Império Romano; escrita por Lisa Heartfilia Dragneel


Capítulo 1
Luna: Um ciclope vem tomar café comigo


Notas iniciais do capítulo

todos os capítulos terão o nome da versão que será narrada. O primeiro (este) começará pela Luna.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/225613/chapter/1

Lunna acordou com dor nos olhos, como se a noite toda fosse um pesadelo horrível. Alguma coisa acontecera a noite. A garota se lembrava de poucas coisas. Fogo, calor, medo, segurança. A final, com o que tinha sonhado? Não, ela não se lembrava. Mas parecia ser algo importante.

Passou as mãos nos olhos saindo de sua cama. A madeira estava intacta. Na verdade, a casa inteira da menina parecia ser impecável. Para cada cômodo, havia uma empregada preparada para arrumar, isso não era exceção de seu quarto. Assim que ela tirou seus pés da cama, uma garota, de talvez dezoito anos de idade foi ativada, ou alguma coisa assim.


– Bom dia, senhorita – Yeni falou sorrindo.

– Não me chame de senhorita – a garota indagou, olhando para a menina.


Yeni tinha longos cabelos loiros, olhos grandes e azuis, sua pele era impecável e sua roupa de mordomo/dama de companhia a fazia parecer que acabara de sair de dentro de um mangá. Lunna não gostava que sua mãe e seu pai contratassem garotas para ser uma dama de companhia, era como se ela sempre precisasse de alguém para vigiá-la, e sempre que uma garota dessas aparecia, dava um jeito da coitada se demitir. A verdade que não era difícil achar alguém que não suportasse Lunna, ela era um exagero de garota. Com um nível grande de maldade.

Uma dor de cabeça estava insuportável ainda ecoava em sua mente, a fazendo piscar os olhos com força. Yeni não gostou da reação, como se soubesse de alguma coisa, mesmo assim não disse nada a não ser pedir licença para que arrumasse a cama.

A garota de cabelos escuros, Lunna, arrumou o resto do quarto, não permitindo que Yeni terminasse. Normalmente, as damas de companhia traziam café da manhã para a filha mais velha dos Spyes. Depois de tanto brigar, Yeni acabou adotando a idéia de tomar o seu café junto com ela, na própria cozinha da mansão.

As duas desceram as escadas, como duas amigas, o que fazia Luna perceber que esta não era mais uma garota que a encheria o saco. Yeni, por mais tímida, quieta e fofa – Luna nunca gostara de meninas fofas - era uma garota legal.

Na cozinha, muitas das empregadas cumprimentarem as duas, já deixando duas xícaras na mesa, com café e pão francês fresco da Padaria perto de sua casa no Morumbi. Digamos que a melhor padaria de São Paulo estaria lá. Yeni, mesmo quando comia algo sempre sorria, mas hoje, sua expressão era séria, o que incomodava Luna.


– Tem como parar de ficar assim e me falar o que está acontecendo? – Luna olhou, brava para a garota.

– Não.. não é nada.


O silêncio voltou no lugar, infelizmente – ou felizmente, quem sabe – Luna Sabia que Yeni estava mentindo para ela. Em uma manhã quente de sábado, Yeni estaria criando seus preparativos para visitar a família, em uma fazenda de café, o que sempre tirava Luna do sério, já que a família da garota era totalmente rica e ela trabalhava para cuidar de uma criança de dezoito anos, malcriada e chata. “Mais um dia chato como os outros” Pensou Luna.

Quando era mais ou menos no horário de meio dia, sua mãe, Wilma Spyes, chegou com sua irmã de quatro anos de idade. Raquel. Ao contrário de Luna, Raquel era uma criança boazinha, sempre atenciosa. Olhos azuis, cabelos loiros. Ela sim parecia uma mistura de seus pais. Wilma e Yuri. Os dois tinham claros. Luna, tinha os cabelos ruivos, quase vermelhos ao sol da mãe, mas seus olhos, pretos como Jabuticaba deixavam a desejar. Muitas vezes, na televisão mostravam suspeitas de que Luna teria sido adotada, mas fotos de sua mãe grávida comprovaram o contrário.


A campainha soou forte na casa, alguém havia chego. Yeni segurou as mãos de Luna, a puxando para dentro. Não dera nenhuma desculpa do porque, só dizia que elas deviam entrar. Algo sobre segurança. Yeni estava muito estranha e não queria dizer o porque. As duas garotas subiram para o quarto e trancaram a porta, por mais que Luna estivesse com raiva, alguma coisa a dizia para ficar em silêncio. E isso, era o que ela mais queria fazer. Yeni parecia ficar mais pálida do que o normal, e mal dava para ver seu corpo mexendo com a respiração. Por um momento, Luna pensou que sua dama de companhia era um zumbi, e enquanto criava seus pensamentos a um filme de terror alguém bateu na porta, fazendo as duas garotas comprimirem um grito agonizante. O ar só escapou dos pulmões quando a voz por trás da porta foi suave.


– Luna! – a menininha gritou – Abre!


Luna se levantou para abrir a porta, mas as mãos de sua amiga – que trabalhava para ela – a segurou firme.


