The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 5
Festa de Casamento




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/22654/chapter/5

Eu estava trabalhando na minha produtora. Havia três dias que eu não via Eduardo e ouvir a voz dele pelo telefone e não poder tocá-lo era torturante.

Mas com a quantidade de trabalho que eu estava tendo na época, ficava meio difícil arranjar tempo pra namorar.

Então, Eduardo que morria de saudades de mim também, resolveu me visitar pela primeira vez na produtora.

Eu trabalhava distraída e de repente haviam mãos cobrindo meus olhos.

Coloquei as minhas mãos sobre as dele para tentar adivinhar quem era, e não foi muito difícil.

“Adivinha quem é?” Ele perguntou.

“Aposto que não é o papai Noel.” Eu disse e ele removeu suas mãos.

“Com certeza estou longe disso.” Ele disse sorrindo.

Então eu o olhei de cima a baixo e disse: “Começando pelo físico.”

“Ah.” Ele disse “Por falar em físico, estou cansado de sexo pelo telefone.”

“Fala sério, a gente só fez uma vez.” Eu disse “E foi antes de ontem.”

“Eu quero algo mais real, Beatriz.” Ele disse me pegando pela cintura e me puxando para perto de seu corpo.

“Aqui não dá, Edu.” Eu disse.

“Por que não?” Ele me perguntou beijando o meu pescoço.

“Ora, porque eu trabalho aqui e a Lisa pode aparecer a qualquer momento.” Eu disse me soltando dele “Sabe que foi até bom você ter vindo aqui.”

“Foi mesmo?” Ele me perguntou sorrindo.

“Não nesse sentido, seu safado.” Eu disse “Quis dizer que eu ia te ligar daqui a pouco pra fazê-lo um convite super recusável.”

“Com você eu topo qualquer coisa.” Ele disse.

“Não sei não.” Eu o disse.

“É tão ruim assim?” Ele me perguntou receoso.

“Você tem roupa social?” Eu o perguntei.

Foi super engraçada a cara que ele fez.

“Não me diga que você quer me levar para uma dessas suas festas de patricinha?” Ele perguntou.

“Não é uma festa de patricinha.” Eu disse “É um casamento.”

“Ha.” Ele disse rindo da minha cara.

“O que foi?” Eu o perguntei “Se não quiser ir é só dizer ‘olha Bia, eu não to a fim’, mas não fica curtindo com isso, ok?”

Eu me virei e voltei a fazer o que estava fazendo fula “Tchau. A gente se fala depois.”

“Ei, espera.” Ele disse “Eu ainda não respondi.”

“Você já me convenceu.” Eu disse.

“Eu vou.” Ele disse “Eu pego uma roupa emprestada do Miguel e pronto.”

“Mesmo?” Eu o perguntei sorrindo.

“É.” Ele disse com um leve sorriso.

“Ah!” Eu disse pulando em seus braços para que ele me pegasse “Obrigada, meu amor.”

“Isso a custará um preço altíssimo, ouviu bem?” Ele disse.

“Um beijo agora é o suficiente?” Eu o perguntei.

“Suficiente não é, mas por ora...” Ele disse.

“Oh, coitado de você.” Eu disse o beijando em seguida.

Enquanto nos beijávamos alguém tossiu para nos interromper e ganhar nossa atenção.

“Desculpe incomodar.” Léo disse.

“O que você está fazendo aqui, seu pela?” Eduardo perguntou me colocando no chão.

“Eu não vim aqui falar com você não, Eduardo.” Léo disse “Eu vim falar com ela.”

Ele disse apontando para mim.

“Comigo?” Eu o perguntei.

“O que você quer com a minha mulher?” Ele o perguntou.

“Ih, não viaja Eduardo.” Léo disse “Vocês não têm nem um mês de namoro e ela já virou sua mulher?”

“Isso é entre eu e ele, Léo.” Eu me meti.

“Ele falava a mesma coisa quando ele namorava a Patty.” Léo dizia.

“Ih olha o cara!” Eduardo disse “Não se mete onde você não foi chamado.”

“Ah! Que se dane você, Eduardo.” Léo disse “Eu vim falar com a Beatriz e não saio daqui até falar com ela.”

“Ta bom.” Edu disse “Fala logo.”

“A sós.” Léo disse.

“Você está exigindo demais...” Eduardo se preparava para partir pra cima de Léo.

“Eduardo!” Eu disse “Mais tarde a gente se vê.”

