Time And Space - Kuroichi Sakura escrita por MariDark


Capítulo 2
Pōtaru 2


Notas iniciais do capítulo

Tá aqui o cap!

Espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/227609/chapter/2

ポータル 2

Pōtaru 2 – Portal 2

Sakura estava andando pela vila, a caminho da sala da Hokage.

Nos últimos dois meses e trinta dias do ano ela tinha estudado algo que tinha lido nos velhos pergaminhos da base escondida do clã Kuroichi. A arte do tempo e espaço, portais, viagens no tempo. Muitas coisas interessantes. Ela tinha decidido que iria treinar em varias dimensões, quando aprendesse o suficiente de uma, iria voltar para Konoha depois partir para outra. Pelo menos era o que planejava. Quando ia continuar sua leitura sobre como abrir os portais para outro mundo, um ANBU apareceu na janela de seu quarto falando que Tsunade a estava chamando, e depois desaparecendo numa nuvem de fumaça.

Não fazia a mínima ideia do por que Tsunade estar chamando-a para sua sala. Já que um dia antes Tsunade tinha dito que Sakura teria uma semana de descanso. Mas não reclamou. Só estava curiosa.

Olhou para o céu e parou no meio da rua, as pessoas que passavam lançaram um olhar estranho para ela, mas Sakura ignorou. O céu estava num tom bonito de laranja, rosa e roxo. Mostrando que já estava anoitecendo. Logo seria ano novo.

Sakura se sentia um pouco insegura já que seu antigo clã era um clã de assassinos, e bem, ela não era exatamente uma assassina. Era uma ninja que fazia missões que se necessário ela teria que matar. Claro que também havia as missões que o objetivo era exclusivamente matar alguém, mas... Ok. Ela era uma assassina.

Mas a história de seu clã era completamente diferente. Eles faziam só para conseguir dinheiro. Na verdade eles eram Caçadores de Recompensa. No inicio não tinha nada de ilegal. Tinham missões em quadros e tudo. Mas aos poucos as coisas foram se descontrolando, e logo se tornou um jogo. Cada um criava seu “Time” e faziam desafios, torneios, lutas. E seu clã estava no topo. Não. Não era por causa do Fuhentekina. Era pelo simples fato de que eles eram invencíveis. A incrível reserva de chakra, a velocidade, a precisão, a inteligência. Tudo era além do limite.

Quando menos esperavam, eles foram expulsos de Konoha. E logo sua lenda fora esquecida. Ninguém queria comentar sobre os “Sangue Negro” como o chamavam. Já que era isso que significavam. Logo todos, além de expulsos, foram aos poucos sendo mortos. Logo que sua mãe foi encontrada, quando Sakura tinha 4 anos, mataram-na pouparam Sakura, pois achavam que sua mãe tinha a sequestrado. Pelo menos foi isso que os ouviu dizendo.

Sakura cerrou os punhos com raiva. Aqueles idiotas achavam que sua mãe era uma mulher sem coração. Estúpidos.

Sakura balançou a cabeça e logo disparou para Tsunade. Não correu tão rápido, pois queria que demorasse o quanto fosse preciso. Estava fazendo oque amava e não queria acabasse. Um sorriso foi se formando em seu rosto. “Isso é tão bom. Não deveria acabar nunca. Se eu pudesse correr para sempre...”. Logo estava no prédio onde ficava a sala da Hokage, diminuiu, hesitante, a velocidade e começou a andar para sala da Hokage. Ela poderia muito bem se teletransportar para a sala da Hokage. Mas amava usar suas longas pernas nem que fosse somente para andar. Pensando em correr, nem percebeu que já estava na porta da Hokage. E acabou batendo a cara na porta. “Urg... Eu sou um desastre completo mesmo. Como pode um ninja esbarrar numa porta?”. Logo ouviu um “Entre” e abriu a porta para entrar na sala.

Lá estava Tsunade. Mas o estranho é que sua mestra não estava bebendo ou sorrindo como de costume. Ela estava seria com o rosto apoiado nas mãos. O pôr do sol logo atrás dela não ajudava em nada. Sakura sentiu um calafrio e os pelos da sua nuca levantar. “Será que ela descobriu que eu realmente sou do clã Kuroichi?

“Sakura...” Falou Tsunade. “Feche a porta e venha aqui, agora.”. Tsunade falou com um tom sombrio. Sakura gelou, mas fechou a porta e logo ficou na frente da mesa da Hokage.

“Sakura...” Começou Tsunade. Tsunade simplesmente não sabia como dizer isso para ela. Sakura era praticamente sua filha. Como poderia dizer isso a ela? Tsunade suspirou e se jogou na sua cadeira. “Sakura, você já leu varias vezes a história de Konoha, certo?” Tsunade perguntou. Sakura acenou lentamente. “Você já ouviu falar de um clã chamado...” Sakura estava rezando para que não fosse o clã que ela pensava que era. Se fosse, já sabia qual seria o seu destino. Ela seria executada. Todos aqueles que forem descendentes do clã Kuroichi tinha que ser executados. Por causa de sua linguagem destrutiva, e também o lendário Fuhentekina. Sakura esperou Tsunade continuar. Mas ela tinha parado novamente.

