Tendo Um Fim Doce...um Amargo Não Conta! escrita por Iulia


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Hi my babies! (o ingrêis purféquiti retorna.) Então, a macumba/vodu de vocês já tá pronta? O dia tá chegando meu povo, a decisão da fic. Ignorem meu drama, sejam fofos e me deixem Reviews. Ah sim, em falar nisso, (ou não) a continuação: Algum nome além do sugerido pela lianda ClaraQ? Gente ela fez minha capa, saks? (Ah, ClovelyFurhman, recebi sua MP agora muié, e a resposta pra pergunta final é essa: Só a Clara me falou um nome kkkkkkkkkk, mas nem sei do que to falando, se também sou péssima pra nomes. E depois da ameaça de sequestro com um elfo, vou abaphar o hiatus pra você kkk) E o destino das personagens?, alguém deseja do fundo do heart um? Me falem aí pra eu ajeitar. Sabe, to com o epílogo pronto aqui, como se não fosse demorar anos pra acabar a outra. Abapha. Enfim, tá aí negada. Boa sorte para lerem.



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–Hum... Talvez seja pouco tempo demais, Plutarch. –eu falo, sacudindo a cabeça.

–Eu sei que parece, Clove, mas não é. Isso vem sendo trabalhado á tempos, já está tudo certo. Não existe mais o que dar errado.

Lista: Não resgatarem ninguém da Arena. Todos torturados aqui na Capital. Não conseguir convencer ninguém do 2. Algum Pacificador meter uma bala em mim lá mesmo. O 13 desistir, não nos acolher direito. O 2 ser bombardeado...

O que pode dar errado? Absolutamente tudo Plutarch. Haymitch olha para mim e sacode a cabeça, como se me dissesse para ignorar essa última parte ridícula de Plutarch.

E como assim sendo trabalhado a tempo? Então vamos fingir que eu sou o Conquistador e ninguém quer me contar nada?

–Como assim trabalhado á tempos? Há quanto tempo? –eu pergunto de sobrancelhas erguidas, estreitando os olhos. –Vocês não vão agir como se eu não pudesse saber das coisas. Vão me explicar exatamente o que está acontecendo. E não precisam de preocupar, não vou dar um ataque do estilo Katniss. É só não me esconderem nada. É só isso que pretendem fazer mesmo? Se eu descobrir algum segredo, estou fora.

–É, Clove, é apenas isso. Fazemos isso com Katniss e Peeta porque agem melhor sem pressão.

Sem pressão dela ficar fingindo que ama ele? Seria isso? Melhor não falar nada para não dizerem que implico com ela. Ah, não é bem assim, talvez eu só sinta pena do Conquistador, que parece que ainda não entendeu nada.

Aceno com a cabeça e olho para a televisão. Uma mulher pediu para o garçom de cabelos azuis colocar nos Jogos. E lá estão eles, os restantes. Mas... Estreito meus olhos para tentar localizar no que Katniss e Peeta apóiam das mãos, como se um dos dois estivesse preso. Do lado de Peeta, Johanna e Beetee. Do de Katniss, Cato e Finnick.

–O que é isso? –eu falo, chamando a atenção de Plutarch e Haymitch que estavam conversando. – É uma... –estreito mais os olhos e identifico. - Parede invisível.

Tic-tac. Wiress, a mulher que sussurrava tic-tac perpassa na minha mente. Ela falou pra eles do relógio antes de morrer. E os efeitos dele prendem Cato do outro lado. Porque em questão de segundos, algum horror dessa Arena vai nos causar problemas.

Ocorre um momento de silêncio, no qual ninguém no bar sequer parece respirar, ansiosos para testemunhar mais uma prova da genialidade dos Idealizadores em sua Arena assassina.

–Cato!

Arquejo quando percebo que essa voz... É a minha voz. Mas eu não gritei absolutamente nada, e muito menos seria possível que ele me escutasse daqui. Logo em seguida o “eu” deles começa a berrar desesperadamente como se arrancassem meu braço.

–Clove! Clove! Cadê você?! –nesse momento Cato abandona ou outros e sai correndo mata adentro, tentando ver de onde surgem os sons. –Clove!

