My Frist Love escrita por Manu Muller


Capítulo 2
Início do Verão




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Chicago, 22 de junho de 1963.

O sol estava a pino, o ar abafado, a brisa fresca em meu rosto dava uma ótima sensação. Ah o verão, a estação mais quente, ainda mais aqui em Chicago. Eu pedalava pelas ruas movimentadas de Chicago aproveitando todos os “bons” elementos do verão. Primeiro dia de férias de três meses sem fazer nada. Tem coisa melhor? Não que eu não goste de fazer nada, ao contrário eu sou muito agitada sempre fazendo algo... Essas férias dariam um bom descanso para minha mente já exausta de tanta álgebra. Logo as ruas movimentadas iam ficando para trás, quanto mais me aproximava da rua de minha casa, que apesar de simples era ótima. Lá me vivíamos, meu pai, minha mãe e meu querido irmão, e apesar de algumas dificuldades somos felizes.

Enfim cheguei a minha rua, o bom de morar no “Caminho Verde” era que a rua era toda cercada de árvores verdes, as quais eu sou incondicionalmente apaixonada. Pedalei rapidamente quando cheguei à esquina de casa eu adorava chegar antes do almoço para ajudar minha mãe. Ao chegar ao meu jardim bagunçado guardei minha bicicleta próxima à entrada da garagem e corri para dentro de casa.

-MÃE?-gritei ao chegar à sala de jantar.

Renée apareceu no portal que dava para cozinha sorrindo. Minha mãe aos seus trinta e cinco anos podia facilmente se passar por uma mulher de vinte oito vinte nove anos, seus traços jovens e felizes causavam inveja em qualquer um.

-Vejo que minha filha esta feliz hoje.

Sorri para minha mãe e revirei os olhos. Quando eu não estava feliz?

-Sempre estou contente mãe. -Disse me aproximando.

Renée sorriu contente e me deu um beijo materno em minha bochecha.

-Esqueci que você irradia felicidade.

Mais uma vez revirei os olhos. Modéstia parte minha mãe não estava mentindo. Eu realmente irradiava alegria, como meu pai dizia eu era um          “Sol”.

-Onde está meu pai?-Eu perguntei enquanto me dirigia para cozinha com minha mãe.

-Foi visitar seu tio Richard.

Sorri ao lembrar de tio Richard, ele era o irmã mais novo de meu pai, tio Richard diferente de muitos nós tinha deficiência mental, mais mesmo assim é uma pessoa incrível pela qual eu daria minha vida, eu e tio Richard somos muito apegados.

-Hm... Podia ter me esperado, estou com saudade do tio. -disse num muxoxo de tristeza

Renée sorriu para mim enquanto mistura uma massa que parecia ser de bolo.

-Semana que vem você pode ir, hoje foi à vez de Emm.

Ah, Emmett, ou, Emm é meu irmão mais velho, um gênio, porém muito palhaço, ele é meu melhor amigo além de ser muito ciumento...

-Espero. -Eu disse fingindo estar brava.

Renée riu graciosa.

-Pare de reclamar Bella e venha aqui me ajudar no preparo do bolo dos novos vizinhos.

Franzi meu cenho confusa.

-Novos vizinhos?

-É meu amor, a casa de Tyler foi vendida lembra?

Ah claro! Como eu me esqueci de que a casa do melhor amigo de meu irmão foi vendida?

-Tudo bem. -Eu disse me aproximando da bancada da pia.-Qual o sabor do recheio?- Eu perguntei sorrindo de orelha a orelha, eu simplesmente adorava fazer recheios.

*Algumas horas depois*

Papai e Emmett já haviam chegado da visita que fizeram há tio Richard, passava um pouco da hora do almoço, Emmett como sempre estava brincalhão e meu pai renovado, sempre que ele visitava tio Richard ele voltava mais feliz do que já era.

-Hmm... Posso comer?-Perguntou Emmett arregalando olhos gananciosos para o bolo de morango e chocolate que eu e minha mãe havíamos feito para os novos vizinhos.

Logo tratei de puxar a orelha de Em o afastando do bolo. Ele comeria se déssemos bobeira.

-Fique longe do bolo Emmett. -Eu disse.

Ele fez um bico brotar em seus lábios fartos.

-Mas Bellinha... -Ele começou e eu logo tratei de interrompe-lo

-Não me faça chamar dona Renée!-Eu disse estreitando meus olhos.

-Ok, ok, nada de ameaças. -Disse Emmett.-Deixe o bolo para os “novos moradores” e blá blá blá...-Disse irônico.

