Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 24
Leilão e outras coisas...


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo... Tenho um aviso: POR FAVOR NÃO ME MATEM COM O QUE ESTOU PRESTES A FAZER NA FIC, pois se trata do verdadeiro tema dela, o que eu quero passar com a história e tudo acontecerá com um propósito então... Paciência. Boa leitura!



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Incrível como os dias se arrastam quando eu estou longe dela. Enfim chegou a quarta-feira e eu a veria hoje à noite no leilão. Já estava morrendo se saudades da minha namorada.



-Oi! – Andie invadiu minha sala e meus pensamentos.



-Oi!



-Vamos almoçar? – ela me perguntou sentando-se na minha frente e mexendo em um porta-retratos que eu matinha em minha mesa. Era uma foto da Elena. – Alaric irá conosco hoje!



-Você quer dizer pro almoço ou ao leilão? – perguntei soltando um riso insinuativo para ela.



-Pros dois. – ela respondeu dando outro riso sem jeito. – Você não para de me empurrar para ele não é? – ela falou corando um pouco, o que só me fez sorrir mais.



-Eu? Do que está falando? – eu falei cinicamente, erguendo a sobrancelha. Andie arremessou uma caneta em mim. Eu gargalhei com o gesto.



-Seu sem graça! – ela falou levantando e indo até a porta. – Te esperamos na recepção.



- Chego em cinco minutos. – eu respondi piscando e ela revirou os olhos e saiu em seguida.



Alaric realmente era do contra, então quebrando nossa rotina, minha e de Andie, resolveu almoçar num restaurante muito mais distante e muito mais sofisticado que o El Mare. Típico dele, estava querendo impressionar a Andie. Esses dois...



-Ric, eu estou meio intrigado com umas coisas que andam acontecendo comigo. – eu falei do nada interrompendo um momento descontraído entre ele e Andie. Ambos me encararam parando o riso.



-O que quer dizer? – Andie falou erguendo uma sobrancelha
 e Alaric apenas me olhava esperando que eu desenvolvesse a ideia.



-Bem, eu tenho sentido dores de cabeça frequentemente, e também me sinto muito cansado. – eles me olharam como se isso fosse absolutamente normal, eu fiz um gesto para que esperassem eu concluir e eles pareceram entender. – Eu achava que era apenas cansaço pelo fluxo de trabalho, mas então outros sintomas foram surgindo, e estes sim, me incomodam e fogem do padrão de simples cansaço. – eu pareci ganhar a atenção dos dois, principalmente de Ric.



-Fez exames mais específicos? Hemograma? – Andie me perguntou.



-Na verdade estava esperando você voltar Alaric. – eu falei mirando meu amigo. Ele estava bem sério.



-O que mais está sentindo Damon? – ele me perguntou se encostando na cadeira e cruzando seus braços.



-Tonturas, enjoos, febres, ontem encontrei um hematoma nas minhas costas, e não me lembro de me machucar pra isso. – ele fez uma cara não muito boa. Encarou Andie por baixo, ela me olhava confusa.



-Você desmaiou? – Alaric perguntou efusivo.



Eu hesitei, principalmente porque eu notei o olhar assustado que Andie o direcionou pela pergunta que ele me fez, ela me encarava agora meio que desesperada pela resposta.



-Uma vez... Meses atrás. – eu respondi e Andie quase me engole com seu olhar de desaprovação. - Senti uma dor muito aguda na nuca. Uma enxaqueca horrenda na verdade. – Alaric e Andie me encaravam atônitos. – Mas foi só desta vez, eu estava meio estressado na ocasião, minha pressão deveria estar explodindo no momento. – eu conclui, tentando justificar.



-Você disse que anda intrigado. Do que suspeita? – Ric me perguntou seriamente. Afinal éramos todos médicos.



-De nada específico. – eu falei hesitante.



-Bem comece com um hemograma Damon. Conversamos depois. – ele me falou e eu assenti. Eu tinha suspeitas, mas elas eram horríveis demais pra falar em voz alta, principalmente pra eu ouvir a suspeita em voz alta. Ela estava apenas na minha mente e eu queria deixar ela lá até me livrar dela ou confirmá-la. Certamente queria a primeira opção.



Terminamos o almoço num clima mais tenso. Voltamos para o hospital. Terminaríamos o plantão e nos encontraríamos todos no leilão desta noite.



...



Eu estava tão ansiosa por hoje à noite. Tudo estava pronto e muito bem organizado, mas eu não conseguia evitar, era um evento muito importante. Caroline havia me ajudado muito e eu realmente estava feliz por tê-la ao meu lado. Ela era brilhante quando se tratava de sofisticação e simplicidade o que eu adorava.



