Flashback On.
Harry foi pra um canto e eu, irritada, fui pra outro. Fiquei dançando e bebi um único drink. Estava no bar, conversando com Daniel, um cara bastante legal que eu havia conhecido ali. Quando ele saiu, eu virei e observei a pista de dança. Uns colegas recentes estavam sentados ali perto, acenando pra mim e eu acenei de volta sorrindo. Em um canto, vi Harry me encarando. Nossos olhares se encontraram. Verde no castanho. Reprimi um sorriso e bebi o drink que segurava. Virei para o barman.
–Pode me dar outra dessa por favor? – ele deu um sorriso maravilhoso.
–Claro, mas uma pergunta. É maior de idade? –revirei os olhos, sorrindo.
–Não.
–Sabe que não posso te servir bebida, não sabe?
–Hm... Eu sou legalmente maior de idade e você é um cara muito legal, então sim, você pode me servir.
–Yeah, eu sou bem legal. Emancipada? – perguntou ainda sorrindo. Ele não deveria fazer isso. Ele era muito bonito.
–Yep. – ele começou a preparar o drink.
–Brasileira, não? – levantei as sobrancelhas, surpresa. –Minha ex é brasileira e eu tenho família lá, então reconheço o sotaque e uma brasileira quando vejo uma. – fiquei envergonhada. Ele me serviu e saiu.
–Oi. – escutei. Aquela voz rouca quase me fez arrepiar. Virei lentamente, como se estivesse entediada, quando na verdade meu coração dava saltos.
–Hey.
–Está se divertindo aqui? Já que queria tanto vir – debochou. Claro que ele continuaria me perturbando.
–Viu o moreno que eu estava comigo? E esse barman sensual? Estou me divertindo, não se preocupe. –debochei também. Ele ficou vermelho de raiva.
–Você deveria parar com isso.
–Por que Harry? Por que você acha que eu deveria parar?
–Duvido que não saiba o por quê. –disse cruzando os braços. Ergui a sobrancelha.
–Se soubesse, não teria perguntado.
–Por que... – ele não terminou a frase, pois um ser loiro pulou no pescoço dele.
–Harry! – era ela, ela. Por que ela? Caroline se afastou e o beijou. Na minha frente. Deu pra ouvir o barulho do meu coração quebrando? –O que faz por aqui, meu amor?
–Caroline? – ele me olhou. Abaixei a cabeça, me levantei e sai dali murmurando um “licença”. Chorar na frente dele é algo que não ia acontecer. Entrei no banheiro e vi Niall sorrir de canto pra mim. Ele, Zayn, Lou e Els haviam assistido toda a cena.

POV Off
O loiro olhou para o seu amigo ao seu lado que também o encarava
–E então? Qual o plano? –Zayn pergunta esfregando uma mão na outra.
–Plano? –Eleanor pergunta confusa. –Não tem plano Zayn, o jeito é os dois se entenderem.
–E tem que ter um plano pra isso, rainha da inteligência – a morena revirou os olhos. Podia-se comentar que nenhum deles estava suficientemente sóbrio.
–Caroline tinha que aparecer logo agora? –diz indignado, o loiro. –Eles iam se acertar, iam. –Louis resolve se pronunciar
–Não sei, você acha? – Niall concorda com a cabeça. – Eu acho que não, Harry está muito inseguro em relação a ela. E ela é cabeça dura, nunca vai admitir que gosta dele.
–Mas vamos ser sinceros. Nós sabemos que Larissa não é de ter atitude. Se for pra acontecer algo entre os dois, Harry é quem ter que dar o primeiro passo.
–Mas por que diabos Harry ainda não fez isso? –Zayn pergunta levemente irritado. Irritava-o, o fato de, uma única atitude mudar tudo e Harry ainda não ter a tomado.
–Ele tem vergonha, creio eu. De tomar um fora, ou algo assim. De não ser correspondido. –Niall responde comendo um petisco que estava num prato em cima da mesa. –É o seguinte... – rapidamente começou a explicar a ideia dele. –Zayn vem comigo, quando Harry vier aqui, vocês dois fazem o combinado.