Tsunade suspirou e passou suas mãos no rosto. Como podia dizer isso a ela? Tsunade se levantou de sua cadeira e andou até Sakura. Olhou nos olhos verdes, e sentiu pena da sua discípula. “Sakura, não tem outro jeito de falar isso. Yumi e Yuu Haruno foram assassinados pelo clã Okide. Seus pais, os líderes do clã Haruno foram mortos.” Tsunade parou e olhou para sua discípula. Ficou olhando nos orbes esmeralda. Esperam ver as lagrimas, os gritos, as negações. Mas não. Ela simplesmente ficou parada ali. Sakura não tinha feito nada. Tsunade até se sentiu confusa. “Se quiser você pode vir morar comigo. Não tem problema nenhum Sakura. Sei que deve ser um choque e tanto pra vo-".

“É só isso que tinha a me dizer?” Sakura perguntou. E Tsunade se surpreendeu com o quanto vazia estava à voz de Sakura. “Como assim ‘só isso’? Seus foram mortos garota! E oque sente? Nada?!” Tsunade perguntou. Um sentimento de raiva e desapontamento surgindo dentro dela. “É claro que me sinto triste. Aliás, eles são as pessoas que cuidaram de mim. Mas eles sempre foram distantes. Davam-me tudo, menos carinho. E aos poucos fui me tornando a menina arrogante que era. Que chorava por tudo. Que só ligava para aparência e para o ‘Sasuke-kun’. Mas aquela garota não existe mais Tsunade-sama. Por isso irei perguntar novamente... É só isso que tinha a me dizer?” Sakura falou com a voz firme.

Tsunade olhou para a garota na frente dela com espanto. Os amigos e conhecidos dela vinham constantemente falando com ela que Sakura estava diferente. Que não tinha algo de errado com a pequena garota gênio. Mas achava que só precisava de um descanso. Até deu uma semana de repouso para ela. Mas Sakura não era mais a mesma. E isso veio como uma bomba para a Quinta Hokage. Tsunade trincou os dentes e foi para janela, de costas para Sakura. “Sim, é tudo. Pode ir.”. Sakura acenou levemente e saiu da sala. Assim que Tsunade ouviu a porta fechando deixou as lagrimas rolarem pelo rosto. “Droga! Preciso de saquê!”. Tsunade enxugou as lagrimas e se sentou em sua cadeira. Ela se recusava a pensar que Sakura tinha se tornado oca. “SHIZUNE!”

*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*

Sakura estava correndo pelas ruas de Konoha. Desta vez sem um sorriso no belo rosto. Ela estava pensando oque iria fazer agora. Desde que seus amigos tinham começado a agir estranho ao seu redor, a única coisa que a prendia era seus pais adotivos. Tinha começado a falar com eles. Estavam começando a se conhecer. Irônico, né? Os próprios pais adotivos começando a conhecer a filha que tomaram como sua logo quando ela tinha cinco anos, filha que agora tinha 12.

Mas por outro lado se sentia feliz. Pois eles tinham sido as pessoas que tinham matado sua verdadeira mãe. O motivo que ela não tinha ódio era porque eles fizeram o que tinham feito por causa de Konoha. E para compensar, eles a adotaram. Claro que tinham mentido sobre ela para o Terceiro Hokage sem perceber. Alguns minutos antes deles chegarem ela tinha caído de uma arvore, resultando em vários hematomas e cortes. Eles simplesmente pensaram que ela tinha sido espancada por aquela mulher. E por má sorte sua mãe tinha cabelos prateado e olhos azuis. Eles pensavam que Sakura tinha sido sequestrada. Sakura queria dizer que eles estavam errados. Que ela realmente era sua mãe e que ela tinha cabelos rosa porque seu pai era ruivo (Pelo menos era oque sua mãe tinha dito a ela) e que ele tinha olhos verdes escuros. Mas sua Inner disse para ela ficar quieta, e que seria melhor assim. E assim fez.

Sakura entrou na sua casa pela janela e fechou-a assim que entrou. Ela parou por alguns segundo no meio do quarto. E depois se voltou para os pergaminhos em sua cama.

Ligou a luz e recomeçou de onde havia parado.

*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*

Sakura acordou com a luz do sol batendo no seu rosto. Logo se levantou e se viu na sua cama rodeada de pergaminhos. Não demorou muito para que os acontecimentos do dia anterior passassem como flashes na sua cabeça. Levantou-se, pegou uma toalha no armário e foi para o banheiro. Precisava de um banho.

Enquanto sentia a água quente lavar seu corpo começou a pensar no pergaminho que tinha invocado a partir de outro. Ela não tinha abrido ainda, mas no rolo tinha dizendo ‘Se conseguir abrir esse pergaminho, então ele te levará aonde você realmente pertence’. E no rolo do qual tinha invocado o pergaminho ‘B’ (Como ela tinha o apelidado. E o outro era o pergaminho ‘A’) estava dizendo que aquele pergaminho era único, e que ninguém poderia copiar o jutsu que ali tinha, e que era irreversível. Resumindo, não poderia voltar atrás caso realizasse o jutso. E para completar o pacote, só poderia fazer esse jutsu uma vez. Era problemático.

