Paris, 20/01/2005

- ESFREGUE MELHOR, GAROTINHA INÚTIL!!! - Gritava uma voz feminina em um banheiro, o banheiro tnha uma janela, que dava para um céu estrelado, com a torre Eiffel ao fundo, a menina com quem a voz gritava era morena, cabelos castanhos-escuros curtos com uma pequena franja atrás da orelha, olhos azuis-celestes, excessivamente magra, o que mostrava que ela era subnutrida, camisa regata branca, calças negras de moletom, e velhos sapatos marrons, sua roupa parecia muito velha e suja, a própria garota parecia suja e mais velha do que era, sendo que a mesma tinha apenas 7 anos.

Ela estava segurando um pano, ajoelhada, chorando com um rosto infeliz, pobre garotinha que estava sendo obrigada a trabalhar em seu próprio aniversário, pobre criança nomeada como Claire Margot!

Seus pais trabalhavam para uma família rica, a familia Bonnet, que hávia ficado rica graças à venda e fabricação de vinho (Na França o vinho é igual a cachaça no Brasil: Qualquer marmanjo pode tomar em qualquer boteco! XD).

Os patrões da família de Claire, eram cruéis, tratavam os empregados como se fossem escravos, fazendo com que Claire nunca saísse de casa, apenas sabia ler e escrever pois seus pais a ensinaram a como fazer isso.

Sua mãe, Maud, já tinha perdido a sanidade à muito tempo, enloquecera à alguns anos, e seu pai, Ladislas, implorava para que seus patrões fizessem algo à respeito disso, porém nunca fizeram nada.

E Claire, nunca havia sorrido, nunca mesmo, era infeliz e não tinha esperança que as coisas melhorassem, porém não esperava que piorassem também.

Ela não sabia o quanto estava errada...

Uma semana depois...

Claire estava na cozinha, que por alguma razão, ficava no segundo andar, sua mãe entrou lá, uma mulher de cabelos laranja longos cacheados, pele clara, e olhos azuis-celestes, tinha 1,78 de altura, usava uma roupa comum de empregada, Claire lavava e guardava pratos e copos, porém ficou surpresa ao ouvir passos na cozinha, aí se virou e viu sua mãe em frente à janela.

- Mãe?! O que você está fazendo? - Indaga a confusa Claire.

- Me livrando de toda a dor e sofrimento minha filha, toda ela! - Falou então pulando e janela, só dando tempo pra Claire gritar um sonoro "MÃÃÃÃÃÃÃÃÃEEEEEEE" e ver sua mãe morta com o corpo carbonizado pela cerca elétrica que havia encima do muro, que possuia pontas de lança para reforçar a segurança, ou seja: O corpo de sua mãe além de estar carbonizado estava com uma ponta de lança no coração.

Claire chorou, chorou muito alto, seu pai, um homem de cabelos castanho-escuros curtos, bigode da mesma cor, moreno,  de 1,88 de altura, magro, olhos amarelos, usava camisa social branca, terno negro sem mangas, gravata também negra, calças e sapatos sociais também negros, e não acreditou no que viu:

- MAUD!!! - Gritou ele num visto de tristeza e raiva, sua mulher já falava sobre suícidio, porém nunca imaginou que ela realmente fizesse isso.

Num impulso de raiva, ele foi até a sala de jantar, Claire à seguiu, seus patrões eram um homem que estava vestido totalmente de roxo, seu terno, sua calça, sua gravata-borboleta e seus tênis, bem, sua camisa social branca era uma excessão, seus cabelos curtos negros já estavam ficando grisalhos, tinha olhos da mesma cor dos cabelos, era magro e estava sentado numa mesa de jantar com sua esposa ao lado que vestia um vestido e um par de sapatos roxos, cabelos loiros presos por uma piranha, pele pálida, e olhos verdes, Ladislas foi até seu patrão, pegou-o pela gola do terno.

- ESCUTA AQUI: A MAUD ACABOU DE SUICIDAR-SE AGORA À POUCO! POR SUA CULPA! SUA CULPA!!! - Disse ele, o rosto de seu patrão não mudou, ele apenas falou:

- Não estou nem aí! Pode atirar Pierre! - E apontou para um homem com um revólver que atirou em Ladislas bem na cabeça, matando-o, fazendo com que aquele fosse o dia mais infeliz de Claire, que observou tudo aquilo de longe, e resolveu escapar na primeira oportunidade, subiu as escadas, pegou algumas roupas, e a boina que sua mãe costumava usar na adolescência, para Claire fugir seria perigoso, pois ela nunca havia saído daquela mansão, mais era o velho ditado: Quem não arrisca não petisca, logo, Claire arquitetou um plano: Esperaria o casal dormir, roubar as chaves (Que ela sabia onde ficavam), e usá-las para fugir.

Logo, à noite chegou, e com passos bem leves, foi até aonde o casal guardava às chaves, robou-as, e conseguiu fugir.

