POV Narrador

- Awwn! - Carly exclamou ao ver a cena de seus dois melhores amigos dormindo abraçados no sofá.

 Sam grunhi e começa a acordar. A loira logo para de reclamar quando vê quem está ao seu lado. Freddie começa a acordar também e sorri para Sam ao seu lado. Sam dá um selinho em Freddie.

 Carly pigarreia

- Eu ainda estou aqui. - Carly diz, sorrindo.

- Ah, Carls... - Sam suspira se sentando no sofá.

- Caso vocês não saibam, hoje tem escola! - Carly disse procurando o leite na geladeira. - Ai! Espero que o Spencer não tenha levado o leite para o banheiro de novo! - Ela retira-se da sala.

- Eu vou lá em casa me arrumar, te vejo depois. - Freddie disse levantando-se do sofá e dando um beijo na testa de Sam.

- Até. – Sam diz e levanta-se indo direto pra cozinha procurando algo para comer.

- Achei. – Carly diz voltando do banheiro com a caixa de leite na mão.

- Tava no banheiro? O Spencer parece criança. – Sam disse rindo.

- O que tem meu nome? – Spencer perguntou descendo as escadas.

- Você parece criança! Já falei para parar de levar leite para o banheiro! – Carly disse irritada.

- Desculpa maninha! Meninas vocês querem que eu leve vocês pra escola? – Spencer pergunta.

- Claro. – Carly responde.

- Vou trocar de roupa. – Disse Sam subindo as escadas.

Sam’s POV

 Troco de roupa rápido –ainda bem que tenho roupas aqui.-, pego uma blusa branca com corações coloridos em cascata e uma leging preta com um All Star preto também.

 Spencer nos leva para a escola e lá encontro meu moreno conversando com Léo, um amiguinho nerd dele do clube AV.

- Oi Freddie, oi Léo. – Carly os cumprimenta, sorridente.

- E aí, Léo? – Digo me aproximando. Léo morre de medo de mim. - Hey, baby. – dou um selinho em Freddie.

- Oi, Flor. – Freddie me cumprimenta.

- Yuck! Bom, Freddie, te vejo amanhã no clube. Até mais! – Léo diz indo embora.

TRIIIIIIIM

O sinal toca. É hora de ir para aula. Droga.

_

Hora da saída. Finalmente! Mas, ainda sim, terei que ir pra casa. Minha mãe com certeza deve estar preocupada. É, eu sei que ela é toda estranha e às vezes ela pouco se importa comigo, mas quando chego ela sempre vem com lição de moral e me abraça. Mas hoje não estou afim de ouvir lição de moral, então vou direto pra casa e pouco me importar com o que a vaca da Melanie disser. Ela que se dane!

Chego em casa e lá está minha “querida” irmãzinha deitada no sofá assistindo TV.

- Olá, Sam. Achei que não voltaria mais. – Melanie disse me provocando.

- Cadê a Pam? – perguntei a ignorando.

-  No salão, fazendo a unha.

- Ah.

- E ai irmãzinha, aproveitou bastante o Freddie? - Melanie perguntou-me provocando mais uma vez.

- Você não cansa? – Pergunto voltando a olha-la.

- Não. – Ela diz se levantando do sofá. – Ele será meu... – Susurra em meu ouvido.

 Solto uma gargalhada debochada.

- Sério que você acha isso...Mel? ou deveria ser Veneno? Por que de mel, você não tem nada. Freddie nunca quis realmente ficar com você, ele só te chamou pra sair naquele dia no Groovy Smonthie porque pensou que fosse eu. Se toca!

- Claro, claro... vamos ver, maninha... – Melanie ironiza.

- Qual é a da sua obsessão pelo Freddie? – Pergunto.

- Porque eu sou o ideal para ele. Não você. Que futuro vocês terão? O nerd e a delinquente. Que história de amor...linda?  - Melanie faz uma pausa.- em filmes sim, mas impossível na realidade! Acorda, Sam. Todos sabem o que é melhor para ele.  – Ela diz com um sorriso de vitoriosa no rosto.

- Você é uma cobra mesmo! Eu vou sair daqui antes que a “cobra” decida despejar mais seu veneno. – Digo saindo. É incrível como passar uma hora com a Melanie é difícil. Preciso de uma vitamina.

Freddie’s POV

Fui até a casa da Sam, ver o porque de ela ter me chamado aqui. Já estou batendo na porta e a chamei faz uns 5 minutos e tudo o que ouvi foi um “Já vou!” dela.

- Olá...Freddinho! - A loira me cumprimentou assim que abriu a porta. Ela estava em um vestido vermelho tomara que caia e uma maquiagem um pouco...Forte? Freddinho? Maquiagem forte?

Ela não me chama de apelidos desde que começamos a namorar...

 San me abraçou e me puxou para dentro e...esse perfume...esse perfume não é o da Sam...esse é doce e forte demais, e o da Sam  tem cheiro de lavanda e não é nem um pouco forte ou enjoativo. Estranho....

- Então, o que era tão urgente? – pergunto.

- Nada, só queria passar um tempo com você... – Sam respondeu.

- Mas nós nos vimos na escola...

- Eu sei, mas não posso sentir falta do meu namorado? – ela pergunta.

- Nossa Sam, ver você melosa desse jeito até me assusta.

- Vamos ver o que mais te assusta. - Ela disse com um sorriso safado no rosto e me empurrou no sofá. Sam se aproxima e senta no meu colo e me beija. Ela aprofunda o beijo e é ai que percebo.