–Não... Cato, não... –eu sussurro, arrepiada por imaginar que droga fizeram para conseguir esse som tão torturante até para mim. Nem se Tresh tivesse me matado ano passado eu conseguiria emiti-los sem uma motivação bem eficiente.

As pessoas no bar estão olhando para mim como se eu pudesse fazer alguma coisa. Mas eu não posso, posso?

–Plutarch... –eu sussurro com minhas garganta apertada. –por favor, faz isso parar.

–Clove! –ele se joga no chão e começa a dar socos, frustrado por não ver de onde vem os sons. E minha voz nunca pára de berrar. –Clove!

–Eu não posso, Clove.

–Pode! Pode sim, você fez isso! Você... –fungo e começo a chorar. –manda nisso, manda neles! Por favor!

E nesse segundo, minha voz compartilha o espaço com a voz de Harry. Berrando tanto quanto eu. Cato se levanta olhando para os lados e recomeça a correr.

–Harry! Clove!

Katniss e Finnick correm atrás dele, mas parece que é inútil, que nunca vão alcançá-lo. E é tarde demais para isso. Com apenas um pedaço de musgo, Cato... Quebra a perna.

***

Meus olhos se arregalam e luto contra o impulso de sair correndo para o Centro. Temporariamente. Fungo, prendo a respiração e coloco o relógio perto dos meus olhos. Não sei se quebrou. Torceu, talvez. Mas ele está no chão, segurando a perna direita e ainda gritando.

–O que eu mando pra ele? –eu falo, sem me dirigir a alguém em especial na mesa. –Rápido, o que eu mando?! –eu grito, quando ninguém olha para mim.

–Clove, está tudo bem. Ele só torceu. Explica para o cara das dádivas o que aconteceu. –Plutarch fala, tentando me acalmar.

–Não! Eu... –mais lágrimas lavam meu rosto. Pânico é uma merda, mas consigo agir. Como uma louca, mas consigo. Tiro os sapatos de salto e saio correndo pelas ruas da Capital até o Centro.

Algumas pessoas buzinam, porém eu não sei se foi pelo fato de eu ter atravessado a pista correndo, ou se são apenas homens tarados. Ouço vozes me chamando, pedindo fotos ou coisa assim, mas não paro de correr.

Finalmente alcanço a porta do Centro, ofegante e suada. Dois ou três minutos, talvez.

–Clove Fire, 74º edição, mentora de Cato Collins, 74º e 75º, distrito 2! –eu grito, para o aparelho que pede identificação na entrada.

A voz robótica diz alguma coisa enquanto as portas se abrem e eu disparo para a sala. Todos observando a mesma cena. Porém agora é Katniss. Cato está no chão, tentando aumentar a voz e avisar Katniss de alguma coisa, embora ainda pareça atordoado.

Gaios tagarelas. Feitos para reproduzir sons. Ainda que esse nunca tenha saído da minha boca. Vou até o meu sofá e encontro um homem de aparência normal conversando com meus patrocinadores. O tal amigo de Haymitch, algum Vitorioso, talvez.

–Cato... –eu ofego, de frente para eles, apontando para Cato. –Ele torceu a perna, preciso de alguma coisa pra...

–Calma, minha querida, calma... –uma mulher diz, se levantando e tentando me abraçar.

–Não, eu... –tento ser gentil, mas sem encontrar palavras.

Após algum tempo de explicação, o homem se levanta, coloca uma mão nas minhas costas e seguimos para a sala das dádivas. Ele explica para o funcionário de lá e em questão de segundos, ele volta dizendo que será enviada, porém quer que eu escreva alguma coisa em um papel para facilitar a identificação de endereçamento do tributo.

–Ah... Obrigada. –eu balbucio, começando a chorar de novo. É uma droga saber que você não pode fazer nada eficiente. Só um remédio e...

