Love Is A Killer escrita por MayaBriefs


Capítulo 2
Guardando os sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Esse então, é o segundo capitulo de "Love is a Killer"
Vegeta e Bulma parecem cada vez mais confusos e Bulma guarda pra si o que vem sentindo. Não quer admitir nem a si mesma que pode sentir algo por Vegeta. Até quando ela continuará assim?
Então, vamos ao que interessa!!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/232291/chapter/2

O relógio havia despertado exatamente às 7 horas da manhã, como todos os dias.

Ela nunca foi de acordar cedo, mas não tinha escolhas agora com Trunks pequeno. Parecia que essa era mais uma das coisas que ele parecia mais seu pai, acordar cedo...

Droga. E mais uma vez ela já estava pensando nele, sendo que recém havia acordado! Isso não era aceitável! Será que não teria uma hora do dia que ela não fosse se lembrar daquele saiyajin idiota?!

Não. Idiota era pouco pro que ela o definia mentalmente.

E ela o odiava, definitivamente. Talvez odiasse mais ainda por ele insistir em estar em seus pensamentos, e em seus sonhos.

Será que nem assim ela iria estar livre dele?!

E mesmo o odiando, o condenando, ela não poderia deixar de se odiar também. Se odiar por estar sentindo a falta dele, por que sim...

Maldito saiyajin! Como ela sentia sua falta.

E ela se perguntava a todo o momento, onde ele estaria, o que estaria fazendo, se ele pensava nela, pelo menos a metade do que ela pensava nele?

Mas ela não iria demonstrar essa fraqueza. Não. Jamais. Ela também tinha seu orgulho. E deveria, além disso, ter sangue frio.

Eles não eram um casal, nem nunca foram. Ela sabia disso.

E todo e qualquer sentimento iria guarda-lo dentro de si. Afinal, o que ele fez foi imperdoável.

E foi com um suspiro longo e demorado que ela finalmente encontrou forças para se levantar da cama para se arrumar e ir ver Trunks.

Ele sim era seu único motivo de felicidade, e sempre seria.

Depois de pronta, saiu do seu quarto para ir vê-lo, e como esperado, ele havia recém acordado.

Bulma não pode deixar de sorrir ao ver seu filho.

E pegando ele com cuidado, caminhou até a cozinha, onde sua mãe e seu pai já os esperavam para mais um café da manhã.

_ Bom dia, querida! – exclamou Sra. Briefs com seu sempre bom humor.

_ Bom dia, mamãe. – disse Bulma sem muita animação. – Bom dia, papai. – falou ao seu pai que olhava jornal e tomava café preto, enquanto colocava Trunks na sua cadeirinha e sentava ao seu lado.

_ Olá, querida. – respondeu sem tirar os olhos do jornal, e com um ultimo gole do seu café, fechou o jornal e levantou-se. – Desculpe não poder fazer companhia para o café a vocês, mas tenho alguns problemas na empresa pra resolver.

_ Problemas?! – perguntou Bulma. – Aconteceu alguma coisa?

_ Nada com que tenha que se preocupar querida! – ele disse sorrindo pra filha que tinha uma expressão cansada no rosto.

Eles já não ligavam muito pra isso. Perceberam que desde que Vegeta fora embora ela parecia cada vez mais deprimida. Tentaram até falar com ela, e animá-la, mas sempre que tentavam parecia que a casa ia cair, pois Bulma virava uma fera quando eles insinuavam que ela amava Vegeta e que ele a amava também.

Então, decidiram deixar acontecer, já que eles sabiam que Vegeta voltaria e tudo terminaria bem.

_ Querida, vai querer um pedaço de bolo? Eu corto pra você!! – perguntou sua mãe que cortava um pedaço do bolo para ela.

_ Não mamãe. Estou sem fome. – respondeu.

_ Ah, querida. Mas você precisa comer alguma coisa! Você nem jantou ontem! – ela disse preocupada com Bulma.

_ Não precisa se preocupar comigo! Eu só não estou com fome, quando eu quiser comer alguma coisa, eu como! Eu só não quero que fiquem me forçando!

Sra. Briefs que até então estava se servindo para comer na enorme mesa cheia de comida, olhou para sua filha.

_ Eu sei que você sente falta do Vegetazinho, mas tente comer alguma coisa...

