“Você nunca sabe a força que tem.
Até que a sua única alternativa é ser forte.”
Johnny Depp

- Grávida?! – Ela se assusta. – Não pode ser! – Ela começa a chorar.
Realmente, aquele era o tipo de noticia que qualquer mulher que desejasse ter um filho ficaria radiante de felicidade, mas Rukia sentia-se mais perdida do que antes. Logo agora que ela havia se decidido, logo agora que ele havia escolhido tentar algo mais serio com Ichigo. Essa noticia fez seu pequeno mundo desabar.
- Rukia, meu amor, acalme-se! – Ichigo tentava acalmá-la, mas ele mesmo se sentia aflito: agora tinha ainda mais medo de perdê-la. – Vai ficar tudo bem! – Ele acaricia os cabelos dela
- E agora, I-ichigo? – disse, escondendo a face contra o peito dele – Logo agora que estávamos bem...
-Pequena, olha para mim – Afastando-a de si, colocou as mãos na face de Rukia, fazendo-a olhar em seus olhos – Não se preocupe, eu sempre estarei com você, lembra? Eu prometi e sempre cumpro o que prometo. Entendo que essa é uma noticia impactante, mas sempre estarei ao seu lado. – Ele vê que ela começa a chorar novamente e este a abraça forte – Isso tudo que sinto algo muito forte por você! Quero descobrir com você se realmente é amor. Então fique comigo! Até porque eu combino muito mais com você! – Ele riu e ouviu uma pequena risada dela.
- Arigatou Ichi – Ela sorriu, com a face ainda vermelha pelas lágrimas, mas sentindo-se amada e segura.
- Por nada Kia! – Chamou-a pelo apelido, fazendo-a rir. – O que há?
- Nii-sama me chama assim – Ela riu.
- A propósito, Byakuya deve estar chegando – Quando ele terminou de falar a porta se abriu, revelando um Kuchiki preocupado.
- Rukia! Como está? - Perguntou o Kuchiki, aproximando-se e praticamente expulsando Ichigo de seu lado. - Estou bem nii-sama – Sorriu pela atitude do irmão.
- Kia, fiquei tão preocupado! – Ele abraçou a irmã. – Mas me diga: o que tem? – Ele a olhou preocupado.
- Oe! Eu também estou aqui, sabia? – Diz o ruivo chamando a atenção do moreno e tentando mudar de assunto, já que Rukia ainda não queria dar a noticia ao irmã.
- Kurosaki? Porque não cuidou da Rukia? – Byakuya lembrou que pela manhã a irmã havia saído com Kaien. – Rukia! O que o Shiba fez com você? – Disse serio. O tom assustou um pouco a morena e surpreendeu o ruivo, já que o mesmo não sabia que Rukia havia se encontrado com o ex-noivo.
- E-ele não fez nada nii-sama – Desviou o olhar do irmão e olhou para Ichigo, que a olhava com certa tristeza.
- Hum... Eu vou tomar um chá – Disse Ichigo saindo da sala.
- Ichi – Ela o chamou, mas ele não ouviu.
- Você não tinha dito para ele, não é? – Byakuya suspirou e sentou ao lado da irmã, que se mantinha calada. – Rukia, não esconda as coisas do Ichigo, eu o vi uma vez quase sem vida por causa de uma decepção amorosa. Ele já sofreu muito e, se não está disposta a tentar amá-lo, não o iluda! Da mesma forma que eu te defenderia se alguém quisesse te fazer mal, também defenderia os irmãos Kurosaki. Foi uma promessa que fiz ao Isshin.
- Não quero magoá-lo, nii-sama – Seus olhos já se enchiam de lagrimas. – Ele me faz tão bem!
- Você não deve ficar com alguém só por que essa pessoa te faz bem. Deve ficar com alguém que você ame, e alguém a quem você também faça bem. O amor tem que ser recíproco para que ambas as partes não sofram. Afinal, amor verdadeiro não faz ninguém sofrer. Pense nisso pequena – disse, colocando a irmã para repousar em seu colo. – Agora me diga: o que o Shiba queria?
- Pedir desculpas... E que eu voltasse para ele – Disse calmamente, se aconchegando no colo do irmão.
- Você não voltou, não é? A propósito, por que brigaram? Você disse que amava outro?
- Digamos que num momento inoportuno disse o nome de Ichigo, e ele ficou furioso comigo – A morena havia decido não contar os detalhes, pois seu irmão ficaria furioso.
- Furioso? O que ele fez?
- Nii-sama, prefiro não falar sobre isso. Apenas digo que no momento meu orgulho não permite que eu volte para ele.