Sigo de volta para o sofá onde todos vêem me abraçar e dizer que vai ficar tudo bem, enquanto eu calço meu sapato. Você poderia acreditar neles. Pensar que sofrem tanto quanto você. Mas aí você olha para os seus Jogos e se lembra deles rindo e vomitando apenas por diversão. Lembra deles aclamando de pé a carnificina. Concordando com todo o sangue que cai sem motivo. Lembra deles rindo de gente que veio de onde você veio. Da pena falsa que eles exibem nos olhos quando algum mentor pede dádivas. Das plásticas que eles fazem enquanto outros mal tem como tomar banho. Dos milhões que eles gastam enquanto outros nem comida tem. E você desiste de acreditar. Com razão.

Respiro fundo por um tempo e torno a assistir os Jogos. Eles agora estão sentados na beira da parede, Katniss tapando os ouvidos. Os gritos ainda continuam. Alguns eu não reconheço, mas posso ver corpos do que antes eram gaios tagarelas no chão. Alguns têm flechas cravadas, mas são bestantes, sempre voltam.

Eles tentam uma conversa, mas parece impossível com todos aqueles gritos. Cato se levanta duas vezes, provavelmente para sair correndo, mas os outros o seguram. Rezo para que isso acabe logo, porque já ficou claro que Cato não vai agüentar muito mais.

Tomo coragem e aproximo meu rosto da tela do relógio. Cato está encolhido em uma árvore, sussurrando algo que não posso ouvir. É o efeito do relógio que os prende, definitivamente. Não sei qual fatia é essa, mas durante uma hora eles estão presos aí.

Essa para mim é sem dúvida o maior golpe deles. De acabar com qualquer um. Eu vi o desespero nos olhos de todos eles enquanto corriam em direção ao nada. Provavelmente na hora do desespero daria de cara com o campo de força e morreria ali mesmo. Ou poderia dar menos sorte que Cato e realmente quebrar a perna.

Demoro um pouco para retomar a calma e isso se deve grande parte á vista da dádiva pousando ao lado do Cato. Katniss cutuca Finnick para que ele veja o patrocínio e eles rastejam até ele, com as mãos ainda tapando os ouvidos.

Cato abre o pacote e lê o bilhete: “Lembra do que combinamos? Passe bastante onde estiver mais vermelho e boa sorte.” Franze as sobrancelhas e sussurra “obrigado, seja quem for que enviou” Olhando para cima. Mas não parece acreditar que... Que sou. Porque deve achar que com esses gritos já estou morta.

–Quer ajuda? –Katniss pergunta, abrindo o frasco e cheirando. –Acho que tenho mais jeito com isso.

Ela aplica o remédio na panturrilha dele e honestamente, não é nada tão grave. Eu devia estar mais atordoada pelo início do som da minha voz. Foi apenas um torção. É, foi só um drama. Para mim que estou sentada confortavelmente aqui. O ambiente lá continua torturante e aterrorizador.

Como se na ampulheta mais entupida de Panem inteira, a hora finalmente termina. Os outros três que estavam seguros do outro lado avançam e vão carregar/ajudar os outros a saírem. Katniss tem que ser arrastada por Peeta, mas Finnick está ocupado ajudando Cato a sair mancando de lá. Espero que esse remédio faça efeito logo.

–Está tudo bem, Katniss. –O Conquistador diz, passando a mão no cabelo da Katniss.

–Você não ouviu as vozes. –ela responde, tremendo e com os olhos tão arregalados quanto os outros.

–Eu ouvi, sim. Antes da barreira se fechar. Ouvi a Clove. E a Prim. Mas não eram elas. Eram gaios tagarelas.

–Era ela. Em algum lugar. O gaio tagarela apenas gravou a voz dela.

–É o que eles querem que a gente pense. É só para nos desestruturar. Aquela voz não era de Prim. Ou então, se era mesmo, eles pegaram de alguma entrevista ou qualquer coisa assim e distorceram o som. Fizeram com que dissesse as coisas que estavam dizendo.

Até eu me vejo presa na explicação de Peeta, como todos presentes aqui e na Arena.

–Não, eles a estavam torturando. Ela provavelmente está morta. –Katniss insiste. Bom, sei que morta eu não estou. Seja lá o que fizeram, não me lembro de tortura nenhuma. E nem de gritos. Algumas vezes á noite, mas nada tão doloroso quanto o que o gaio emitiu. Nem no Distrito 9 eu consegui isso. Quer dizer, acho que não.

