My heart is broken 

A voz dela. Essa era a única coisa na qual eu conseguia pensar. 

— Cato! — Clove gritara. — Cato! 

Estava paralisado, ela estava gritando e mesmo estando longe eu podia sentir o medo em sua voz. Não, Clove nunca deixa ninguém perceber que está com medo, tem algo errado. Mas era Clove, sem dúvida alguma. Meu cérebro se recusa a mandar a ordem de movimento para o resto do corpo e então meus pés decidiram assumir o controle e então corri. Corri como nunca. Corri para onde Clove estava. Simplesmente corri o mais rápido que pude. 

— Clove! — gritei enquanto corria. — Clove! Clove! 

Ah, as emoções. Não fiz questão alguma de escondê-las. Para Clove ter gritado algo extremamente sério deveria estar acontecendo. 

— Clove! 

Quando a encontrei, desejei não tê-lo feito. Ela estava no chão, coberta de sangue. Joguei-me ao seu lado e a peguei em meus braços da melhor maneira que consegui. Não, ela não poderia estar morrendo, não, ela não. 

— Vamos Clove! Isso não tem graça! Katniss escapou e sei que você quer terminar o serviço. Vamos Clove! Por favor, não me deixe! Clove! 

Eu a balançava freneticamente tentando trazê-la de volta, mas eu sabia que era inútil. Meu anjo negro não pode ser salvo. Ela fechou os olhos e por um momento entrei em desespero, mas então seus olhos se abriram outra vez e eu pude ver seus sentimentos ali, o único problema era que eu não conseguia decodificar nenhum deles. Não, na verdade eu conseguia decodificar apenas um. A raiva. Mas porque raiva pequena Clove? 

— Clove — murmurei, mas minha voz foi abafada pelo tiro do canhão. 

Então, era isso.  

Meu anjo negro havia partido. 

Sweet sleep, my dark angel