Desculpa, Se Te Chamo De Amor escrita por Raquel Alle


Capítulo 2
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Notas iniciais do capítulo

Bom está ai mais um capitulo, espero que gostem.! Obrigada pelos comentários de coração. Boa leitura.



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PDV. Isabella Swan.

           

O fim de semana finalmente havia chegado, não aguentava a mais estudar. Tudo bem que eu adorava  tudo isso, mas estava um pouco cansada da rotina. Ouvi meu celular tocar, olhei no visor, era Rosálie, revirei os olhos, o que aquela loira queria?

- Oi – Falei desanimada, havia acabado de acordar, e ainda era 8 horas de um sábado.

- Bom dia Bella – Falou ela animada, esse era o papel da Alice, Rose era a mais carrancuda do grupo, e estranhei mais ainda por ser aquele horario da manha.

- Aconteceu algo Rose? – Perguntei desconfiada, e ela riu. Rosálie Hale ironica ao estremo, e totalmente rebelde, rindo as 8 da manhã de um sábado? Estranho.

- Ai Bella larga disso, não posso estar de bom humor um dia?

- Na verdade não,  mas tudo bem. Então porque você me ligou?

- Sabe, hoje a noite nós temos uma festa pra ir.

- Festa? De quem? Tio John Hale deixando você sair? O que eu estou perdendo? – O pai de Rose era aposentado pelo exercito Americano, havia defendido os EUA em muitas guerras, ele só tinha 45 anos, e já tinha visto muita coisa no mundo, uma das razões para ser tão duro com a filha, o outro era que Sara Brancofth havia o deixado quando Rose era apenas um bebê, ela era uma atriz hollywoodiana e não aguentou a pressão de John, ela tinha que escolher entre a família e o sucesso, então escolheu o sucesso.  Ele cuidou bem da filha, na verdade fez um ótimo trabalho, mas Rose ainda tinha grande ressentimentos com  a mãe que quase nunca via, exceto por filmes dela que quase sempre passavam na tevê.

- Ah Bella, meu pai não é tão ruim assim sabe – ela fez uma pausa significativa, como se confirmasse aquilo para si – E você sabe amanhã é meu aniversario, e ele me liberou pra sair só hoje.

Imaginei o pai de Rose a deixando sair – Sem bebidas alcoólicas, sem drogas, sem homens, e só deixarei sair com Alice e Bella, mais ninguém, e volte pra casa a meia noite em ponto. – O imaginei saindo do quarto dela sem nem dar boa noite, mas ele sempre voltava como se estivesse esquecido de algo, e lhe dava um beijo na testa. Eu entendia tio John ele a amava, mas era difícil pra ele demonstrar.

- Já avisou pra Alice?

- Avisei ontem a noite, ela me disse que meu pai havia ligado para os dela, então imaginei que meu pai também ligaria para os seus – Deu pra ver Rose revirando os olhos, e soltei uma risadinha.

- Ele deve ter ligado Rose, então com certeza meus pais deixaram.

- Ta certo Bella. Eu já vou, até a noite.

- Até Rose.

Rose desligou o telefone, e eu cai na cama de novo, tentando voltar aos meu lindos sonhos. Mas alguém, alguém não, eu sabia quem era, estava batendo em minha porta insistentemente, finja que está dormindo, falei pra mim mesma, finja que está dormindo.

- Belinha eu sei que está acordada. Abra logo a droga dessa porta! – Falou aquela baixinha irritante, com o nome de Alice Bradon. Por que Deus, esse alguém é minha vizinha?

Levantei-me a contra gosto.

- Por que minha mãe te deixa entrar assim em minha casa? – Ela entrou, me ignorando completamente, e se jogou em minha cama, MINHA CAMA, Alice seria sempre, Alice. Suspirei, era uma força maior do que poderia conter. – O que você quer uma hora dessas?

- Bella hoje é sábado – Me olhou como se fosse obvio.

- E o que é que tem, hoje ser sábado? – Perguntei desconfiada.

- Hoje é dia de aproveitar cada segundo e ...

- Eu posso aproveita-los dormindo? – Ela me olhou com raiva.