Eu estava animada com tudo, os lotes eram lindos. Variavam
entre joias maravilhosas e peças de arte, como esculturas e pinturas, eu
consegui todas elas com a ajuda de Klaus, a maioria eram dele na verdade. Ele estava me ajudando tanto quanto a Carol. Uma peça em especial me chamou tanta atenção. Um colar. Ele era maravilhoso. Parecia mais uma relíquia, o que mais me agradou nele, aliás, seus detalhes eram lindos.



A noite finalmente chegou e eu estava recebendo meus convidados ao lado de meu pai. Eu já conseguia ver todos os que me interessavam para o leilão, magnatas excêntricos, “peruas” da nata social e amigos queridos, dispostos a me apoiar. Eu havia ligado para Damon umas dez vezes, ele já deveria estar ali, ao meu lado. Da última vez que falei com ele, dissera que havia acontecido uma emergência e que ele chegaria um pouco mais atrasado. Mais do que já estava? Eu pensei sem falar nada, disse que entendia e realmente entendia, ele deveria estar tão chateado quanto eu. Andando pelo salão avistei um velho amigo, que há tempos eu não via, ele estava conversando com minha mãe. Eu soltei um riso largo e fui em direção dos dois. Eu estava com saudades dele.



...



O dia parecia que não ia terminar mais. Quando finalmente conseguimos finalizar o plantão, Alaric, Andie e eu, fomos nos
preparar para o leilão. Minutos depois estávamos prontos e fomos todos juntos. Eu estava cansado, mas eu prometi a Elena, a noite era importante para ela.



Ao chegar ao local eu não pude evitar abrir a minha boca, fui seguido pelos meus amigos. Estava tudo maravilhosamente lindo. Caroline e Elena se superaram, eu já podia imaginar o casamento de uma delas. Uau! Que clima! Entramos no evento, recebidos pela própria Caroline, a qual tratei logo de elogiar.



-Tudo maravilhoso, como sempre! – eu falei beijando sua mão e ela sorriu timidamente.



-Sejam bem-vindos! – ela falou simpaticamente para nós três.



-Onde está Elena? – perguntei para ela. Já buscando minha namorada com o olhar.



-Está com a senhora Miranda, acredito que perto da mesa central bem ali! – ela apontou para a direção. - Ao menos estava da última vez que a vi, tem uns cinco minutos. – ela completou.



Eu agradeci, segui salão adentro acompanhado pelos meus colegas e não demorou muito para eu encontrar Elena, ela estava de fato com sua mãe, mas a visão que me prendeu nela foi derivada de uma certa incógnita. Quem era o homem que tinha as mãos na cintura de Elena enquanto sussurrava em seu ouvido?



...



-Olha quem chegou querida! – minha mãe falou acenando para a nossa frente, eu segui seu gesto e então o vi, Damon havia finalmente chegado e estava acompanhado por seus amigos. Eu fui em sua direção levando o meu amigo comigo, segurando a mão dele. O olhar de Damon estava dentro do meu, com uma expressão meio estranha.



-Finalmente meu amor. – eu falei me soltando de minha companhia e dando um selinho nele ao abraçá-lo. Ele não tirava os olhos de meu amigo agora. – Andie... Alaric... Que bom que vieram. – eles sorriram pra mim e logo após me elogiaram.



-Desculpe por isso meu amor, não tivemos como vir mais cedo. –Damon falou me envolvendo com suas mãos em minha cintura e eu finalmente notei a grosseria, meu amigo estava com cara de bobo e deslocado.



-Ah céus me desculpe! – eu me virei para ele fazendo Damon franzir a testa.



-Jeremy, este é Damon, meu namorado. Acho que lembra dele. É o irmão mais velho do Stefan.



- Ah sim, lembro! Um prazer conhecê-lo Damon. Jeremy Fell. Ele falou estendendo a mão para Damon que a segurou meio especulativo.





- O prazer é meu. – respondeu seco. – Estes são meus amigos, doutor Saltzman e doutora Star. – Jeremy cumprimentou devidamente os dois.



-Não lembro de ter ouvido falar de você antes. – Damon falou meio que grosseiramente para Jeremy, que soltou um riso torto entendendo tudo e respondeu educadamente.



-Você não morava mais em Londres na época. Tinha acabado
de se casar, se não estou enganado.



Meu Deus, eu estava em um fogo cruzado, o jeito que Damon o encarou agora, ele quebrou o pescoço um pouco pro lado soltando um riso forçado ao extremo. Tudo piorou quando Alaric viu um conhecido e se foi levando Andie com ele. Eu respirei fundo quando minha mãe se reaproximou. Eu estava salva!



