Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 61
Insutentável


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora gente. Tive batizados, casamento, congresso... enfim... mas estou de volta. Espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura!
P.S.: LEIAM AS NOTAS FINAIS!



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Damon tinha esse “dom” de me fazer sentir única, especial e amada. Stefan estava em casa quando chegamos, assim como os meus pais, todos juntos para comemorar a chegada de Samuel, meu filho e de Damon. Eu realmente adorei este nome, uma sonoridade que me lembrava um anjo. E era isso que meu filho era, um belo e querido anjo.

Damon estava um pouco calado no caminho de volta, pensativo. Eu perguntaria o que era, mas não seria difícil adivinhar, ele estava cada dia mais ansioso e frustrado pela doença e sempre ficava distante quando parava pra pensar nela, no trabalho, nos negócios com o pai e Stefan, ele se animou um pouco mais ao encontrar com irmão e contar a novidade. Homens pra um lado, mulheres pro outro, depois todo mundo junto. Até a hora que meus pais se foram e só ficamos Stefan, Damon, Caroline e eu na sala.

-Amor, eu estou muito cansada. Vamos deitar? – pedi manhosa. Ele me olhou um tanto apreensivo, acho que não fiz uma cara muito boa.

-Está tudo bem? – me perguntou e logo Stefan e Caroline me encararam como se eu fosse cair a qualquer instante. Uma das coisas boas em estar grávida é que você ganha muitos paparicadores.

-Eu estou bem, só cansada. – falei olhando pra cada um deles. Damon assentiu.

-Certo. Quero conversar com Stefan um pouco mais. Vai na frente com a Carol. – ele me pediu olhando pra Caroline e que assentiu e logo levantou.

-Boa noite então. – falei me levantando, dei um selinho nele e abracei Stefan.

-Boa noite Caroline! – Stefan falou fazendo com que Carol parasse de andar e se virasse rápido, pra responder toda sem jeito e com a face vermelha.

-Boa noite! – ela falou esbaforida, me apontando as escadas, eu encarei Damon que me olhou sugestivamente e nós dois rimos. Segui Carol até as escadas.

-Não demoro amor. – Damon me falou quando quase cheguei ao topo das escadas.

-Me conta. – falou Caroline entrando no meu banheiro pra me preparar um banho.

-Contar o quê? – perguntei me fazendo de desentendida enquanto me livrara do salto que já estava se tornando desconfortável.

-Ah, pare Elena, você sabe muito bem o que é... – ela gritava de dentro do banheiro enquanto aos poucos eu me despia.

-Sobre a noite com meu marido? – perguntei satisfeita.

-Exato! – ela falou ainda do banheiro.

-Foi tudo muito lindo Carol. Você sabe o Damon... Ele é tão...

-Perfeito?

-Romântico. Ele é muito romântico. – corrigi. – Ninguém é perfeito!

-Hummm... – ela voltou pra o quarto me encarando e sentando ao meu lado na cama. – Me fala o que ele fez que te deixou assim, toda boba.

-Ele me levou até a London Eye, pra jantar...

-Jantar na London Eye? ! – ela fez uma cara ótima. Descrente.

-Sim. Não me interrompe! – ela levantou as mãos rendida. – Ele me levou até lá e no começo eu não entendi, mas ele me explicou tudo. Entramos em uma das cabines e estava tudo organizado, uma mesa linda com lâmpadas e velas. Nós jantamos com toda a Londres aos nossos pés e foi lindo! Nunca tive um momento tão único como o de hoje e só me animou mais ao pensar que com Damon este pode ser apenas o primeiro... – eu suspirava e Carol tinha fogo nos olhos, eles brilhavam, ela estava maravilhada.

-Ele voltou tão quieto. – ela observou. E eu suspirei.

-Acho que foi minha culpa. – ela arregalou os olhos descrente. – Quase estraguei a noite tocando no assunto Rose. – falei e Carol revirou os olhos.

-Elena... – ela ia começar e me repreender, mas eu cortei.

-Eu sei, mas eu não consegui evitar. Eu tinha que tirar essa dúvida de mim sabe? Voltei mais leve depois de tudo, mas ele pareceu ficar triste, talvez seja algo mais que isso, você sabe, a doença.

-O que você falou?

-Perguntei sobre ele e Rose, se já havia acontecido algo.

-E...

-Ele me garantiu que não.

-Você acreditou?

-Acreditei.

-Olha lá em Elena. Você sabe que o Damon detesta que você pense coisas sobre ele, que o acuse e que ele não gosta de seus pitis. Acho bom mesmo que você tenha acreditado. Não procure coisas Elena. Ele é ... Depois de uma noite dessas que você me descreveu, só você Len, pra tentar estragar.

