A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic
As Portas, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.
Annabelle, Rumpelstiltskin, Hook e Jefferson se encontravam na mesma sala onde o Mad Hatter havia levado Regina, muitos anos atrás, que terminou resultando em sua prisão em Wonderland.
– Dê-lhe tempo! Logo ele voltara ao estado são! – disse Hook.
– Ok... querem me explicar como ele passou 30 anos em Wonderland e continua com cara de 20? – Annabelle perguntou.
– O tempo em Wonderland é diferente do nosso. Em cada mundo, há um conceito diferente de tempo. Ele deve ter uns vinte e nove anos agora e não vinte e sete como ele tinha antes. – Rumple explicou.
Jefferson estava sentado no chão encarando as portas e quase babando. Parecia estar em estado vegetativo.
– Acho que vou passar minhas próximas férias em Wonderland. – ela brincou. – E agora?
– Agora... Dark Castle! – ele disse fazendo a fumaça roxa cobri-los.
Reapareceram na sala de Rumpelstiltskin. Annabelle logo olhou pela janela, o tempo parecia que não tinha passado. O por do sol continuava do mesmo jeito.
– Vá com Sebastian e leve-o. – Rumple olhou para Jefferson, que ainda continuava em estado catatônico. – Não me importa se Elizabeth irá reclamar. Espero que ele recobre a consciência na viagem. Mande os guardas protegerem o menino, nem que isso signifique raptá-lo. Mas não conte nada ao seu irmão, Derek é muito burro, fará com que Regina o note.
– Sim vovô. E quanto a Killian? Precisamos dele.
Killian franziu a testa quando Annabelle disse aquilo.
– Deixe-o aqui. Prometo levá-lo a tempo de quebrar a maldição. Mas preciso ter uma conversa com ele e, bem, achar a filha do Chapeleiro.
– Grace. Reino de Snow Falls imagino.
– Sim, eles viviam no reino de Snow Falls.
– Não tem ideia do que pode ter ocorrido com a menina?
– Tenho sim, mas é melhor deixar apenas como ideia. Diga a Sebastian que eu tenho um plano. Prossigam com o baile, nele, desmascararemos Regina.
– Certo... mas se raptamos o menino agora, não vai ser muito... óbvio que sabemos sobre Emma?
– De fato. O baile é em dois dias, raptem-no na manhã do baile. Diga a Emma para comparecer. Deixe um cavalo rápido, um vestido e mantimentos. Farei com que Snow White, James, Pinocchio e toda a realeza de Snow Falls estejam lá... sóbrios de preferência.
– Certo.
Ela começou a descer a escada, mas parou, virou para o avô e o questionou. Killian ainda estava tentando entender o que estava acontecendo com Emma.
– E o Graham?
– Não se preocupe, dearie, quando Regina for derrotada, ele terá a alma de volta.
– Vovô, o senhor está fazendo isso tudo porque quer derrotar a Evil Queen ou por causa da família?
Rumpelstiltskin olhou um pouco espantado para a menina.
– De fato, Annabelle, você é a mais inteligente dos meus netos. – disse com a voz calma e sem olhá-la nos olhos.
– Acho que já sei a resposta. – ela disse cabisbaixa.
Disse e desceu a escada. Rumple virou-se para Hook, que encarava a janela, se amaldiçoando eternamente por ter abandonado o amor da sua vida.
– Temos muito que conversar, pirate.
De volta à Storybrooke, Aria lia um livro no Café da Granny's. Sorriu quando Red trouxe seu chá e voltou à leitura, levou a xícara à boca, soprando antes e se deliciou com a camomila. Emma entrou estranha no local, tremendo; estava muito frio no lado de fora, mas não parecia ser esse o motivo dela estar corada. A xerife sentou na mesa da menina e a encarou.
– Bom dia Emma, a que devo a honra?
– Preciso de uma amiga. – ela respondeu e se arrependendo de imediato.
– Achei que sua BFF fosse a Snow.
– Ela é... é diferente agora... não é como antes... – gaguejou.
– E o que mudou?
– Ela é minha mãe!
– Sweetie... isso não é mudança, ela é sua mãe desde o momento que você nasceu. A mudança é que vocês duas só vieram descobrir isso agora.
– Que seja, Aria! Será que pode fingir que me conhece e ser minha amiga?