- Você não é a Sam! - Falo no mesmo instante em que a porta  se abre e Melanie me puxa pela gola da camisa e cola nossos lábios. 

 Mas não por muito tempo, porque ainda consigo ver uma cena que quebra meu coração: Sam na porta com lágrimas nos olhos com tanta dor e ódio em seu olhar. Me levanto e a chamo , mas é tarde demais, ela já está correndo rua acima. tento alcança-la, mas não consigo, ela é mais rápida do que eu. Aonde ela pode ter ido? No Bushwell não foi, já que ela correu -correu não, fugiu- pela direção oposta. Ao parque também não, porque o parque é muito longe daqui. Sam, aonde você se meteu?

- Finalmente achei você. - Ouvi a voz da causadora de tudo isso atrás de mim. Melanie.

- O que você quer aqui? Já não bastou tudo o que fez? - Pergunto, indignado.

- Por que não voltamos lá em casa, e... terminamos o que começamos? - Melanie disse passando a mão no meu peito.

- Como você pode fazer isso com a Sam? Ela é sua irmã! - Digo tirando a mão dela do meu peitoral. 

- Ah por favor, Sam não te merece, nunca mereceu! - Melanie disse. Senti a raiva tomar conta de mim, como ela pode falar assim da irmã?

- Sam tinha razão, você é uma vadia mesmo! - Digo saindo de perto dela.

- Aonde vai? - Melanie pergunta.

- Pra qualquer lugar em que você não esteja! - Respondo, já a deixando para trás.

 Tudo o que eu preciso agora era achar a Sam e contar a verdade. Mas como eu vou fazer isso se a deixei escapar de mim mais uma vez? Mas que droga! Eu deveria ter desconfiado o tempo todo, Sam não usa perfumes doces e muito menos maquiagem forte, ela não beija daquele jeito e os olhos dela parecem duas estrelas de tanto que brilham, não são tão escuros como o da Melanie. Muito bem, Benson. Destruiu o coração da garota que mais amou na vida.

Sam's POV

Sabia que ela ia conseguir o que queria, e ela queria o Freddie. Seduzi-lo e tira-lo de mim, esse sempre foi o plano dela. Só não sabia que ele cairia tão fácil assim. Como ele pode? Eu sou tão diferente dela! Eu não sei de quem tenho mais ódio. Se da Melanie, por ter feito o que fez ou Freddie por ter deixado se levar pela Melanie.

- Adoro esse lugar. - Digo, me referindo ao cais.

- Eu também, é tão calmo...bom pra pensar. Foi aqui que seu pai conheceu sua mãe? - Ele me perguntou.

- Foi... - Respondo sem tirar os olhos do azul do mar.

- Então, porque me pediu para te encontrar aqui, pequena? - Ele pergunta, mudando de assunto.

- Melanie. - Respondo, suspirando.

- De novo? o que ela fez dessa vez?

- Ela conseguiu. Conseguiu tira-lo de mim. - Digo e uma dor invade meu coração. Olho para meus tênis. tão sujos e desgastados. Parecem tão velhos quanto a própria vida.

- Freddie? - Ele pergunta e apenas assinto. - Freddie ama você. Como ela pode ter o roubado de você? - mais uma vez ele pergunta e levanta meu queixo. Solto um sorriso fraco.

 Explico a situação a ele, meu conselheiro, meu amigo de todas as horas, o que posso confiar de olhos fechados.

- Ela deve ter o enganado, pequena. Talvez ele deve ter achado que ela talvez fosse você...Pelo o que você me contou, Melanie sabe fazer planos como ninguem.

- Eu não sei em quem acreditar...Se em meu coração, que diz que ele é inocente ou se minha cabeça, que diz que ele é culpado. O que eu devo fazer? - Pergunto. Estou tão perdida, tão confusa. Quanta ironia, logo eu, que sempre tive o controle de tudo, se encontrar desse jeito. 

- Dê uma chance ao seu coração. Ouça o que Freddie tem a dizer. E, por mais clichê que isso soe,  se ele for o que o destino te reservou, nada o tirará do seu caminho. Ele sempre estará reservado para você. - Ele termina de dizer e olha para o sol, que esta quase se pondo.

 Sorriu.

- Obrigada, Spencer. - Digo, o abraçando.

- De nada, pequena Sammy. - Ele diz, sorrindo. - Acho melhor irmos. O príncipe tecnológico não vai gostar de saber que sua princesa Puckett veio pedir conselhos ao bobo da corte. - Ele diz com seu tom brincalhão. Solto uma gargalhada breve. - Você vai para casa encarar a fera ou vai pra minha casa? - Spencer pergunta abrindo a porta do carro para mim.

- Vou ir para a sua. Carly sempre me ajuda a me distrair dos meus problemas com seus papos sobre moda e garotos. - Digo sorrindo.

- Tudo bem, vai avisar sua mãe, ou quer que eu avise?

- Urgh, tá ai outra que também quero distancia. - Resmunguei. Melanie sempre foi sua favorita, não é mamãe? Então engula o veneno dela sozinha.

- Tá, eu falo. Pelo visto ainda estão brigadas.

- Isso aí, Sherlock. - Ironizo. Spencer ri.

" Se segunda-feira está assim, imagine o resto da semana..."  Penso.

Fomos para o Bushwell Plaza e contei tudo a Carly. Ela ficou chocada. E ela nem sabe o que Melanie um dia fez, imagine quando descobrir. Por fim, acabamos de conversar sobre coisas aleatórias até tarde e fomos dormir ainda mais tarde. É nessas horas que você percebe o valor da amizade. O que seria de mim sem minha morena?