I Just Want You To Know Who I Am escrita por Annie Chase


Capítulo 7
Depois do acidente...


Notas iniciais do capítulo

Esse cap vai com agradecimentos especiais para Annie Sidle que me deu uma indicação! Muito obrigada linda, pelo apoio e pelo carinho. Beijos!



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Pov: Annabeth.

Quem era aquele homem? E o que ele tinha na cabeça ao aceitar se jogar na frente de um carro para salvar uma completa desconhcida? Ele estava no chão, eu pude olhar em seus olhos enquanto ele ainda estava consciente, seus olhos eram verdes profundos, como o mar. 

Segurei sua mão enquanto ele esteve desacordado, a ambulância não demorou a chegar, mas nada disso me deixou mais calma, ele tinha salvo a minha vida e eu nem ao menos sabia o seu nome. Os paramédicos que o atenderam ainda no local do acidente procuraram por documentos, telefone, qualquer coisa que pudesse indentificá-lo, mas não acharam nada. Os paramédicos me espulsáram mais de dez vezes da ambulância, mas eu me neguei a sair, ele precisava de mim, havia salvo a minha vida, eu deveria "uma" para ele eternamente. Já no hospital eu não sabia para quem ligar, o estado dele era grave e eu nem ao menos sabia quem deveria avisar, talvéz a mãe ou o pai dele, quem sabe até uma namorada?

Passei três horas intermináveis esperando que alguém me desse alguma informação sobre ele, o homem sem nome ainda não havia acordado, o que me deixava com mais medo. Meu salvador não podia morrer antes que eu lhe agradecesse formalmente. Naquele momento eu rezei, rezei para que alguma força divina o protegesse, rezei para agradecer a minha vida, mesmo sabendo que quem mais merecia aquele "obrigada" era mesmo o homem que estava deitato naquela cama de hospital, sendo tratado como um "joão ninguém".

-Você está com o cara do acidente? -perguntou uma mulher perto de mim, paracia ser enfermeira.

-Sim, como ele está? -perguntei quase desesperada.

-Bom, você vai ter que me acompanhar. -meu coração gelou, nunca é bom quando alguém pede para que você a siga, significa que algo ruim está acontecendo e precisa de alguém especial para te dizer isso. -Você tem que falar com aquele médico alí, ele foi o responsável pelo atendimento do seu amigo. -disse a enfermeira, pude notar em seu olhar que ela tinha um ar de curiosidade sobre mim, concertaza estaria se perguntando o que teria eu de especial para fazer com que alguém pulasse na frente de um carro por mim. Nem eu mesma sabia responder. A enfermeira era jovem, tinha os cabelos ruivos e olhos verdes, parecíamos ter a mais ou menos a mesma idade, foi então que percebi que ela era estudante de medicina, devia ser ruim trabalhar com casos assim logo na faculdade.

-Obrigada- eu disse relutante.

-Você está com o paciente sem nome? -perguntou um homem de meia idade para mim, era o médico que o antendera, pude ler seu nome no jaleco que usava, era Dr. D. Achei estranho, mas fazer o quê?

-Estou. -respondi respirando fundo.

-Bom, a situação dele é grave, mas estável. Teve alguns ferimentos superficiais pelo corpo, mas temos que nos concentrar com o ferimento que ele teve na cabeça... Parace sério, mas já chamamos o neurologista e estamos esperando o resultado de alguns exames. -Você sabe alguma coisa dele?

-Não, nem mesmo sei o nome dele... Ele simplesmente apareceu do nada. -eu disse um pouco mais nervosa pelo médico ter me dito sobre o ferimento na cabeçe de meu salvador.

-Ele está sozinho aqui, seria bom que alguém ficasse com ele, mas se não houver

-Eu fico com ele! -falei imediatamente, algo dentro de mim sabia que ele só fizera aquilo para que eu tomasse a iniciativa de ficar, mas preferi deixar assim.

-Ótimo, você pode vê-lo agora. Ele está no quarto 305. Siga pelo corredor à sua esquerda. Falerei com você mais tarde. -disse ele se afastando.

-Obrigada. -disse antes que ele saísse do meu campo de visão.

Segui pelo corredor sentindo meu coração bater mais forte, eu nem sabia o motivo disso, afinal... Eu nem o conhecia, o que raios estava acontecendo comigo? Entrei no quarto que o Dr.D me indicara, entrei devagar e lá estava ele. Seus braços estavam cheios de arranhões e havia um pequeno corte em sua testa, o rosto estava um pouco vermelho por causa do baque... E mesmo assim ele continuava lindo.

Lembrei-me dos olhos lindos que ele possuía, queria muito vê-los novamente, mas ele estava tão debilitado que eu estava com medo de que isso não voltasse a acontecer. Lembrei que antes do acidente, eu passei a andar mais devagar na rua em que atravessava, justo por encontrar a figura dele, ele estava tão lindo... E mesmo eu tentando disfarçar meu olhar sobre ele, acho que ele percebeu...

