Força De Um Amor escrita por MayLiam
Notas iniciais do capítulo
Antipenúltimo capítulo... ^^
Boa leitura!
Haviam se passado alguns dias. Damon chamou Caroline para vir ficar comigo, ele estava indo ao hospital com mais frequência, eu não reclamei. Adorava a sua companhia, e pra falar verdade eu ainda não conseguia ficar sozinha e não lembrar. Demoraria muito, mas eu estava superando. Essa ferida logo estaria curada.
-Esta mais perto não é Len? – Carol me perguntou feito boba, enquanto acariciava minha barriga.
-Sim, oito meses hoje. Estou bem feliz.
-E o tratamento do Damon?
-Está se encaminhando. Alaric falou que os exames estão muito bons e ao que parece dispensará o transplante e apenas a consolidação deve bastar.
-Que bom. - Sorriu se ajeitando e me olhando, soltou um suspiro.
-E você? Como andam as coisas com Stefan? – ele fez uma cara travessa.
-Stefan é meio burguês demais, mas é doce, sincero, atencioso. Eu estou muito feliz.
Sorri satisfeita e ouvimos um carro chegar. Damon.
-Olá damas. – ele falou atravessando a sala com um sorriso cortês. Bastante animado o que eu adorava.
-Oi amor. – respondi, ele se curvou pra me dar um leve beijo e beijou a face de Caroline, depois se jogou no sofá ao meu lado, ficando no meio de mim e Carol.
-Dia puxado. – falou suspirando.
-Mas você perece bem animado. – eu disse olhando Caroline que me apoiou sorrindo.
-Eu estou mesmo. Tenho uma notícia boa e uma razoável. – ele falou fazendo gestos com as mãos.
-Quero a boa primeiro. – eu disse encostando a cabeça em seu ombro.
-Bem, Alaric me disse que depois de amanhã, poderei fazer a sessão final. – falou me olhando sem conseguir prender o riso.
-Sério amor? – meu coração disparou, eu o olhei atordoada.
-Sim, é sério. Os meus exames estão em ordem e poderei fazer sem problemas, por incrível que possa parecer eu tive grandes progressos nas últimas semanas. – agarrei seu pescoço sorrindo. Nem podia acreditar. Damon puxou Caroline e estávamos em um abraço sanduiche. Ficamos os três rindo como tolos ali juntos.
-Nossa que boa notícia. Temos que comemorar. Vamos chamar seus pais e os da Len para um jantar aqui hoje. – Caroline, sempre animada.
-Você não muda Carol. – disse Damon.
-Não tenho porque fazer isso. – ela disse se levantando convencida. – Vou convidar a todos. – falou indo em direção ao telefone.
-Eu preciso de um banho. – Damon falou me olhando – Vou subir. – ficou de pé.
-Eu vou com você amor. – me movi devagar, minha barriga estava enorme. Damon me olhou cauteloso. – Quero tomar banho também.
-Eu não acho que a banheira vá servir, - falou sorrindo – quero dizer, você está... – hesitou fazendo graça. Bati em seu ombro indo na frente e ele veio atrás de mim sorrindo.
-Sua ideia seu trabalho Carol. – gritei já da escada e ela fez um sinal positivo com a mão enquanto falava ao telefone. Senti os braços de Damon ao meu redor, ele beijava meu pescoço.
-Você está sempre tão cheirosa e sua pele está ainda mais radiante. A gravidez te fez muito bem. – falou com voz rouca e sedutora. Oh pare Damon, não vamos terminar isso, então melhor não começar.
-Sabe que não vamos fazer nada. Jenna já nos proibiu. – ele gemeu.
-Eu não estava pensando nisso, mas também não queria que você me lembrasse assim. – falou manhoso. Eu sorri, ele conseguia ser sério e palhaço, bravo e meigo, sensível e duro. Damon tinha quase sempre a dosagem certa das coisas. Ele me fazia imensamente feliz e com ele e nosso filho eu sentia que podia ser o que quisesse.
