Accidentally In Love escrita por MissLerman


Capítulo 24
Capítulo 24 A declaração perfeita


Notas iniciais do capítulo

Heeey gente, me desculpem por não postar ontem, fiquei ocupada o dia todo. E só queria avisar que essa semana irei postar dia sim, dia não. Hoje eu posto, mas amanhã vou no médico e com certeza vou voltar tarde. Na quinta vou sair com o pessoal da minha sala, então ficaremos fora o dia todo. Enfim, acho que depois dessa semana, volto a postar todo dia normalmente. E lá vai mais um capítulo (:



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POV Percy

Se eu estava ficando completamente maluco? Provavelmente. Foram tantos sonhos que eu tive com aquele momento, e agora que ele se realizou eu não consegui fazer nada. Simplesmente sai correndo. Annie estava mal, pude sentir que havia algo a encomodando. Eu a confortei como sempre fiz, mas desta vez algo mais aconteceu. Ela me beijou. Annabeth me beijou! Ela simplesmente selou nossos lábios novamente.

Eu dirigia com uma cara de bobo. Parecia como uma criança que acabara de ganhar o brinquedo que tanto sonhava. Por que eu fugi? Não sei. Mas só sabia que não conseguiria me declarar para Annie. Pelo menos não hoje. Depois daquele beijo, eu sentia que a minha hora finalmente havia chegado. Eu tinha que escolher bem as palavras, afinal não é todo dia que você consegue criar coragem para se declarar para uma garota, né?

Meu coração parecia querer sair de meu peito. Estava dirigindo para encontrar o único que poderia me ajudar em uma situação como essa. Mordi meu lábio inferior pelo menos umas trinta vezes em todo o percurso. Não queria me esquecer de seu gosto. Annabeth tinha mesmo me beijado! Não tinha palavras para explicar o quanto isso era incrível!

Eu estava completamente bobo. De repente, o dia pareceu ficar ainda mais bonito. Bem que dizem que quando você se apaixona o mundo muda. E estava completamente diferente para mim. Estava cada dia mais encantador. Para completar minha felicidade, só se me baixasse um santo e eu fizesse uma declaração arrasadora para Annabeth enquanto estava em sua casa, logo após ela me beijar. Queria escutar sua voz dizendo que me ama. Caso um dia isso aconteça, eu provavelmente seria o cara mais feliz de toda face da Terra.

Parei o carro em frente ao laboratório e fui correndo encontrar Grover. Para minha sorte, Juníper não estava por lá. Apesar de que era cedo, e Juníper só vai ver Grover à noite. Abri as portas de maneira escandalosa. Mas fiquei com vergonha ao ver que uma mulher estava parada no galpão conversando com meu amigo. Ela já era de meia-idade e usava um jaleco branco. Ficou corada ao me ver. Não entendi o porque daquilo.

Ela logo se despediu de Grover e saiu pela porta. Esperei que ela se afastasse um pouco e virei para meu amigo. Lhe dei um abraço, o que me pareceu um tanto gay, mas não me importei muito. Grover logo percebeu que eu estava mais animado do que normalmente. Deduziu então, que minha alegria tinha nome e sobrenome.

– Cara, calminha aí. Que tal controlar os hormônios um pouco? - ele brincou.

Eu ri e subi emcima do velho sofá. Peguei uma flor que estava em um vasinho ao lado e a coloquei no bolso de minha camisa.

– Ela me beijou, Grover. Ela me beijou! Tem noção de como estou feliz neste exato momento? - eu praticamente gritei.

E realmente, era isso o que eu queria fazer. Queria gritar para todo mundo, para quem quisesse ouvir, que eu estava completamente apaixonado por Annabeth e que a queria para mim. Eu estava disposto a me declarar. Mas tinha ser tudo perfeito, então eu sabia que teria que pensar no que fazer. Grover, como todo bom amigo, com certeza iria me ajudar.

Enquanto eu sonhava com Annie, ainda emcima do sofá, Grover me olhava estático. Parecia não acreditar no que eu estava falando.

– Primeiro: desça do meu sofá agora. Segundo: ela estava bêbada, ou algo do tipo? - ele disse com um ar indignado.

Revirei os olhos e desci do sofá. Tirei a flor do bolso e fiquei a encarando. Era pequena e sensível. Qualquer toque já fazia com que suas pétalas se desmanchasem. Era linda, e única. Mesmo em meio a tantas flores da mesma espécie, não se era possível encontrar uma como aquela. Pensei em Annabeth, e em como ela parecia com aquela flor. Não por ser frágil, mas por ser única. Annabeth era única. E, de algum jeito, seria minha. Assim como aquela flor era agora.

– Não, Grover. Ela me beijou porque quis. E isso me fez pensar, sabe. - digo um tanto sem graça.

Grover ergueu os braços em direção ao céu e gritou: Aleluia! Acho que ele entendeu o que eu quis dizer. Após alguns minutos de agradecimente, ele se virou para mim e me deu um soco no braço.

– Só digo uma coisa, Annabeth é muito mais ligeira do que você nesses assuntos. Apesar de ser antipática e um tanto anti-social. - ele disse e eu fiz careta.

