Waiting For Your Message escrita por Mid


Capítulo 2
Ruki POV


Notas iniciais do capítulo

Etto~~ desculpa a demora!! Bem está aqui e já sabem, dependendo dos comentários terá continuação ou não, bem...poodem ler!



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Eu sabia que não deveria estar ali, parado enfrente a porta dele olhando para a madeira bem trabalhada enquanto ouvia uma música suave vir de dentro do apartamento, ele provavelmente estava com alguém ali, olhei no relógio do celular, já era muito tarde, se havia alguém ali não iria embora a essa hora, voltei a olhar a porta quando notei que a música havia parado, esperei um pouco e ouvi passos arrastados,  tornei a pegar meu celular, mas dessa vez apertei algumas teclas e digitei rapidamente.

Aoi, ta ocupado?

 Enviei, e voltei a olhar a porta, seriam segundos até ela abrir mostrando o moreno com um sorriso no rosto, mas esses segundos se transformaram em minutos, olhei para o celular verificando se havia mesmo mandado a mensagem, eu havia, então ele estava mesmo com alguém. Dei meia volta e fui até o elevador lentamente, eu não podia ficar chateado com ele, eu não tinha direito nenhum de ficar, eu sabia disso, entrei no elevador, apertei o botão do térreo e encostei-me ao fundo esperando os segundos até que o elevador chegasse a seu destino, assim que as portas abriram deixei o elevador e com passos apresados passei direto pela portaria saindo do prédio.

Meu carro estava estacionado estrategicamente escondido numa rua próxima dali, então não precisei andar muito, já fui destrancando a porta e me jogando pra dentro do carro no banco do motorista, coloquei a chave no contato e logo já estava dirigindo pelas ruas de Tokyo, meu pensamento estava longe, parecia que meu corpo tinha saído daquele prédio, mas minha alma continuava parada na frente daquela porta esperando-a abrir revelando um Aoi sorridente de braços abertos que me envolveriam num abraço apertado que só ele sabe dar e que agora estava dando em outra pessoa. Tentei me concentrar no transito, mesmo sendo tarde as ruas de Tokyo eram meio loucas, suspirei tentando ignorar aquele nó que se formava na minha garganta, no fundo eu sabia que uma hora isso ia acontecer, era só uma questão de tempo até Aoi enjoar de mim. 

Todos enjoavam de mim.

Eu tinha a capacidade incrível de conseguir estragar qualquer relacionamento que eu tivesse, mesmo que eu me esforçasse, mesmo que eu me entregasse de corpo e alma, parecia que não era suficiente, eu não era bom o suficiente pra ninguém. Aoi era meu “porto-seguro” desde quando ele havia sido transferido para minha escola, há muito anos atrás, e foi impossível não nota-lo, apesar de tímido Aoi era tão naturalmente extrovertido que foi inevitável não nos tornamos amigos, mesmo que ele tivesse a mania de dizer que eu era lindo e que ele ma amava,  era difícil demais acreditar que alguém como ele fosse gostar de mim.

Eu tinha medo, medo de me entregar e estragar tudo de novo, eu não ia suportar dessa vez, não com o Aoi, vamos supor que eu desse uma chance, que eu me deixasse ser dele completamente, o que aconteceria quando ele se desse conta de que eu não sou bom? E se eu estragasse tudo e o perdesse? Não, eu definitivamente não ia suportar perdê-lo, por isso eu fugia, mesmo que Aoi dissesse tudo que eu sempre quis ouvir, mesmo que ele soubesse onde me tocar, eu iria engolir aquele nó na minha garganta e ficaria quieto, eu o deixaria ser feliz ao lado de alguém, que não era eu.

Aoi era bom demais pra mim.

Me olhei pelo retrovisor, eu sou tão sem graça, não importa o que eu faça pra tentar melhorar, perdi as contas de quantas vezes eu mudei alguma coisa em mim, não adiantava, eu continuava sendo só um baixinho sem graça, já ele não, Aoi era alto e deslumbrante, também mexia vez ou outra na aparência, eram poucas coisas, mas faziam uma diferença gigantesca comparado comigo, quando saiamos juntos eu podia notar o efeito que ele causava, acho que só um simples sorriso dele era capaz de derreter completamente alguém, agora eu me pergunto: o que alguém como ele veria em mim? Nada, definitivamente eu não era bom o bastante pra ele.

- encare a realidade, Takanori...- disse ainda olhando me reflexo limitado pelo retrovisor.

Tentei me concentrar no transito de novo, mas era impossível, que droga, essa pessoa que estava com Aoi devia ser muito interessante, eu não tenho direito nenhum de me sentir trocado, mas é inevitável, droga, me peguei imaginando como seria a pessoa que estava com ele agora, eu sabia que ele tinha alguns “casos” e eram sempre mulheres ou homens belíssimos, o que me fazia realmente duvidar do que ele dizia sentir por mim, mas toda vez que eu falava isso ele simplesmente sorria, céus, como aquele sorriso mexia comigo, me fazia esquecer de tudo, me confortava como nenhuma palavra poderia confortar. Aproveitei que havia parado em um sinal, tirei meu celular do bolso e o olhei, nenhuma resposta, o joguei no banco do passageiro amaldiçoando quem quer que tivesse com ele e encostei minha cabeça no volante suspirando longamente, repetindo mentalmente que eu não tinha direito de estar irritado, Aoi era livre e não tinha obrigação nenhuma de estar disponível pra mim.

Eu e Aoi éramos e sempre seriamos só amigos.

Era melhor assim.

Comecei a ouvir buzinadas e levantei a cabeça notando que o sinal já estava aberto, mudei de marcha e acelerei, só avancei alguns metros e então algo bateu com força na lateral do meu carro, eu perdi o controle do volante e meu carro derrapou algumas vezes, foi então que senti mais uma bati, demorei a entender o que tinha acontecido e tudo ficou de cabeça pra baixo, mas o cinto de segurança me manteve no lugar, minha cabeça doía, meu corpo tremia, droga, senti algo escorrendo na minha cabeça e levei minha mão até lá, era sangue, repirei fundo e minhas narinas arderam, havia um cheiro forte de gasolina, precisava sair dali, eu podia ouvir as pessoas gritando, mas não consegui entender o que elas diziam.

Olhei ao redor, eu tinha que achar meu celular, mas só havia estilhaços de vidro espalhas por todo lado, não sei quanto tempo se passou e no meio da gritaria eu consegui ouvir o barulho da ambulância, argh o cheiro estava me deixando tonto e minha visão começou a ficar turva, ficar de cabeça pra baixo estava piorando as coisas e eu estava prestes a perde minha consciência, merda, eu ia desmaiar, meus braços perderam a força, minha visão foi escurecendo e antes que eu apagasse ouvi meu celular tocar em algum lugar, pelo toque eu já sabia quem era, preciso achar meu celular, notei que havia pessoas tentando falar comigo pela janela do carro, mas era tarde demais, tudo ficou escuro.

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No meio de toda aquela confusão que havia se formado envolta do carro que havia acabado de capotar na avenida podia-se ouvir uma melodia que ia aumentando gradativamente, mas passava despercebido, o motorista do veiculo estava sendo retirado com delicadeza pela equipe de resgate, que não haviam notado no meio dos muitos estilhaços de vidros espalhados dentro do carro um pequeno foco de luz, que também era o foco da melodia já estava num tom bem alto, era um celular, mostrando constantemente um nome em letras grandes na tela.

¯Chamando:

☆Shiroyama Yuu


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Notas finais do capítulo

Elogios ou ameaças de morte??
Mande um review...
por favor?? ç_ç