– Fingir? Eu te conheço Emma e por te conhecer, sei que você não é assim. O que foi que der repente fez com que você procurasse uma “amiga”?
Emma ficou com uma cara estranha, como se estivesse prendendo o xixi.
– Emma Swan, desembucha!
– Eu meio que... hum... estou apaixonada pelo Captain Hook.
Com a surpresa, Aria cuspiu o chá na mesa, quase molhado seu próprio livro e Emma.
– Você... o que? – ela perguntou surpresa.
– Eu sei... meio irracional... sem lógica... ele é um pirata e tal... e... ah, sei lá! Você está certa, eu não sou assim! Mas é que... eu precisava contar isso para alguém!
– E desde quando eu sou a pessoa mais indicada para qualquer um pedir conselho?
Emma passou as mãos pelo rosto. Quase surtando.
– Desculpa Emma, mas sério, esse tipo de coisa é para desabafar com sua melhor amiga, não com a irmã do seu ex que por sinal é a tia do seu filho!
– Você não está ajudando!
– VÁ FALAR COM SUA MÃE! E daí se ela por sinal é sua melhor amiga? Sabe o que eu daria para poder falar com a minha mais uma vez? Eu mataria a Olivia para isso.
– As duas estão mortas, gênia.
– Justamente por isso.
– Ai Aria! Vai me ajudar ou não?
– Como? Me diga? Eu não sou sua amiga, Emma. Eu só sou uma pessoa que tem vontade de te espancar por você ter demorado muito para acreditar na maldição. Tirando isso a única coisa que temos em comum é a vontade de dá um tiro na cabeça do Derek e ajudar o Henry.
– Eu não quero dá um tiro na cabeça do Derek.
Aria a encarou com sua versão da "cara really".
– Eu quero que você me aconselhe.
– Por que eu? Tem tantas pessoas aqui mais equilibradas que eu! Tipo a Red! A não, espera... ela matou o namorado... tem... não, ela quis vender a filha por ouro... deixe-me pensar... a Regina é mais equilibrada que eu!
– Ela matou o próprio pai para mandar vocês para cá.
– Duas observações sobre seu comentário: Uma, parabéns, você leu mesmo o livro do seu filho. Isso é algo bom! Dois: vocês não, você! Eu nasci aqui, querida. Você é que é da Fairy Tale Land.
– Aria! Dá pra ajudar ou não?
– Tá! O que você quer que eu faça?
– Não sei!
Aria encarou os olhos verdes de Emma e viu o que a moça tentava esconder algo.
– Você não está incomodada com só com isso... tem mais coisa... o que aconteceu depois?
– Como assim...
– Emma. Ninguém entra em desespero por estar apaixonada por alguém. Ao menos que você tenha se apaixonado por um fantasma! E você tá parecendo o Scooby-Doo depois de ver um monstro.
– Er... hum... o Graham meio que... hum... viu a gente se beijando...
– Triângulo amoroso! Era só o que me faltava! Isso aqui tá pior que as modinhas de Hollywood!
– ARIA!
– Tá legal! Em primeiro lugar, se você está se sentindo assim é porque você sente algo forte por ambos. Em segundo lugar, tome vergonha na cara e vá falar com sua mãe! Em terceiro lugar, tome mais vergonha na cara e pare de pedir conselhos amorosos para alguém que é seis anos mais nova que você! E que ao contrário de você, ainda é virgem. E em quarto lugar... ah não, é só isso mesmo.
Emma se levantou e encarou a caçula dos Spencer.
– Quer saber, você está certa!
– Viu! Sério? Sobre o que?
– Sobre não pegar conselhos com uma pirralha de vinte e dois anos.
– Só porque eu sou mais nova, não quer dizer que eu não seja mais sábia.
– Você está lendo um livro de cabeça para baixo. – Emma apontou.
– Eu tenho dislexia, ok? Eu não vi que estava de cabeça para baixo... se bem que isso explica porque eu não estava entendo a história...
– Tchau Aria.
– Vá falar com sua mãe! Sua cabeça dura!
Emma saiu do Café da Granny's e ligou para Snow.
“Alô”
– É a Emma!
“Oi filha, algum problema?”
– Não, eu só... queria saber onde você tá.
