Pov: Annabeth.

Mais um dia, mas um dia normal, mas um dia comum, mas um dia da minha vida. De uns tempos para cá, eu tenho ido de mal a pior, não que minha vida estivesse uma total desgraça, acredite, já foi bem pior, mas eu sentia que faltava alguma coisa. Entenda, seu sempre achei que faltava alguma coisa na minha vida, ainda falta, e pior de tudo é que eu não faço ideia do quê seja, nem mesmo sei se o dia em que eu encontrar (se encontrar) serei capz de reconhecer, mas mesmo assim eu tenho medo de me sentir vazia para sempre. Talvez isso tenha acontecido com minha mãe, talvez ela tenha ido embora simplesmente por tentar encontrar o que estava sempre procurado, algo que a completasse. Não sei, nem sei se um dia vou querer saber, mas por enquanto já basta.

Já faz mais de dez anos que eu encontro-me apaixonada pelo mesmo cara, quem nem sequer olha para mim. E algo me diz que nunca irá olhar. Talvez eu não seja o que ele procura, talvez eu não seja bonita ou inteligente o bastante para estar ao seu lado... E olha que eu já fiz de tudo para estar á altura de Luke Castelan. Quando ele achou que gostava de meninas problemáticas eu pixei o muro da escola para impressioná-lo, quando ele achou que gostava das roqueiras passei a ouvir todo tipo de rock que consegui, quando ele achou que gostava das meigas, me tornei a pessoa mais amável que ele conhecia, e mesmo assim nada disso funcionou.

Talvez já haja alguém em seu coração que não o deixe olhar para mim, não sei.  Se houver, ela é uma garota sortuda, pois pode olhar dentro daqueles lindos olhos azuis profundos. Sempre imaginei que estaríamos juntos, um dia quem sabe... Mas a cada minuto que passa eu sei que ficamos mais longe.

Mas se você pensa que minh vida se limita a pensar nele, está engado. Eu não fico babando por ele toda a hora, na verdade eu prefiro guardar isso para mim, ninguém sabe o que eu sinto por ele, também tenhoa regra de nunca chorar por nenhum homem que possa entrar na minha vida, não nasci para parecer fraca. Minha mãe dizia isso, segundo minha tia Afrodite. Ela estava certa, por mais que Luke me machuque, nunca iriei chorar por causa dele.

Hoje é meu aniversário, completo 18 anos, finalmente. Não sei se algo vai mudar por cause desse fato, mas já estava na hora de eu ter minha independência total, mesmo que eu já seguisse assim por um bom tempo. Eu tenho meu próprio apartamento que divido com minha amiga Thalia, sou estargiária em um famoso escritório de arquitetura de Nova Iorque, ganho até bem para quem é só uma estagiária. Nosso apartamento é bem legal e bem localizado, dividimos as despesas igualmente.

-Annie, você vai acabar virando pedra! -disse Thalia tirando-me de meus pensamentos.

-O quê? -perguntei confusa.

-Está parada aí faz um bom tempo, está me assustando.

-Eu estava só pensando. -comentei. -Então, quer fazer alguam coisa diferente hoje? Podemos pedir pizza?

-Seria legal, mas... Eu prometi que iria jantar na casa de Luke hoje, sabe, para colocar o papo em dia.

-Ah claro... Acho que vou comer a pizza sozinha. -falei meio desanimada, mas tentei esocnder ao máximo.

-Foi mal, Annie, é que eu já tinha prometido para ele.

-Tá tudo bem, divirta-se. -falei animadamente. -Vou procurar o número da pizzaria.

-Eu já vou indo, devo voltar lá pelas onze.

-Ok.

Thalia saiu me deixando sozinha no apartamento, depois que pedi a pizza e levar um pequena cantada do entregador acabei indo dormir, deitei na cama mesmo sem sono, deitei de lado encarando a parede cinza que deixava o meu quarto ainda mais melancólico.

-Talvez eu tenha nascido para ficar sozinha. -falei, sei que era bastante dramático, mas o que mais eu poderia fazer? Era verdade.

Fechei meus olhos e me cobri com o lençol que estava na cama, estava frio e mesmo com o cobertor eu não me senti totalmente quente, até que algo reconfortante me atingiu, não sei muito bem explicar o que era, era como se alguém estivesse me abraçando, mas não havia ninguém. Era muito aconchegante, era como uma baraço de amigo que eu estava precisando, tinha um cheiro de maresia e um calor humano.

Pov: Percy.

-Você não está sozinha, Annie. Eu estou com você, sempre estive... Falta pouco para nós nos vermos.

Deitei ao seu lado e a abraçei... Era tudo o que eu mais queria fazer, não sei se ela sabia o que estava acontecendo, mas sabia que ela podia me sentir de alguma forma. Eu enfrentaria o conselho no dia seguinte, não queria ir para casa agora, se tudo desse errado ao menos eu queria senti-la bem perto de mim, eu só não queria ficar essa noite sem ela.