A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 13
O Caçador




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Enchanted Forest, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.

Rumpelstiltskin e Annabelle surgiram perto de uma taverna, Rumple reconheceu o lugar pois Belle já havia frequentado.

– O Graham está aqui? – a princesa perguntou.

– Provavelmente.

A moça foi se dirigindo até a taverna, mas uma fumaça roxa percorreu seu corpo e suas roupas mudaram.

– EI! – ela exclamou.

– Você não vai entrar lá com essas roupas.

– Porque não? São minhas roupas de cavalgar.

– Lá, você está muito bem vestida. Entrar parecendo uma ladra irá ajudar a se mesclar.

– E porque o senhor não mudou de roupa?

– Entrar lá não é uma boa ideia, dearie. Eles me matariam. Chame a atenção dele e traga-o para cá.

A menina entrou de cara feia, as roupas que ela usava batiam com a descrição que Emma dissera sobre como sua mãe se vestia enquanto fugia da Evil Queen. O lugar era igual a qualquer taverna da Idade Média. Avistou Graham, the Huntsman, sentado sozinho em uma mesa perto do balcão com um lobo cinza deitado aos seus pés.

– Posso? – ela perguntou apontando para a cadeira ao lado dele.

Ele levantou a cabeça e não pareceu surpreso em vê-la. Com a mão, fez um gesto para que ela sentasse.

– Precisamos conversar. – disse ignorando os olhares alheios.

– Notei assim que lhe vi. – respondeu, a voz grossa.

– Mas não aqui. Meu avô está lá fora.

– Já falei o que tinha que falar com aquele homem. Não devo mais nada a ele.

– O que ele cobrou para te trazer de volta à vida?

Ele olhou com raiva para a menina, não podia culpá-la por ser neta de quem era.

– Ele é que me fez ser morto. Me mandou procurar o filho, Baelfire, em outro mundo. Eu o trouxe de volta! Mas Regina considerou traição por eu ter-me “aliado” ao Rumpelstiltskin e me matou, apertou meu coração até virar pó!

– Como ele te trouxe de volta?

– O acordo inicial era que se eu trouxesse o menino de volta e ele devolvia meu coração. Eu trouxe Baelfire e Regina me matou. Ele me trouxe de volta, trouxe meu corpo de volta. Com coração e tudo, mas minha alma ficou presa em outro mundo. Não faço mais acordos que acabaram em desgraça como esse.

– E se esse acordo trouxer sua alma de volta e ajudasse a princesa Emma?

– Emma está morta! – disse virando a caneca.

– Fala o nome dela como se a conhecesse tão bem quanto o Pinocchio. – Annabelle observou.

– Depois que eu voltei à vida, Snow White já era rainha. Rei James me ofereceu o cargo de cavaleiro da corte real por ter poupado a vida da rainha. Vi Emma e Pinocchio crescerem. Claro que eu me sinto... meio que responsável por eles, era eu quem os livrava das encrencas que se metiam.

– Você se sente responsável por eles.

– Sim! E agora Emma está morta. Pinocchio e todo o reino estão afundados em uma imensa depressão.

– E se eu dissesse que tem um jeito de mudar. Um jeito de salvar a Emma. E que ela não está morta.

– Não vou fazer acordos com Rumpelstiltskin.

– Não estou me referindo a acordos. Me refiro a informações. Rumpelstiltskin só precisa de informações para ajudar a Emma.

– E porque ele faria isso? Ele não é muito fã do James e da Snow.

– Mas Derek é meu irmão, lembra? Ou seja, ele também é neto do Rumpelstiltskin. Ele só quer ser um bom avô... eu acho...

Ele encarou a princesa. Não demorou muito para eles estarem no lado de fora da taverna, conversando com Rumpelstiltskin.

– Então a Emma está viva? – ele perguntou ficando pálido após ouvir o que havia acontecido. – E eu poderia tê-la matado?

– Não tinha como você saber. – Annabelle o consolou.

– Mas agora que você já sabe, vai ajudar ou não? – Rumple perguntou.

– O que querem saber? – perguntou com remorso.

– Sua alma está presa no Mundo dos Mortos. E por isso, eu preciso que você faça um favorzinho para mim. – Rumple disse usando sua voz estranha e mexendo as mãos.

Graham franziu o cenho e olhou para Annabelle, que concordou com a cabeça e tentou dar o sorriso mais positivo que conseguiu.

– Que tipo de "favor"?

– Alguma vez você já viu Emma com um garotinho chamado Killian?

– Já. Ele e o irmão Liam eram vizinhos da Red e da Granny.