-Eu sei. Mas acabou, eu não vou pensar mais nisso, eu o amo, ele me ama e seremos muito felizes, os três. – falei acariciando minha barriga e Carol sorriu toda boba e pulou da cama.

-Banho senhora. – ela falou voltando pro banheiro.

-Sim senhorita. – falei sorrindo. Ela não mudaria nunca.

...

Eu estava tão sufocado por dentro, tinha que conversar com alguém e vi a oportunidade perfeita quando Elena quis ir se deitar. Após ela sumir do topo das escadas chamei Stefan pro escritório, ele me olhou especulativo e me seguiu. Pedi que ele fechasse a porta e quando ele o fez comecei a andar de um lado pro outro sem saber por onde começar.

-Você está me deixando tonto e assustado Damon. – ele me falou me encarando de braços cruzados. – O que houve? - eu o encarei, com as mãos na cintura, ainda alterado.

-Menti pra Elena! – falei de vez e ele não pareceu não escutar.

-O quê?

-Eu. Menti. Pra. Elena. – falei pausadamente me jogando na poltrona e fechando os olhos.

-Como assim? – o ouvi sentar de frente pra mim.

-Tecnicamente eu não menti. Ela me perguntou sobre algo e eu decidi omitir por hora, não acho que seja a melhor hora pra falar. – falei tentando me explicar me recostando em meus joelhos com meus cotovelos.

-Me diga, por favor, que não foi sobre a Rose. – ele me pediu olhando tenso e eu apenas assenti o encarando meio sem jeito.

-Qual é Damon? – ele me perguntou irritado abrindo os braços.

-Não era a hora certa. – falei me agitando ainda mais, me levantando da poltrona.

-E que hora certa seria essa? Quando ela descobrir sozinha? – ele me perguntou ainda sentado se virando pra me encarar.

-Ela me perguntou sobre os anos que morei com Rose em Paris. Se houve algo. Disse que seria compreensível. – Stefan abriu os braços numa expressão de: E então? Porque não contou? – Mas eu e você sabemos que se eu falasse que sim ela iria se fechar em mil cofres, ficar magoada por eu já não ter contado e nada disso faz bem a ela agora, sem falar que sempre teria essa magoa contra mim.

-Mas você vai ter que falar, a cada dia que passa e você demora fica pior e agora isso? Ela te deu a chance Damon. Falou que compreenderia.

-Não estou contando isso pra você pra que me diga o obvio. Estou agoniado, mas você não viu o brilho no olho dela depois de eu negar qualquer coisa do tipo. Ela ficou mais leve se eu falasse a verdade seria o contrário ou pior que isso, posso aceitar que ela me odeie, já passei por isso, mas vê-la triste e sofrendo, não dá. – Stefan suspirou, ficou de pé e me puxou de volta pra poltrona voltando a sentar-e diante de mim.

-Sabe que vai ter que contar certo? Você sabe que isso de proteger a Elena não dá certo nunca. Você já passou por isso e ela demorou a te perdoar, pensei que tinha aprendido. – ele me falou me olhando com menos severidade.

-Eu sei. Isso está me matando, me sufocando e me deixando ainda mais doente. Eu estou paranoico. Outro dia ela estava na cozinha com Rose e eu ouvi as duas discutirem, meu coração gelou, eu temia o pior,como a Rose contando tudo pra ela, me aproximei devagar, vacilante e percebi que era apenas algo sobre o que eu ia comer. Eu estou dentro de um inferno, contando os dias pra Rose sair desta casa. Isso está ficando demais pra mim.

Stefan me olhou com compaixão, embora não concordasse comigo, me entendia. Ficamos conversando mais um pouco. Ele me deu mais apoio e uns conselhos, conversar com ele me fez bem, eu achava que ia explodir de culpa e desespero, temia por tudo, minha saúde, meu filho, meu casamento. Eu precisava respirar.

-Obrigada por me ouvir irmão. – falei depois pra ele, mais calmo, ele abafou um riso. – Sei que está cansado pela viagem, mas tem mais uma coisa que quero conversar com você. – ele me olhou curioso. – Caroline. – ele arregalou os olhos.

- O que tem ela? – me perguntou olhando pro lado.

-Você sabe. O que está fazendo? Você, Rebekah, Caroline?! É errado.

-Aí é que está. – ele meio que gritou. – Eu falei com Caroline, expus o que eu sentia, falei que eu queria que desse certo entre a gente, que eu queria tentar. Ela me dispensou porque não consegue confiar com facilidade.

-Talvez o fato de você ainda namorar a Rebekah atrapalhe no quesito confiança. – falei sarcasticamente.