- Não! Poxa Belinha eu acordo cedo, pra passar o dia com você, e você quer dormir?

- Alice para de ser dramática – fiz uma careta – Nós passamos todos os dias juntas, estudamos juntas, saímos juntas, somos vizinhas, o que mais você quer? – Ela me olhou com aqueles olhos verdes cheios de lágrimas. Aquelas lágrimas de crocodilo, mas não tinha jeito, eu sempre caia. – Tudo bem baixinha, então me diga o que vamos fazer? – Ela limpou as lágrimas imaginarias. E levantou da cama.

- Não é obvio? Vamos começar a nos arrumar para a noite perfeita que vamos ter. - Falou animada.

- Mas Alice, eu acabei de acordar, nem tomei café ainda. E não é como se nós fossemos pra lugar super badalado, tio John com certeza vai seguir a gente. – Ela fez um biquinho e voltou a sentar na cama, mas seus olhos começaram a ter um brilho estranho, e dos seus lábios nasceram um sorriso diabólico. Eu conhecia essa expressão.

- Tive uma ideia – Droga, quando Alice tem uma ideia, é melhor você ficar bem longe porque vai dar merda. – Liga pra Rose e manda ela vim pra cá agora, quando ela estiver aqui eu conto tudo.

- Tudo bem - falei desanimada.

                                                           [...]

30 minutos depois, eu vi sua BMW conversível vermelha parar na frente de minha casa, tudo bem que tio John era durão, mas no aniversario de 16 anos de Rose, ele lhe deu o carro que ela sempre quis.

Depois de alguns minutos ela estava entrando em meu quarto, e se sentando na cama com Alice, eu estava sentada no pufe que tinha por lá.

- Então Alice, fala logo qual foi a sua ideia – Falei curiosa, esse era um dos meus defeitos, a curiosidade.

- Bella disse que tio John com certeza vai fiscalizar pra onde a gente ta indo não é?- Rose concordou – Eu estava pesando, ele não vai ficar lá a noite toda, só vai esperar a gente entrar, pra ele ir embora, então, nós vamos a lugar super light e depois, pegamos o caminho de outro lugar, o que acham? – A ideia era simples, pela primeira vez na vida eu topei, e não precisei ser obrigada a concordar com uma ideia de Alice.

- Ótimo. – Falamos eu e Rose.

- Aaaaaaah que bom - falou a louca da Alice super animada. – Agora, Belinha, o que tem pro café? – Me perguntou aquela cínica, revirei os olhos, mas dei risada e elas me acompanharam.

- Vamos comer meninas – As chamei e elas me seguiram. Na cozinha minha mãe já estava tomando o seu café junto com meu pai.

- Olha só, Dona Renne e seu Charlie, nem me chamaram não é? – Meus pais riram.

- Você estava com as meninas querida, achei que iria descer na hora que achasse melhor. – Falou minha mãe – Olá de novo meninas.

- Oi tia – Falaram juntas, incrível na frente de minha mãe pareciam até santas.

- Não vão comer? - Perguntou meu pai. Elas deram de ombros e sentaram-se à mesa, eu acompanhei. – Bem já estou de saída, você vem Renne?´

- Sim querido, só um momento. – Depois de alguns minutos ela se levantou – Filha já estou indo para o hospital, eu sei que você vai sair de noite, tome cuidado e se divirta, não chegue muito tarde. – Me deu um beijo na testa e saiu, depois eu ouvi o barulho do motor e eles se foram. Meu pai era médico e minha mãe enfermeira, eles se conheceram no Hospital de Nova York onde até hoje trabalham, eles vão ficar de plantão, então a casa era toda minha.

- Então garotas, o que vamos fazer? – Nós demos risada sabendo que hoje o dia seria cheio.

                                                [...]

       A melhor coisa que você pode ter na vida são pais que confiam em você, a pesar de eles não serem pais presentes, eles confiavam cegamente em mim, viviam para aquele hospital, muitas vezes já esqueceram meu aniversário, e sempre me compensavam com viagens e presentes caros, achando que poderiam suprir alguma falta, mas eu já havia me acostumado com tudo isso.