– Ótimo. Agora eu quero que você feche os olhos... concentre-se... respiro fundo e foque em Emma e Killian.

Graham hesitou, mas fez o que lhe foi dito. Depois de um minuto de puro silêncio, as expressões no rosto dele começaram a mudar. Annabelle não sabia dizer se eram de sofrimento, dor ou medo.

– E? – Rumple e Annabelle falaram juntos.

– Wonderland e... – ele franziu a testa, parecia estar achando algo estranho. – Land Without Magic...

– Ele tá em dois mundos ao mesmo tempo? Como diabos isso é possível? – Annabelle exclamou.

– As portas? Quantas você vê?

Annabelle levantou uma sobrancelha, mas achou melhor ficar calada.

– Acho que umas... vinte.

– Viu algum espelho?

Annabelle e o lobo encararam o feiticeiro com a mesma cara de Emma quando sentiu o dragão.

– O que? – Rumple perguntou, sarcástico, ao notar a expressão deles.

– O senhor está preocupado com espelhos? – Annabelle respondeu ainda mais sarcástica.

– Um homem pode ser vaidoso, não pode não?! – Rumple questionou.

– Sem querer ofender vovô, mas o senhor sabe o que é um espelho?

– Claro que sei!

– Com essa pele aí, não parece. - Graham zombou, abrindo os olhos.

– Você viu ou não viu um espelho, Huntsman? – Rumple perguntou ignorando o comentário.

– O chão parecia um espelho, mostrava as imagens das portas, mas... – Graham disse começando a tremer.

O lobo levantou do chão cheio de folhas molhadas e com o focinho ficou acariciando a mão do mestre.

– MAS? – Annabelle e Rumpelstiltskin perguntaram ao mesmo tempo.

– Era estranho... como se as portas de baixo fossem mais... vivas, eu acho. Mais reais, porém... sem magia. – ele disse com um nó na garganta.

– Maravilha! Eram essas as informações que eu queria! MUITÍSSIMO OBRIGADO! – disse balançando a mão que o lobo não estava acariciando.

– Só isso? – Graham perguntou, espantando-se com a facilidade do acordo.

– Não se preocupe, dearie... ela vai cumprir com a promessa que lhe fez! – Rumple disse de distanciando.

– Ela? Mas ela não sabe nada de magia! – exclamou.

Annabelle correu para alcançar o avô, Graham e seu lobo continuaram no mesmo lugar encarando eles. Rumpelstiltskin parou, virou para ficar de frente para o Huntsman e seu lobo e disse:

– Não se preocupe, dearie! Ela tem mais magia do que imagina! – ele disse fazendo uma pose com as mãos.

– Ela tem? – Graham perguntou.

– Eu tenho? – Annabelle perguntou chegando ao lado do avô.

– Não se preocupe Annabelle. Magia está em seu sangue! – ele disse com a fumaça roxa em seus pés.

– Aonde vamos? – a moça perguntou desconfiada.

– Há um lugar terrível! – disse dando sua famosa gargalhada.

Storybrooke, três dias depois do ocorrido no último capítulo. Os cidadãos da cidade estavam bem abalados com a revelação de Emma do que havia ocorrido, todos da cidade estavam se reunindo onde haviam as reuniões da prefeitura; Emma, Snow, Charming e Pinocchio contaram para todos os “personagens” encantados, que obviamente estavam furiosos e querendo matar Regina, mas a Blue Fairy (com seu vasto arsenal de inteligência) os convenceu que o melhor no momento seria seguir com a vida enquanto não achavam uma forma de voltaram para a Enchated Forest. Não precisa nem falar que todos estavam felizes ao terem seus entes queridos por perto e seus finais felizes de volta.

Emma não precisou lutar com Regina para que as coisas de Henry aparecessem por magia no apartamento de Snow White. Segundo os pensamentos de Geppetto, Regina havia feito isso para evitar que Rumpelstiltskin fosse atrás do menino; o que não pode deixar de comover Henry. Claro que ele estava feliz morar com sua família biológica, mas não quer dizer que ele não se sentisse mal por deixar Regina sozinha.

Ao fim da reunião, todos estavam conversando na frente da prefeitura como se fosse algo normal. Snow, Red, Rapunzel, Aurora e Cinderella estavam conversando e colocando as poucas novidades em dia; James, Philip e Thomas estavam conversando também, óbvio que falando sobre como conseguiriam espadas para protegerem suas famílias; Pinocchioo, Jiminy e Geppetto não se desgrudavam; Henry, Hansel e os demais meninos trocaram a brincadeira de “Polícia e Ladrão” por uma brincadeira comum da terra natal natal: “Cavaleiro e Ladrões”; Gretel e Grace corriam uma atrás da outra, junto com as demais meninas; Emma estava conversando com o Dr. Whale (ou melhor, o doutor Frankenstein) e Hook.

