The Reason Of My Breath escrita por Bru20014


Capítulo 16
No Limite




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Fui direto para a produtora e lá apenas Léo se encontrava.

Joguei minha bolsa com tudo em cima dos papéis super revoltada.

“O que houve?” Léo perguntou “Não devia estar feliz por se ver livre daquela clinica finalmente?”

“Eduardo terminou comigo.” Eu admiti me sentando em uma cadeira.

“Ele terminou?” Léo parecia surpreso, já que nem ele pensava que Eduardo realmente o daria ouvidos “Mas ele não te explicou por que?”

“Explicou, mas não me convenceu.” Eu disse “Ele veio com uma história de que está arruinando minha vida e de que eu preciso de alguém melhor do que ele. Como se existisse alguém melhor do que ele pra mim.”

“E existe.” Léo disse pegando uma cadeira e pondo na minha frente para que ele sentasse.

“Foi você.” Eu disse me levantando “Foi você?”

“O que?” Léo perguntou.

“Foi você que colocou essa merda toda na cabeça de Eduardo, não foi?” Eu o perguntei.

Léo olhou para o chão, mas depois olhou em meus olhos e disse: “Fui eu sim.”

“O quê?” Eu o perguntei “Quem te deu o direito de se meter na minha vida?”

“Eu também tenho outra coisa pra te dizer.” Léo disse “Vamos fazer você descontar logo toda a sua fúria em mim de uma vez.”

“Tem algo pior do que isso?” Eu o perguntei morrendo de ódio.

“Acho que tem.” Ele disse.

“Então fala logo!” Eu o ordenei.

“Eu estava trabalhando para a sua mãe até um pouco antes de você ser internada.” Ele disse.

“O que?” Eu o perguntei “Como assim? Trabalhando em que pra Valéria?”

“Te espionando.” Ele disse “Delatei cada passo seu em troca de uma chance com você e uma boa grana.”

Eu pirei.

Parti para cima de Léo e comecei a espancá-lo pra valer. Foram tapas, socos, unhadas... até Lisa chegar para apartar a briga.

“Beatriz?” Lisa disse me segurando e me tirando de cima de Léo.

“Eu vou matar você!!” Eu o disse.

“Calma, Bia.” Lisa disse, mas Léo não disse nada “Meu Deus, Léo. Você está sangrando.”

“Eu mereci.” Ele disse “Parcialmente.”

“Como assim ‘parcialmente’?” Eu o perguntei “Você merecia mais do que levou.”

“Não digo por isso.” Léo disse “Mereço por ter sido X-9 sim, mas não pelo o que disse a Eduardo. Disso não me arrependo e nem julgo que fora errado.”

“X-9?” Lisa perguntou “Do que vocês estão falando?”

“Essa coisinha fofa que está na nossa frente, Lisa...” Eu disse “Ele estava falando tudo que eu fazia para minha mãe. Penso até que ele disse pra dona Valéria sobre o que aconteceu na rave, não foi? Foi por causa de você que eu fui parar naquela clinica. Agora é muito fácil você vir aqui e dizer que a culpa é do Eduardo.”

“Eu sei que errei.” Léo disse “E foi por isso que te mandei a real.”

“Vai se ferrar, Léo.” Disse “E Lisa, você acredita que o Eduardo terminou comigo porque esse verme aí, colocou asneira na cabeça do meu amor.”

“Que asneira?” Lisa perguntou.

“Eu só disse a verdade pra Eduardo.” Léo disse “Que ele estava destruindo a vida dela.”

“Vê se eu mereço isso?” Eu perguntei à Lisa.

“Nisso eu acho que tenho que concordar com Léo.” Lisa disse.

“Ok.” Eu disse suando de raiva “Eu quero você fora da minha produtora, Léo.”

Após dizer isso, saí, mas Lisa disse à Léo que ele não precisava sair e que minha raiva era de momento. Ela tinha razão, mas esse momento demoraria passar.

Dirigi até o ferro velho, mas antes de eu chegar lá, Edu já tinha passado lá e aberto tudo para Patty e Fernando.

“O cara ta arrasado.” Fernando dizia para Patty.

“É...” Patty disse “Me enganei feio sobre esses dois.”

“O que você achava?” Fernando a perguntou.

“Sempre achei que isso era um momento, uma fase pra patricinha da Beatriz.” Patty disse “Achava que ela ia partir com o coração de Eduardo porque ela ia cansar dele, dessa vida e simplesmente iria pular fora.”

“Mas gata, de certa forma ela partiu com o coração dele.” Fernando disse.