Chegamos ao quarto e Damon foi encher a banheira enquanto eu tirava a minha roupa, senti um desconforto nas costas, a barriga estava me incomodando de verdade, logo o desconforto se tornou leves fisgadas na base de minha coluna e barriga, eu estava me queixando quando Damon apareceu atrás de mim no closet.
-Vamos? – me perguntou só de cueca sem me olhar, eu respirei fundo.
-Vamos sim. – minha voz saiu mais arrastada do que eu queria e ele me olhou imediatamente.
-O que foi? – incrível isso, Damon tinha um radar eu acho.
-Nada, vamos?! – falei forçando um riso, ele estreitou os olhos e quando passei por ele me permiti respirar de novo e soltei um gemido, as mãos de Damon alcançaram minha cintura e eu arfei.
-Nossa! Sou apenas eu. Está assustada? – perguntou com a boca em meu ouvido, acariciava a minha barriga e seu carinho aliviava mais as coisas. Talvez Samuel já fosse manhoso com o pai, ele respondia a tudo relacionado a Damon, as músicas que ele ouvia, sua voz, sua risada.
-Estou um pouco cansada, está ficando pesada demais. Hoje cedo eu acordei com falta de ar, ele ocupa muito espaço. – Damon sorriu, seu hálito quente me fazendo cócegas.
-Logo teremos ele aqui conosco e você terá outros motivos pra reclamar. – disse tirando meu roby. – Entre com cuidado. – falou me apoiando para que eu pudesse sentar na banheira, eu me curvei devagar e senti uma fisgada bem forte.
-Ai! – arfei e Damon já parecia estar em toda parte, ao meu redor.
-Ei! Tudo bem? – assenti com a cabeça, recuperando o fôlego, essa foi forte. Ele me ajudou a sentar e depois ficou me olhando engraçado.
-O que? – ele prendeu o riso.
-Eu realmente não vou caber ai. – falou risonho.
-Para com isso Damon. Sabe que nunca vou ficar confortável sem você me apoiando, preciso do seu peito de apoio e além do mais, a banheira é bem grande, não seja palhaço. – fiz bico e ele gargalhou e foi logo entrando. Logo estava em seus braços.
Terminamos o banho, nos vestimos e Damon desceu antes de mim, precisava resolver algumas coisas. Caroline veio falar comigo e me ajudou na maquiagem, eu queria estar linda hoje. Ela tinha razão, era um dia pra se comemorar. Finalmente tudo estava no seu lugar.
Desci pouco tempo depois e Caroline realmente teceu sua magia. A casa já estava quase irreconhecível. Ela só precisou do que? Duas horas? Ela tinha um dom.
-Nossa, que lindo! – falei a olhando e ela sorriu meiga. Ouvimos a campainha e Damon se apressou vindo do escritório dele.
-É pra mim. – falou ao passar correndo deixando Caroline e eu confusas.
A porta abriu e de lá passaram Jenna, Andie e Alaric, meu sorriso se abriu. Depois chegou Stefan com seu pai. Maria chegou um pouco depois dos meus. Estávamos todos reunidos e a noite estava prometendo ser bem animada. Embora eu estivesse empolgada, não conseguia me entregar totalmente, pois a dor ainda estava lá, eu queria ignorá-la, mas às vezes era impossível e uma carranca se formava em meu rosto. Eu me esticava levando as mãos a coluna. Damon sempre perto e atento, me perguntando se tudo estava bem.
-Alaric, como ela está? – Damon perguntou do nada na mesa, depois do jantar.
-Fin nos disse que ela está na mesma, teve uma certa piora na verdade, está ficando agressiva. Estão aumentando as dosagens dos medicamentos, mas ele teme que não tenha reversão. – Damon ficou com o olhar distante e eu percebi que falavam de Rose.
-Querida sua barriga está tão baixa esta noite. – falou minha mãe, puxando a minha atenção. – Você notou Maria? – minha sogra negou com a cabeça. – Sua avó sempre dizia que isso era um sinal de que estava perto do parto. – eu gelei, parecia loucura, mas talvez explicasse as dores.