Os dois assentiram e Niall e Zayn saíram indo em direção a Harry e Caroline que se beijavam, mas ele não parecia estar muito animado com aquilo. Na verdade, ele preferia estar beijando outra pessoa. O moreno cutucou as costas de Harry e esse se virou aliviado.
–Hey. –disse.
–Oi cara. Caroline, tem um cara te procurando. –Zayn disse.
–Um cara? Quem? –pergunta se afastando um pouco de Harry.
–Larissa disse que era um tal de Lucas.
–Larissa? –Harry pergunta interessado, olhando para os lados, a procura da garota.
–É. Ela garantiu isso. –Caroline assentiu e saiu. Harry olhou para os dois.
–E onde ela está? Larissa?
–Ela está com Ellie e Louis – Niall apontou na direção dos dois. Harry saiu sem dar uma palavra. Zayn e Niall se entreolharam e riram, de como o amigo era previsível. Chegando na mesa onde os outros dois estavam, Harry pigarreou, interrompendo um beijo
–Hey Harold, senta aí com a gente –Louis falou, simpático
–Não agora, Lou. Onde está a Larissa?
–Ela está ali naquele banheiro. –Eleanor deu um tapa no braço deste. Atuando, é claro.
–Não era pra ter contado Louis. –Harry saiu antes de terminar de escutar e foi até o banheiro. Nem ele sabia porque estava fazendo isso. Ele só queria vê-la, estava obcecado nela.
Abriu a porta do banheiro e esbarrou numa menina que saía.

POV Larissa.
Entrei no banheiro e me olhei no espelho. Engoli o choro e fiquei me encarando.
Meu Deus. O que eu estava pensando?
Que Harry Styles poderia gostar ou sentir ciúmes de mim? Ele tem Caroline. Por que pensaria em mim? Abaixei a cabeça e senti a primeira lágrima escorrer, esta foi seguida de muitas outras. Não tinha movimentação no banheiro, as mulheres que entravam estavam muito bêbadas pra reparar que eu chorava. Depois de uns bons minutos, lavei meu rosto e tirei a maquiagem. Passei somente um delineador. E respirei fundo.
O que estou fazendo aqui mesmo? Estou chorando por ele? Ele está lá beijando Caroline e eu aqui chorando por ele? Não mesmo. Eu não beijei ninguém hoje e isso não vai ficar assim. Que ele beije Caroline, mas que eu beije também. Fui na direção de uma cabine quando senti um braço me puxando e me empurrando lá dentro. Só não reagi, pois reconheci o toque.
–O que quer? – perguntei desviando os olhos dele e segurando as lágrimas de novo.
–O que está fazendo? – perguntou com a testa franzida. –Está com cara de choro. Estava chorando? – abaixei a cabeça, olhando pra todos os cantos daquela cabine minúscula, menos pra ele. –Ei. Aconteceu alguma coisa ou alguém te fez algo?
–Não, não. O que quer? –perguntei logo, voltando a olhar pra ele. Harry parecia preocupado.
–Certo... -murmurou. –Quem era o cara que queria falar com Caroline?
–Do que está falando? –perguntei franzindo o cenho.
–O cara que falou que queria falar com Caroline. –repetiu.
–E como eu vou saber disso? –perguntei dando de ombros.
–Zayn e Niall disseram que o cara falou com você. – um pensamento me ocorreu e eu arregalei os olhos. –Que foi?
–Me dê licença, Harry. – ele se afastou, coloquei a mão na fechadura da porta e empurrei. Trancada. –Putos! –olhei o espaço minúsculo e comecei a me sentir sem ar. Harry percebeu e tentou me acalmar.
–Eles inventaram isso? –perguntou boquiaberto.
–Não percebeu isso? Que idiota.
–Ei. Agora eu sou o idiota?
–Idiota, estúpido e ridículo. –Harry abriu a boca pra retrucar, mas eu não deixei. – Por que não volta a beijar sua namoradinha?
–Eu iria, mas não sei se percebeu a porta está trancada. –me magoou um pouco, mas eu mereci.
–Se te faz se sentir melhor, também não quero ficar aqui com você. Você me irrita Harry.
–Você me irrita mais. – falou se aproximando.
–Impossível. Você acha que é dono de tudo, que pode mandar em mim. Mas você não pode ok?
–Eu não quero mandar em você. Só quero que deixe de ser teimosa e que me escute.