_ Ah Mamãe! – exclamou Bulma alto batendo as mãos na mesa. – Quantas vezes eu vou ter que repetir pra não falar dele nessa casa?! Ele foi embora! Entenda isso!! Ele não vai voltar! E eu não tenho motivos pra ficar preocupada ou sentindo a falta dele!! O único problema nisso tudo será o Trunks que vai crescer sem um pai! Mas acho que será melhor assim, não é?! Não quero que ele seja criado por alguém como Vegeta! Está ouvindo?!

_ Não seja tão fria consigo mesma querida! Vegeta não é tão mal assim...

_ Não é tão mal assim?! Eu cheguei a achar isso em algum momento, mas ele nos abandonou mamãe!!

_ Ele deve ter seus motivos... Talvez ele só queira ficar sozinho por um tempo, ele deve se sentir triste com a morte de Goku...

_ Oh, mamãe! Será que tudo é assim tão simples pra você?! Sabe, eu não estou nem aí se aquele saiyajin lunático decidiu ir embora! Ele estava aqui apenas pra ter lugar pra treinar e vencer os androides e Cell, agora que eles foram derrotados ele não tinha mais motivos mesmo pra continuar aqui!

_ Você sabe que não é bem assim Bulminha, vocês são uma família, ele é o pai do Trunks.

_ Não, ele não é! Vegeta teve apenas uma pequena participação nisso, foi apenas responsável por ter feito Trunks crescer dentro de mim, mas ele não é nada mais que isso! E eu não entendo por que vocês insistem em me incomodar falando dele! A gente não é nada nem nunca fomos! Ele tinha todo o direito de ir embora!

_ Está bem, querida. Tente se acalmar, você anda muito estressada nesses dias.

_ E não é pra estar?! Se vocês não se intrometessem tanto em assunto que não tem haver com vocês, talvez eu pudesse estar com meu humor um pouquinho melhor!

_ Nós só queremos ver você bem querida!

_ Não é o que parece! – disse Bulma se levantando. – Ah, alias. Vou passar o dia fora hoje. Não me esperem pra almoçar!

_ Aonde vai?

_ Fazer uma pequena visita ao Kuririn e ao Mestre Kame. Eu preciso ficar um tempo longe dessa casa! – informou dando comida a Trunks e assim que terminou pegou ele. – Vou apenas me arrumar e já estou indo! Tchau! – ela disse antes de sair dali e ir até seu quarto.

Assim que os primeiros raios de sol começaram a aparecer no horizonte, Vegeta acordou.

Na verdade, ele mal conseguira dormir, como todos os dias desde que saíra da corporação cápsula.

Ele passava dia e noite pensando, e pensando. Indo de um lugar a outro, sem rumo, sem destino.

Chegou a pensar em alguns momentos em voltar pra corporação Capsula, afinal, ele só queria um tempo sozinho pra pensar e esclarecer algumas coisas a si mesmo.

E mesmo não tendo chegado à conclusão alguma em seus pensamentos, pensou em voltar, mas sempre que se lembrava da forma como havia saído de lá, ele voltava atrás e não voltava.

Droga. Se Bulma não tivesse se intrometido, ele não teria se irritado tanto e dito que ia embora. Agora, claro, seu orgulho não permitiria voltar sem mais nem menos.

Mas também, ele estava atormentado, estava confuso, frustrado. Sua cabeça estava quase explodindo. O que Bulma queria?! Claro que ele explodiu quando ela se aproximou.

Maldição! Maldição! Nem lutar que era o que ele mais amava estava fazendo.

Era como se... Ele tivesse perdido a vontade de viver.

E novamente, todas as imagens da luta contra Cell invadindo sua mente. Kakarotto se despedindo, se sacrificando pelos outros. Cell matando Trunks, seu filho, morrendo. Ele tentando vingar sua morte, mas se mostrou ser um fraco, um príncipe fracassado que não era o melhor do universo. E Gohan, aquele maldito filho do Kakarotto, matando Cell, o humilhando, mostrando ser melhor que ele com apenas 10 anos.

Seu orgulho havia sido destroçado naquela batalha. Além de sentimentos estranhos ter entrado no seu corpo, no seu coração. Quando viu seu filho morrer, sentiu-se tão enfurecido que ele tinha certeza, se ele não tivesse se transformado em Super Saiyajin há algum tempo, ele teria se transformado ali, naquele lugar.