“O que?” Edu disse “Você vai mesmo falar com esse pela filho da...”

“Vou.” Disse.

“Está bem, então.” Edu disse fulo passando por Léo “Te busco às 21h00min?”

“20h00min.” Disse.

“Estarei lá.” Eduardo disse sem tirar os olhos de Léo e finalmente saiu.

“E então? O que quer comigo?” Eu o perguntei.

“Um emprego.” Léo disse.

“Como?” Eu o perguntei.

“Eu quero sair dessa vida de trambiques, rachas e etc.” Léo disse “E acho que você não deveria se meter nessa não.”

“Eu não pedi sua opinião sobre isso.” Eu o disse “E quanto ao emprego... Preciso, além de falar com a minha sócia, preciso saber o que você poderia fazer em uma produtora.”

“Eu sei editar vídeos com perfeição, faço grafite e posso aprender outras coisas.” Ele disse.

“Sei.” Disse “Um grafiteiro seria maravilhoso aqui, mas antes preciso falar com a Lisa.”

“Ok.” Léo disse “E quando você pode me dar a resposta?”

“Hoje à tarde, pode ser pra você?” Eu o perguntei.

“Claro.” Léo disse.

“Então passa aqui mais tarde.” Eu o disse.

“Pode deixar.” Ele disse se despedindo de mim com dois beijinhos no rosto.

“Nos vemos depois, então.” Eu disse.

“Valeu.” Ele disse indo embora.

Fiquei confusa com aquilo. Pensei, por que Léo iria querer sair dessa vida que é super divertida?

Mas com o tempo descobri que adrenalina é bom, mas enjoa às vezes. Pode ser cansativo viver sempre dessa forma doida. Só mesmo Eduardo pra não enjoar disso.

Depois, fui para casa almoçar. E minha mãe estava lá.

“Olá minha filha.” Ela disse.

E eu que estava sem paciência nenhuma pra ela disse: “Chamei o Eduardo para o casamento de hoje, ta?”

“O que?” Minha mãe estava furiosa “Você não teve a ousadia de fazer isso, Beatriz.”

“Ele meu namorado.” Disse “Por que não o chamaria?”

“Porque esse é o casamento de sua prima.” Minha mãe disse “Filha da irmã de seu finado pai.”

“Mais um motivo para eu levar Eduardo.” Disse “Quero que essa família hipócrita saiba quem eu namoro. Um cara que já foi preso por homicídio e responde um processo por isso. E isso não é tudo, um cara que adora viver de adrenalina. Tem vergonha disso, mamãe?”

Usei puro sarcasmo na última frase.

“Beatriz, não me provoque.” Valéria disse “E trate de desconvidar esse seu ‘namorado’ imediatamente.”

“Se ele não for, eu também não irei.” Eu disse “E tia Mercedes ia amar isso, não?”

“Você está a fim de me provocar hoje, em Beatriz?” Valéria me perguntou “Bom, faça o que você quiser, leve quem você quiser. Eu lavo as minhas mãos. Você já não tem mais jeito.”

“Obrigado mamãe.” Disse em tom sarcástico e ela nem sequer respondeu, só saiu pela porta cuspindo maribondos.

E uma idéia fantástica me passou pela mente.

Liguei para Eduardo.

“Fala, meu amor.” Ele disse do outro lado da linha.

“Chama a Patty e o Fernando para o casamento também.” Disse “Mas diz pra eles chegarem duas horas depois de nós, ta?”

“Sabe, Beatriz?” Edu começou “Eles não vão querer ir todos emperiquitados, não.”

“Dane-se.” Disse “Desde que eles vão.”

“Ok.” Eduardo disse e pude sentir que ele sorria “Mas por que isso?”

“Só quero fazer a dona Valéria sofrer um pouquinho.” Disse.

“Sendo isso então...” Ele disse “To dentro.”

“Beijo, então.” Disse.

“Um beijo nessa sua boca gostosa, minha gata.” Ele disse e eu comecei a rir.

“Tchau Eduardo.” Desliguei.

Não podia esperar por essa festa.

Depois que almocei voltei para a produtora e lá Léo me esperava como havíamos combinado. Porém só tem um probleminha, esqueci de falar com Lisa.

“E aí?” Ele me perguntou “Falou com sua sócia?”

“Na verdade eu me esqueci.” Disse sem rodeios, mas com aquela cara de quem sentia muito.

“Sei.” Léo disse “Bom, não tem problema. Depois você fala com ela e me fala, certo?”

