U Smile escrita por nahinthesky, annab


Capítulo 1
Intercâmbio


Notas iniciais do capítulo

Divirtam-se bbys.
capa:http://tinyurl.com/usmile1
(vou falar com a Ana sobre as roupas do capítulo)



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Isso realmente só devia acontecer comigo. Ou com a gente. 
Porque sempre que eu estava com a Natália tudo podia acontecer.

Estavamos no aeroporto, bonitinhas, sem arrumar nenhuma confusão. Esperando ansiosamente nosso voo. Número 1678, destino Stratford no Canada.

Já tinhamos passado pelo Check-In e no detector de metal. Quando iamos entrar no avião a Nah soltou um grito.

–O que foi?! - perguntei preocupada.

–Eu esqueci meu CD do Paramore em casa! - disse ela praticamente chorando.

–Tudo bem, compramos outro quando chegarmos lá.

–Não! Aquele era autografado por toda a banda! - disse ela fazendo birra.

–Quando voce voltar o CD ainda vai estar na sua casa - disse calmamente tentando arrumar a situação. Mas claro, se fosse meu CD eu estaria em pânico tambem.

–Não! Você não entende não posso passar um ano sem ouvir aquele CD - disse saindo correndo.

–NATÁLIA?! - gritei saindo correndo atrás dela.

Ela ligou para os pais e ficou esperando na frente do aeroporto enquanto eles traziam o CD, por sorte sua casa era perto.

E claro quando fomos entrar no avião já estavamos mais do que atrasadas.

Tivemos que correr o aeroporto inteiro feito loucas pra conseguir chegar a tempo.

E eu fiquei chingando ela por meia hora depois que o avião levantou voo, enquanto ela dava beijos no seu CD dizendo que nunca mais ia se esquecer dele.

Sim, minha amiga era louca, mas eu a amava, fazer o que?

Estavamos saindo do Brasil pela primeira vez. Buscar novas aventuras. Passar um ano no Canadá. Intercâmbio na casa de um tal de... - peguei meu papel para lembrar o nome - senhor Buttler. Ele tem um filho chamado Ryan que é da nossa idade.

Espero que o filho dele seja legal.

Por termos feito o voo se atrasar um pouco - tá, bastantinho - todos do avião estavam olhando feio pra gente, o que só piorou quando dona Natália começou a cantar Ignorance alto.

–If I'm a bad person, you don't like me. I guess I'll make my own way, it's a circle a mean cycle, I can't excite you anymore! - gritou ela do nada me fazendo pular da poltrona.

–Nah? Tá louca? - perguntei com medo

–Where's your gavel? Your jury? What's my offense this time? You're not a judge but if you're gonna judge me well, sentence me to another life! - ok, ela estava descontrolada.

–NATÁLIA! Vão acabar jogando a gente pra fora do avião ! - disse em panico.

Nesse momento várias pessoas começaram a olhar pra gente. Tipico, sempre chamávamos atenção, por sermos.. diferentes (lê-se: malucas).

Foi quando a Nah chegou no refrão da musica e berrou de olhos fechados ''Ignorance is your new best friend''. O.k isso estava passando dos limites.

Puxei o fone de ouvido dela com força e gritei o mais alto que eu conseguia:

–VOCÊ ESTÁ ME ENVERGONHANDO!

Ela olhou em volta e depois que percebeu os olharem que estavam nela durante todo o seu ''show'' ela fico vermelha e deu um dos seus sorrisinhos que sempre vinham depois de alguma maluquice.

O resto do voo foi mais tranquilo. Comemos o lanche que davam no aviao e eu roubei o bolo de chocolate que um tio que sentada atrás da gente tinha. Ele estava durmindo então nem viu, coitado.

Natália começou a tagarelar que havia visto um filme em que o cara no avião dava cérebro humano para um menininho japonês comer, ok né.

Tambem pedimos pra ir na cabine do piloto, mas a aeromoça não deixou. Ela era má. Mais eu acho que não deixaria se fosse ela também não. Pelo menos não depois de termos atrasado o voo, e deixado os passajeiros loucos ao som de Paramore.

Podiamos acabar fazendo o avião cair se fossemos lá.

E então se a gente sobrevivesse teriam que fazer aqueles folhetos de procura-se nossos. Iriamos perder nossas caras de santas.

E nós realmente tinhamos caras de santas, do tipo de garota que podia ganhar o premio miss exemplar do ano.

Eu tinha o cabelo castanho e olhos também castanhos que eu aprendi a gostar quando parei pra pensar em como olhos castanhos são acolhedores, tipo awn. Mas ainda é meio deprê porque a filha da puta da Natália tem lindos olhos azuis claros que me fazem querer apertar as bochechas dela. 

Eu fiquei morrendo de frio dentro do avião então a Nah abriu o casaco e eu entrei nele ficando com uma mão pra fora e outra pra dentro, fazendo brincadeiras retardadas de temos duas cabeças e brincando com os braços. Ela se preocupava comigo e eu me preocupava com ela. Eramos como irmãs.

Quando o aviao finalmente pousou em Atlanta para a troca de aeronave, eu já estava tremendo.

–Hey, se acalma. Vai dar tudo certo. - Nah me disse enquanto terminada de tomar o quarto copo de coca e então pediu o quinto pra aeromoça que já estava irritada com ela. Podia perceber que ela também estava nervosa, mas não queria demostrar isso pra não me assustar.

–É, vai sim, né? - disse tentando me acalmar.

–Vai porque nosso plano de dominar o mundo está quase pronto, Pink - disse ela mexendo as mãos em circulos com um olhar diabólico.

–Claro, cérebro! - disse rindo e ficando um pouco menos nervosa.

Ouvi uma voz de mulher falando no interfone do avião e respirei fundo pegando a minha bolsa e seguindo a Nah até a porta.

Andamos até a outra plataforma seguindo a aeromoça, onde vimos uma tela escrito "Toronto, Ontário". Ficamos esperando o tempo para iniciar, discutindo como Atlanta deveria de ser bonita e legal, e partindo do fato de que estavamos a pelo menos 5 horas sem ver o céu com os pés no chão até um mictório com teto solar seria legal.

O embarque iniciou e nos partimos em mais quatro horas em um maldito avião.



Ok, respira fundo. 'Tá tudo certo, você não está nem um pouco nervosa, nem a Natália. Vai dar tudo certo e você não vai querer nem voltar para o Brasil. Ha-ha! Acho que minhas pernas viraram gelatina.

Pegamos nossas malas nada chamativas que estavam passando pela esteira, na qual eu fiquei me segurando para não subir, porque se o nosso "pai de intercâmbio" nos visse fazer isso podia acabar nos mandando de volta no primeiro vôo pro Brasil que achasse.

Fomos caminhando pelo aeroporto ate achar uma plaquinha escrita ''Natália & Ana''. Na plaquinha tinha uma bandeira do Brasil, não pude deixar de soltar um sorriso vendo.

Quem segurava era um homem que devia ter de 30 á 40 anos que estava ao lado de um garoto que parecia com tédio. O garoto era lindo, tinha o cabelo meio castanho claro querendo ser loiro, era mais alto e tinha um bom gosto pra roupas. Nah comentou que ele parecia um playboyzinho e tive que discordar entrando em uma daquelas discussões sem fim que acabou subitamente conforme nos aproximávamos.

Tentei me acalmar e caminhei em encontro aos dois.



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Notas finais do capítulo

Deixem um reviewzinho só pra fazer a felicidade da tia Nah que ta repostando tudo, pfvorzinho
beijones pruces