     Passamos o dia inteiro, conversando e rindo, assistimos alguns filmes, e depois fomos dar um passeio pelo shopping, compramos algumas coisas para a noite, e vimos também o anuncio de uma festa que iria ter, em uma boate chamada The Night, aqui mesmo em NY. Então já sabíamos para onde iríamos.

Compramos nossas entradas e voltamos para minha casa, já eram 17 horas, a festa era as 22 horas, teríamos que sair as 20 horas para enganar tio John.

- Meninas, vocês poderiam dormir aqui depois da festa não é? Aí a Rose não precisaria chegar em casa as 12 em ponto. Vocês sabem meus pais não ligam muito, e ainda vão estar no plantão quando chegarmos.

- Ótima ideia Bella! – Exclamou Rose animada. – Mas você sabe que meu pai vai querer ligar pro seus.

- Eu sei Rose não se preocupe, você sabe como Renne é, ela não vai ligar. – Revirei meus olhos.

- Então tudo bem! – Ela falou dando de ombros – Vou para casa arrumar minhas coisas, e conversar com meu pai, e você Alice?

- Também vou pegar minhas coisas, e avisar a meus pais que vou ficar aqui, não precisa nem pedir, já que somos vizinhas. – Ela falou seguindo Rose que estava indo para saída de minha casa.

- Mais tarde nos vemos Bella – Falou Rose.

- Daqui a pouco estou aqui Belinha – Disse Alice, e elas saíram.

        Era difícil passar a maior parte do tempo sozinha, pais ausentes não são algo que eu consiga conviver naturalmente, eu tento, mas é tudo bastante difícil. Se não fosse por Rose e Alice não sei o que aconteceria comigo, acho que seria uma garota totalmente diferente, mas eu tento levar tudo numa boa, sei que eles me amam, apesar de tudo.

      Me joguei no sofá que tinha na sala de tevê, e fiquei assistindo um pouco. Amanhã já seria o aniversário de Rosálie, e daqui a dois meses seria o meu de 17 anos, estávamos no mês de abril, e tempo passa rápido de mais, já estava cursando o terceiro ano do ensino médio, e logo teria que escolher qual carreira seguir, que rumo tomar em minha vida, era tudo tão complicado, sabia que tinha um pouco de pressão do meus pais para cursar medicina, mas era isso mesmo que eu queria pra minha vida, pro meu futuro? Contrariar uma decisão de meus pais não era algo que eu queira repetir.

                                                          [...]

Ás 18:30 as meninas apareceram aqui em casa, para começarmos a nos arrumar. As 20 horas em ponto já estávamos prontas. Rose estava com um vestido curto, vinho totalmente colocado, delineando as curvas da loira, com um decote em formato de coração e tomara que caia, nos pés um scarpin preto com a sola em tom vinho, e uma maquiagem bem forte, nos olhos e um gloss. nos lábios, Alice estava com um vestido preto, todo de renda, com alças finas, e também curto, com um sapato alto vermelho, e eu estava com um vestido branco,  bem soltinho e curto com alças grossas e cinto marrom em torno da cintura, e um salto alto marrom, maquiagem leve, nos lábios um batom um pouco mais forte, deixei meu cabelo solto mesmo, o cabelo de Rose estava preso em um coque, e o de Alice estava também solto, seu cabelo era curto e todo repicado.

Descemos e fomos para o carro de Rose, logo vimos tio John estacionando seu carro atrás do da filha.

- Olá meninas. - John era um homem bonito, tinha o cabelo cor de chocolate, com alguns fios brancos, os olhos verdes escuros, e um rosto quadrado, ele era aquele tipo de coroa, que a gente sabe que foi um homem bastante bonito quando novo.

- Oi tio John – Falamos, eu e Alice – Oi pai - disse Rose meio desanimada.

- Vocês estão lindas – Ele falou brincalhão. Vi Alice corar, e eu soltei uma risadinha envergonha, Rose revirou os olhos.

- Então vamos ou não? – Perguntou Rose entediada.