E ele jurava a si mesmo que não sentia nada pelo seu filho ou pela Bulma. Mas se não sentia nada, por que agiu daquela forma tão... Desesperada, quando Trunks morreu?!

Ele só precisava de um tempo, apenas um tempo pra tentar colocar as coisas dentro de si em ordem. Mas agora, por causa de seu orgulho, esse tempo poderia durar anos, ou a vida toda, e não voltaria para a Corporação Capsula. Voltar agora seria o mesmo que admitir derrota, o mesmo que admitir que tudo o que ele disse a Bulma, sobre não considerar ela ou Trunks sua família, era mentira.

Sim ele sabia que era mentira, por que por mais que ele e Bulma não estivessem envolvidos emocionalmente, depois que Trunks nasceu, e que tudo aquilo havia acontecido, acabaram se aproximando mais que o que deviam e ele via Bulma de outra maneira.

Ele percebia isso quase principalmente no modo como ficavam juntos. No começo era algo mais desesperado, apenas pra acalmar seus corpos e desejo, simplesmente. Depois, conforme o tempo passara tudo começou a mudar, pareciam querer dar não só prazer, mas carinho um ao outro, não era apenas desejo, tinha algo a mais ali no meio, só que não sabiam o que era.

Talvez esse algo a mais fosse o que fez Bulma se preocupar com ele e querer saber o que ele tinha... Talvez esse algo a mais fosse o que fez Bulma não pedir pra ele ir embora. Mesmo eles nunca tendo dito que sentia algo um pelo outro. Nem mesmo Bulma. Ela nunca disse que pudesse sentir algo por ele, mas a aproximação foi natural, e agora, depois de tudo, depois de querer parar pra pensar, acabou estourando e falando o que não devia. Só por isso agora estava ali, com seu orgulho o impedindo de voltar pra... Casa?

E ele continuou sentado naquela pedra olhando o horizonte, apenas pensando. E logo quando a fome batesse, procuraria algo pra comer. Como fazia nos planetas onde tinha que sobreviver quando era soldado de Freeza.

Bulma pousou na pequena ilha da casa do Kame. Não havia avisado que os visitaria, fazendo-os ficarem surpresos com a visita, mas também contentes. Principalmente Mestre Kame que adorava a presença de Bulma ali.

Bulma havia tentado se acalmar um pouco e não transparecer nenhum tipo de preocupação ou qualquer coisa que pudesse entregar que ela estava passando por um mau momento, fora ali apenas pra se divertir e tentar esquecer esses problemas. Sendo assim, colocou seu melhor sorriso no rosto e entrou na casa com o pequeno Trunks no colo.

Foi um almoço tranquilo e animado, mas a sensação de vazio dentro de Bulma não a abandonava em nenhum momento.

Depois de almoçarem, Mestres Kame e Oolong sentaram-se em frente à televisão para assistir um de seus programas de mulheres preferido. Bulma colocou Trunks pra dormir em um dos quartos, e depois voltou para conversar com Kuririn enquanto os outros estavam distraídos de mais olhando televisão.

_ Poxa, esses aí parecem que nunca vão mudar! Não é mesmo?! – comentou Bulma olhando Mestre Kame e Oolong vidrados na TV.

_ Hehe. É todo o dia assim, praticamente! – disse Kuririn. – Pelo menos eles não têm nada com que se preocupar!!

Bulma mantinha um sorriso nos lábios, mas o olhar distante. Realmente parecia que todos estavam seguindo bem com suas vidas, por que com ela tinha que ser diferente?!

_ Err... Aconteceu alguma coisa Bulma?! – perguntou Kuririn olhando pra amiga.

_ O que?! Não! Claro que não! – ela disse tentando disfarçar.

_ Ora, Bulma, eu te conheço desde pequeno! Você não comeu quase nada... Quer dizer, você não comeu nada! E parece tão distante. – disse o baixinho. – Você sabe que pode confiar em mim pra qualquer coisa, não sabe?

Bulma desviou o olhar e passou a mão pelo seu cabelo.

_ Sim eu sei... Eu sei.

_ Então, qual o problema?!