“Estou com o Henry e seu pai aqui naquele parque na floresta. Muitas crinças estão aprendendo a usar a espada pela primeira vez. Eu simplesmente não podia deixar de ver o Henry com uma espada, ele está tão bonitinho Emma, parece com o seu pai quando mais jovem! Emma? Emma?”
Emma desligou o telefone assim que ouviu a palavra espada. Já estava dentro do fusquinha correndo a toda velocidade para o lugar. Não demorou muito, mas quase não desceu do carro quando viu que Graham era um dos instrutores e estava ajudando Hansel. Ela encontrou Snow sentada em um dos bancos para os pais. Viu David ensinando August, afinal ele nunca aprendeu a lutar, havia saído de sua realidade quando muito pequeno. Mulan ensinava Grace e Hook ensinava Gretel.
– Oi! – ela disse sentando ao lado da mãe.
– Você me assustou ao desligar o telefone daquela forma.
– Perdão, é que... eu não sei...
– Ficou preocupada com o Henry. Eu entendo.
Emma olhou para a mãe com um nó imenso na garganta. Os olhos de Snow estavam cheios de lágrima, mas seu rosto indicava uma felicidade imensa.
– Com quantos anos as crianças aprendem a usar a espada? – ela perguntou como quem não queria nada, mas notou a felicidade nos olhos da mãe.
– Geralmente quando fazem dez. Lembro-me das aulas... meu pai ficava me assistindo ao longe... os pais sempre assistem ou ensinam. O meu gostava de estar mais por perto por causa da morte de minha mãe e Regina... bem, ela já me odiava.
– Ele ficava com essa mesma cara de bobo que o David está?
– Sim! Ficava babando quando eu me saia bem.
Emma notou a felicidade no rosto de Henry por estar indo tão bem enquanto lutava com Thomas. Cinderella, com Alexandra nos braços, admirava a cena também. Snow dissolveu-se em memórias ao ver o neto brincando.
– Tudo bem? – Emma perguntou.
– Tudo... é só... – ela enxugou a lágrima que escapou do rosto. – Eu queria ter visto você lutando contra o seu pai quando criança.
Emma estranhou a frase, claro, não é a frase mais normal de se ouvir, principalmente vindo da sua mãe. Mas talvez, disse uma vozinha na cabeça de Emma, talvez fosse normal sim. Um normal que ela foi privada.
– Eu estou aqui agora. – ela disse segurando a mão da mãe.
Snow, melhor dizendo, Mary Margaret, conhecia Emma o bastante para saber que naquele momento, era tudo o que teria da filha amada. As duas se olharam nos olhos e Snow logo percebeu a aflição de Emma, não demorou muito para que a loira contasse o ocorrido na noite anterior até a sua visita de desespero a Aria.
– E depois que o Graham viu vocês, o que aconteceu?
– Ele deixou o buquê cair e saiu correndo. Killian me encarou e antes que ele dissesse algo eu pedir que ele fosse embora... não sei mais o que fazer.
– Bem, eu acho que Aria está certa.
Emma arregalou as sobrancelhas ao ouvir aquilo da mãe.
– Você sente algo forte pelos dois, isso está meio óbvio. É melhor descobrir o que sente realmente por cada um, antes de tomar uma decisão precipitada.
Emma olhou nos olhos da mãe e lá viu o que ela sempre quis ver durante sua infância: Conforto, alguém para ajudar, um porto seguro.
– Mãe! – Henry a chamou. – Olha, eu ganhei! – o menino exclamou eufórico.
– Estou orgulhosa, filho! – Emma gritou de volta.
Foi quando Graham notou a presença de sua amada. Hook havia notado o fusca amarelo antes mesmo de Emma estacionar, mas preferiu ficar quieto. Emma olhou para Graham com solidariedade nos olhos, mas ele desviou o olhar. Assoviou e seu amigo lobo logo chegou ao local, mas ninguém se espantou. Ele saiu correndo pela floresta com o amigo. Emma olhou para Snow, que fez um sinal positivo com a cabeça; ela deixou o local, procurando o o ex-xerife, demorou um pouco para encontrá-lo, pois ele era rápido.
– Graham! Precisamos conversar! – ela disse meio sem fôlego.
O lobo os deixou a sós. Ele virou para olhar para Emma e concordou com a cabeça.
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