- Vamos – Entramos no carro, e tio John nos acompanhou, até chegarmos, em um lugar muito bem arrumado, frequentado por gente de família, era um Pub, bastante movimentado, mas mesmo assim não era o lugar onde queríamos estar. Tio John nos viu entrar e depois foi embora. Sentamos em uma mesa mais escondida.

- Até que enfim ele foi embora – Falou Rose carrancuda, ela não gostava do grude do pai.

- Não seja tão cruel Rose, ele só se preocupa com você. – Falei doce. Alice concordou.

- Vocês pensam que eu não vi meu pai flertando com vocês?– Ela falou seria, mas depois começou a rir – Não se preocupem, eu entendo o efeito que ele causa nas mulheres, porque acham que Sara Brancofth se apaixonou por ele?

- Olha Rose eu nunca ficaria com seu pai, nem gosto de caras mais velhos – Falei convicta, ela e Alice me olharam divertida.

- Nem uma de nós duas ficaria com o pai de Rose, disso eu tenho certeza que ela sabe, mas você falar, que não gosta de caras mais velhos é um pouco precipitado, já que você nunca se envolveu com nenhum. – Falou Alice.

- Concordo com Alice. Você lembra do James?– Afirmei – Então ele era 5 anos mais velho que eu, você sabe. Eu acho que você tem que se abrir a novas experiências Bella.

Alice começou a olhar pelo local parecendo procurar alguma coisa, seus olhos brilharam quando encontrou, segui seu olhar, e vi um homem sentado sozinho, no banco do balcão do bar.

- Vá até lá Bella – Falou Alice – Ele esta sozinho, bebendo um wisk, com certeza solitário, e é mais velho, parece ter uns 25 anos.

- Como é que você sabe? – Perguntei intrigada.

- Experiência querida, e é disso que você precisa.

Olhei pras duas loucas na minha frente, me olhando com expectativa. Como foi que eu fui parar naquela situação?

- Mas ... – Eu tentei falar algo a meu favor e Rose me cortou.

- Vai logo Bella é a sua chance, só uma ficada, e adeus, a gente vai estar aqui, qualquer coisa. – Falou me olhando com aqueles olhos pidões. Droga elas sempre conseguiam.

- Tudo Bem. – Suspirei, e elas riram.

Segui até o bar, ao lado dele havia uma cadeira vazia, me sentei e respirei fundo, em nenhum momento ele olhou para mim. Era como se eu não fosse interessante o suficiente, para ele querer olhar, me senti mal instantaneamente, estava prestes a sair quando ouvi sua voz gelada e firme.

- O quê uma criança, como você faz aqui?– Meu ego se feriu. E ele ainda não se virou para me olhar.

- Eu não sou criança – Falei chateada. – Porque os velhos fazem questão de dizer que adolescentes são crianças?- Falei para revidar, é claro que ele não era velho, nessa hora ele se virou pela primeira vez para me olhar realmente, ele era perfeito, os seus olhos azuis eram os mais lindos que eu já havia visto, da cor do céu, seu rosto era duro, quase frio, mas os seus olhos, agora divertidos, davam um ar um pouco mais leve a sua fisionomia, tinha ombros largos, e o seu corpo exalava masculinidade, só de o olhar, você devia sentir medo, dava para perceber que era um homem poderoso, e que todos se curvariam a suas vontades, seus cabelos dourados, tinham alguns fios brancos, que o davam certo charme. Havia um mistério ali, foi uma das coisas que me chamou atenção, de uma hora pra outra só por observá-lo, eu queria descobrir todos os segredos que ele guardava.

      Não sabia que aquele homem seria o meu pecado, minha perdição, que com ele eu sempre estaria à beira de um abismo, pronta pra cair. Aquele homem me levaria ao céu, mas a qualquer momento, poderia me deixar cair de cara no chão.

''Os acasos são as cicatrizes do destino.'' - Carlos Ruiz Zafón

Continua [...]


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Notas finais do capítulo

Bom, comentem preciso saber o que acham, se estão gostando, quero saber a opinião de vocês, isso é muito importante para mim. Beeeeijo.