- Espero que em momento algum volte para ele – revelou, fazendo cafuné na irmã, e a mesma acabou por dormir.
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Ichigo encontrava-se na lanchonete do hospital, mexendo distraidamente a pequena colher dentro da xícara branca.
- Que lamentável! – Disse uma voz conhecida e, ao olhar para trás ele vê Ishida.
- Ishida? O que faz aqui? – Disse parando de mexer na colher.
- Vim com Byakuya, ele acabou me arrastando junto – respondeu, puxando uma cadeira e em seguida sentando-se. O moreno vestia um terno simples preto e por dentro uma camisa social branca e uma gravata listrada azul.
- Ah... – Ichigo tomou um gole de chá de camomila.
- A Inoue me deixou – O moreno riu ao se lembrar do quarto fora que levou da ruiva.
- Serio? – Perguntou, surpreso.
- É – Apoiou os braços na mesa. – Mas eu já sabia que isso iria acontecer. Acho até que ela já está com outro – Sorriu discretamente.
- Você deveria seguir em frente, não acha?
- Eu até estou interessado em uma mulher – Olhou para o amigo.
- Ah é? – O ruivo se mostrou curioso. – E quem seria essa mulher?
- Uma conhecida nossa – respondeu, fazendo suspense.
- Quem?
- Nozomi Kujo – Esperou a reação do amigo.
- Nozomi?! – O ruivo se surpreendeu.
- É sim, mas isso ainda não é certo. Nós estamos saindo ainda. Depois de tanto tempo que nos conhecemos, viemos a nos interessar um pelo outro... – Ele ajeitou os óculos.
- Nozomi é uma boa mulher e uma ótima amiga, não a magoe! – Disse serio.
- Não se preocupe com isso. Sei o quanto ela é especial. Mas me diga velho amigo, o que se passa com você? – Ishida olhou fixamente para o amigo.
- Nada – respondeu secamente.
- Qual é Ichigo? Não confia em mim? Sou seu amigo! – Disse em tom indignado.
- Eu sei! – respirou fundo. – Você está sabendo que me acertei com Rukia, né?
- Ouvi rumores do Kuchiki-sama. Então é verdade? – Perguntou curioso.
- Mais ou menos. Ainda não estamos namorando, vamos caminhar devagar, afinal queremos que isso dê certo – Ele mexeu mais uma vez a colher dentro da xícara.
- Então porque essa cara de taxo? – Disse cruzando os braços.
- Ela se encontrou com ex dela depois que eu saí da mansão – Disse sem demonstrar emoção
- Só por isso que está assim? – Disse indignado. – Não acha que eles precisavam conversar?
- Eu sei disso Ishida! – respondeu um tanto irritado. – Mas... E se ela quiser voltar para ele? Eu já fui traído uma vez e sei o quanto é ruim. Não quero passar por isso novamente – completou, repousando a cabeça sobre a mesa.
- Compreendo, mas se você realmente gosta dela vai confiar nas decisões que ela tomar. – Ele novamente ajeitou os óculos e deu um sorrisinho de lado. – Confie apenas! – O moreno se levantou e foi embora sem se despedir do amigo.
- Talvez ele esteja certo... – Levantou a cabeça, pondo as mãos na testa. – Acho que vou conversar com ela. Creio que seja melhor. – Levantou-se, indo direto para o quarto onde a Kuchiki repousava.
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Num lugar bem distante da magnífica Tókio, mais precisamente na Itália, uma bela jovem de longos cabelos ruivos, pele alva, corpo proporcional e olhar misterioso, encontrava-se num coffee, deliciando-se com um cappuccino com caramelo. A bela mulher sentiu falta da família nesse momento.
- Faz algum tempo que não volto a Tókio – Bebericou um pouco de sua bebida. – Acho que devo voltar para casa... E também para ele – sorriu ao lembrar-se “dele”.
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Rukia acordou, percebendo estar sozinha no quarto. Depois de alguns segundos observando o local, começou a pensar na situação que estava vivendo, enquanto levava a mão ao ventre e o tocava levemente.
- Deus, porque isso aconteceu logo agora? – Lágrimas começaram a rolar em seu delicado rosto. – Por que eu?
As lágrimas rolavam descontroladamente em sua face, molhando o lençol branco que a cobria. A cada lágrima derramada mais seu desespero aumentava. Estava decepcionada consigo mesma, estava com medo e nesse momento se sentia a pior pessoa do mundo por não estar feliz com a notícia de um bebê. Ela começou a lembrar-se da imagem de sua falecida avó.
