Rainha Dos Mares escrita por Serendipity


Capítulo 12
12. Maus momentos




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Sua ultima frase solou firme e decidida, como se me desafiasse a contraria-lo. Eu não o fiz, mas eu não tinha tanta certeza que isso iria acontecer.

Capitulo 12 – Maus momentos

Minha audiência com Zeus havia sido marcada. Seria em três dias. Ate la, eu ficaria em quartos que Poseidon tinha no Olimpo. Poucas horas depois que cheguei, voltei a ver minha equipe de preparação; Eles disseram que sentiam muito pelo ocorrido e que não acreditavam nas mentiras que estavam contando.  A visita deles foi rápida, mas me fez bem.

Pelo que pude perceber, Tritão também havia ‘agido’ no Olimpo, deixando bem claro o que achava de mim. Alguns concordavam com ele.

O desaparecimento do deus dos mares havia deixado todos chocados, e por todo lugar que eu ia, isso era a única coisa que se falava. A pergunta era sempre a mesma: onde estava Poseidon?

-Annabel?

Virei-me na direção da voz, onde um homem estava parado no batente da porta.

-Se importa se eu entrar?

Apenas balancei a cabeça, enquanto observava sua expressão seria.

-Atenas e eu andamos conversando e achamos que seria melhor se fosse eu a vim falar com você.

Continuei sentada no trono de Poseidon, com o queixo apoiado nas costas da mão, ainda sem falar nada.

O deus a minha frente suspirou.

-Vou lhe fazer uma pergunta e quero que sege verdadeira comigo, porque será a mesma pergunta que Zeus lhe fara e ele saberá se esta mentindo ou não. Quero que saiba que eu e Atenas continuaremos do seu lado, e iremos te proteger, caso isso sege necessário – ele suspirou mais uma vez e perguntou – Annabel, você tem algo a ver com o sumiço de Poseidon?

Continuei olhando pra ele, ainda calada, apesar de já começar a sentir as lagrimas encherem meus olhos. Era a primeira vez desde o sumiço de Poseidon que eu havia me permitido chorar. Senti os braços de Hermes me envolverem gentilmente enquanto eu chorava desesperadamente.

-Não foi eu – consegui falar depois de certo tempo – Não fui eu. Por favor, acredite em mim. Por favor

-Eu acredito, querida. Sempre acreditei – respondeu ele – Agora, por favor, se acalme.

Não foi tão fácil assim quanto eu esperava. Por alguma razão. Eu queria apenas chorar, chorar e chorar...

-*-

Naquela noite, os pesadelos que eu tinha quando criança voltaram a me perturbar. Agora, mais intensos e conseguiam ser piores que antes.

Acordei suada e sentindo-me mais cansada do que quando fui dormir. Antes mesmo que eu conseguisse fazer qualquer coisa, corri em direção a banheiro e vomitei todo o jantar do dia anterior.

Do outro cômodo, pude ouvir Cinna chamando meu nome. Ele deve ter olhado em direção ao banheiro, porque logo ouvi um grito e depois passos vindos em minha direção.

-Querida, o que aconteceu? – perguntou, segurando levemente meus ombros – Foi algo que comeu ou esta doente?

Antes que eu pudesse responder, tive outra ânsia de vomito.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei ali, mas deve ter sido um bom tempo porque quando voltei a sair do banheiro, já era hora do almoço. Não falei pra Cinna que o cheiro da comida estava me deixando enjoada.

-*-

Pela primeira vez em semanas, eu havia colocado uma calça jeans. E isso era extremamente bom.

-Annabel, querida, é a sua vez – disse Cinna, ainda bravo. Ele odiava o fato de eu estar usando jeans. Então me empurrou levemente os ombros em direção a porta –Você tem que entrar. Agora

Era agora.

Com passos hesitantes, entrei no enorme salão.


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