-Eu sei disso tá, mas... Eu só não quero ter que... – e foi ai que eu entendi.

-Tem medo de ficar sozinho? – perguntei com cautela, ele hesitou, respirou fundo e respondeu devagar.

-Eu passei a vida preso a um compromisso, não sei viver sem um. Pensei que poderia viver mais livremente , sem cordas, mas... A verdade é que odeio me sentir só, sem ninguém pra chamar de minha.

-Por isso a Rebekah? Pra não se sentir só? – ele assentiu. – Isso é bem ridículo.

-Não pode criticar muito não Damon. Eu falei tudo o que eu sinto pra ela, me entreguei, ela não me deixa tentar, me confunde...

-Você gosta dela?

-Como de nenhuma outra.

-Meu conselho irmão: Termine tudo com Rebekah e tente conquistar a confiança dela. Se você a ama não será tão complicado.

-Eu já fiz. – ele falou de repente, eu não entendi.

-Fez o quê?

-Terminei com Rebekah na viagem. – abri a boca. – Isso explica ela não ter vindo pra cá. Acho que rompemos o laço com os Mikaelson enfim.

-E o que vai fazer agora?

-Ainda não sei Damon, mas quero pensar um pouco. Quando a Caroline souber disso quero ver como ela vai reagir, então eu reajo em resposta. – assenti.

-Eu gosto muito de vocês dois. Caroline é como uma irmã pra Elena e você é meu irmão mais novo. Quero que os dois saiam bem de tudo isso. – ele assentiu.

Depois dessa conversa no despedimos. Elena me esperava no quarto. Como andava sonolenta talvez já estivesse dormindo. Stefan também precisava descansar, assim como eu. Amanhã seria um novo dia.

...

Elena acordou e ficou feliz em encontrar Damon na cama ao seu lado, o sol brilhava iluminando todo o quarto. Ela estava muito feliz e leve, seria uma manhã ótima, ela não conseguia parar de penar assim.

-Bom dia amor! – falou dando um beijo em Damon, que relutou preguiçoso.

-Que horas são? – ele perguntou meio carrancudo.

-Não sei, mas estou faminta e quero que tome café comigo. – Damon gemeu virando devagar para a mulher.

-Dormiu bem? – perguntou Damon acariciando a barriga de Elena que estava sentada ao seu lado na cama enquanto ele ainda estava deitado.

-Como uma pedra. – Elena respondeu se curvando pra beijar a testa do marido. – Você voltou tarde ontem? Não te vi.

-Não muito, você dormiu rápido depois do banho. Você e Caroline. Encontrei-a deitada ao seu lado na cama, parecia uma pedra dormindo. Tentei acordar ela pra ir pro quarto, mas ela ficou brava. – Elena gargalhou.

-Como você se livrou dela? – perguntou divertida.

-Peguei no colo e coloquei na cama, feito criança. – Damon falou sorrindo.

-Você é tão atencioso.

-E você é um belo despertador. – ele a beijou e esse beijo foi ficando mais quente até que Elena o empurrou.

-Fome. Samuel está impaciente. – Damon revirou os olhos.

-Ele é muito ciumento isso sim, não quer te dividir. – falou bicudo.

-Igual o pai.

-Samuel, aprenda desde cedo que eu sou a prioridade da sua mãe. Vi ela primeiro. – Damon falou encarando a barriga da esposa, Elena gargalhava.

-Vamos logo e deixa de falar bobagem pro nosso filho.

Os dois levantaram, se aprontaram e desceram para o café da manhã. A mesa já estava cheia, todos na casa menos os dois.

-Família toda junta. – falou Maria sorrindo. – Eu adoro isso!

-Bom dia mãe. Pai. – falou Damon puxando a cadeira pra Elena sentar. – Rose, Stef, senhorita chumbinho. – falou ele pra Caroline que o olhou confusa e todos riam na mesa com o apelido, Elena gargalhou.

-Senhorita o que? – perguntou Stefan perdido.

-Chumbinho. – respondeu Damon se sentando em uma das pontas da mesa. Stefan e os demais – menos Elena – o encaravam confusos. – Melhor pegar leve no café da manhã Carol – ele continuou, fazendo a moça abrir a boca ainda mais atordoada. – Você pesa muito, ontem quase desloquei a espinha levando você pra cama. – Caroline abriu a boca, Rose encarou Damon de olhos arregalados, assim como Maria e Stefan que tinha até uma certa fúria ao olhar por irmão nesta hora. Joseph e Elena abafaram risos.

-Meu Deus! Eu estava quebrando a cabeça tentando entender como voltei pro meu quarto. Achei que tinha sido por puro reflexo. – Damon gargalhou.

