, passando a mão pela bochecha do mais alto. O sorriso do Takashima para si era tão lindo e não pôde conter a vontade de selar seus lábios demoradamente:

— Eu te amo, Kou.

Fora quase um sussurro ao findar o beijo. O loiro esboçou um sorriso fechado e beijou sua testa:

— Eu vou pedir sua pizza.

Aquilo não era nenhuma surpresa. Não importa quantas vezes dissesse que o amava, Kouyou nunca respondia o mesmo. Yuu tinha aprendido a não ligar. Sabia que o loiro tinha dificuldade em expressar seus sentimentos. Ele não precisava ouvir as palavras saírem de sua boca, já que o loiro demonstrava seu amor diariamente, sendo sempre tão carinhoso consigo. Mesmo que fosse desligado com datas importantes e às vezes se esquecesse de um ou outro compromisso, no dia a dia o moreno apenas via Kouyou se preocupando em fazê-lo feliz. Aquele era o jeito dele e Yuu o amava daquela forma. Não pediria que ele mudasse em nada.

 

.~...~...~...~...~.

 

O moreno trocava os canais na TV, tentando, sem sucesso, parar de pensar no loiro. Por que aquelas lembranças não o deixavam em paz? De que elas adiantavam se ele não sabia de fato o contexto de nenhuma delas? Não aguentava mais ficar tentando montar aquele maldito quebra-cabeças.

Por que não me disse que não gostava de mim?

Talvez não tivesse sido culpa do Kou… Talvez tivesse se iludido sozinho, afinal, em todas as suas lembranças, nunca o loiro havia respondido um “eu te amo”. Mas mesmo sem dizer, o Takashima ainda estava com ele, não é? Se perguntava como eles foram chegar naquela situação. Nada fazia sentido.

Seus pais brigaram com você por minha causa. Eu não tive coragem de terminar.

Aquelas palavras ainda o machucavam tanto, mas às vezes se perguntava se realmente tinha o direito de ficar bravo com Kouyou por aquilo. Se perguntava se sua depressão não o fez colocar peso demais em cima do loiro, mesmo que sem querer. Algumas de suas lembranças o faziam ter essa impressão, porém em outras parecia apenas que o mais alto não se importava e ele já não sabia mais o que pensar sobre tudo aquilo. Pensava no que Akira havia dito, mas aquilo não descomplicava as coisas. Se Kouyou tinha tanta aversão assim a um relacionamento, porque sequer começou a sair com ele? Absolutamente nada fazia sentido:

— Isso é ridículo.

Sussurrou pra si mesmo, já cansado de ficar tentando adivinhar o que tinha acontecido. Se queria realmente saber, precisaria perguntar ao Takashima. Desligou a TV e pegou seu celular, mas ficou um tempo encarando o aparelho, sem coragem pra fazer a ligação. Tinha tanto medo de que Kouyou fosse apenas magoá-lo de novo. E se o loiro estivesse realmente só brincando com seus sentimentos? Talvez fosse burrice ir atrás dele. Talvez devesse apenas seguir com sua vida e esquecer do Takashima, mas… Não conseguia. Não conseguia parar de pensar no mais alto, não conseguia fingir que ele não significava nada para si. Respirou fundo e fez a ligação. Mordera os lábios ao ouvir o som do telefone chamando e fechou os olhos, se perguntando o que diria ao loiro, mas não precisou se preocupar com isso por muito tempo, já que Kouyou não o atendeu.

 

[...]

 

— O que aconteceu?

Akira havia adentrado o hospital já aflito e correu até o Matsumoto assim que o avistou, sequer se dando ao trabalho de cumprimentar o médico antes de pedir notícias do amigo:

— Ele só está desidratado. - Takanori tentou acalmá-lo. - Como acharam meu cartão nas coisas dele, ligaram pra mim achando que era meu paciente.

— Eu não acredito nisso.

O loiro mais alto riu soprado e deu um passo atrás para escorar-se a parede:

— Eu coloquei o Takashima-san no soro. - o médico continuou. - Ele não deve demorar a acordar. Eu vou pedir pra uma enfermeira te avisar assim que puder falar com ele, está bem?

— Obrigado, Matsumoto-sensei.

— Não por isso.

