Eternally escrita por Luna Weasley, Luuh Weasley


Capítulo 4
Intrigas no trem


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Eu mal podia acreditar: os gêmeos iam comigo para Hogwarts.

Eles já haviam aparatado até Hogesmead fazia cerca de 2 horas. Achei que estava demorando um pouco, mas não sabia ao certo o que estavam fazendo. Eu tinha quase certeza absoluta de que eles conseguiriam, mas devo admitir que estava um pouco na dúvida. 

Ainda não havia entendido porque Rony estava tão furioso com a volta dos irmãos, afinal, ele sempre os adorou. Como ele mesmo diz, são "geniais". Se bem que, Rony não fazia mais parte das minhas prioridades desde que começou a achar Lilá mais importante do que nossa amizade. 

Harry continuava sério a maior parte do tempo, menos é claro, quando jogávamos Quadribol. Já não sabia mais se o motivo de tanta tristeza fosse Sirius. Já tinha dado tempo dele superar a morte do padrinho.

Estava sentada no sofá lendo quando ouvi um 'crack' vindo do jardim. Só poderiam ser eles. Joguei o livro na mesa e saí correndo para fora. 

Lá estavam eles segurando suas vassouras. Os cabelos ruivos pareciam pegar fogo a luz do sol.

– E então? – Disse apreensiva da porta de entrada. 

– Somos de mais não somos? – Os dois disseram juntos enquanto abriam um largo sorriso.

– Só dessa vez tenho que concordar! – Corri para abraçá-los.

Os dois jogaram as vassouras no chão e fizeram uma dancinha ridícula assim que os soltei.

– Aí estão o Fred e o George que eu conheço. – Os dois pararam de dançar e ficaram me encarando.

– Como assim? – Disseram novamente juntos.

– Esses dias vocês estavam meio esquisitos, desanimados.– Os ruivos deram gargalhadas junto comigo e fomos para a Toca.

A Sra. Weasley chegou a chorar quando eles disseram que tinham sido aceitos. 

– Quem vai cuidar da loja? – Bill disse enquanto entrava na cozinha junto com Fleur.

– Bom, estivemos pensando... – George disse soltando-se do abraço da Sra.Weasley.

–... Que você poderia tomar conta da loja afinal, o Gringots também fica no Beco Diagonal. – Fred completou.

– E confiamos em você. – Após George dizer isso um largo sorriso brotou no rosto de Bill e Fleur se encheu de orgulho.

– Meu Bill cuidará muito bem da sua loja meninos. Posso garantir isso. (N/A: Não consigo fazer o sotaque francês dela, me desculpem) – Ela disse enquanto beijava a bochecha dele.

– Nós temos certeza que ele cuidará. - Os dois disseram em couro enquanto iam para a sala junto comigo.

Nos jogamos no sofá e ficamos rindo da cara um do outro. Sinceramente eu não sabia porque.

– Quais os planos para esse ano? – Disse.

– Não sei, mas com toda certeza coisa boa que não vai ser. – Fred disse e todos caímos na risada.

Os dias estavam passando rápido e a ida a Hogwarts estava se aproximando. Faltando 1 semana para o início das aulas o Sr. Weasley conseguiu um dia de folga e fomos para o Beco Diagonal.

Compramos todo o material e Hagrid foi conosco. Harry, Rony e eu ficamos muito felizes em vê-lo. Ele parecia radiante, acho que pelo fato de estar cuidando novamente de Bicuço. 

Fred e George aproveitaram para ver como andava a loja e mostrá-la para todos. Ginny comprou um Mini-Puffe, e também tive vontade de comprar um, mas achei melhor comprar mais ingredientes do que se pedia na lista, afinal, nunca se sabe. Os gêmeos lamentaram Bill não ter ido com eles para poderem explicar-lhe como tudo funcionava, mas encarregaram Vera de lhe mostrar assim que ele conseguisse uma folga e fosse ver a loja.

Estava tudo ótimo. Todos entusiasmados com a ida a Hogwarts, e por incrível que pareça, até Fred e George. 