-Você foi via Damon mesmo e quase me custou a coluna então... – ele começou a gargalhar, Carol corou e todos riram.

-Meu Deus, que vergonha! – Carol falou totalmente vermelha. Elena só gargalhava.

-Não ligue para ele Caroline. Meu irmão adora constranger as pessoas. – falou Stefan comendo Damon com os olhos, que deu de ombros de logo depois desconversou.

-Elena... – chamou atenção da esposa.

-Sim. – Elena ainda gargalhava, mas se conteve para ouvir o marido.

-Todos os anos, você sabe, eu reúno o meu grupo de sócios e bem... Fazemos um evento beneficente para ajudar o setor púbico de saúde infantil de Londres. Sabemos aqui que temos um dos melhores do mundo, se não o melhor, eu me orgulho muito disso e sempre quero melhorar ou manter este padrão da maneira que posso. – Elena escutava atenta, ela e os demais sabiam bem do que se tratava – Este ano quero que você organize tudo para mim. – os olhos de Elena brilharam.

-Está falando sério amor? – ela perguntou empolgada.

-Claro que sim. – Damon respondeu, sem encarar ela, comendo devagar. – Minha mãe me ajudava antes, depois a Katherine e agora você. Nada mais justo, como minha esposa é tarefa sua. Sei que você adora isso e tenho certeza que a Carol ficará feliz em ajudar.

-Claro! – Caroline se sobressaltou da cadeira empolgada, quase que dando pulinhos sentada e olhando Elena que sorria largamente.

-Será como todos os anos? No seu aniversário? – Stefan perguntou ao irmão.

-Sim, como todos os anos. Então Elena você tem pouco mais de um mês. – falou olhando pra mulher que o olhou animada.

-Posso ajudar você também Elena. Afinal, eu organizei esse evento nos dois anos que Damon ficou em Paris. – Rose falou com certa soberba. – Poso te dar algumas diretrizes. – Elena revirou os olhos, mas antes de responder ela, ouviu a voz do marido.

-Não creio que sua ajuda seja necessária Rose. – ele a cortou, fazendo Rose o encarar meio perplexa, aparentemente ela não esperava essa resposta. – Elena sabe organizar eventos assim como ninguém, ainda mais assessorada por Caroline. Ouso até dizer que será um dos melhores que teremos e a tendência daqui pra frente será sempre a melhor. – ele respondeu olhando Elena no final, que pareceu bem satisfeita com a resposta.

-Certo. – Rose respondeu, com um sorriso forçado. – Bem, eu estou atrasada, então... Bom dia a todos! – falou se levantando da mesa. Elena abafou um riso junto com Carol e Maria. Damon olhou para Stefan que se mostrou um pouco tenso com a situação, depois encarou Joseph, que o olhou com uma expressão de: Muito bem filho, essa foi boa. Todos responderam o “bom dia” de Rose quase em coro e ela se foi com cara de poucos amigos.

-Bem, não é só um evento, é seu aniversário também Damon. – falou Caroline animada.

-Aí é que está Caroline. – Damon começou tomando um gole de seu café. – O evento deve ter mais destaque que a data. Nunca gostei de aniversários, escolhi essa data pro evento porque minha mãe insistia em fazer uma festa, então eu tive essa ideia quando completei 12 anos e fiquei doente, vi toda a situação nos hospitais e no outro ano eu fiz a proposta e continua até hoje. A data não passa em branco e eu ainda ajudo as crianças, mas sem alardes, o meu presente é sempre as doações que conseguimos arrecadar. – Damon explicou a Caroline, enquanto Elena assentia a tudo, Stefan já havia lhe contado como era tudo isso. Apenas a família sabia da comemoração de aniversário, os demais iriam a um evento beneficente e nada mais.

-Pode deixar meu amor, cuidaremos de tudo. – Elena tranquilizou o marido.

-Confio em você. – ele falou e beijou a testa de Elena.

Minutos depois os homens da casa saíram e deixaram as mulheres em polvorosa já começando a planejar tudo para o evento que seria em breve.


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Notas finais do capítulo

ELENA TERÁ MUITO O QUE FAZER NO PRÓXIMO CAPÍTULO:
Final da Reforma da sua casa, festa do Damon (pra organizar), quarto do Samy, mas o melhor de tudo (ou o pior) é que finalmente ela vai se livrar da Rose. A alegria acaba no mesmo capítulo :/ e o 63 será muito difícil pro Damon. :/
Mas as coisas ficam ruins só até o 66 que é o dia do evento... E só pra constar, minha fic não vai até o capítulo 100 kkkkkkkkk Sem mais pistas, porque vocês são muito boas em sacar tudo kkkk
Beijos!