O menor sorriu fraco e se afastou. Yutaka, que ouvira a tudo calado, aproximou-se do namorado e segurou uma de suas mãos:

— Você tá legal?

— Eu passei a semana toda praticamente obrigando ele a comer. - Akira riu. - Não pensei que eu precisava fazer ele beber água também.

— Não é culpa sua o Kouyou não estar se cuidando.

— Eu sei, Yuta, mas… Eu devia ter reparado. Ele tá tão bravo consigo mesmo que só ligou o foda-se. Você acha que eu tô passando a mão na cabeça dele, mas não é isso. Ele sabe que o que ele fez foi errado e já está se sentindo mal o suficiente, não tem porquê eu ficar brigando com ele também.

O loiro suspirou, esfregando os olhos pra afastar a vontade de chorar. Não queria fazer uma cena. Só estava preocupado. Kouyou era como um irmão para si e vê-lo daquele jeito o machucava. Não pensou que voltaria a ver o mais alto tão deprimido depois que Yuu acordou:

— Você entende por que eu tenho que ficar do lado dele? O Yuu tá com raiva do Kou, você tá com raiva do Kou, até o Kou tá com raiva do Kou… Ele não tem mais ninguém além de mim. Eu não posso simplesmente virar as costas pra isso.

— Eu sei, Akira.

Yutaka apertou mais sua mão. Odiava ver o loiro chateado daquela forma, e odiava mais ainda pensar que havia discutido com ele por aquilo. Sabia que tinha sido egoísta. Estava tão bravo por ver o Yuu chorar que não parou pra pensar em como Kouyou estava, ou em como isso afetava seu namorado:

— Ele sofreu por três anos. Não acha que foi o bastante? O Kou já pagou pelo erro dele, com juros. A gente não precisa ficar jogando pedra nele pro resto da vida.

— Desculpa, Aki. - pediu, o abraçando. - Você tá certo, eu exagerei, como sempre.

Akira acabou por rir do namorado ao retribuir o abraço. Seu moreno sempre fora assim, intenso demais, mas com um coração enorme. O loiro sempre soubera que o de covinhas acabaria voltando atrás naquela pirraça com Kouyou:

— Tudo bem, Yuta. Eu gosto de como você é exagerado pra defender as pessoas que você ama.

— Se quer saber, eu não acho que o Yuu esteja com raiva do Kou. Ele só tá chateado, e confuso.

— Não consigo nem imaginar a bagunça que deve estar a cabeça dele agora.

— Acho que o que me deixou mais bravo foi não saber como ajudar.

— É… Eu entendo o sentimento.

 

[...]

 

— Bem-vindo de volta.

A voz conhecida do médico o trouxera de volta à realidade, ainda que não fizesse ideia do motivo para estar ali:

— Matsumoto-sensei?

Perguntou, como se quisesse confirmar que estava realmente o vendo e não tendo alguma alucinação. Levou uma mão à cabeça, sentindo um pouco de dor, e tentou levantar-se, mas fora segurado por uma enfermeira:

— Melhor continuar deitado, Takashima-san. Você desmaiou, pode ter batido a cabeça. Vamos fazer alguns exames pra ter certeza de que está tudo bem.

— Ta.

O respondeu sem nenhum entusiasmo, ainda tentando processar a informação. Não se lembrava bem do que tinha acontecido. Lembrava-se apenas de acordar no sofá de Akira e perceber que o amigo não estava em casa. Pensara em subir para seu próprio apartamento e passar mais um dia embaixo das cobertas, mas sabia que não podia continuar com aquilo. Decidira então fazer um almoço para o Suzuki. Era uma forma de agradecer ao amigo por sempre estar ao seu lado, mesmo quando ele estava errado. Lembrava-se de sair rumo ao mercado para comprar os ingredientes, mas não se lembrava de chegar ao seu destino:

— Suzuki-san e Tanabe-san estão na sala de espera. Quer que eu peça pra algum deles entrar ou prefere esperar o Shiroyama-san chegar?

Um sorriso amargo se apoderou dos lábios do maior. Sabia que Yuu não iria. De fato, sabia que nem Yutaka devia querer estar ali. Provavelmente só tinha ido pra não deixar o Akira sozinho:

— Só diz pra eles que eu estou bem e que eles podem ir embora, por favor.

