It Was Panic! At The Disco escrita por thisistherealryanross


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Eu resolvi postar hoje porque não pude me conter. Eu sou uma descontrolada hahaha. Eu resumi o capítulo porque como a história conta tudo do início ao fim, vai ser comprida.



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No dia seguinte, não ensaiamos, mas mesmo assim fui na casa do Spencer.

- Hey, Ryan!

- Oi, Spenny, e...

Vi que Brendon também estava lá e tive vontade de sair correndo.

- Oi, Ryro - Ele me cumprimentou e sorriu

Brendon estava de óculos. Ele era ainda mais adorável quando estava com óculos.

- Oi, Brendon...

- Ryan!

- Olá, senhora Smith

- Quanto tempo, querido

- É...

- Soube que seu pai está se tratando

- É, ele está

- Que bom

- Muito

- Está tudo bem, querido? Você parece triste

- Acho melhor eu ir para casa, não estou me sentindo bem mesmo. Tchau

Saí da casa de Spencer e sentei no chão, ao lado da porta, então comecei a chorar. Pude ouvir um pouco da conversa dos três.

- O que houve com o Ryan, filho?

- Eu não faço ideia, Você sabe de alguma coisa, Brendon?

- Não, mas ele está estranho comigo

Foi isso que eu ouvi. Depois, levantei-me do chão e saí. Fui para a praia. Para minha surpresa e tristeza, Brendon apareceu por lá. A última coisa que eu queria no momento era vê-lo.

Eu estava sentado em uma pedra, quando senti uma mão tocar meu ombro.

- Vai pegar um resfriado - Brendon disse, sorrindo. Céus, ele tinha um sorriso tão lindo.

- Oi...

- Hey, Ry, estamos preocupados com você

- Preocupados por que?

- Porque você parece triste

- Eu estou bem

- Você estava chorando. Aconteceu alguma coisa? Você pode confiar em mim.

- Não aconteceu nada - Menti, mas deixei uma lágrima escorrer por meu rosto

- Ry... - Brendon me abraçou forte. Por que ele fazia aquilo comigo?

Comecei a tossir e Brendon quis me levar para casa.

- Vem, vamos para a minha casa

Concordei com a cabeça e Brendon me levou até sua casa. Sentamos no sofá da sala e ele me levou uma xícara de chá.

- Obrigado

- Disponha

Beberiquei um pouco do chá e notei que Brendon me observava. Não sei ao certo, podia ser coisa da minha cabeça, mas parecia-me que ele queria me beijar, pelo jeito que me olhava.

- Que foi? - Perguntei

- Como assim?

- Você está me olhando

- Desculpe, é que você fica bonito bebendo chá - Brendon sorriu

- Como?

- Que foi? Um amigo não pode achar o outro bonito?

- Eu não disse isso, é só um pouco... estranho

- Eu sou estranho - Brendon riu

- Bom saber

Larguei a xícara, ainda com um pouco de chá, na mesa de centro. Olhei para Brendon, que sorriu e se aproximou. Ele chegava cada vez mais perto. Tentou me beijar, mas eu virei o rosto.

- O que foi? - Ele perguntou, chateado

- Por que você faz isso comigo?

- Isso o que?

- Primeiro você diz que não seremos mais que amigos e que nunca mais vai acontecer e depois tenta me beijar?

- Me desculpe, eu...

- Você está brincando comigo. Isso dói, sabia?

- Me desculpe, Ryan, eu não devia ter feito isso

- Qual das coisas você não deveria ter feito?

- Mentido

- Sobre o que?

- Sobre não podermos ser mais que amigos

- E o que isso quer dizer?

- Deixa esse assunto para depois, não é uma boa hora e nem um bom lugar

- Ok

A boa hora nunca chegou. Estávamos em setembro de 2006 e ainda não havíamos tocado no assunto, ou seja, oito meses haviam se passado.