-Nunca ouvi falar. – disse Maria.
-Um minuto da atenção de todos. – disse Stefan, e ficamos todos em silêncio. – Bem, esta noite Caroline me ligou com uma notícia maravilhosa. Depois de tantas emoções fortes, depois de uma verdadeira guerra contra a teimosia e dureza deste cara – disse apontando pro irmão – eu fiquei feliz por saber que finalmente, conseguimos atravessar e sair na outra margem juntos, como uma família, como prometemos quando tudo isto começou. – sua voz estava um pouco arrastada e Damon tinha a cabeça baixa como Joseph, eu já chorava, assim como todas as demais mulheres na mesa. – Nem sei por onde começo a agradecer... A Alaric e sua equipe, que além de médicos excelentes são a terceira família do meu irmão e sempre o ajudaram. A minha querida irmã de coração e quase esposa Elena, por amar e cuidar dele mesmo ele sendo um chato e fazendo burrada. – todos gargalharam e Damon revirou os olhos. – Eu sei que ele é mais forte por você. – disse me olhando e eu sorri. – E é claro, obrigado a você Damon, - ele disse erguendo sua taça de vinho - Por não desistir, fraquejar, mas não desistir, por se manter vivo e forte, por ser um irmão maravilhoso e por ter estado ao meu lado em todos os momentos bons de minha vida e os maus também e sei que assim será por longos anos. – olhei para Damon e ele chorava. – Obrigado por confiar em mim, por me dar a chance de ser tudo o que eu posso ser. Eu sempre vou agradecer aos céus por te ter ao meu lado, como irmão. Brindemos a isso, a nossa família, que ela continue crescendo e que Samuel seja o primeiro de uma nova geração de Salvatores. – falou olhando Caroline que corou. Todos sorrimos. – Saúde. – ele disse.
-Saúde. – Todos dissemos.
-Tenho mais uma coisa a dizer. – ele continuou. – Eu estava pensando numa oportunidade pra fazer isto. Eu sei que certamente ela vai querer me matar e dirá, você é maluco é muito cedo. Bem, - ele falou levando a mão ao bolso e tirando de lá uma caixinha preta. Caroline o olhou incrédula, Damon sorriu nada surpreso. – Eu lhe direi senhorita Forbes que cada dia que se passa sem que eu tenha esta certeza é uma eternidade e pra mim está sempre tarde demais. – ele se pôs de joelhos. – E para que o que eu acabei de dizer tenha fundamento e que se faça uma nova geração de Salvatores, quero lhe pedir aqui, diante de seus pais de coração, senhor e senhora Gilbert, - ele disse com emoção contida – Quero lhe pedir que me faça o homem mais feliz do mundo e aceite ser a minha esposa. Aceita?
O silêncio se instaurou, todos olhando para Caroline que tinha a face molhada.
-Carol... – Damon sussurrou e eu o cotovelei. – Au! – falou baixo esfregando o abdômen.
-Caroline... – disse mamãe – Não deixaríamos que fosse com alguém de menor valor. – O olhar de Caroline era assustado, ela voltou a encarar Stefan.
-Tem nossa bênção querida. – disse meu pai.
-Carol?! – insistiu Damon e Joseph sorriu. Maria o bateu no ombro e eu prendi o riso, Damon era igual ao pai. Voltei a encarar Caroline.
-Eu aceito. – ela falou quase inaudivelmente.
-O que ela disse? – provocou Damon, se eu havia escutado, então ele também. Caroline sorriu e respirou fundo.
-Eu aceito Stefan. Nada me faria mais feliz. – e Stefan respirou, e ao fechar brevemente os olhos deixou uma lágrima escapar. Puxou Caroline para que ela ficasse de pé e pôs o anel em seu dedo. Depois trocaram um beijo doce e inibido.
-Quanta coisa numa só noite. – disse Joseph.
-Nem me fale. – bufou Damon.
