Sem Perguntas escrita por Flavia Weasley


Capítulo 1
Capítulo único




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O garotinho acordou naquela manhã, totalmente transtornado por causa dos berros do primo, Dudley, Duda. Harry Potter um garoto de sete anos que morava com os tios dês de que se entendera por gente. Harry não sabia o que acontecera com seus pais e nem o que fizera para deixar seus tios sempre tão irritados com sua presença. Ele só queria saber...

Ele como já era muito esperto, levantou da cama logo e calçou os tênis velhos e surrados que já haviam sido pisados cem vezes com ele na lama.

Harry não ganhava roupas novas, ao invés disso, seus tios o presenteavam com roupas surradas do filho, se é que aquilo se pode chamar de presente. O que Harry só ganhava camisetas quatro vezes o seu tamanho e era sempre tão maltratado.

Quando ele já conseguia atingir altura da pia em cima de um banquinho, tia Petúnia o obrigava a lavar a louça de todas as refeições.

– Porque Duda não pode me ajudar a lavar? – Harry perguntou na primeira vez que subira no banquinho estendera as mangas da blusa se preparando para lavar o monte de louça que se encontrava na pia.

– Porque Duda é uma criança, mas muitíssimo especial. – A tia disse isso na cara dura, sem mais nem menos, Harry se sentiu um trapo.

Tio Valter deu um sorrissinho, o homem estava sentado no sofá da casa como de habitual. Era sábado, ele lia o jornal.

Enquanto lavava a louça seu nariz coçava e se segurou muito para não fazer uma lambança. Era difícil um garoto de sete anos, lavar tanta louça, principalmente as que estavam ali.

– Ouviu só? – Duda disse rindo. – eu sou mais especial que você. –

Harry não ligou para o comentário do primo enquanto terminava de lavar a louça. Ao seu termino, ele foi imediatamente para seu quarto em baixo das escadas.

Dormia ali dês do dia em que parara na porta dos Dursley, e o quarto nunca mudara, continuara com a mesma cama apertada e uma minúscula escrivaninha com alguns bonequinhos que Duda havia ganhado de lembrança de alguma festa.

Deitou-se na cama, e choramingou baixinho, há três anos ele implorava a tia Petúnia colo ou até um pouquinho de mimo, mas seus pedidos nunca eram atendidos por melhor criança que Harry fosse.

Devido ao cansaço, Harry logo adormeceu e às sete e meia acordou com seu estomago roncando de fome. Saiu do armário e um cheiro maravilhoso de comida invadia seu nariz.

Foi até a cozinha na esperança de que ele talvez pudesse comer algo por ter lavado a louça.

– Tia Petúnia – ele disse ao ver uma torta maravilhosa em cima da mesa – eu posso comer um pouco?

Ela olhou de cara feia pra ele.

– Não. A torta é de Duda.

– Ah certo. Desculpe.

– Garoto – Tio Valter o chamou da sala. –

– Sim?

– Seu jantar esta na geladeira, coma e depois vá arrumar o quarto do Duda.

– Porque é que vocês estão me mandando fazer tantas coisas hoje?

– Porque você já é crescido o suficiente para isso. – Tia Petúnia respondeu.

– Mas Duda tem a minha idade... – Harry insistiu.

– Mas ele é mais especial que você. Então trate de ir apanhar seu jantar e ir logo arrumar o quarto do seu primo.

Harry, sem questionar, foi até a geladeira e viu um prato com uma etiqueta escrito seu nome. No prato só se encontrava um bolinho mordido, e uma fatia de pão com queijo.

– Ok. – Harry disse ao olhar para comida, suspirou, e foi comer em cima da mesa.

– Aqui não – Tio Valter disse ao ver o menino dando uma primeira mordida no bolinho – vá comer no seu armário.

Cabisbaixo, Harry foi até lá e logo terminou de comer e enquanto arrumava o quarto de Duda ele se perguntava: “Porque eu moro aqui”? “Onde estão meus pais?”

E ele estava decidido que iria perguntar isso aos tios assim que fosse a sala, e esse “assim” demorou, porque as coisas de Duda estavam totalmente esparramadas pelo chão do quarto.

Ao chegar à sala, os tios viam televisão e Duda brincava com algo no chão da sala.

– Tia... Tio... – Os dois olharam para ele que ia se sentar na poltrona vaga. – Se importam de abaixar o som da tv um pouco? É que eu queria...

– Ora essa! – Tio Valter quase berrou – quem você acha que é para me mandar abaixar o volume da tv?

– É que eu só queria perguntar uma coisa.

– Ande, pergunte logo e acabemos com isso. – seu tio quase rosnara ao terminar a frase.

– Tio, sem querer falar mal daqui, nem nada. Obrigado por me deixarem ficar aqui... Mas eu só queria saber, onde meus pais estão e porque moro aqui.

Tio Valter mandou um olhar à mulher que quase dizia: “hora de mentir”.

– Acontece que seus pais morreram numa acidente de carro. – Disse tio Valter, o espanto não demorou a aparecer no rostinho de Harry. – E por isso tem essa cicatriz horrível na testa –

Harry se sentira mal com a fala: “cicatriz horrível” já que ele a achava a coisa mais legal que tinha nele, porque seus olhos e cabelos não eram lá nada de tão espetacular.

– Sim, eles acabaram se explodindo – disse Petúnia – e como nós éramos sua única família você teve que vir morar aqui. – Ela completou com desgosto. Duda nem prestava atenção na conversa.

Harry então perguntou:

– Nenhuma foto deles? Nem uma carta, nem nada?

– Você está proibido de fazer mais perguntas. – Tio Valter disse rapidamente – e se fizer mesmo assim ficara uma semana sem comer no seu armário. Agora ande saia da sala, quero ver tv em paz.

E foi o que Harry fez, ele foi até seu “quarto” , se jogou em sua cama, e tentou segurar as lágrimas, mas seus olhos já estavam para lacrimejar. Como ele desejava um colo de mãe ou o próprio da tia petúnia agora que nem se importava com sua existência.

Chamando-o de “criança nada especial” todo santo dia, Petúnia sempre se tornara mais desagradável com o tempo.

Harry passou um bom tempo da sua vida chorando baixinho durante a noite sem que ninguém pudesse observar.

Mas, mal ele sabia que iria virar um garoto tão especial que derrotaria ao lado de melhores amigos o bruxo das trevas mais poderoso do mundo. Harry só precisava esperar e logo as coisas extraordinárias iam começar a acontecer em sua vida.



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Notas finais do capítulo

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