Já havíamos gravado nosso primeiro disco, com o título A Fever You Can't Sweat Out. Já havíamos feito também nosso primeiro show, com mais de duzentas pessoas presentes. Entre essas pessoas, estavam meus pais, que perceberam que não era apenas um hobby para mim e então passaram a me apoiar e tornaram-se fãs.

Eu estava com Brendon na casa dele, estávamos sozinhos. Achei que seria o momento perfeito para falar daquele assunto, que foi adiado por oito meses, mas ele não deixou: se aproximou de mim cada vez mais, encostando seus lábios nos meus.

- Brendon, por favor, não...

- Shhhhhhh! Cala boca, Ryan

Brendon foi me deitando no sofá e tirando minha camisa.

- Brendon... - Eu falava baixo, quando ele parava de beijar meu pescoço - Pare, por favor. Eu não quero isso. Não agora.

- E quando você vai me querer, Ryan?

- Nós não conversamos nada daquela vez, lembra? Agora é uma boa hora. Eu quero que você me fale o que não falou oito meses atrás.

- Ok, eu vou falar. Era tudo mentira. Eu sou gay, eu quero ser mais que seu amigo, eu sempre quis, desde o dia que nos tornamos amigos. Eu te amo, e percebi isso quando você foi para Seattle e falou daquela sua nova amiga. Eu quero você, Ryan Ross. Só pra mim.

Eu não sabia o que falar, então beijei-o.

- Você quer namorar comigo?

- Claro que sim!

Foi um dos momentos mais felizes da minha vida.

No dia seguinte, eu e Brendon estávamos dando uma volta pela cidade, quando vimos meu pai atravessando a rua.

- Hey, olha lá meu pai. Posso chamá-lo?

- Claro

- Pai! - Gritei - Venha aqui conosco!

Ele apenas me olhou e sorriu. Meu mundo parou naquele instante. Eu senti um aperto enorme em meu peito.

- Nããão! - Eu gritei alto e desabei em lágrimas - Não!

- Ryan - Brendon me chamou e segurou meus dois braços com força, impedindo-me de ir em direção a meu pai

Consegui me soltar e corri até o corpo caído de meu pai. Pude ouvir Brendon ligando para Spencer e logo depois para a ambulância.

- Não, não, não, não! - Eu chorava, desesperado - Calma pai, você vai sobreviver, você vai conseguir sair dessa. Você é forte, eu sei disso. Você vai conseguir aguentar a dor,, só aguente mais um pouco, eu sei que você consegue, pai, por favor, não morra.

Vi Spencer chegando com minha mãe. Ela chorava tanto quanto eu.

- Acalme-se, Ryan, deixe sua mãe ir para o hospital. Seu pai vai ficar bem, se acalme - Spencer me consolava

Concordei com a cabeça e me afastei, chorando.

Logo depois, Spencer e Brendon me levaram até o hospital.

- Ele faleceu. Eu sinto muito - O médico disse.

Foi o momento mais triste da minha vida. Eu chorava como uma criança. Meu pai morreu diante de meus olhos. Eu vi ele cair no chão e sangrar. Eu nunca mais conseguiria sorrir.

No dia seguinte, aconteceu o enterro. Brendon, Spencer e suas famílias estavam lá também. O caixão desaparecia lentamente, e a terra tomava conta do local. Todos jogaram flores e após pouco tempo, foram embora.

- Por que? Por que meu pai? Ele estava mudando

Brendon ficou abraçado em mim, enquanto eu chorava. Após um tempo, Spencer comunicou que era tarde e devíamos ir embora, pois uma tempestade estava prestes a chegar.

- É hora de se despedir, Ry

- Eu não quero. Eu quero ser enterrado junto com ele, eu não quero mais viver, eu não quero - Eu falava, enquanto chorava.

- Não diga isso, Ry. Vem, vamos.

Brendon e Spencer me levaram para casa, contra minha vontade.