-Me abandonaram, isso não se faz! – minha mãe falou me encarando meio especulativa e eu soltei um obrigada com o olhar. – Meu querido, você demorou! – ela falou indo cumprimentar Damon.



-Não pude vir antes. Está muito bonita senhora. – Damon falou rindo forçadamente.



-Jeremy criança, ainda não vi sua mãe. Leva-me até ela? – Minha mãe falou sorrindo para Jeremy que assentiu imediatamente, se despedindo de mim e de Damon, que soltou um até breve mais que seco, irônico. Minha mãe sentiu o clima chato de longe e eu agradeci novamente a ela quando afastou Jeremy de Damon e eu.



-Abusado esse rapaz. – Damon falou sem me encarar, seus olhos estavam sobre o casal que se afastou de nós.



-É apenas um amigo Damon e você estava sendo muito grosso. – ele me encarou incrédulo e eu sabendo o que vinha a seguir nem dei chances para que ele começasse. – Não quero discussões com você meu amor, estava morrendo de saudades. – eu falei lhe dando um beijo ao envolver seu pescoço. Ele me olhou se rendendo.



-Eu também! Você está linda! – ele me direcionou um riso torto.



-Vem comigo! Quero te mostrar uma coisa. – ele arqueou a sobrancelha apreensivo e se deixou levar pela minha mão que o puxava.



Levei Damon até a sala onde se encontravam os lotes, ele olhava tudo maravilhado.



-Uau!



-É eu sei, lindo não é? – eu falei indo em direção à mesinha a nossa frente, eu queria mostrar a ele o colar. Eu virei com a caixa do colar nas mãos e ele ainda encarava o ambiente estupefato. – Olhe este! – eu disse, ele se voltou para mim e depois para a caixa em minhas mãos, eu abri a caixa e ele arregalou seus belos olhos azuis.



-Minha nossa! Que lindo!



-Eu sei.



-Como conseguiu?



-Uma mãe de um amigo do Klaus doou, disse que ganhou de um antigo namorado, história de amor inacabada e sem final feliz. – eu
explicava a Damon enquanto ele removia a peça da caixa.



-Uma coisa tão bela com uma história triste nas costas? Difícil de crer.



-Também acho. – alguém invadiu a sala neste instante. Damon se sobressaltou com o barulho da entrada de Caroline.



-Você está aí. – ela falou respirando aliviada. – Temos que começar, mas um atraso e será de péssimo tom. Já tardamos demais Elena! – ela falou meio que me repreendendo.



Damon devolveu o colar para a caixa e eu a coloquei em seu devido lugar. Voltamos ao salão principal e eu me direcionei ao palco montado para o leilão, de mãos dadas com Damon.



-Boa noite a todos! – eu falei no microfone. – Primeiro quero agradecer a presença de todos, é uma noite muito especial para mim a para as instituições que queremos ajudar. – ouvi aplausos. – Conto com ajuda de todos vocês, meus amigos, em mais esta ação. Vamos levar um pouco mais de sorriso para nossas crianças e idosos necessitados. Aproveitem o leilão. As peças foram muito bem selecionadas com a ajuda de um grande amigo, que acredito que todos aqui conhecem seu bom gosto. Senhor Klaus Mikaelson. – Mais aplausos. – Divirtam-se todos! – eu falei e então Damon pegou o microfone de minha mão e acrescentou:



-E não se esqueçam de abrir as carteiras queridos... – ele disse piscando e sorrindo cínico e agora eu ouvia gargalhadas mescladas com aplausos, ele era terrível!



...



O leilão estava cada vez mais interessante, o mais engraçado da noite era o meu irmão leiloando as peças. Stefan fazia todos rirem, como empresário pernicioso estava conseguindo arrancar cada vez mais dinheiro de quem tentava arrematar as peças.  Belo negociante.



A ordem dos lotes estava sendo estabelecida por Caroline e Elena, ao meu lado estavam Rebekah e Andie. Alaric estava com meu pai e o de Elena, estávamos todos dispersos pelo salão, meio que agitando nossos “vizinhos” a arrematar por mais dinheiro. Era um complô bem arquitetado.



Finalmente surgiu a última peça, eu sabia muito bem qual era, e até julgava o porquê de ser a última a ser leiloada. Elena realmente queria ficar o máximo de tempo com aquele colar. Eu olhei pra Rebekah quando Stefan iniciou os lances.



-Compre este colar pra mim! – eu falei ao pé do ouvido dela que me encarou surpresa.



-Compra você! – ela falou indignada.



-Não Rebekah, me faça esse favor. – eu fiz um bico pra ela, e ela gargalhou. Acreditei que se rendendo.



