O Ponto De Vista Do Marvel escrita por Bia Vieira


Capítulo 13
O ataque das aves-vagalumes




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Passei um dia inteiro calado, não disse nada, absolutamente nada. Me isolava o tempo todo, como uma criança de castigo.

Espera... como uma criança? Eu sou um burro! Um retardado, babaca! Eu estou dando esse gostinho aos dois e não estou feliz com isso, é óbvio.

- Hey. - digo me aproximando deles que estão comendo na noite escura e fria próximo a uma fogueira. Podemos ter uma, quem tentar nos matar morre imediatamente.

- Que foi? - Cato pergunta. - Desistiu de ficar de pirraça?

- Qual é, cara, preciso falar com vocês.

- Fala então.

- Tá... é o seguinte, nós quatro somos aliados e isso significa que devemos ter estratégias em grupo. Não gosto do jeito que me tratam com tanta palhaçada, eu também sou um tributo, eu também quero vencer e não vou ficar tolerando ordens de vocês. Pensam que são o quê o presidente Snow?!

Acho que... não devia ter falado aquilo, achar não, tenho certeza de que não devia. Ouvi sons estranhos de aves voando com rapidez, uns barulhos estranhos vindo delas. Ruídos. Comecei a sentir também que o barulho do crepitar do fogo havia cessado. O fogo apagou e estávamos no escuro. Rapidamente pegamos as armas mais próximas de nós e esperamos o ataque.

- Obrigado, Marvel. - disse Cato entre os dentes.

Aves multicoloridas vinham na nossa direção, eram brilhantes, pareciam aves-vagalumes... uma pena eu não saber o nome daquela mistura genética. Lancei uma lança em uma ave próxima e ela caiu ao chão com a lança atravessada no corpo, retirei a lança e tentie matar outras aves... mas logo foi ficando mais difícil quando Clove fez a seguinte observação:

- Eles tem dentes afiados!

Sim, ela descobriu isso pelo fato da ave ter arranhado seu braço... mas a Clove lutando é péssimo pro oponente, já lutando com raiva... nem se fale. Ela matou umas duas aves de uma vez. O garoto do distrito 3 estava meio enrolado, pois três aves o puxaram pela roupa, o casaco. Lancei a minha lança pra ajudá-lo e matei uma ave, as outras foi difícil mas como ele se debateu, ficou fácil.

Nós corremos para longe das aves assassinas, todos nós carregamos nossas armas e ficamos "cobertos" de sangue... todos temos uma ferida agora demonstrando que brigamos com as aves.

Corri para longe deles e procurei algum local com uma câmera.

- Foi mal presidente Snow, não quis te ofender. 

Soou idiota? Mais que idiota, um fraco com medo de um velho que cheira a rosas e sangue... soube isso por boatos que correm pelo distrito.

Tropecei em um tronco e rolei pela grama, bati a cabeça muito forte.

Agora sim, eu não consegui me mover.

Acho que entrei dentro de um buraco. Não consigo mais ver nem as árvores, apenas terra em cima de mim e uma pequena saída a minha direita. Mas não quero sair dalí, minha cabeça dói muito e eu estou já cansado. Durmo alí mesmo, se eu morrer não tem mais importância.

Claro que tem, Marvel, seu distrito quer um vencedor!

Vejo tudo turvo, acabo desmaiando com minha cabeça doendo demais.

Quando acordo, Clove e Cato estão me olhando sérios.

- E... eaí? - gaguejo tonto.

- Beba isso. - Cato me entrega água e eu bebo.

- É hoje. - olho pra Clove enquanto me levanto pra beber a água. Ela assenti.

- Prometa que fará esse trabalho bem feito. Queremos um belo show. - ela sorri malignamente.

- Prometo.

- Não mate a Garota Quente, mate a garotinha. - diz Cato. Clove olha pra ele com raiva.

- Que ênfase foi essa no "Quente"?

- Não.. não é nada. - ele diz corando. Logo me olha de volta. - Já está de tarde Bela Adormecida, recupere a força e vá logo. Cadê sua lança?

- Devo ter uma por aí. Se não tiver, eu faço.

- Ótimo. Vamos caçar um pouco mais comida, coma umas frutas por aí e depois vá e mate a garotinha.

- Tá bom.

- Boa sorte, cara. - ele deseja e Clove dá um pequeno sorriso encorajador.

Com Cato me desejando boa sorte e Clove me encorajando eu aposto que consigo. É meio estranho ter os dois confiando que eu vou matar a garotinha. Bem eu vou né.

Como e bebo mais um pouco, faço de tudo pra ter uma mira perfeita e dar graças aos anos de treinamento. Tomara que eu consiga. Afinal, treinei minha mira desde os oito anos de idade, tenho que conseguir. 

Limpo a boca e me levanto, faço uma lança de madeira bem pontiaguda e logo a seguro com firmeza e caminho pela floresta.

Eu vou matar a pequena aliada da garota do 12 pra ela sentir a mesma dor que eu senti quando... quando Glimmer se foi. Respiro fundo e tento ficar rápido.

- Por você, Glim. - digo e corro para a floresta em busca da aliada.


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Notas finais do capítulo

Tá aí! Desculpem a demora :)
Leiam também a fanfic "E se não tivéssemos ido para os Jogos?" Um romance Clato :DDDD
Deixem reviews e indiquem a fanfic, pro favor.
Beijinhos flutuantes :*



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