Sorri graciosamente para meu irmão e rodei minha saia me virando de costas o deixando sozinho na cozinha. Emm apesar de um gênio de “todas as ciências” parecia um crianção, apesar de mais velho que eu.  Subi as escadas indo direto para o ateliê de meu pai ele devia estar pintando. Abri a grossa porta de madeira escura, e lá estava o velho Charlie fazendo o que mais gostava.

-Atrapalho?-perguntei da soleira.

Charlie virou para trás me encarando com um sorriso de orelha a orelha.

-Nunca meu anjo. -Disse.

Sorri para meu pai e entrei correndo em seu ateliê repleto de quadros. Era assim que Charlie ganhava a vida fazendo o que mais gostava pintar.

-Não pense que vai se safar. -Eu disse de modo acusador.

Charlie me olhou fingindo estar confuso.

-Olha Bells... - Eu o interrompi.

-Estou com saudades do tio Richard!-Disse manhosa.

Charlie riu o que lhe provocou rugas.

-Ele também está morrendo de saudade de você meu amor, ele ficou triste por que não a levei.

Sorri triunfante.

-Vocês não são nada sem mim. - Eu disse convencida.

Charlie revirou os olhos e riu.

-Claro meu amor... -Disse irônico.

Então ouvi um barulho de caminhão. Opa os vizinhos novos.

--Tudo bem, tudo bem. Eu te perdoo pai. -Eu disse sorrindo.-Eu te perdoo.

Eu disse enquanto saia correndo do ateliê e descia as escadas. Nunca estive tão curiosa para saber sobre vizinhos novos como eu estava agora. Ao chegar à sala de estar fui para a janela que dava de frente para a casa dos novos moradores. Abri a cortina lentamente sempre me mantendo escondida. Não era legal ser pega tomando conta da vida alheia. Quanto mais da vida de estranhos. Pude contar todos os membros da família rapidamente duas meninas que aparentavam minha idade, um casal que provavelmente poderiam ser os pais. Ótimo quatro novos vizinhos. Não pude deixar de notar que todos eram extremamente lindos, parecidos com modelos de revista. Então um novo membro da família surgiu, ele era alto, esbelto, tinha os cabelos próximo de uma cor bronze. Por Deus. Ao ver aquele anjo do outro lado da rua meu coração parou. Pensei comigo mesma "Por Deus quem é esta beldade?" Eu não conseguia parar de olhar o novo morador da casa em frente a minha. Até que ele viu que eu o observava, fiquei vermelha como um tomate e fechei a cortina. Minha respiração estava ofegante, então me dei conta de que não estava sozinha, Emmett estava sentado no sofá da sala rindo de minha expressão.

-Viu assombração Bellinha?-Perguntou irônico;

Respirei fundo e mostrei minha língua para Emmett e depois subi as escadas rapidamente o deixando sozinho fui atrás de minha mãe em seu quarto, e graças a Deus a achei no mesmo.

-Mãe. Mãe. Mãe!-Eu entrei eufórica em seu quarto.

Renée me olhou confusa.

-O que aconteceu Isabella?-Perguntou confusa.

Eu parecia quicar sobre meus dois pés.

-Os vizinhos novos chegaram!-Eu disse alegre.

Minha mãe riu e se levantou de sua penteadeira vinda em minha direção.

-Me deixa ver se adivinho... Minha filha simpática quer levar o bolo deles?-perguntou arqueando sua sobrancelha esquerda.

Fiquei vermelha na hora. Minha mãe me conhecia muito bem.

-Sim. -eu disse rapidamente.

Renée riu e apertou minhas bochechas levemente.

-Tudo bem vai lá Miss Simpatia. Disse Renée divertida.

-OBRIGADA MÃE!-Eu disse enquanto descia as escadas correndo e ia direto para cozinha pegar o delicioso bolo.

Assim que peguei o bolo parei na frente do espelho da sala e ajeitei meus cabelos e estiquei minha saia, treinei meu sorriso e sai decidida pela porta. Eu podia ouvir as risadinhas idiotas de Emmett mais eu estava nem ai para ele. Atravessei a rua rapidamente e o mesmo fiz com o jardim bem cuidado dos novos vizinhos. Parei em frente a grande porta dupla de madeira branca com detalhes entalhados. Respirei fundo e toquei a campainha. Lentamente a porta se abriu, e para minha surpresa, o “anjo”             estava lá atrás dela para me receber.


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Notas finais do capítulo

espero que gostem beijos :**



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