- “Minha Ruki-chan, nunca se esqueça que há males que vem para o bem! Nunca se desespere sem antes pensar numa solução.” – Dizia a sábia senhora para sua netinha. Nessa época Rukia tinha apenas oito anos e era o xodozinho da avó.
Rukia, ao lembrar-se disso, enxugou as lágrimas com o dorso das mãos e novamente tocou o ventre.
- Me desculpe... – Ela acariciou delicadamente o lugar. – Prometo que nunca mais vou te desprezar. Meu filho... – Algumas lágrimas ainda caiam de seus olhos, mas agora vinham junto de um pequenino sorriso. Foi despertada de seus pensamentos por Ichigo, que acabava de entrar na sala.
- Achei que estava dormindo, por isso não bati – Ele disse um pouco sem jeito.
- Sem problema – Ela o olhou um pouco constrangida. – Ichigo?
- Sim? – Ele se sentou numa poltrona branca distante da cama de Rukia.
- Está com raiva de mim? – falou com a voz embargada.
- Raiva? – Sentiu-se culpado por fazê-la pensar algo do tipo. – Não tenho motivos para isso, Rukia.
 - Então por que não se sentou aqui ao meu lado? – Uma lágrima solitária escapou-lhe dos olhos.
- Eu apenas me entristeci por achar que você se reconciliou com seu noivo – Apoiou os braços nas pernas de forma pensativa. – Pensar em te perder é doloroso demais, Rukia.
- Gomene, Ichigo, gomene – Voltou a chorar, fazendo com que ele se aproximasse dela. - Não se preocupe, eu quero que seja feliz, mesmo que não seja comigo – Riu fracamente, abraçando forte a morena, que logo correspondeu na mesma intensidade.
- Eu estou chorona demais – sorriu entre as lágrimas.
- Não chore, senão seu bebê fica triste também! Sorria para que ele fique feliz. – Ichigo acariciou os cabelos dela enquanto a mesma se aconchegava em seus braços.
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Uma bela mulher, alta de longos cabelos negros, chegou ao mesmo hospital em que Rukia está para visitar uma amiga que trabalha na recepção. Logo quando ela entre avista a amiga.
- Miyako-san! – A recepcionista se alegra ao ver a amiga que está grávida.
- Yuki-san! – A morena se aproximou mais.
- Que saudades de você, amiga! Kami-sama, sua barriga já esta grandinha, hein?
- Pois sim! Já estou com cinco meses. Nem estou acreditando que já se passaram tantos dias – Miyako sorriu. – Mas me diga, alguma novidade?
- Nenhuma... Ah hoje apareceu aqui a irmã de Kuchiki Byakuya! Por Kami aquele homem é perfeito! – Abanou-se como se estivesse com calor.
- Kuchiki? – Ela se interessou ao ouvir o sobrenome de sua rival no amor. – O que a moça tem?
- Acredita que a princesinha Kuchiki está grávida? – disse a mulher.
- Grávida?! – Myiako se surpreendeu.
- É sim! Ao menos ela tem um noivo né? Ela chegou aqui com um deus grego!
- Que bom, né? – “Preciso avisar ao Kaien!”, pensou. – Yuki-san eu preciso ir, ainda tenho que comprar umas coisas para meu enxoval. Conversamos num outro dia ok? – A morena abraça a amiga que também se despede. Saindo do local, pegou o celular, avisando Kaien do acontecido.
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Kaien estava em seu escritório quando recebeu a noticia de sua amante sobre Rukia. Aquilo realmente aconteceu numa hora propicia, afinal, seria uma ocasião perfeita para ter sua Rukia de volta e assegurar seus negócios.
- Essa noticia não poderia ser melhor! – Disse mais que alegre. – Agora mesmo irei visitar minha Rukia. Devo passar numa floricultura e comprar um buque de rosas! – Pegou as chaves de seu carro, em seguida saindo do escritório.
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Já era finalzinho de tarde e Ichigo ainda estava com Rukia. Agora ele voltava ao quarto com uma taça de sorvete de morango com calda de chocolate.
- Aqui o seu pedido senhorita! – Entregou a taça para ela, que já estava quase babando de tanta água na boca.
- I-icho ta oximo! – Disse de boca cheia.
- Vá com calma Kia, senão pode passar mal – Riu da atitude infantil dela e se sentou ao seu lado.
- Isso poderia vir com mais morangos, né? – Disse olhando para o ruivo.
- Você quer mais morangos? Eu posso ir comprar – Já se levantava, mas sentiu a delicada mão de Rukia segurar-lhe o braço. – Você não quer?
- Quero outro morango... – Falou o puxando para perto de si.