 _ Não há nenhum “problema”... É que andou acontecendo algumas coisas lá em casa depois da luta contra o Cell.

_ Tem haver com o Vegeta?! – perguntou Kuririn já adivinhando.

_ É... Ele saiu de casa logo depois que Trunks voltou para o futuro.

_ O que?! – ele exclamou surpreso. Jamais poderia imaginar isso, mesmo sabendo quem Vegeta era. – Não posso acreditar nisso! Poxa... Vegeta, é o Vegeta, mas... Ele não seria capaz...

Bulma forçou um sorriso ao amigo de longa data.

_ Sim. Não vejo motivos pra ficar espantado. Nós não somos nada, e Vegeta só estava naquela casa pra treinar e ficar mais forte pra enfrentar os androides, não é mesmo?

_ Bem, é sim, mas é estranho, Vegeta não parecia que iria embora desse jeito. Ele ficou tão preocupado quando Trunks morreu que atacou Cell sem pensar. E ele ir embora agora, é estranho...

_ Vegeta fez o que...?! – perguntou Bulma que até então não sabia dessa historia, apenas que Trunks tinha morrido, mas não que Vegeta ficou preocupado.

_ Pensei que você sabia! – falou Kuririn.

_ Não... Ninguém me falou nada. – disse Bulma e suspirou. – Olha. Eu não sei por que Vegeta fez uma coisa daquelas, ele não se preocupa comigo ou com Trunks. Ele não pensou em nós quando decidiu ir embora!

_ Talvez tenha sido apenas uma decisão precipitada. Não acha?

_ Acho que não, se não ele teria voltado. Mas quer saber, eu não me importo, afinal, eu e Vegeta não estamos juntos e nem sentimos nada um pelo outro, também não quero que Trunks cresça com uma figura de pai como ele! Vai ser melhor assim! – falou tentando convencer mais a si mesma.

_ Você acha? Trunks do futuro parecia se preocupar muito com Vegeta, apesar da arrogância de Vegeta com ele, Trunks o admirava de certa forma, e ele parecia querer que Vegeta sobrevivesse a essa luta pra ficar com vocês e ele poder crescer na presença do pai dele nessa dimensão. – comentou.

Bulma abaixou o olhar pensando no que o amigo disse.

_ Trunks estava apenas admirado em conhecer o pai dele, mas não mediu as consequências querendo fazer ele dessa dimensão crescer ao lado de Vegeta.

_ Você acha que Vegeta seria um pai tão ruim assim?

_ Eu sinceramente não sei... – disse Bulma. – Mas agora já foi! Já passou! Preciso esquecer isso e continuar com a minha vida não é mesmo?! – falou sorrindo.

Kuririn também sorriu pra ela, mas sabia que Bulma não estava encarando isso tão bem quanto ela dizia, sabia que a amiga estava abalada e sentindo a falta de Vegeta.

_ Mas e você Kuririn?! – perguntou Bulma. – Não pensou em ir atrás da Dezoito?!

_ Err... Bem... – o amigo gaguejou ficando rubro e passando a mão na cabeça. – Ah Bulma, não é bem assim, a Dezoito não está interessada em mim! Ela deve ter encontrado outro já!

_ Nossa como você é pessimista, hein!! – disse Bulma cruzando os braços. – Pois eu acho que você deveria procura-la! Não custa nada, ué!! Nem que seja só para serem amigos! O que me diz?!

_ Ah... Mas... Bem...

_ Deixa disso Kuririn! Você vai me prometer que vai procurar ela e se aproximar! – disse o incentivando.

Kuririn sorriu.

_ Tudo bem... Eu vou fazer isso! – disse envergonhado, fazendo Bulma rir e logo em seguida ele também riu com ela.

E assim a tarde se seguiu, e quando começara a escurecer, Bulma decidiu finalmente voltar para sua casa e descansar em mais uma longa noite para mais um novo dia.

Só tinha uma coisa a incomodando. Vegeta havia realmente ficado preocupado quando Trunks morreu e atacou Cell sem pensar?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bulma está cada vez mais confusa e parece piorar a cada dia.
Vegeta será capaz de superar seu orgulho pra voltar pra "casa"?
No próximo capitulo Bulma começa a ter alguns probleminhas e não ficará nada bem.
Ja ne!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Love Is A Killer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.