Freddie's POV

Então minhas suspeitas se tornaram realidade. Logo desconfiei quando fui na casa da Sam hoje cedo e não a encontrei.

Flashback on

Cheguei em frente a casa da Sam e bati na porta.

Assim que abriram a porta, vi uma figura idêntica a Sam, só que mais rosa e exagerada.

– Melanie.

– Oi, Freddie. – Ela respondeu, num tom mais melancólico.

– Sam está? – Fui direto ao ponto. Não queria tê-la por perto, eu a desprezava mais do que qualquer pessoa na Terra.

– Não. Achei que ela estivesse na casa da Carly a semana toda. Pelo menos foi isso o que ela falou para minha mãe.

– Não acredito em você. – Disse, olhando dentro da casa.

– Não esperava que acreditasse. – Ela respondeu, e deu espaço na porta para eu passar.

Hesitei a princípio, mas mesmo assim entrei na casa a procura de Sam.

– Sam! Sam! – Eu gritava enquanto a procurava.

Entrei no quarto e vi que ela não estava, abri o guarda-roupa e vi que algumas coisas faltavam.

Desci as escadas correndo. Não, ela não pode ter feito isso de novo!

– Achou ela? – Melanie perguntou, cinicamente.

– Aonde ela está? – Perguntei.

– Se você não sabe, acha que eu sei? – Ela me perguntou, com desdém.

– Acho. Você é capaz de tudo, garota. Depois do que você fez com sua irmã, não duvido de mais nada do que você possa fazer.

– É sério, Freddie. Não sei onde Samantha está. – Ela disse séria. A encarei, ela parecia estar dizendo a verdade. Era difícil acreditar que ela não estava mentindo, mas ela parecia realmente não saber.

“Ai, meu Deus...Não, não de novo! Sam estava fugindo de mim mais uma vez?” , pensei, e isso me fez estremecer. Ela já fez isso uma vez, no manicômio, poderia muito bem fazer de novo.

– Freddie? – Melanie me perguntou, me tirando do meu transe.

Sai correndo pela porta, mas ainda deu tempo de ouvir um “Tchau, Freddie...vá atrás dela...” de Melanie. Precisava chegar ao Bushwell.

Flashback off

E então eu ouvi a conversa da Carly com a Sam, e descobri onde ela estava. Poxa, ela precisa para de fugir de mim!

Mas a parte mais difícil foi convencer Spencer a me falar como chegar lá. Já tinha tirado a carteira há alguns meses, e minha mãe tinha me dado um carro, mas ela falou que só podia usa-lo para “emergências”, como chegar atrasado a escola, caso alguém passasse mal, etc. O Spencer veio com aquele papinho de “Talvez seja melhor deixar a Sam sozinha um pouco” “Ela precisa pensar” e blá, blá, blá.

Mas ele acabou me entendendo e talvez daqui a uma hora eu chegue lá.

Sam’s POV

Depois que Carly me ligou, desci as escadas e me encaminhei para a sala, mas logo parei. Meu avô e minha avó estavam dançando uma música lenta, que tocava em uma “toca disco” , e, instantaneamente imaginei Freddie eu ali, sorrindo um para o outro, envelhecendo juntos. E ao pensar nisso, um sorriso involuntário escapou de meus lábios. Mas logo o desfiz, e balancei a cabeça numa tentativa de espantar esses pensamentos. Fui para a cozinha a procura de algo para comer. Estava com fome! Abri a geladeira, tinha muitos vegetais e frutas ali, credo!

– Não...Não...Não...Sim! – Disse, pegando um pote de sorvete de morango –muito bem escondido, mas não tanto para a mamãe aqui- no freezer.

Olhei para janela, e decidi sair pela porta dos fundos. Peguei o pote, uma colher, e sai. O céu estava lindo, nenhuma nuvem, apenas estrelas por toda parte.