- Hum... E você acha que esse morango é gostoso? – Disse rindo e entrando no joguinho dela.
- Sinceramente? – Perguntou com uma voz travessa. – Acho que é uma delicia! – Puxou-o pela gravata listrada fazendo com que ele caísse sobre ela na cama.
- Baixinha, não provoca, hein? – O ruivo sorria maliciosamente.
- Me beija! – Pediu, e quando seus lábios finalmente iriam se encontrar alguém entra no quarto.
- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO, TEME?! – Kaien acabava de chegar ao hospital e ao ver a cena de Ichigo com sua noiva fica furioso
- K-kaien?! –Rukia disse surpresa, e Ichigo saiu de cima da mesma, fitando com raiva o homem que acabara de entrar.
- O que faz aqui? – Perguntou Ichigo em tom audível.
- Eu que deveria perguntar isso! Rukia é MINHA noiva e está esperando um filho meu! – disse em um tom um tanto sarcástico.
- Sua? Ela não é de ninguém! – O ruivo apertou o punho fortemente.
- Você não é nada moleque! – Disse com raiva.
- Porque não vai embora daqui? Rukia não precisa de você! – Ichigo estava tentando ao máximo se controlar para não partir para cima de Kaien.
- É claro que ela precisa de mim! Você que é um inútil! – Kaien, perdendo o pouco de paciência que ainda tinha, partiu com violência para cima de Ichigo, desferindo-lhe um forte murro no maxilar e fazendo com que o ruivo caísse e batesse o braço em uma mesa de remédios. Ichigo se levantou cambaleando e foi para cima do Shiba, dando-lhe um soco no estômago.
Rukia, ao ver aquela briga, começou a tremer violentamente. Ela queria dizer para eles pararem, mas sua voz havia sumido, então a morena agarrou fortemente os lençóis, tentando se esconder da confusão. Ichigo e Kaien continuavam a trocar violentos socos e pontapés, o quarto já estava todo bagunçado, e o mais surpreendente é que ninguém havia chegado para apartar a briga. Rukia novamente olhou os dois na confusão e por fim conseguiu falar.
- PAREM!!! – Ela ainda tremia e chorava muito e Ichigo, olhando-a e vendo o estado lamentável em que sua amada estava, soltou a blusa de Kaien e nesse momento o moreno lhe socou mais uma vez. E quando ele bateria mais em Ichigo a porta se abre.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou indignado o homem.
- Nii-sama... – Rukia se tranquilizou ao ver o querido irmão.
- Mas o que houve? – Dessa vez quem fala é um senhor de longos cabelos brancos.
- Ukitake-san! – Ichigo tinha a respiração falha, provavelmente havia quebrado o nariz.
- Vá embora daqui, Shiba! – Byakuya falava de forma amedrontadora. Aproximou-se do moreno e lhe agarrou a gola da camisa, arrastando-o para fora do quarto. – Nunca mais chegue perto da Rukia! Se insistir, irá se arrepender! – Ele praticamente jogou Shiba no chão e voltou para o quarto. Kaien nada disse, apenas se retirou do local, mas para o moreno isso estava longe de se resolver.
- Rukia-san, a senhorita está bem? – Ukitake gentilmente se aproximou da morena, que ainda estava muito abalada. Ichigo não estava mais no quarto, já que, assim que voltou Byakuya o levara à enfermaria.
- Estou um pouco melhor agora. Ukitake-san, eu estou com medo... – Estava sentada na cama, e nesse momento abraçou suas pernas.
- Medo de que, pequena? – perguntou calmamente.
- Ukitake-san... – Respirou fundo para dar a noticia. – E-eu estou grávida do Kaien.
- Hã? – Ele ficou surpreso.
- Descobri hoje - sorriu um pouco triste. – Logo que recebi a noticia, não nego que fiquei horrorizada eu até pensei coisas ruins. – tocou a própria barriga. – Mas sabe, essa criaturinha aqui dentro não tem culpa alguma. Vou cuidar dessa gravidez com muito amor. Eu sei que vou ter que conversar mais uma vez com Kaien, afinal ele o pai. Mas tenho medo do que possa acontecer... – Completou, acariciando o ventre.
- Querida, tudo o que você vai viver a partir de hoje não vai ser nada fácil. A verdade é que as coisas nunca são fáceis – sorriu. – Você tem que tomar uma decisão agora. Byakuya me disse que você e o Ichigo-kun estão juntos, veja o que é melhor para você e esse bebezinho – Tocou na mão dela que estava sobre a barriga. – Como dizia o sábio Steve Jobs: “Na maioria dos casos, forças e fraquezas são dois lados da mesma moeda. Uma força em uma situação é uma fraqueza em outra, mas frequentemente as pessoas não conseguem trocar as marchas. É uma coisa muito sutil falar sobre forças e fraquezas porque elas sempre são a mesma coisa”.