Me atrevi a sentar no canto de sua cama, peguei uma de suas mãos machucadas, encarei seu rosto com um certo afeto (que eu nem sabia que podia sentir por um desconhecido), queria tanto saber mais sobre ele, seu nome, idade, de onde vinha e saber o que estava em sua cabeça ao decidir se jogar na frente do carro.

-Você vai ficar bem, tem que ficar bem... -falei para ele.

Uma de minhas mãos praticamente foi sozinha para os cabelos pretos desalinhados dele, deixei que elas acariciassem as madeixas macias, ele, por algum motivo tinha um cheiro de maresia, sabe? Aquele cheiro que sentimos quando estamos bem perto do mar. Minha mão passou por seu rosto bonito, suspirei por um segundo, ele tinha arriscado tudo por mim, eu queria poder recompensá-lo.

-Você não pode morrer, ok? Você disse que sempre estaria comigo, cumpra sua promessa. -falei para ele, mesmo sabendo que ele não podia me ouvir.

Cheguei mais perto do rosto dele, depositei um beijo em sua testa e deitei-me ao seu lado, não sabia o que estava fazendo, eu nem ao mesmo estava pensando, coloquei meu braço ao redor dele e apoiei minha cabeça em seu ombro, esperando para que não causasse dor nele.

-Minha... Cabeça... Dói. -ouvi ele dizer com dificuldade.

Me levantei e voltei a ficar sentada de frente para ele.

-Oi... -Falei para ele, eu estava corada, nem sabia o porquê, estava emocionada por ver aqueles olhos novamente.

-Quem é você?

-Meu nome é Annabeth, Annabeth Chase.

-O que aconteceu comigo? -ele parecia perdido.

-Você me salvou... Você não lembra?

-Não... Eu não lembro de nada... -ele confessou.

-Se lembra de seu nome?

-Sim, é Perceu, acho que me chamam de Percy... -ele respondeu confuso.

-Percy... Do que mais você se lembra? -perguntei buscando alguma informação que me levasse a família dele.

-De mais nada, eu só lembro de andar pela rua e depois... Acordei aqui, mas eu lembro de ter visto você passar... -ele corou um pouco, finalmente estavamos nos olhando nos olhos.

-Percy, você bateu a cabeça, é possível que você tenha perdido a memória. -falei com cuidado, esperando não assusta-lo.

-Nossa... Isso é... Estranho. -ele disse piscando com força.

-Eu vou chamar o médico para ver você... -falei já me levantando para sair.

-Não, não vá... -ele disse segurando a minha mão. -Fique um pouco mais, eu estou confuso... -ele confessou.

-Tudo bem, eu fico. -disse voltando a me sentar perto dele.

-O que você é para mim? -ele me preguntou um pouco corado.

-Bem, nada aparentemente, mas acho que considero você como um amigo. -eu disse ficando corada também.

-Ah... Obrigado por ser minha amiga, Annabeth. -ele disse tímido.

-De nada, eu devo isso a você. -falei. Ele virou a cabeça e olhou dentro dos meus olhos, ficamos sem assunto, mas continuamos nos encarando, em um impulso beijei seu rosto mais um vez, corando muito. Não sei o que teria feito depois, mas meu celular tocou, peguei rapidamente o aparelho e vi o nome de Thalia no visor, aproveitei para ver as horas, já estava tarde, eu havia saído de manhã para ir ao supermercado e não havia voltado mais, ela devia estar preocupada. -Eu preciso atender, volto logo prometo.

-Tudo bem. -ele disse, estava vermelho também.

-Thalia...

-Annie, você está ficando doida? Onde você está? O que aconteceu? Você está bem? Meu deus! -ela gritava do outro lado da linha.

-Calma, uma pergunta de cada vez... Eu não estou doida, estou no hospital, houve um acidente, estou muito bem e...

-Acidente? Você se machucou?

-Calma, estou bem. Um cara me salvou, pulou na frente de um carro que iria bater em mim, estou no hospital com ele.

-Nossa, como ele está?

-Mais ou menos, vou ficar com ele... Ele me salvou. -falei um pouco emocionada.

-Okay. Mas você me deixou muito preocupada...

-Desculpa, eu estava ocupada com ele.

-Qual o nome dele?

-Perceu... E ele perdeu a memória.

-Caramba! E agora?

-Ele não tem família, está machucado e... Acho que vou levá-lo para morar com a gente... -eu disse.

-Como assim? Você nem mesmo o conheçe... Ele pode ser um louco psicicótico!

-Ele salvou a minha vida, não estaríamos tendo essa conversa se ele tivesse pulado na minha frente. -falei. -Sei que é estranho, mas... Sinto que ele é especial... Thalia você tem que entender...

-Falamos disso mais tarde, okay? Mas pense bem, apoiarei sua decisão.

-Obrigada, ele é importante.


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews!
Outro agradecimento especial para a "Diabinha" que me deu a ideia para a Annie chamar o Percy para morrar com ela (que veremos melhor no próximo cap).
BEIJOS
até logo
Valeu muito á todos que estão lendo e acompanhando essa fic.