–Eu não vou mudar meu jeito porque não gosta. – Harry respirou fundo.
–Por mais que você me irrite MUITO, eu gosto do seu jeito. –revirei os olhos e apoiei a mão na cintura, olhando pro teto.
–Oi? Depois eu quem sou a bip... – ele interrompeu minha frase e me beijou. Eu queria beija-lo e muito. Mas eu me afastei. Não posso me iludir mais do que já estou me iludindo. –Por que você... Fez isso? – perguntei com a voz falha
–Eu... Não sei, desculpe. – meu coração apertou. Ele não sabia por que havia me beijado. Olhei pra cima, tentando não chorar.
–Não faça mais isso.
–Vai dizer que quer não quer me beijar?
–Eu nunca quero te beijar. –menti.
–Ótimo, também não quero te beijar – sacudi os ombros infantilmente.
–Você só me beija quando não tem nada pra fazer nem outra mulher pra beijar. –soltei e ele abriu a boca, como se eu tivesse o ofendido.
–Nunca falei isso.
–É o que parece. – finalmente, eu sentei na tampa da privada. Fechei os olhos, tentando esquecer que estava ali. Uma hora alguém ia entrar no banheiro, não é possível. Nós ficamos em silêncio por uns minutos. – Me dê seu celular, não aguento mais ficar presa aqui.
–Bom saber que aprecia minha companhia. – disse com sarcasmo.
–Mais do que imagina. –retruquei. Ele pegou o celular e me entregou, já havia uma mensagem.
“Já fizeram as pazes? Zayn x”
“Abre essa porta sua puta” respondi.
“Só quando se entenderem” suspirei irritada. Liguei pra Josh, nada. Liguei pra Jon, nada. Liguei pra Liam e Danielle, nada. Liguei pra Dan e ele atendeu.
–Harry?
–Larissa.
–Oi Larissa, aconteceu alguma coisa?
–Nossa, eu não posso te ligar? – riu.
–Claro que pode, mas eu sei que vocês estão na balada. E então?
–Aquelas putas me trancaram no banheiro com Harry.
–Putz. E não tem como eu te ajudar, já fui embora e estou na estrada, indo pra Manchester.
–Tá brincando? Você era minha única esperança Dani.
–Só faz as pazes com Harry e fim. –sugeriu. –É sua namorada, Dan? – escutei alguém falar. Dan respondeu em seguida. –Não, minha amiga.
–Quem é esse? –perguntei curiosa.
–Stephan, um amigo que está indo comigo.
–Bonito? – perguntei interessada. Ele riu.
–Quem é? – ouvi o tal de Stephan perguntar. –É a Larissa. – ele respondeu. –Larissa? Aquela Larissa? – Dan riu. –Sabe que ela tá escutando não sabe? –eu dei risada. –Oi Larissa, e sim, eu sou bonito. – ri de novo
–Oi Stephan. –Harry me olhava incrédulo.
–Tá brincando? Você pega o telefone pra tirar a gente daqui e fica flertando com um desconhecido?
–Estou conhecendo ele pra poder flertar. –expliquei e os dois riram. Harry ficou sério.
–Me dê o celular. – o encarei séria, o pedindo pra calar a boca.
–Quantos anos você tem? –perguntei curiosa.
–Quantos você quiser que eu tenha. –respondeu, fazendo eu e Dan rir. –24. –franzi os lábios, começando a gostar.
–Bem, você sabe como conseguir meu número. –falei após ele pedir. –Foi um prazer conversar com você, mas eu preciso desligar e arranjar um jeito de sair daqui. –nos despedimos e eu desliguei. Apoiei meu cotovelo no joelho e enterrei meu rosto nas mãos. Dei um suspiro irritado. –Quer fingir que fizemos as pazes?
–Não. – disse seco.
–Nossa Harry, você é insuportável.
–Você é outra.
–Quer saber? –perguntei levantando a cabeça pra olha-lo. -Explode. Não quero falar com você.
–Quem disse que eu quero falar com você? – ignorei. A minha maior vontade era de pegar ele pelos cachos e afundar aquele rosto, lindo, naquela privada. Olhei para o chão, balançando as pernas e meu olhar parou em uns números no meu antebraço.