“Na verdade, eu tenho um convite pra você.” Disse.

Convidei Léo também para a festa com a desculpa que Lisa estaria lá, o que não deixava de ser verdade.

 

Mais tarde, Eduardo me pegou em casa para a fúria da minha mãe. E chegamos atrasados, o que não foi legal... para os outros convidados e os noivos que interrompemos.

Chegamos rindo e a cerimônia já tinha começado.

Todos olharam para nós, inclusive tia Mercedes e mamãe.

“É isso que sua filha, minha sobrinha, anda namorando?” Mercedes perguntou assustada para minha mãe.

“É temporário Mercedes.” Valéria disse “Beatriz vai largar esse elemento por bem ou por mal.”

E é claro que Lisa e Miguel também comentavam.

“Sei que Eduardo é seu irmão, mas Miguel, ele ta levando a minha amiga pra vala.” Lisa disse.

“E eu estava tão feliz pensando que ela poderia conseguir tirar meu irmão dessa vida.” Miguel disse.

“Mas está me parecendo o contrário.” Ela disse.

Eu tratei de puxar Eduardo, e nós sentamos nos primeiros lugares vagos que vimos pela frente, ou seja, bem lá no fundão.

Eduardo não parava de me beijar e isso assustava as pessoas que estavam do nosso lado.

“Edu, eles estão olhando.” Eu o disse.

“E daí?” Ele me perguntou sem tirar a cara do meu pescoço, o que me enlouquecia “Você não quer provocar a sua mãe? E então é o que a gente ta fazendo.”

Eu sem querer acabei soltando um gemido altíssimo. Todos olharam para trás e isso fez Eduardo cair na gargalhada.

“Do que você ta rindo?” Eu o perguntei também rindo.

Mas Eduardo não me respondeu só disse alto para que todos pudessem ouvir: “O que vocês estão olhando? Parece que nunca transaram na vida!”

O padre se apavorou.

“Foi mal aí, seu padre.” Eduardo disse.

Eu comecei a rir.

“E nem transando a gente estava.” Ele disse pra mim, dessa vez.

“Você está tão obcecado com isso que acaba falando besteira por aí.” Eu disse tentando ficar séria, mas era impossível.

Minha mãe pirava do lado de Mercedes.

“Meu Deus!” Mercedes disse “A sua filha está doente ou o que pra trazer esse louco para minha casa?”

“Ela perdeu o juízo.” Minha mãe dizia “Só pode ter sido isso.”

Lisa e Miguel também estavam apavorados.

“Ai, meu Deus.” Miguel disse “Será que o Eduardo só sabe criar confusão?”

“Calma Miguel.” Lisa disse.

Enquanto isso, Eduardo me fez um convite tentador.

“Vamos vazar dessa cerimônia chata?” Ele sussurrou no meu ouvido, o que me deixou toda arrepiada.

“Pra onde?” Eu o perguntei.

“Qualquer lugar que dê pra gente dar uns amassos aí.” Ele disse.

“Vem comigo.” Eu disse “Discretamente.”

Eu o levei até a biblioteca da minha tia.

“Uma biblioteca?” Ele me perguntou.

“Porque ninguém vai vim aqui com uma festa rolando aí fora.” Disse.

“E por que não um quarto?” Ele me perguntou com seu sorriso sexy.

“Porque eu acho falta de respeito com a pessoa que dormirá naquele quarto depois.” Eu disse.

“Cada uma que você diz.” Ele disse rindo e vindo pra cima de mim até que me encurralou entre ele e uma estante de livros.

“Daqui você não me escapa.” Ele disse com seu sorriso maldoso.

Eu apoiei uma de minhas pernas em uma escada de mão, que estava contra a estante que do nosso lado e segurei nela também.

Eduardo começou a me beijar enquanto eu abria o fecho da calça dele. De repente a mão de Eduardo estava debaixo do meu vestido abaixando a minha calcinha.

Parecia que estávamos sem nos tocar há décadas.

Eu me perguntava, como pude viver sem esse homem até outro dia?

Não dava pra acreditar.

E no auge de nossas emoções, alguém entrava na biblioteca.

“Edu, tem alguém entrando.” Eu o disse, mas ele não parecia me ouvir.

De repente pude ver minha mãe, que não parecia chocada ao ver sua filha contra uma estante de biblioteca, se apoiando em uma escada de mão enquanto transava com o namorado.

Pelo contrário, seu olhar nos fuzilava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E se puderem comentar... Por favor!