- Arigatou, Ukitake-san! – Agradeceu, abraçando seu amigo.
- Conte ao seu irmão sobre isso aqui, viu? – Ele acariciou-lhe a barriga.
- Sim, na hora certa contarei! – Ela sorriu.
- Vou ver como está o Ichigo-kun! – Disse, afastando-se.
- Ukitake-san, posso ir com você? – Pediu, já tentando se levantar.
- Acho melhor não, Rukia-san. Você ainda esta debilitada – respondeu, mostrando preocupação.
- Onegai!
- Tudo bem – disse derrotado, indo até o corredor e pedindo a uma enfermeira que lhe trouxesse uma cadeira de rodas. – Pedi que lhe trouxesse uma cadeira de rodas, quando chegar nós iremos lá – Sorriu.
- Hai. – Disse, também sorrindo.
- Senhor? A cadeira que me pediu – Disse uma enfermeira na porta do quarto com uma cadeira de rodas.
- Obrigada senhorita! – Agradeceu, pegando a cadeira e guiando-a até Rukia. – Venha, deixa eu te ajudar – Ele a ajudou a levantar e sentar na cadeira de rodas.
- Obrigada – Ela se acomodou na cadeira.
- Podemos ir? – Disse atrás dela.
- Sim! – respondeu e ele guiou a cadeira até a enfermaria.
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Ichigo estava sendo cuidado por uma enfermeira, que fazia alguns curativos no rapaz. Ele reclamava às vezes pela dor que sentia, mas nada muito escandaloso. Byakuya ainda estava por lá.
- Deixe de ser molenga Ichigo! – Disse debochadamente o Kuchiki.
- Não enche! – Respondeu com raiva.
- Com licença – Disse a enfermeira. – Já terminei de fazer seus curativos, Kurosaki-san. Irei pegar alguns remédios na farmácia para aliviar a dor. Já volto. – A mulher se retirou deixando Ichigo e Byakuya na sala.
- Oi! Trouxe alguém que quer vê-lo, Ichigo-kun! – Ukitake entrava na sala trazendo Rukia.
 - Rukia! Como está? – Byakuya se aproximou da irmã.
- Estou bem, nii-sama – Sorriu ao irmão. – Vocês poderiam me deixar a sós com o Ichigo?
- Hã? - Byakuya estranhou.
- Byakuya, vamos deixá-los a sós – Disse Ukitake arrastando o amigo. – Estaremos esperando aqui fora – Assim eles saíram, deixando Ichigo e Rukia sozinhos.
- Como você está? – Rukia perguntou.
- Machucado – Ele sorriu.
- Baka – Ela virou a cara.
- Eu estou bem, irei sobreviver. Afinal, seu morango não é podre – Tentou fazê-la rir.
- Meu? – Ela riu um pouco. – Que bom que você não está maduro, senão estaria todo amassado.
- Verdade – Riu um pouco, e até riria mais, não fosse a dor que estava sentindo nas costelas. – Ai, ai, isso dói!
- Me desculpe. Só venho te trazendo problemas, né? – abaixou a cabeça.
- Rukia – Ele se levantou, mesmo sentindo um pouco de dor. – Você é minha luz, lembra? – Ele a tocou no queixo. ficando bem próximo.
- Você... Está todo machucado e... I-isso – Ela começou a gaguejar. – É m-minha c-culpa – chorou.
- Se fosse preciso eu levaria todos os tapas do mundo para que nada acontecesse com você. E peço desculpas por te fazer chorar – Acariciou a face dela.
- N-nunca m-mais faça i-isso! – exclamou, deixando as lágrimas caírem.
- Eu prometo nunca mais brigar desse jeito. Mas sempre te defenderei, viu? – Encostou a fronte na dela.
- Uhum. Afinal eu combino com você, né? – Riu, tocando-o na face. – Vou cuidar de você.
- E eu também, de você e desse – Ele tocou com uma das mãos o ventre dela. – Bebezinho.
- Obrigada! – Deu um leve selinho nos lábios do ruivo, e assim ficaram até que a enfermeira chegou e terminou a medicação de Ichigo.
Rukia recebeu alta e seu irmão a levou para casa. Ichigo foi junto por exigência da morena, e também por que ele mesmo queria estar ao lado dela.

TO BE CONTINUED...