– Não abra.

– Ela é minha irmã Yeni! – gritou com força

– Ele não irá fazer mal a ela.

– Ele quem? Você está louca garota! – ela virou as mãos e abriu a porta.


Assim que Raquel pulou nos colos de sua irmã, lagrimas escorreram de seus olhos. O que estava acontecendo? Não. Ela simplesmente não conseguia entender. Mas sua duvida acabou quando ouviu o grito da sua mãe. Infelizmente, seu pai não estava lá. Na verdade, há dois anos não o via, já que ele havia viajado novamente para fazer um filme americano. Alguns passos começaram a ecoar pela casa até que um homem enorme apareceu.


– Homem mal! – Raquel gritou para ele, jogando um de seus brinquedos que estavam em sua mão.

– Homem? – Luna se levantou e entregou Raquel para Yeni, que estava escondida como se o homem grande fosse um monstro.

– Mestra quer você, garotinha – ele riu. Sua voz fez com que Luna pensasse duas vezes antes de fazer qualquer coisa.


Os dois ficaram se encarando e outros passos surgiram, aparecendo atrás do cara, literalmente passando por eles. Era Wilma.

– Mãe! – Luna havia percebido hematomas em seu corpo – o que aconteceu?

– Eu devia ter te contado – ela chorava escandalosamente- desculpa Luna.

– Me contado o que?!

– Oh, que dó – o homem, que agora parecia ter somente um olho em seu chapéu enorme riu – ela não sabe quem é o papai dela?

– Mãe, o que ele está dizendo? – a maior vontade de Luna era chorar. A mãe dela escondia algo.

– Saia daqui, Ciclope. Eu não irei entregar Luna a você – as palavras de Wilma saíram afiadas. A mãe dela podia vê-lo. A tanto tempo mentia a garota.

– Você mentiu para mim! – gritou, escondendo um soluço – eu fui colocada em vários psicólogos porque me chamavam de louca e você SABIA!

– Para Luna! – gritou Yeni – Discuta isso depois. Mate-o.

–Mata-lo? – Agora, uma risada saia mais agonizante do que devia – com um abajur é? – o ciclope agora parecia se divertir com a briga deles, esperando que Luna parasse para pega-la.

– Use seu anel - a mãe de Luna respirou, tentando falar entre os soluços – essa caveira, é presente do seu pai.


O anel de caveira, era feito de outro vermelho, e sempre chamara a atenção de Luna. Foi o único presente que sua mãe dera a seu gosto, já que sempre a mulher tentava esconder a rebeldia da filha. Mas o anel , sempre ficou em seu dedo e assim que ela o tocou, ele virou uma espada. Ela parecia ser feita de outro ainda, mas alguma coisa a banhava de uma cor negra. O ciclope se afastou.


– ferro estígio? – é você mesmo que a mestra quer.


O ciclope correu para atacar Luna, mas incrivelmente, ela desviou com facilidade. Sem entender o por que. Agora, todo o seu problema de atenção estava voltado à batalha. Ela via todos os detalhes da luta, todos seus movimentos. Quando o ciclope se moveu, Luna girou a espada em suas mãos, criando uma incrível cicatriz em sua testa. Ela não sabia como havia feito aquilo, mas tinha uma leve impressão de que sua mãe sabia. Seus pensamentos vieram em péssima hora, a fazendo desconcentrar e ser atingida pelas mãos do olho único. Sua queda só não foi tão grande pois caiu em cima de Yeni.

Assim que olhou para sua irmã, percebeu seus olhos cheios de lágrimas. Uma coisa era certa. Ela odiava pessoas. Odiava que mintam para ela. Mas amava sua irmã. E vê-la chorando, fez com que sua raiva somente aumentasse.


– você fez minha irmã chorar! – gritou e avançou no ciclope.


Algumas paredes foram quebradas, mas assim que ela conseguiu um lugar vasto para brigar, suas agilidades melhoraram. A garota exalava raiva, medo, o que fazia com que por várias vezes o ciclope se afastasse. Quando o monstro conseguiu fazer com que a garota se machucasse, um arrependimento gigante o deteve. A garota agora tinha todo o seu olho preto, como fogo incandescente e maligno. A menina o atacou no peito subindo sua espada ao longo de seu corpo. Um licor dourado saiu dele, mas assim que perfurou seu coração, um pó dourado saiu dele queimando assim que chegava perto da garota.

Suas mãos deixaram cair a espada, um pouco transtornada. Assim que tocou no chão, sua base pode ser vista. Um crânio, ouro vermelho, olhos de pedras negras brilhavam, e sua lamina toda entalhada com rosas. Aos poucos, ela se desfez, virando o anel. A garota o colocou de volta e subiu as escadas até o quarto. Sua irmã abriu um longo sorriso, percebendo que Luna ainda estava viva. Yeni parecia bolar algum plano e não disse nada. Wilma correu para abraça-la mas a garota afastou a mãe, com um olhar frio.


– Quem sou eu?



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capitulo, Ninha (:
Se quiser mais, comente ^^'



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Império Romano;" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.