–Oh meu Deus. Muito obrigada. – coloquei a mão no bolso dele e peguei o celular de novo. Digitei o número
–De quem é?
–Um cara que conheci hoje.
–Nem fudendo que você vai ligar pra ele. –olhei pra ele, apertando os lábios.
–Você não costuma xingar, Harry. –repreendi.
–Não sei se reparou, mas eu estou irritado. E quero xingar.
–E eu quero dar uma voadora na sua cara, mas nem por isso estou dando. – ele revirou os olhos. Liguei e depois de alguns segundos atendeu.
–Oi?
–Daniel, é a Larissa.
–Larissa? Oi. Por que está me ligando? Você já foi? Estou vendo seus amigos daqui.
–Aquelas putas. Prenderam-me no banheiro feminino. Você pode me ajudar?
–Claro, já estou indo.
–Obrigada. – desliguei e soltei o ar. Minutos depois ele aparece e abre a porta. Saí desesperada, ele me olhou assustado.
–Tenho claustrofobia, não me julgue. – ele sorriu. –Obrigada.
–Sem problemas. Esse número aqui é seu?
–Não é do... – olhei pra Harry que encarava Daniel, sério. –Dele. Depois eu te ligo e passo o meu. – ele assentiu. Agradeci de novo e Daniel saiu, com nós dois saindo atrás. –Sabe, você poderia ter agradecido.
–Não.
–Educação. Se não fosse ele ainda estaríamos presos lá. –avistei Niall e Zayn. Eles nos viram e se esconderam. Sorri irritada e fui até os dois. –Suas putas. Por que não vão dançar pole dance sem calcinha já que não tem nada pra fazer?
–Por que dançaríamos pole dance sem calcinha? –Niall pergunta.
–Porque você é uma puta, Nialler. – falei irritada.
–Não é necessariamente coisa de puta. – Caroline diz se aproximando com... Aquele lá. Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Lord Voldemort... Ok, parei, momento potterhead. Mas ela estava com ele. Você-sabe-quem. Ok, agora eu parei.
–Se você que é expert em putas tá falando. –falei pegando o copo de Eleanor e bebendo. Tomara que ela tenha percebido essa indireta bem direta. E sim, ela percebeu.
–Você me chamou de puta? –perguntou incrédula.
–Chamei? – perguntei arregalando os olhos. Não me julgue. Eu estava irritada. Muito irritada. E queria descontar em qualquer um. Ela veio se metendo onde não foi chamada e azar o dela. Só espero que ela não se faça de coitada, porque ela realmente não me engana com aquela cara de “Eu gosto de você, vamos ser melhores amigas”
–Você me chamou de puta. Não com todas as palavras, mas chamou.
–Bem, se você está tão convencida.
–Ei. Pare – Harry pediu. Respirei fundo e soltei o ar bem devagar, me controlando. Ele estava a defendendo. Ok.
Olhei para o barman e decidi que não era obrigada a ouvir isso. Fui na direção do barman bonitinho.
–Hey. – ele me olhou e sorriu.
–Hey. Vai querer alguma bebida?
–Sim. – falei indecisa e olhei para a enorme placa que indicava as bebidas.
–Quer ajuda? – assenti. –Hm... Uma que não seja muito forte. –revirei os olhos, ele riu. –Qual é, você tem 17 anos.
–E quantos anos o adulto tem?
–20. –eu dei risada. –Eu sei, eu sei. Grandes merdas –ri –Seu nome é...
–Larissa.
–Prazer, Ian. –sorri. –Me diz por que aquele cara está me encarando como se pudesse me queimar com os olhos? –olhei pra onde ele olhava. –Ele não é aquele... Harry... Styles, sei lá. –Harry realmente nos encarava. Voltei a olhar pra Ian.
–Esse aí. Ele te encara porque gosta de cheirar gatinhos. Agora eu quero que me diga uma bebida boa e forte. – ele indicou uma e preparou pra mim.
–Quero ver se consegue dar um único gole sem reclamar.
–Está me desafiando? –assentiu sorrindo –E o bonitão consegue?
–Claro que sim. Trabalho com bebidas então sou...
–Um bêbado? – Ian riu.
