Acordei com um despertador, quando olhei a hora percebi que estava atrasada, como sempre, me troquei e fui até o telhado, não tinha comido nada, na verdade queria acabar logo com isso, pois vai ser bem doloroso não poder abraçar o Cato.

Cheguei la no terraço e o aerodeslizador já estava la, acho que só faltava eu para entrar. Quando entrei todos me olharam, olhei e vi que só faltava eu. Todos estavam tão tensos, com olhares desesperados, menos Cato que ficou me encarando com um pequeno sorriso. Eu entrei, fiquei parada entre as duas fileiras onde estavam os tributos um de frente para o outro, senti um frio na barriga, pois a 4 anos que eu não entrava em um desse, então disse umas palavras para anima-los sei que é muito difícil, mas eu tentei:

-Vocês treinaram, são fortes e eu sei que conseguem, bom não tem muito o que dizer, sejam fortes la na arena, e boa sorte a todos.

Todos agradeceram, e quando me dei conta tínhamos acabado de pousar, fiquei olhando cada tributo parar por mim e me cumprimentar, quando Cato passou eu hesitei em dar um abraço nele mas ele teve que prosseguir, não pensei duas vezes e sai correndo para a sala onde Cato ficaria, Jess o seu estilista ainda não estava la, quando a porta abriu, pensei que seria Jess, mais não era, era o Cato, quando me dei conta já estava em seus braços, então eu lhe beijei e disse:

-Você consegue, eu sei disso.

-Eu vou vencer, vou vencer por você, e eu quero te pedir uma coisa

-Pode pedir qualquer coisa.

-Não se esqueça de mim, pois eu nunca vou me esquecer de você.

-Nunca, jamais, você estará sempre em meu coração. – Então ele me abraçou com muita força e beijou, e comecei a escutar o som da voz de um homem, e percebi que tinha alguém se aproximando, então rapidamente eu disse:

-Eu tenho que ir.

-Espera tenho uma coisa para você. -- E ele me estendeu um pequeno saco, era  mais ou menos do tamanho da minha mão, com uma forma retangular, então ele disse:

-Só abra isso quando você estiver na capital

-Esta bem, eu te amo.

-Eu te amo demais. – Então eu sai correndo em direção ao aerodeslizador, quando cheguei la ele partiu, foi muito rápido, quando me dei conta eu já estava descendo no elevador em direção a sala onde fica toda a preparação para os jogos, bom eu cheguei a tempo, pois já estava na contagem regressiva, quando vi que Cato estava pronto para correr em direção a cornucópia, quando o sino tocou, o meu coração disparou, era como se eu estivesse na arena de novo, quando começou a matança, me veio um aperto no coração, e principalmente, ver Cato matando aquelas pessoas, a maioria inocente, crianças, com a metade de seu tamanho, então eu não sei como eu esqueci, Cato sempre será um carreirista.

Já estava cada um em seu canto, o grupo de carreiristas estava formado, 12 mortos, e eles estavam atrás da garota quente, até que se aliaram com o garoto do distrito dela, que foi apelidado de ‘’o conquistador’’, logo que ele prometeu aos carreiristas que iria ajuda-los a encontrar a garota para eles matarem, percebi que tinha alguma coisa, por que se ele gostava mesmo dela, ele não iria mata-la, provavelmente ele estaria despistando os carreiristas, levando eles na direção oposta a que ela iria. Os jogos continuaram, e mais mortes aconteceram, quando eles passaram em baixo da arvore em que a garota quente tava, eu não me segurei e dei uma risadinha discreta, até que aquela garota loira do 1 ficou agarrando o Cato, ai que vontade que eu tive de entrar la e acabar com ela eu mesma, depois disso eu fui para o meu apartamento, estava triste demais.

Quando cheguei la, o jantar estava servido, eu estava sozinha, fui la e comi um pouco, não estava com muita fome, até que o meu telefone toca, era uma gravação de um dos idealizadores que dizia:

“Kim, estamos aqui no apartamento do 20º andar, se você quiser se juntar a nós para um jantar ficaríamos honrados, abraços de Sircun.”

Quando a gravação acabou, bati o telefone e fui para o meu quarto, só queria ficar sozinha um pouco, então sentei na minha cama, e tirei do meu bolso o pacotinho que Cato tinha me entregado, quando abri, vi um quadro com a minha foto e a dele, comecei a chorar, minhas lagrimas pingavam no vidro que protegia a foto, eu sentia tanto a falta dele, me deitei na cama, coloquei o quadro na mesinha e deitei olhando o quadro, um tempo depois peguei no sono.

Eu estava de volta na arena, em meu cinto eu tinha duas facas, e em minha mão um arco um uma flecha já preparada, como da ultima vez, estava matando todos que chegavam perto de mim, eu era uma finalista, então fui em direção a um rio, tinha que atravessas a cornucópia, quando estava quase chegando na metade do caminho eu sou caio, não sei porque, e quando olho para frente la esta Cato parado em minha frente, fico tão feliz, até ouvir uma voz dizendo “Só um pode ser o campeão” então vejo ele se aproximando rapidamente de mim com a sua espada, eu por extinto me levando, quando vejo que não tenho nenhuma flecha, pego uma faca, e antes que eu pudesse fazer alguma coisa, Cato friamente enfia a sua espada em minha barriga, que atravessa para o outro lado, então caio no chão estava sentindo muita dor  e então ele sorri e diz:

-Eu sou o vencedor.

Então eu acordo gritando, estou suando frio, meu cabelo esta todo molhado, estou com a respiração ofegante, e em um ato de desespero olhei para a minha barriga, onde supostamente estaria uma espada atravessada, e quando olhei eu não tinha nada foi um alivio, até que me dei conta, eles voltaram, os pesadelos estão de volta.