E para piorar sua vida. Era simplesmente impossível para uma pessoa (Mesmo que fosse usuário do Fuhentekina) para abrir mais de um portal na vida. Só poderia abrir um portal cada pessoa. E o usuário tinha que ser do clã Kuroichi, ou feito por uma pessoa do clã.

Sakura franziu a testa, e logo desligou o chuveiro. Entrou no quarto e vestiu uma sandália rasteira e um vestido verde claro. Prendeu os longos cabelos em dois pauzinhos, e foi para a cozinha tomar café da manhã. Pensava que iria acordar com uma enorme dor de cabeça por causa dos habitantes da vila celebrando o ano novo. Mas estava calma.

Suspirou e levantou a caixinha de leite, que tinha encontrado na geladeira, como se fosse fazer um brinde. “Feliz 2013, Sakura. Que este ano possa correr o quanto quiser.” E então bebeu.

.

.

.

“BLARG! QUE COISA HORRÍVEL!” Sakura falou jogando a pobre caixinha de leite pela janela que estava fechada, fazendo com que vidro quebrasse e cacos de vidro e a caixinha de leite caísse no gato vagabundo que vivia no quintal do apartamento em que ela morava.

E assim começou o primeiro dia do ano de 2013 para Kuroichi Sakura.

*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.**.*.*.*.*.*.*.*.*.*

Sakura estava na sala do seu apartamento. Ela estava sentada no chão encarando o rolo de pergaminho na sua frente. O pergaminho B estava na sua frente. Ela estava encarando ele há aproximadamente 15 minutos. Ela tinha afastado todos os moveis da sala para realizar o jutso. Queria realizar em casa pelo fato que estava chovendo e não queria realizar um jutsu que nem sabia se poderia realizar.

Sakura suspirou. “Por que diabos estou com tanto medo? Não é como se eu fosse morrer. E além do mais eu não queria encontrar o meu próprio lugar? Se eu for a escolhida eu poderei encontra-lo!”. “É isso ai! Tire esse medo idiota! Nós somos a melhor ninja! Não temos nada a temer!”. “Isso ai Inner! Vamos nessa juntas!”. “Sakura, nós sempre estamos juntas -.-‘”. “Ai é... De qualquer jeito, vamos lá!”.

Sakura relutante pegou o pergaminho B, e tentou abri-lo. Mas não conseguiu. Ela suspirou de frustação. “Ne, por que não tenta colocar chakra?”. Sakura abriu os olhos e pegou o pergaminho novamente. Liberou um pouco de chakra na ponta dos dedos e esperou. Nada aconteceu.

Sakura suspirou e tirou os dedos. “Tenta com sangue!”. “Ok.”.

Sakura mordeu se dedo e adicionou chakra. E colocou no pergaminho. Esperou. Mas nada aconteceu.

Antes que Sakura pudesse soltar o pergaminho, ele começou a queimar sua mão, ela imediatamente soltou o pergaminho no chão e observou espantada como ele se transformou em um pó brilhante que começou a rodar no ar num circulo. E logo se transformou num portal, com um brilho lilás. Era incrível.

Sakura de repente começou a pensar. Se ela entrasse, não poderia voltar. Mas oque a estava prendendo aqui? Naruto se foi, seus pais adotivos se foram. Sasuke se foi. Ela não tinha nada a perder.

Sakura se levantou decidida. E ficou em frente ao portal. Ela fechou os olhos e deu um passo para frente. Logo ela foi sugada pelo portal, e não se podia ver nem Sakura, nem o pergaminho, nem o portal.

*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*.*

Sakura abriu os olhos, e viu que estava numa cama confortável. Não no chão onde deveria estar, já que tinha desmaiado. Logo se lembrou. Ela estava em outra dimensão... Não exatamente em outra dimensão. Ela estava na dimensão a qual ela realmente pertencia. Se ela pertencesse ao mundo ninja, então era lá que ela estava. Mas algo lhe dizia que ela não estava em Konoha.

Apurando seus sentidos, percebeu que tinha duas pessoas conversando fora da sala. Prestando mais atenção ao que falavam, percebeu que não estavam falando em japonês. Estavam falando em... Inglês? Era raro encontrar pessoas que falavam fluentemente inglês. Só os ANBU mais importantes como ela sabiam.

Ela lentamente se levantou e olhou o quarto em que estava, era simples. Só tinha uma cama de casal normal, um armário e duas portas, que ela supôs que uma era o banheiro e a outra a saída do quarto. Ela lentamente se levantou. Pelo menos ainda estava em suas roupas. Lentamente abriu um das portas que tinham no quarto. A porta dava num pequeno corredor. Ela foi seguindo as vozes e quando chegou a sua origem, viu um velhote e uma velhinha. Eles pararam de discutir e olharam para ela.

Ela olhou para eles e perguntou em inglês é claro. “Olá, Podem-me dizer onde estou?”.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!