–Não, acostumado. –corrigiu. –Vamos apostar, eu bebo com você. Quem beber o copo primeiro, pede qualquer coisa do outro. –cerrei os olhos, desconfiada. –Mas o outro tem direito de negar. –levantei as sobrancelhas
–Você é desonesto. –ele riu. –Você mesmo disse que é acostumado! E eu só tenho 17 anos!
–Ahh agora vem falar que é criança. – dei de ombros rindo. –Aceita ou não? –assenti revirando os olhos. Ele serviu em dois copos de shot. Peguei um e ele outro. Nos encaramos risonhamente e levantamos o copo em gesto de “Saúde”, um brinde. –Um, dois, três e... – joguei o líquido na boca e ele desceu queimando pela garganta. Grunhi, ele fez o mesmo, mas... Bebeu primeiro que eu. Comecei a reclamar
–Você roubou! Não valeu! Não aceito. Revanch... Quer dizer, você roubou – ele riu alto.
–Nada disso, eu ganhei e quero meu prêmio. – suspirei.
–Tá. O que quer?
–Hm... Meu turno acabou, você... Ficaria comigo? – perguntou envergonhado. Eu acho que corei. Oh God. Ficar com aquele pedaço de mal caminho? Quer dizer, todo o mal caminho, não é nem um pedaço.
–Hm... – desviei os olhos, queimando de vergonha, mas logo levantei a cabeça querendo ser menos covarde. –Claro. –concordei. Ian sorriu de canto. Ele virou e falou algo com o cara que estava substituindo ele. Depois deu a volta e saiu da bancada. Parou ao meu lado e passou os braços timidamente pela minha cintura.
–Vamos dançar? –concordei. Estava tocando uma música bem legal. Ficamos dançando e rindo. Ele era muito divertido. Podia-se dizer que eu já havia esquecido o aborrecimento com Harry. Depois paramos e sentamos pra conversarmos. –Então você é modelo?
–Yep. E vou começar a faculdade de arquitetura.
–Sério? –pergunta impressionando. – Eu faço engenharia. –ergui as sobrancelhas, impressionada. Inteligente, quem diria.
–Exatas é minha vida. Ia fazer engenharia, mas decidi variar um pouco e escolhi arquitetura. Mas depois de arquitetura com certeza farei engenharia.
–Você quer um segundo diploma? –pergunta assustado e eu ri. –Não conseguiria.
–E você tem parentes no Brasil? –ele me contou que já morou no Brasil e nós começamos a falar em português, pra ele provar. Logo Harry apareceu do nosso lado.
–Por que ele tá me olhando assim? –Harry franziu a testa reparando a mudança de idioma.
–Já te disse que ele cheira gatinhos. –ele riu.
–Estamos indo. Niall pediu pra te buscar. –Harry disse ignorando o que ele não entendeu.
–Não vou agora.
–Sim, você vai. –suspirei, realmente cansada disso.
–Harry, eu disse que não vou.
–Chase, vamos. –ele pediu.
–Larissa, se quiser eu te levo. –Ian sugeriu, indeciso. Harry o fuzilou com os olhos.
–Não se incomode, ela vai comigo. – me levantei.
–Um minuto, Ian. – puxei Harry pelo braço, irritada. Quando estávamos em um lugar mais privado, eu o soltei. –Me deixa em paz, Harry! O que tá acontecendo com você? Por que de repente você ficou tão insuportável Harry?
–Você quem ficou insuportável! Acha que não sei que só quer ficar pra poder aproveitar a noite com o loirinho que fala português?!
–E daí? O que você tem a ver com isso? Você não é meu namorado! –exclamei. Harry ficou me encarando. –Me deixa quieta e vai engolir a coitada da sua namorada. A donzela está precisando de você pra defendê-la.
–Está com ciúmes. – bufei irritada. Virei-me pra voltar pra Ian, mas ele me segurou.
–Se ache menos. Por que eu teria ciúmes de você? Muito pelo contrário, estou irritada porque odeio que tentem me controlar e me digam o que fazer. Eu estou morando aqui sozinha, sem meus pais, e não é você quem vai me dizer a hora que eu devo ir pra casa. Está bem? –soltei meu braço, irritada. Harry apertou os lábios, claramente irritado.
–Como quiser. –disse e me deu as costas.