Claire chegou bem mais longe do que esperava, chegou até o outro lado da cidade aonde encontrou um homem que vestia simplesmente um macacão de mêcanico azul, 1,76 de altura, tênis velhos que um dia foram brancos, era moreno, de cabelos pretos grandes cacheados e olhos-castanho-claros, ele estava completamente sujo de gracha, o que indicava que havia saído do trabalho a pouco tempo, ele pergunta:

- Oque faz aqui menininha?

- Bem, é que... - Claire não sabia por onde começar a explicar e lembrou da morte dos pais, e chorou, logo o homem viu que tinha tocado em um assunto desagradável, disse:

- Venha comigo para minha casa! - Claire obedeceu, embora estivesse com medo de que o homem não tivesse boas intenções.

Logo, eles chegram na simples casa do homem, sendo recebidos por uma mulher de cabelos azuis-escuros curtos, pele branca, olhos verdes, vestido azul com saia-longa branca e sapatos de salto-alto da mesma cor do vestido, aparentava ter 1,74 de altura, ela recebeu o homem com um abraço e um beijo, então Claire notou que os dois tinham alianças nas mãos esquerdas.

- Olá Béatrice! - Disse ele.

- Bem-vindo querido! - Então ela notou Claire - Quem é essa menina Aaron?

- Eu a encontrei enquanto voltava pra sozinha na rua, decidi trazê-la pra cá para perguntar o porque ela estava sozinha na rua à essa hora. - Responde.

Sem outras escolhas, Claire conta tudo para o casal, que ouvem, horrorizados, que decidiram que lutariam com a família rica pela guarda da garota.

Como só a existência de cicatrizes no corpo de Claire graças aos maus-tratos sofridos pelos ex-patrões eram uma prova mais que suficiente, eles entregaram a uarda de Claire para o casal Legrand (Aaron e Béatrice), que apesar de serem pobres, eram felizes...

Mais Claire ainda não conseguia sorrir.

Um dia, na tarde de 10 de Março de 2006, Aaron e Claire estavam andando numa rua, até que pararam na frente de um pequeno prédio branco com "Acadêmia de Judô Kawada".

- Você vai entrar aqui! - Disse o homem.

- Vou aprender Judô? - Indaga ela surpresa.

- Sim, e você será ensinada por um amigo meu chamado Gilbert Kawada, o avô dele era Japonês! - Diz Aaron animado.

- Mas não tenho roupa de judô! - Protesta Claire.

- Relaxa, está com o Gilbert, comprei pra você para te fazer uma surpresa. - Diz ele - Agora entre!

Claire entrou dessa vez sem protestar, lá ela viu um monte de pessoas com kimonos brancos ou azuis, ela tratou de procurar pelo tal Gilbert, e quando viu um homem de 1,87 de altura, kimono branco, cabelos pretos compridos, que usava uma faixa vermelha na cintura (A última no judô), era meio musculoso e tinha um bigode e olhos pretos, Claore supôs que ele era o Gilbert.

- Ei, senhor, você é o sensei Gilbert? - Indaga ao homem.

- Eu mesmo, e você é...

- Claire Margot, filha adotiva do Aaron. - Disse ela.

- Ah! Então é você! - Exclama - Ele te deixou isso! - Falou jogando um saco pra ela - Vá no vestiário feminino e vita isso! - Mandou.

Quando Claire voltou do vestiário vestia um judogui (Um nome pros kimonos usados no judô) com a parte de cima branca e a de baixo vermelha, com uma faixa branca, e tirou a boina de sua mãe, graças a um conselho de Gilbert, pois se não fosse por aquilo, talvez nunca teria tirado sua inseparável  boina.

O treino de Claire começou, porém ela não estava indo muito bem e pensou em desistir, falou sobre desistir com Gilbert, que apenas respondeu:

- Claire, seu pai me falou todo o seu passado, e tenho uma pergunta: Você quer mostrar sua força a seus ex-patrões? Que você é mais do que uma escrava? - A garota apenas dirigiu-lhe um olhar que dizia "Vou matar o Aaron por falar meu passado pra um desconhecido" porém mesmo assim assentiu com a cabeça - Bem, existe um torneio secreto anual de artes-marciais, todo professor de qualquer estilo de luta que não dependa de armas, qualquer um com nível o suficiente pode participar, você pode participar dele daqui a alguns anos, e convidar seus ex-patrões para ver que você não é fraca Claire, o que acha dessa ideia?

Pela primeira vez em sua infância, Claire sorri!

- Acho o máximo! - Diz sorrindo.

O tempo passa, e já está no dia 24 de Junho de 2012 na França!

Claire continua morena, ainda é magra, mesmo que nem tanto, seus cabelos vão até os ombros agora, e hoje sua altura é 1,64, sua roupa era uma camisa de mangas curtas branca com listras azuis e vermelhas, uma calça preta com uma imagem da bandeira da França na perna direita, tênis laranjas e a boina da sua mãe.

"Gilbert disse que eu finalmente tenho nível para competir na Meiyo no Path, entrarei nele e chegarei o mais longe que eu puder, e mostrarei que eu não sou fraca!"

Continua...