-Porque você não compra? Até agora só sua mãe conseguiu fechar um lote pros Salvatore, eu achei que vocês ajudariam mais sua pupila. – Ela falou provocando e eu vi que me enganei.



- Por favor, loirinha... – eu falei pegando a sua mão e beijando. Ela revirou os olhos e eu sorri largamente sabendo o que significava. – Obrigada!



Rebekah deu um lance bem alto, eu a belisquei:



- Não exagera! – falei entre dentes e ela sorriu.



-Você quer o colar, eu compro o colar.



Eu vi Elena olhar para a mãe com uma cara suplicante e Miranda deu um lance maior. Eu estava certo, Elena não ia querer perder o colar justo pra Rebekah, eu ri em silêncio.



A guerra estava lançada, eu forçava Rebekah e revidar cada lance, mas depois ela não precisou de incentivo, estava adorando a disputa. Stefan estava no palco com o olho arregalado e com medo das duas arrematantes, ninguém mais arriscava um lance. Era uma guerra de gigantes. Rebekah deu um golpe de misericórdia, me fazendo tremer. Ai meu bolso! Mas valeria a pena. Miranda encarou Elena, que revirou os olhos e se rendeu. Rebekah ganhou afinal. Stefan estava até suado. Meu Deus como eu me divertia vendo tudo.



Ao final do leilão, todos seguiram para o grande jantar que era oferecido. Eu não podia ficar mais. Alaric e Andie se foram antes de o leilão acabar, depois que Ric arrematou uma escultura tão estranha quanto ele conseguia ser às vezes. Dirigi-me até onde estava Elena, ela estava forçando sorrisos, mesmo depois do sucesso do leilão ela não conseguia esquecer o colar. Só podia ser isto. Eu envolvi minha mão em sua cintura, e ela meio que pulou, eu a assustei.



-Não credito que justo a Rebekah ficou com o colar. – ela falou encarando o nada, eu a puxei para minha direção a deixando de frente pra mim.



-Sinto muito amor, mas você tentou!



-Exibida, isso sim! – ela estava muito irritada, eu dei uma risada e beijei sua testa.



-Eu tenho que ir. Amanhã vou cedo pro hospital. – ela me olhou com ternura.



-Você deve estar cansado não é?



- Um pouco sim, mas eu me diverti muito hoje! – ela sorriu com um pouco mais de sinceridade.



-Seu irmão sabe realmente negociar, começo a me perguntar se realmente fiz a escolha certa... – ela soltou com malícia. – Esta habilidade do Stefan me favorece mais.



-Hum... Não me diga senhorita. – eu falei a abraçando com força. – De que te serve essa habilidade quando você estiver com o pé na cova? Negociar um caixão adequado? – ela me olhou incrédula, abrindo a boca. – Preste mais atenção ao que diz, para não ouvir bobagens correspondentes. – ela moveu os lábios numa expressão de choramingo.



-Nossa isso foi grosso! – ela disse fazendo bico.



-Você me provoca! – eu falei meio que rindo e ela fez manha. – Ora vamos lá, estava só devolvendo a piada. Você está mesmo é pensando no colar.



-É, eu estou. – eu a puxei dando um beijo e então ouvi alguém pigarrear atrás de mim, me fazendo afastar nossos lábios.



-Eu já estou indo Elena!



-Sério isso? – eu falei em voz alta, sem querer. Era o amiguinho sem muita noção da Elena, Jer... Alguma coisa assim...



Elena me encarou séria e então se despediu devidamente do amigo e eu fiz o mesmo. Depois que ele se foi eu lhe dei outro beijo e pedi que se despedisse de seus pais por mim. Eu tinha que ir embora. Estava tarde.



Ao chegar em casa, eu estava sozinho, tanto meus pais quanto Stefan ainda não haviam chegado. Eu fui para o meu quarto e tomei um banho. Ao terminar fui escovar meus dentes, minha cabeça estava doendo outra vez. Inclinei-me para cuspir na pia a ao voltar a me encarar no espelho notei uma linha vermelha que começava a escorrer de dentro do meu nariz até meu lábio superior. Sangue?



-Fala sério!  - eu falei atordoado. – Só era o que me faltava! – eu peguei o quite de primeiros socorros que eu mantinha em meu banheiro, tirando dele uma gaze e indo me deitar, deixei minha cabeça bem erguida na almofada, isso diminuiria o sangramento. Eu estava assustado agora. Amanhã mesmo eu agilizaria meus exames, isto estava ficando cada vez mais sério.


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Notas finais do capítulo

Continuando mais tarde... E mais uma vez: Obrigada Pelos reviews :) Beijos!