“Não.” Patty disse “Ele que foi o babaca que partiu com o próprio coração e não duvido nada que com o da patricinha também.”

De repente entro igual à um furacão no ferro velho.

“Vocês tem alguma coisa aí pra beber?” Eu perguntei.

“Cerveja.” Fernando respondeu me estranhando ali.

“Que cerveja o que!” Patty disse “O que você está fazendo aqui? Você e o Eduardo não terminaram?”

“Ele terminou comigo, mas o que isso tem haver? Continuo sendo da gangue.” Eu disse.

“Nada disso.” Patty disse “Você só entrou aqui por causa do Edu e agora não tem mais nada que te prenda aqui.”

“‘Nada disso’, eu digo.” Disse “Eu batalhei pra entrar aqui! Tive que ganhar aquele racha e tudo mais... Entrei aqui com muito esforço pra vocês me despejarem assim.”

Patty soltou um risinho e disse à Fernando: “Diz pra ela se mandar logo, amor.”

“Não posso.” Fernando disse “Ela tem razão. Ela entrou aqui com o suor dela, neguinha.”

Patty estava no chão depois dessa, então ela teve que engolir o orgulho dela e disse: “A cerveja ta na geladeira.”

“Obrigada.” Eu disse principalmente para Fernando.

 

Passou-se uma semana inteira e Edu me evitava em todos os lugares. Quando chegava ao ferro velho ele arrumava uma desculpa qualquer e ia embora. Mas apesar de tudo isso eu havia ficado muito amiga de Fernando e passei a brigar menos com Patty também.

Mas essa semana essa situação com Eduardo mudaria. Um ex-namorado meu me ligou dizendo que estava chegando da Inglaterra e queria passar a semana que ficaria no Brasil comigo.

Lembro que a gente continuou namorando depois que ele foi morar na Inglaterra, mas namoro a distância não deu muito certo. De cara gente combinou que esse seria um namoro aberto, que a gente poderia ficar com quem quisesse na ausência um do outro e estamos assim até hoje.

Eu levei ele até o ferro velho e contei tudo que aconteceu nesses últimos cinco meses, desde que conheci Eduardo. Ele se espantou de como eu havia mudado, mas também disse que a mudança, apesar de assustadora e surpreendente, não foi ruim.

“Oi, galera.” Disse ao chegar no ferro velho.

“Ih, gente.” Edu, que ainda me evitava, inventaria a desculpa da vez “Tenho que ajudar Helena a fazer o dever de casa. Sabe, como é prometi pra ela.”

Patty caiu na gargalhada e Fernando também não pôde resistir.

“Essa foi a pior desculpa de todas até agora.” Patty disse.

Edu olhou fulo pra ela.

“Ela tem razão.” Eu o disse.

“Eu só não quero tornar as coisas mais difíceis.” Edu não tinha nem sequer olhado pra mim e muito menos percebido a presença de Lucas.

“Quem é o bonitão?” Patty logo perguntou.

Imediatamente Edu olhou para nós e não pareceu gostar do que via.

“Bom gente, esse é o Lucas meu...” Eu dizia, mas Lucas me interrompeu.

“Na verdade desde que eu fui pra Inglaterra a gente não definiu isso direito, não é?” Ele disse.

“Como assim?” Edu foi o primeiro a perguntar.

“A gente nunca terminou o namoro.” Eu disse “A gente acabou esquecendo.”

“E depois de dois anos quando a vejo novamente...” Lucas dizia “Fico ainda mais confuso.”

Não havia confusão nenhuma. Tinha combinado tudo com ele no caminho.

Patty e Fernando se olhavam percebendo minha armação.

Edu estava morrendo de raiva, então fui para a cartada de mestre.

Eu beijei Lucas.

Foi tão de repente e tão de improviso, que o peguei de surpresa, mas ele continuou atuando super bem.

“Eu vou pra casa.” Edu disse passando por nó olhando o menos que podia.

Depois que ele saiu, Lucas e eu paramos de nos beijar.

“Que droga.” Eu disse “Não deu certo.”

“Que isso, Beatriz.” Fernando disse “Ele saiu cuspindo maribondos daqui.”

“Verdade.” Patty disse “Você pegou pesado.”

“É só vocês virem mais vezes aqui juntos que está tudo resolvido.” Fernando disse.

“É, mas eu vou embora na segunda.” Lucas disse.

“É o suficiente.” Patty disse.

“Tomara.” Eu disse.

Eu disse pra Edu que o provocaria. Bem feito pra ele se ele não quis acreditar em mim. Naquele momento ele só tinha que ceder.


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