Nos dirigimos para a sala e logo os amigos de meu marido se despediram, eles trabalhariam ainda e Jenna tinha um compromisso maior. Antes dela sair me chamou no canto da sala, Damon ficou nos observando atento de longe.
-O que você está sentindo Elena? – ela me perguntou sem rodeios. – Além de médica já sou mãe então, digamos que eu lido e sei bem sobre sinais. – eu suspirei.
-Sinto pontadas, a barriga me desconforta, mas você disse que aconteceria nesta fase, é normal certo? – ela assentiu.
-Procure descansar mais. Fique mais tempo deitada e não force muito, fique atenta a estas dores e a qualquer outra coisa. Sabe que pode me ligar a qualquer hora. – eu assenti e Damon já estava do nosso lado, nem o vi se aproximar.
-Mulheres adoram cochichar. – falou me dando um beijo no rosto. – Tudo certo aqui?
-Estava só dizendo a Elena pra descansar e não se descuidar de nada do que eu disse. Acredito que estão seguindo todas as minhas recomendações.
-Está incluindo aquela, desprezível de não sexo? - Damon perguntou a meia voz se curvando para Jenna.
-Damon! – eu gritei, Jenna prendeu o riso.
-Também. – disse risonha.
-A contra gosto, mas sim, todas. – ele disse carrancudo. – Eu entendo que é o melhor pra Elena e meu filho, mas é bem sacrificante. – falou me olhando sacana.
-Damon Lionel Salvatore. – disse realmente irritada, ele não tem tato?
-Saindo... – falou indo se despedir de Alaric e Andie.
-Me desculpe por isto. – disse sem jeito.
-Sem problemas Elena. Damon é uma ótima pessoa. Vocês serão ótimos pais.
Eu agradeci e ela se foi, seguida por Alaric e Andie, que antes de sair veio até mim.
-Depois da sessão do Damon, eu virei pessoalmente ajudar em tudo, os efeitos e tudo mais. – falou com meiguice. Seria mesmo muito bom.
Logo só estavam na casa Damon, Stefan Caroline e eu. Os novos noivos estavam em pleno romance.
-Olha só aqueles dois. – disse Damon, estávamos vendo um filme juntos, os quatro. Bem, acho que só o Damon estava, eu estava cochilando e Stefan e Caroline, bem, eles não estavam vendo o filme.
-Amor, se importa se subirmos? – perguntei manhosa.
-Claro que não. Estou exausto também. Noite cheia, dia cheio. Casa cheia, - falou ele um tanto alto demais fazendo Stefan lhe mostrar o dedo em meio a um beijo com Carol, eu sorri. Damon me ajudou a ficar de pé e se virou pra dar boa noite ao casal. – Se comportem. Nem preciso dizer que vão dormir em quartos separados não é mocinhos... – revirei os olhos.
-Sinto muito irmão, mas minha solidariedade vai até aqui. Não é porque você não pode que eu vou ficar a seco. – Stefan falou e recebeu um chute de Carol.
-Stefan! – ela gritou. – É a casa dele. – ela bufou. – Não se preocupe Damon. – disse sem jeito e eu bufei.
-Ele não está falando sério Caroline. – eu disse fuzilando Damon com o olhar. – Não é mesmo? – Damon me olhou com olhos cerrados e depois relaxou a expressão sorrindo.
-A vontade vocês. Eu já passei por esta fase e quer saber, é a melhor. – eu revirei meus olhos assim como Caroline e Stefan sorriu.
-Pelo amor de Deus, vamos dormir logo. – falei irritada e Damon deu de ombros e se curvou e começou a dar beijos em meu pescoço me agarrando.
-Tão brava, tão linda, tão minha. – ele dizia entre os beijos me apertando mais. Estava começando a me incomodar, não que eu não estivesse gostando é só que uma dor veio crescendo no meu baixo ventre.
-Damon... – eu gemi.
-Não faça isso amor, sabe o que Jenna disse. – sussurrou em meu ouvido sem parar o ataque. – E se você gemer... – eu bufei relutante em seu braço.