X-X-X-X-X-X

Os dias passaram rápido. Quando me dei conta já era 1º de setembro.

Todos acordaram bem cedo para terminar de arrumar os malões. Harry parecia muito melhor. Acho que a ideia de voltar para Hogwarts o animava bastante, principalmente a de ter aulas particulares com Dumbledore. 

Eu e Ginny estávamos tentando fechar nossos malões (que estavam atulhados de coisas). Como sempre queríamos levar mais do que se cabiam neles. Mesmo com o meu cheio, vários objetos se espalhavam em minha cama: penas, pergaminhos, alguns ingredientes, etc.

– Essas malas nunca cabem nada! – A ruiva disse as minhas costas enquanto fazia força para fechar a mala marrom em cima da cama.

– Eu sei... não sei como na mala dos meninos cabe tudo! – Disse aborrecida enquanto tirava um de meus cachecóis vermelho e dourado e colocava um livro em seu lugar.

Ela não respondeu, apenas fez uma careta e nós duas rimos. Aquilo com toda certeza era um 'sim'. Eu estava conhecendo muito mais a ruiva nas últimas semanas. Como já disse estávamos ficando muito próximas. Até parecia que tínhamos os mesmos pensamentos.

Acabei de colocar tudo na mala quando dois ruivos entraram no quarto. Se jogaram em nossas camas e ficaram dando risadas de nós duas.

– O que foi? – Ginny disse irritada enquanto colocava Arnaldo, seu Mini-Puffe na gaiola.

– Vocês são tão complicadas... – George disse enquanto tentava passar um ar superior que felizmente, não me afetava mais depois de tantos dias conversando com eles. A ruiva pareceu ficar mais irritada.

–... Porque não levam só o necessário? – Fred completou se virando para a irmã que já estava vermelha de raiva.

– Por que isso é o necessário para uma menina, garotos. – Ela disse colocando a mão na cintura e fazendo um olhar de "Sra. Weasley" para os dois que começaram a rir mais. – São uns idiotas mesmo! – Dizendo isso virou-se para o Mini-Pufe a passou a ignorá-los, o que fez com que eles rissem.

– Não consigo fechar essa bendita mala! – Praticamente berrei sentando no malão enquanto tentava fechar o zíper.

– Deixa comigo. – Fred se levantou e foi em minha direção.

Com uma mão pressionou a parte de cima da mala e com a outra tentou fechar o zíper. Demorou uns 10 segundos, mas ele conseguiu fechá-lo. Triunfante disse:

– O que seria de você sem mim? – Fez uma cara de deboche.

– De uma coisa eu tenho certeza, não teria de ouvir bobagens o tempo todo. – Disse e George começou a rir do irmão.

O ruivo a minha frente ficou vermelho, não sabia se era de raiva ou de vergonha, se bem que ele não costumava se irritar com essas coisas.

– Mamãe pediu para vocês descerem. O carro do Ministério já chegou. – George disse enquanto se levantava e ia em direção à porta. Fred foi logo atrás dele.

Ginny virou-se para as costas dos irmãos enquanto mostrava a língua e fazia caretas. Os dois não notaram, ou fingiram não notar, e saíram me deixando às gargalhadas com a ruiva que agora estava jogada na cama. Finalmente tinha conseguido fechar a mala.

– Tem horas que eles irritam. – Ela disse ofegante. Parecia cansada, talvez pelo esforço que fez para fechar o zíper.

– Mas admita, você adora eles! – Gargalhei.

– São meus irmãos! Claro que eu os adoro. – Disse séria. No fundo ela não gostava que falassem mal deles.

Pegamos as malas e com esforço descemos a escada.

Ao sairmos o motorista pegou os malões que estavam todos empilhados, Bichento (em no cesto de viagens), Arnoldo, Edwiges, e Pichitinho, todos bem acomodados em suas gaiolas. Colocaram-nas no porta-malas e entraram. 

O banco aumentou magicamente quando entramos para que todos ficassem acomodados. Não era a 1ª vez que eu andava em um desses carros, mas todas as vezes me assustava com sua velocidade e como passavam entre os objetos e pessoas.