Spencer pediu para minha mãe que eu dormisse na casa dele. Ela assentiu, então me despedi dela e de Brendon e fui com Spencer para a casa dele.

Eu não queria dormir. Eu não conseguiria. A imagem da morte de meu pai nunca mais sairia da minha cabeça. Spencer, então, fazia de tudo para me animar, mas foi em vão.

Após um tempo, concordei em dormir. Spencer apagou no momento que se deitou, e eu fiquei chorando. Tudo que eu queria era chorar, ficar sozinho. Mas eu sabia que depois do acontecido, todos ficariam em volta de mim.

A tarde do dia seguinte estava feia. Estava chovendo forte. Brendon combinou de ir na casa de Spencer. Ele já havia chegado, então falei para Spencer que tomaria um banho e me vestiria melhor. 

POV do Brendon

- O Ryan está demorando

- Tem razão

- Ryan! - Gritou

- Vamos subir

- Hey, Ryan! Saia daí - Eles batiam na porta e gritavam.

- Vamos abrir a porta. Ryan? Ryan? Droga, ele não está aqui

- Oh meu Deus. Ryan! Ryan, apareça! Ryan!

- Droga, droga, droga, foi tudo culpa minha, eu não deveria ter deixado ele sozinho no quarto.

- Não foi culpa sua, Spencer. Eu já sei onde ele está, vamos!

Saímos correndo da casa de Spencer. A chuva estava forte, e o vento também. Entramos rapidamente no meu carro e dirigimos por um curto tempo. 

Caminhamos pelo local até encontrarmos Ryan.

Fim do POV do Brendon

- Ryan! O que você está fazendo aí nessa chuva? - Brendon perguntou-me

- Chuva? Meu pai morreu e você acha que eu me importo com a chuva? - Falei, chorando

- Você vai pegar um resfriado, a chuva está forte.

- Eu não me importo - Gritei - Saiam daqui e me deixem sozinho

- Não vamos te deixar sozinho. Olha, Ryan, eu sei a dor que você está sentindo

- Não, você não sabe - Gritei novamente - Você não sabe como é sentir dor todos os dias e quando finalmente seu pai consegue mudar e ser uma pessoa melhor, vem um carro e atropela ele bem na sua frente. Você não sabe o que é ter um pai ausente. Agora saiam daqui e me deixem em paz!

- Não, nós não vamos sair

- Então eu vou. E não me sigam

- Ryan, você não percebe que queremos seu bem? Nós queremos te ver feliz.

- Se querem me ver feliz, parem de me perseguir e me incomodar - Gritei - É difícil entender que eu não quero vocês por perto?

Saí do cemitério, chorando bastante. Brendon e Spencer insistiram em me perseguir.

- Ryan, volta aqui!

- Me deixem em paz! Que droga!

- Ryan...

- Sem "Ryan". Saiam de perto de mim, eu não preciso de ninguém pra me ajudar

- Sério? Porque não é o que parece.

- Não importa se é ou não o que parece. Não me incomodem mais, entenderam?

- Entendemos, mas não vamos parar de te "incomodar"

- Então vão para o inferno, que tal? - Gritei alto, novamente.

Saí correndo antes que eles pudessem me alcançar e fui para qualquer lugar.

POV do Brendon

Não levamos a sério o que Ryan nos disse. Ele só estava chateado.

- Vem, vamos logo

Spencer e eu corremos atrás de Ryan. Vimos ele se afastando pela escuridão. A tarde estava com chuva forte e o céu estava escuro, parecendo noite, e por isso, não havia ninguém nas ruas, além de nós três.

Ryan virou-se para trás rapidamente e viu eu e Spencer correndo atrás dele. Ele acelerou o passo, então eu e Spencer fizemos o mesmo.

A chuva ficou mais forte. Os raios e relâmpagos tomavam conta do céu. Nas ruas desertas, nossos passos batiam no chão coberto de água.

Conseguimos alcançar Ryan e segurei o braço dele com força.


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