–Katniss, Prim não está morta. Como é que poderiam ter matado Prim? Estamos chegando nos oito finalistas. E aí o que acontece?

–Mais sete de nós morrem. –Tá aí. Uma boa resposta, nem um pouco óbvia e bem criativa.

–Não, nós voltamos para casa. O que acontece quando eles atingem os oito últimos tributos nos Jogos? –ele ergue o queixo dela e espero a cena melosa começar, sacudindo a cabeça. –O que acontece, nos oito finalistas?

–Nos últimos oito? Eles entrevistam nossas famílias e amigos em nossos distritos.

–Exatamente. Eles entrevistam nossos familiares e amigos. E como eles vão fazer isso se matarem todos eles? E a Clove, na Capital? Como se mata alguém lá na Capital?

–Não mataram?

–Não. É assim que a gente sabe que a Prim e que todo mundo está vivo.

A explicação do Conquistador continua até que Finnick pede a confirmação de Beetee. E não me surpreendo quando ele diz que os filhos deles aprendem essas coisas na escola. Não quando vi um menino de 15 anos reativar bombas do fundo da terra sem se explodir em bilhões de pedaçinhos mega inteligentes.

–E como está sua perna, Cato? –Peeta pergunta, virando o rosto do de Katniss por um tempo. Como eu queria que fosse maior esse tempo. Como alguém aqui da Capital pode achar bonitinho esse grude?

Cato ergue as sobrancelhas, olhando para a perna que lentamente fica com uma aparência melhor.

–Eu não sei. Acho que está melhor. –ele faz alguns movimentos e acena positivamente com a cabeça. –É, tá melhor.

–Você acredita, não é? –Finnick pergunta, depois de um tempo. –que eles estão vivos?

–O Beetee disse que tem como. Acho que sim, deve ter sido a Clove que me mandou isso aqui. –ele fala, apontando para o pote do seu lado.

–É verdade, tá vendo, Katniss? –Peeta continua, voltando a olhar para ela, no colo dele. –A Clove é a mentora do Cato. Para isso iam ter que matar o Haymitch, o Justin, todos os mentores. Não fizeram isso, a gente ainda tá recebendo patrocínio.

–É claro que Peeta está certo. O país inteiro adora a irmãzinha da Katniss. Se eles tivessem realmente matado a garota dessa maneira, provavelmente um levante generalizado estaria ocorrendo nesse momento. E eles não têm nenhum interesse em que isso aconteça, têm? O país inteiro se rebelando?! Ninguém na Capital ia querer que uma coisa dessa acontecesse!

Tento abafar o som que a voz gritante de Johanna Mason emite no meu aparelho sem cortes dos Jogos. Eles não escutariam isso da TV, mas ouviram através da mentora sentada do seu lado. Exatamente o que ninguém deveria ouvir.



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Notas finais do capítulo

Ok, aqui estou eu tagarelando de novo. Ah é, esqueci que to postando mais cedo. É porque não imaginam o quanto eu estava preguiçosa essa semana, desmarquei compromissos, faltei aula... E aí fiquei escrevendo meus textinhos curtos e a fic! Mas ninguém devia reclamar da minha preguiça, cheguei agora e to aqui escrevendo essas notas! Nem tirei o coturno, ok?, sou uma ficsteira exemplar. E também vou tirar a semana pra estudar, entonces fica difícil... Últimas provas, sacomé. Agradecendo os Reviews do últimos capítulos again, porque foram muito fofos e pá. Essa parte da parede invisível e talz, não me lembro de verdade se é agora não, mas aí tava pensando no que escrever e lembrei que ainda não tinha feito ela, foi mal, reli esse livro 3 vezes pra fic, deixo marcada a parte que eu to escrevendo e ainda assim dá B.O. Enfim, bye, beijos sabor a empadinha de doce que minha prima pobre deixou "cair" pra debaixo da mesa na festa de fifteen da menina do cabelão. (Pra vocês ela não caiu ainda, mas vocês vão querer jogar quando comer kkkkkk #V1d4l0k4 kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)