O médico desviou o olhar para o mais alto, preocupado. Fez sinal para que a enfermeira os deixassem a sós e sentou-se na beirada da cama, encarando o outro nos olhos:

— Takashima-san, eu deveria estar chamando um psiquiatra para conversar com você?

— Psiquiatra?

— Você está desidratado. Talvez só esteja ocupado demais e acabou se esquecendo de tomar água por isso, mas agora além de não estar se cuidando você quer que eu mande seus amigos embora. - acabou suspirando por ver o olhar ainda confuso do maior sobre si. Talvez devesse ser mais claro. - Olha, se você está depressivo…

— Eu não estou. - cortou o médico antes que ele pudesse concluir a frase. - Não precisa se preocupar com isso, Matsumoto-sensei. Eu só devo ter me distraído.

O mais baixo o olhava, ainda esperando que o outro se abrisse, mas Kouyou não o faria, não por não querer conversar com Takanori, mas sim porque não tinha o direito de se sentir depressivo. Ele era culpado por tudo, iria enfrentar as consequências de seus atos. Não era como o que aconteceu com o Yuu na faculdade, quando os pais viraram as costas pra ele. O moreno sim tinha motivos pra ter depressão, e Kouyou sabia bem o quanto ele sofreu com isso. Não tinha o direito de sequer comparar sua tristeza com aquilo e não ousaria tentar fazê-lo:

— Eu vou avisar pro Suzuki-san que você acordou, está bem? Ele estava muito preocupado com você.

Takashima apenas concordou com um aceno de cabeça, sem vontade nenhuma de dar atenção àquele assunto. Não gostava de pensar que havia preocupado Akira, pois sentia que havia se tornado um problema pro amigo nos últimos dias. Não queria continuar incomodando, precisava tomar uma atitude, seguir com sua vida. Só não sabia ainda como fazer isso quando tudo que conseguia pensar vinte e quatro horas por dia era que fora um idiota e desperdiçara sua chance de ser feliz.

 

[...]

 

Mais uma vez Kouyou não atendia. Havia esperado um tempo antes de ligar novamente, mas mesmo depois de sua terceira tentativa não houve resposta e o moreno começava a ficar preocupado, pois o mais alto não era de ficar muito tempo sem verificar o celular. Uma sensação ruim tomou conta de si, como um mal pressentimento, então ligou para Akira imaginando se ele saberia onde o Takashima estava.

Se desesperou ao saber que estavam no hospital. Reclamou por Akira e Yutaka não o terem avisado, embora entendesse bem porque eles fizeram isso, e desligou antes que o amigo pudesse lhe explicar a situação, se enfiando em um táxi para ir até eles. Na metade do caminho se pegou imaginando porque estava tão desesperado em vê-lo. Não era como se o Kou ainda fosse seu namorado. Suspirou se xingando mentalmente. Devia ser masoquista, era a única explicação.

 

[...]

 

Kouyou encarou Akira na porta de seu quarto e suspirou ao ver o olhar preocupado do amigo:

— Desculpa por isso.

— Tudo bem. - se aproximou do loiro mais alto e sentou-se no canto da cama, segurando a mão do outro. - Só não me dá outro susto desses, por favor.

— Não vou. - engoliu em seco, desviando seu olhar pra parede. - Eu sei que eu tenho que parar com isso. Eu fiz besteira e tenho que arcar com as consequências. - sorriu fraco, enxugando a tímida lágrimas que escorreu por seu rosto. - Eu tenho que seguir em frente e esquecer o Yuu.

— É isso mesmo que você pretende fazer?

Alarmou-se ao ouvir a voz do moreno e por um segundo pensou que estava alucinando, mas então viu que Akira também encarava o menor à porta do quarto:

— Yuu… - não sabia o que dizer. Engoliu em seco, abaixando o rosto, envergonhado. - Não é o que eu quero, mas… Eu sei que você merece alguém melhor que eu, então eu vou te deixar em paz, como você me pediu.

Os olhos de Kouyou se encheram de lágrimas, mas ele as segurava, pois não se sentia no direito de chorar na frente do moreno. Yuu ainda o encarava com um olhar indecifrável e Akira levantou-se, revezando o olhar entre os dois:

— Eu vou deixar vocês conversarem.