Sentei-me na cadeira de balanço na frente da casa, na varanda; e olhei para o céu. Sorri ao lembrar que Carly e eu quando éramos pequenas tínhamos medo de contar as estrelas, porque diziam que dava verruga no dedo.

De repente, um vento frio passou, e eu fiquei arrepiada. Tampei o pote de sorvete, e deixei do lado da cadeira.

– Sabe, não deveria ficar aqui fora. Tá um pouco frio. – Uma voz falou atrás de mim. E eu conhecia essa voz.

– Freddie... – Disse, me virando para encara-lo.

– Sam... – Ele veio na tentativa de me abraçar, mas o empurrei. Ele pareceu não se importar. – Eu tenho que te ex...

– Vai embora. – Disse, o cortando.

– O que? – Ele perguntou, com um misto de tristeza e confusão em sua fala, e um rosto sem expressão.

– Eu quero que você vá embora. – Suspirei. Não queria que ele fosse embora, mas era preciso. Ao contrário da Melanie, não seria capaz de fazer o que ela fez. – Boa noite. – Com isso, entrei. Meus avós não estavam mais na sala. Devem ter ido dormir.

Subi para o meu quarto e...

– O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? – Gritei.

– Shhhh...Não grita! – Ele pediu. – Precisamos conversar, você queira ou não.

– Como chegou aqui mais rápido do que eu? – Perguntei, ainda me recuperando do susto ao ver Freddie ali, parado.

– Sabia que escalar árvores é o jeito mais rápido de chegar aqui em cima? E o mais dolorido também... – ele explicou, passando a mão no braço, agora arranhado.

– Freddie Benson sabe escalar árvores? Impossível.

– Esqueceu que eu também vinha pra cá quando era pequeno? Spencer que me ensinou, não lembra? – Ele perguntou.

Tentei procurar algo em minha mente, até que encontrei. Spencer tinha perdido 10 dólares, e ele viu que estava numa arvore, mas ele não conseguia escalar por ser muito grande, então pediu ajuda de Freddie, mas ele não sabia, e Spencer o ajudou. Então Freddie aprendeu a escalar arvores, e Spencer conseguiu suas 10 pratas de volta.

– Claro...Mas por que ainda está aqui? Não ouviu que quero que você vá embora?

– Não, Sam. Você não quer, se não já teria me jogado janela abaixo. – Ele disse, se aproximando. – Por favor, me deixa eu te explicar o que aconteceu na sua casa, naquele dia.

Olhei para ele, ele me implorava com o olhar.

– Um minuto. – Respondi.

– Tudo bem... Bom, quando eu fui na sua casa, Melanie estava se passando por você, e eu acreditei, ela estava agindo estranho, dando em cima de mim, depois, quando ela me beijou eu vi que não era você, e sim a Melanie. Foi quando você entrou, ela me “agarrou” de novo somente para você ver. Quando eu fui atrás de você, você já tinha sumido de vista! Por favor, acredite em mim. Melanie e eu nunca teríamos nada! – Ele falava rápido. -É você quem eu amo... – Dessa vez ele falou mais devagar, tomando folego.

Olhei para ele, e fiquei perdida em seus olhos de chocolate. Quando percebi, já estava o beijando e estava envolvida em seus braços. Ele me deitou na cama delicadamente, e o puxei para mais um beijo. Era um beijo diferente, nele havia saudades, paixão, desejo. Comecei a desabotoar a camisa dele e ele tirou a minha. Desliguei a luz do abajur, e naquele momento, nos entregamos um para o outro.

POV Narrador

Freddie observou Sam pegar no sono, e ficou admirando a pele pálida e macia, os lábios rosados e carnudos, e depois passando a mão nos cachos loiros bagunçados, os afagando, enquanto a loira dormia em seu peito. Parecia um anjo adormecido. Mas somente adormecido, porque acordada, ela era um furacão no corpo de uma menina. Mas tudo bem, porque ele a ama do jeito que ela é, e sempre irá. Porque não existe Fredward Benson, sem Samantha Puckett.