– Emma? – chamou Derek.

Ela se virou e deu de cara com ele, Cody e Aria.

– Derek. – ela disse com um nó na garganta.

– Eu vou... deixar vocês a sós. – Whale disse e saiu.

Derek encarou Killian esperando que ele fosse embora, mas o pirata nem trocou de pé.

– Importa-se? – Derek perguntou fazendo um gesto para que Hook saísse. – Ou você é burro?

– Sou um deficiente físico, mate. Não um deficiente mental – Hook disse abrindo um sorriso. Por dentro, Emma gostou da resposta.

– Quer dar o fora! É assunto de família! – Derek exclamou.

– Que eu saiba, ela não é da sua família. – Hook respondeu.

– CHEGA! – Emma disse se colocando no meio dos dois.

– Aria, por que nós não... – Cody a chamou apontando para longe.

– Tá maluco? Eu já tô querendo pipoca! – respondeu.

– Killian... Derek está certo, isso é assunto nosso. – Emma disse, com o coração na mão (não literalmente).

– Viu! – Derek disse como se fosse uma criança.

– Derek! – Emma o repreendeu por causa do ato infantil. – Killian também está certo, não somos uma família.

Hook deu o seu melhor para não dar um sorriso de orelha a orelha; a resposta de Emma deixou Derek com raiva.

– Que diabos ele ainda está fazendo aqui, Emma? Por que o mantém por perto? – Derek perguntou com raiva.

– Aria? – Cody chamou novamente.

– Shiii! Quieto... agora é que tá ficando bom! – ela disse eufórica.

Emma olhou para Killian e pensou na pergunta de Derek; ela ainda não sabia explicar porque sentia que o conhecia a vida inteira, muito menos conseguia aceitar que estava completa e perdidamente apaixonada por ele. Sabia que ele era o Captain Hook, mas era um bom homem. Gentil com as crianças, Henry o adora, amigo de David... o homem dos seus sonhos... mas ela se forçava a ignorar isso.

– Ele é... meu amigo. E um bom homem. – sua voz fraquejou. O esforço que ela fez para não usar a palavra "namorado" foi imenso.

As bochechas de Emma coraram, assim com as de Killian.

– GENTE! – Aria exclamou antes que Derek e Hook saíssem no tapa ou que Emma e Hook começassem a se pegar. – Voltem para a novela mexicana, por favor!

Cody, Emma, Hook e Derek olharam para a menina, cada um com sua versão da "cara really". Emma abriu a boca para falar alguma coisa, mas todos meio que foram mandados para o chão por causa de um terremoto. A cidade toda estremeceu, mas não da mesma forma quando houve o incidente na mina, aquele foi concentrado.

– EMMA! – Snow gritou .

– HENRY! – Emma girtou, levantando-se rápido que pode e correndo para abraçar o filho.

Snow chegou à filha e ao neto meio que cambaleando e Chaming estava logo atrás dela.

– Vocês estão bem? – ele perguntou ajudando a esposa a se levantar.

– Sim... – Henry disse limpando a calça jeans. – O que foi isso?

– EMMA! – Granny gritou.

Ela virou para e seguiu o olhar para onde o dedo da senhora apontava. Todos no local olharam para a cratera no meio da rua, com uma fumaça branca.

– Mas o que? – disse Nova.

– Henry, fique aqui! Dessa vez me obedeça! – Emma ordenou.

Ela foi em direção à cratera. É mais do que óbvio que Henry foi atrás, mas Charming puxou o menino pelo colarinho e não o soltou. Todos ali estavam com medo da cratera, afinal, agora a cidade tinha magia e Rumpelstiltskin e a Evil Queen não eram vistos há três dias... Não precisava ser o Sidney (que de gênio só tem a lâmpada) para ligar os pontos. Emma foi à única corajosa (ou burra) para ir ver o que era.

– AH! – ela gritou ao entrar na nuvem e ver o que causara a cratera.

Charming correu até a filha, deixando Henry com Snow. Hook quis ir atrás dela também, o tom da voz dela o deixou aflito, mas estava se obrigando a se afastar da mulher que amava para não fazê-la sofrer.

– EMMA? O QUE FOI? – ele perguntou chegando ao seu lado.

Emma escondeu a cabeça no ombro do pai, ela na verdade estava assustada, talvez até apavorada, mas não com medo.

– GRAHAM? – David gritou espantado ao ver o Caçador pelado dentro do buraco.


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