-Não amor... – me contorci, e ele se deteve.
-Nossa ficou chatiada tanto assim?
-Só quero ir pra cama e você... – eu parei, minha respiração se deteve com uma pontada, joguei o corpo pra frente.
-Elena! – Damon estava alarmado. – Querida?! – seus braços ao meu redor, tentando endireitar minha postura.
-Ai! – eu soltei entre dentes.
-O que você está sentindo? – ele perguntou, Caroline e Stefan nos olhavam paralisados, eu puxei o ar e me alinhei.
-Não se preocupem. – disse olhando pros três. – Eu só preciso descansar mesmo, a dor vai continuar se eu não me deitar amor. Estou cansada.
-Certo. Você tem razão. Cama. – falou me pegando no colo devagar, eu gemi um pouco e me entrelacei em seu pescoço. – Boa noite pra vocês. – ele disse pro irmão e Carol.
-Boa noite. – ouvimos dos dois.
-Lena se precisar de qualquer coisa... – Carol falou.
-Ficarei bem, marido médico lembra? – ela sorriu e Damon me guiou escada a cima, com todo o cuidado.
Chegamos ao quarto e ele me pôs na cama.
-Preciso me vestir pra dormir.
-Eu sei, mas fica ai quieta, eu vou pegar uma roupa pra você.
-Damon...
-Nem começa Elena. Você já me deu sustos demais hoje. Fica parada. – ele disse em tom sério.
-Tudo bem. – falei vencida, eu não estava afim de me mover mesmo.
Ele trouxe a roupa e me ajudou a vestir, depois foi se trocar e logo estava de volta a cama, não demorei muito adormecer em seus braços, eu precisava disso.
...
Eu mal podia acreditar. Finalmente a última sessão. Eu acordei bem animado. Elena estava descansando bastante estes dias, por recomendação da Jenna, estava chegando a hora e seu corpo não resistia tanto assim, ela se cansava bem fácil. Stefan fez questão de me acompanhar. Eu estava ansioso.
Quando eu paro pra pensar em tudo o que eu vivi nestes últimos tempos com Elena. O fim do noivado dela com Stefan, meus ciúmes, nosso namoro, minha doença, nossa separação, a gravidez dela, nosso casamento, a loucura com a Rose. Eu mal podia acreditar o quanto superamos juntos, e que tudo pelo qual sofremos e lutamos só serviu pra fortalecer o nosso amor. Eu sempre vou amar ela e o que eu vivo com ela.
-Vamos lá cara? – disse Ric e eu assenti.
Fiquei durante toda a sessão conversando com Stefan. No final Andie veio até nós e disse que iria conosco.
-Realmente isto é bem exagerado. – eu bufei.
-Bem, pode ser sim, mas dei minha palavra a Elena. Tenho certeza que ela ficará mais tranquila se eu estiver por perto e como vocês reagem um ao outro como imãs, acho que isto significa que é o melhor pra você também. – disse convencida.
-Eu concordo com ela. – falou Stefan dando de ombros.
-Que seja. – me rendi.
-Deixo você em casa e volto pra empresa, aquilo lá está uma loucura com a viagem do papai.
-Tudo bem Stefan. Estarei com três mulheres me paparicando. Ficarei bem. – Andie bufou e entrou no carro. – Mamãe foi com ele?
-Sim. Estarão de volta no final da semana.
Entramos no carro e no caminho Andie me enchia de perguntas.
-Sente dor, febre, enjoo?
-Relaxa Star, estou ótimo. – Stefan sorriu.
-Que bom. – ela suspirou.
Logo chegamos a minha casa e eu mal entrei e já avistei Elena vindo em minha direção, me deu um abraço apertado.
-Ele está bem? – perguntou pra Andie.
-Eu estou aqui querida. – falei irônico – E sim, estou bem. – ela sorriu. Caroline alcançou meu irmão e foram se despedir longe de nós.