Quando nos demos conta já estávamos na King's Cross. Dois aurores barbudos nos esperavam.

– Vamos queridos, andem ou não irão achar bons lugares no trem. – A Sra. Weasley disse segundos antes de ultrapassarmos a parede. 

Lá estava ele, o grande trem vermelho: O Expresso de Hogwarts.

Entramos nele enquanto a Sra. Weasley nos mandava beijos e algumas lágrimas caíam de seus olhos. Tive a impressão de que fui a única que prestei atenção nela. Todos os outros entraram e foram logo procurar uma cabine. Fui logo atrás deles puxando meu malão e Bichento, que agora dormia bem acomodado em seu cesto.

Andamos um pouco mas enfim encontramos. Fred e George guardaram nossas malas no maleiro por serem mais altos (se bem Rony não estava muito atrás. Havia crescido muito nos últimos meses, inclusive Harry) e se sentaram conosco.

– Não acredito que entrei novamente nesse trem... – George disse fazendo todos rirem.

Fez-se silêncio por alguns segundos. Todos pareciam meio pensativos.

Continuaram a falar, mas para ser sincera não estava muito focada na conversa. Olhava para fora, para a vegetação e para as nuvens no céu. As férias haviam acabado. Um novo ano letivo se iniciava e agora mais difícil, afinal, a partir desse ano eu era aluna de N.E.I.M. Aos poucos as pálpebras foram ficando pesadas até que adormeci. 

Acordei com o barulho da porta da cabine se abrindo bruscamente. Era Draco e seus dois guarda-costas.

– Opa! Essa cabine está cheia. Acho que esse era o cheiro ruim que você sentiu quando entramos nesse vagão, Crabbe. A sangue-ruim está aqui. – Ele disse apontando para o canto da janela que eu estava sentada. 

– Saia daqui Draco! – Harry gritou enquanto ele adentrava na cabine.

– Não fale assim comigo Potter! – Draco apontou o dedo na cara dele. Harry ficou vermelho, e só não partiu para cima dele porque Rony segurou o braço do amigo.

Os gêmeos se levantaram e foram em direção ao loiro pálido e seus auxiliares.

– Fred! George! Não! – Gritei e os dois se viraram para mim furiosos.

– Vá embora Malfoy! – Fred gritou enquanto fez menção de empurrá-lo.

– Nem pense nisso seu traidor de sangue! –  O loiro disse enquanto colocava as mãos nos ombros do ruivo e o empurrava em cima de Ginny. Pude ouvi-la dizer um "Ai!" baixo e isolado enquanto ele se levantava.

– Não toque em mim sua Doninha! – Fred disse partindo para cima do loiro. Crabbe e Goyle estavam prontos para entrar na briga quando Rony e Harry agarraram os gêmeos.

– Não vale a pena! Pensem um pouco! – Eu e a ruiva ao meu lado dissemos juntas.

Ao perceber que Harry e Rony não conseguiriam segurá-los por muito tempo os 3 sonserinos saíram da cabine.

– Porque não vai assustar os alunos do 1º ano e nos deixa em paz! – George gritou da porta antes sentar-se bruscamente a minha frente. 

– Ele é insuportável! – A ruiva ao meu lado comentou enquanto mostrava a língua.

– Tenho que concordar. – Acrescentei olhando para os gêmeos que estavam vermelhos e ofegantes. – É exatamente isso que ele quer. Nos irritar.

– Só agora que você percebeu isso, Mione? – Rony falou pela 1ª vez desde que havíamos entrado no trem. Havia um tom sarcástico em sua voz.

Não respondi. Apenas fiquei olhando para os gêmeos que bufavam de raiva. 

Aos poucos os ânimos se acalmaram e enfim voltamos a conversar. 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Digam nos comentários.
Parei um pouco para refletir e percebi que ao pedir reviews não estou me valorizando e acreditando no que escrevo, porque se realmente for bom irão comentar.
Por isso, não vou pedir reviews, mas adoraria receber sugestões.
Até o próximo cap.