O loiro mais baixo passou pelo moreno, dando um leve tapa em suas costas antes de se retirar. Yuu permitiu-se então se aproximar do mais alto, mas não ficou tão próximo quanto Akira estava. Escorou-se à parede, se perguntando se era mesmo sábio de sua parte estar ali. Um silêncio constrangedor se fez presente e ele imaginou que não seria o Takashima a quebrá-lo, visto que o loiro sequer conseguia olhar para si:

— Eu fiquei preocupado com você.

— Desculpa. - pediu sem graça. - Eu fui descuidado. Não vai acontecer de novo.

Novamente o silêncio se fez presente e Kouyou se perguntava porquê o moreno estava ali. Não pensava que Yuu fosse querer falar consigo de novo. Sabia que não merecia. Não merecia que Yuu sequer olhasse para si:

— Kou… - o moreno chamou baixo e o loiro se obrigou a olhá-lo. - O que aconteceu com a gente?

O mais alto ainda o encarava, sem saber o que responder. Por fim suspirou, voltando a olhar o chão:

— A minha burrice aconteceu.

Yuu o encarava curioso. Esperava que o maior se explicasse melhor, mas ele não o fez. Achou que talvez devesse esclarecer melhor o que queria:

— Eu tenho me lembrado de algumas coisas. - sorriu fraco. - Muitas coisas, na verdade. Coisas boas e coisas ruins, e eu não sei como a gente foi acabar desse jeito. Eu acho… Eu realmente gostava de você, Kou, e acho que você também gostava de mim, então o que deu errado?

Kouyou estreitou mais o olhar. Aquelas lembranças doíam em si, pois nunca conseguiria se perdoar:

— Eu sempre tive medo de me apaixonar. Tinha medo de me machucar, então eu preferia não me envolver a sério com ninguém. Estava tentando me proteger, não sei de quê. - acabou rindo enquanto as lágrimas escorreram por seu rosto. - Eu fui tonto e ingênuo de achar que podia controlar isso.

— Mas você se envolveu comigo. - o moreno argumentou.

— Eu não tinha intenção. - suspirou. - Foi você quem me pediu em namoro, Yuu, e eu disse que não, disse que eu era um babaca e que não queria te machucar, mas você me pediu pra te dar pelo menos uma chance, me pediu um mês pra tentar me conquistar e… Eu devia ter negado, mas você era a minha pessoa favorita, eu não sabia dizer não pra você.

Seus pais brigaram com você por minha causa. Eu não tive coragem de terminar.

As palavras ecoavam na cabeça do moreno e as lágrimas desabaram de seus olhos por finalmente entender o que aquilo realmente significava:

— Você nunca quis nada comigo.

— Porque eu era um idiota. - um sorriso amargo se apoderara dos lábios finos. - Eu te amava, Yuu, mas eu era tão teimoso que não queria admitir nem pra mim mesmo. Precisei quase te perder pra me dar conta de que eu não podia nem imaginar a minha vida sem você.

— Acho que em parte isso foi culpa minha. - o moreno sorriu fraco, embora não sentisse realmente feliz. - Eu não devia ter te pressionado tanto.

— Eu não devia nunca ter mentido pra você. Minha intenção nunca foi te magoar, eu juro. Eu nunca quis te fazer mal, Yuu. Sei que fui um idiota, mas a última coisa que eu queria no mundo era te machucar. Esse é o maior arrependimento da minha vida e eu sei que não te mereço, sei que você é bom demais pra mim, mas… Eu não quero que você me odeie.

As lágrimas do maior aumentaram e Yuu sentiu seu coração se apertar. Não importa o quanto tentasse ignorar aquele sentimento, ele ainda gostava do Takashima muito mais do que gostaria. Aproximou-se dele e pegou sua mão:

— Eu não acho que eu seria capaz de te odiar, Kou.

O loiro o encarou, engolindo em seco. Abriu um pouco os lábios sabendo que aquela era sua chance. Ele precisava dizer… Precisava colocar pra fora as palavras que estavam há anos entaladas em sua garganta:

— Yuu… Você poderia me perdoar?


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Notas finais do capítulo

Eu sei q mereço um tapa por terminar o cap assim dps de séculos de demora pra postar kkkkkkkkkkkk Sorry, ñ tenho defesa. Só ñ me matem pq se eu morrer fica sem final ='D
Kisus