Jantamos juntos, depois ficamos conversando. Elena falava com Andie e Caroline sobre Samuel. Caroline já falava sobre batismo, eu sorria quieto enquanto trabalhava no notebook. Depois de um tempo Elena veio pra perto de mim.
-Tudo bem aqui? – e por incrível que pareça estava. Eu estava sentindo frio, deveria ser por febre, mas nada além disso. O que era ótimo. Ric sempre me disse que seria o pior e estava sendo o contrário.
-Está sim. E com você? – ela sorriu.
-Cansada.
-Vamos dormir? – ela assentiu.
Antes de sair Andie me cercou de recomendações. Deixamos as duas na sala e fomos pro nosso quarto. Elena não demorou a desabar no sono e eu fiquei a observando dormir.
...
-Damon?!
-O que foi?
-Abre os olhos preguiçoso.
-Não te ouço com os olhos Elena.
-Damon...
Certo... eu bufei e abri. Mas que...
-Rose?!
...
-Damon! – meu coração na boca e Elena me olhando séria.
-Desculpa. – suspirei me jogando de volta pras almofadas, estava frio.
-Você está com febre e a um tempo começou a gemer um tanto alto.
-Te acordei com isso?
-Achei que estivesse com dor. – ela disse me olhando meiga.
-Me desculpe por isto querida.
-Tudo bem, eu só me assustei, você começou a gemer e falar coisas sem nexo algum. Está tudo bem?
-Minha cabeça está explodindo e está frio.
-Quer outro cobertor. – eu assenti. – Vou te trazer um remédio pra dor na cabeça. – falou se afastando.
Comecei a sentir uma tontura, mas como isso? Eu estava na cama droga. Meu estômago revirou, estava tudo muito bom pra ser real.
-Pronto. – Elena falou me cobrindo e mal fez isso eu saltei da cama correndo pro banheiro. – Demorou. – ela disse ao me alcançar e eu gemi, voltando a vomitar.
-Chama a Andie. – eu pedi.
-De jeito nenhum. A esta hora ela está dormindo e eu posso cuidar de você. – eu a olhei e me sentei, tentando recuperar meu fôlego. – Está muito forte o enjoo? – eu neguei, não estava.
-Bem, - disse e me estendeu um comprimido. – Pra sua cabeça. – eu peguei. – Aqui. – ela disse me passando um copo com água. Tomei sem hesitar e depois voltei com ela pra cama.
-Estava sonhando com o que? – me perguntou enquanto se aninhava em meus braços.
-Bobagens. – disse meio gemendo. Caramba, está frio.
-Calma, já vai esquentar amor. – ela falou esfregando meu peito e me respondendo o pensamento. – Foi com a Rose certo?
-Elena...
-Tudo bem, você gritou o nome dela. – suspirei.
-Vamos esquecer isto... – minha voz estava falha.
-Tudo bem, relaxe, estou aqui pra cuidar de você. Nós dois.
Ficamos assim por um tempo, a dor de cabeça se foi e Elena já dormira outra vez, depois de um tempo eu também consegui recuperar meu sono, não foi assim tão ruim e pouco a pouco adormeci.
...
Na manhã seguinte saí da cama e deixei Damon dormindo, ele estava sereno e precisava disso. Eu estava com muita fome. Caroline e Andie já estavam a mesa.
-Bom dia! – cumprimentei.
-Bom dia mamãe. – disse Carol.
-Bom dia Elena, tudo certo? – perguntou Andie.
-Ele passou mal pela madrugada, febre e alguns enjoos, mas nada que eu não pudesse ajudar. Ele está dormindo tranquilo agora.
-Isso é muito bom sinal Elena. Damon está bem resistente aos medicamentos e reagindo bem. Vamos esperar os resultados finais dos exames. – disse sorrindo e me juntei a elas no café.
Eu estava muito confiante e aliviada. Logo nosso filho estaria entre nós e seria muito bom saber que ele teria pai dele saudável ao meu lado para recebê-lo. Era o que eu mais desejava agora.
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Samuel tão perto agora *-*
Beijos!