Sim, Annabeth era mesmo tudo isso. Eu fui, por um bom tempo, seu único amigo. Ela não saia, não namorava, não ficava com qualquer um. O que me deixava extremamente feliz, pois eu tinha certeza que nenhum homem sujo e nojento havia tocado em minha Sabidinha.

– Mas enfim, vai me ajudar? Porque você sabe como a Annie é, tenho que pensar em algo... Diferente. - eu disse ainda brincando com a bela flor.

Grover parou por um minuto e ficou alisando sua barbicha. Estava pensando. Entenda, para alguém como Grover, pensar não é uma coisa fácil. Ele se declarou para um arbusto. Isso queria dizer que lhe faltava um pouco de massa encefálica. De qualquer modo, ele era um bom amigo. E eu não ligava muito para o fato de ele ser assim, desprovido de inteligencia. Não que eu seja o maior gênio do mundo, mas sei bem das coisas.

Após um tempinho pensando, Grover finalmente se manifestou:

– Claro que ajudo. Mas não será fácil, você sabe. Temos que planejar bem, pensar com calma. E quando a coisa estiver boa, você se declara.

Assenti.

– Tem alguma ideia? - Grover perguntou.

Parei então para pensar que não havia pensando em nada. Eu queria me declarar, disso eu tinha certeza, só não sabia como. Buquê de flores e uma serenata? Não, muito clichê, Annabeth não iria gostar. Um chocolate escrito "Eu te amo"? Não, acho que ela ia pensar que eu a estava chamando de gosda. Um video musical? Não, de onde tirei isso?

Talvez pudesse chamá-la para dar uma volta no Central Park, então, em determinado momento, um balão sobrevoava nossas cabeças com a mensagem "Annabeth, eu te amo". Daria certo, se Annie não pensasse que foi outro cara quem lhe mandou.

Pensei em lhe enviar vários cartões com a mesma mensagem "Annabeth, eu te amo" e no último lhe mandaria um endereço. E neste, eu estaria a esperando com um imenso cartão. Mas tinha que considerar o fato que Annie não se deixa levar por algumas meras palavras. Então isso não daria certo.

Minha cabeça estava começando a doer de tanto pensar em declarações. Mas, infelizmente, não consegui pensar em nada.

– Não. - respondo.

Grover revirou os olhos e ficou me encarando.

Estava prestes a responder algo realmente mal educado, mas alguém nos interrompeu. A porta se abriu e me virei para ver quem havia chegado. Me arrendi por ter feito isso.

Era Rachel. Ela estava com um sorriso no rosto. Me viu e foi correndo me comprimentar. Me deu um beijo no rosto e acenou para Grover. Não entendi o que ela estava fazendo no laboratório. Pelo que eu havia escutado, Rachel era bailarina, não havia nenhum motivo específico para que ela precisasse ir para um laboratório.

– Rachel? O que você... - comecei a perguntar, mas me interrompi assim que notei o quanto aquilo soaria desrespeitoso.

– Eu estava passando por perto e então te vi aqui dentro. Só queria passar para dar um oi. - ela disse me lançando um sorriso malicioso.

Tínhamos saído algumas vezes, mas não voltei a ficar com ela. Nós namoramos, isto é certo, mas não quero mais nada com Rachel. No momento, estou mais preocupado com uma certa loira de olhos cinzas, a qual estou a um passo de me declarar.

– Hã... Oi. Agora, se me derem licença, tenho que voltar para casa, mais tarde preciso voltar ao trabalho. - digo apertando a mão de Grover e acenando para Rachel.

Sai do laboratório torcendo para a ruiva não me seguisse. Infelizmente, não foi isso o que aconteceu. Não demorou muito, senti alguém me abraçar por trás.

– Vai me deixar aqui, Percy? Sozinha? - Rachel disse.

Tirei os braços dela de minha volta e me virei, ficando de frente para ela.

– Rachel, eu já disse. Não vou voltar com você. Nós namoramos, tudo bem. Eu gostava de você, claro. Mas acabou, entende? Acabou! - depois de dizer isso, notei que os olhos de Rachel se encheram de lágrimas. Me senti o pior homem de todos.

Uma vez, depois de ver Annie se acabar de chorar por causa de Luke, prometi para mim mesmo que nunca faria uma mulher chorar daquele jeito. Rachel estava aos prantos, mas eu não podia fazer nada. Me senti horrível, sim, porém havia lhe dito a verdade. Não podia simplesmente alimentar seu sentimento e no final magoá-la mais ainda. Ela era linda, e tinha um corpo perfeito, eu sabia bem... Merecia alguém melhor do que eu. Alguém que a amasse.

– Me desculpe, Rachel. Mas essa é a verdade, eu não...

– É a Annabeth, não é? - ela me interrompeu.

Seus olhos verdes estavam vermelhos de tantos chorar, mas também pude sentir a raiva que eles exalavam. Senti meu rosto enrubrescer assim que Rachel disse o nome de Annabeth. Eu queria mentir, dizer que não era, mas eu simplesmente não conseguia.

Assenti.

Rachel limpou as lágrimas e fungou uma última vez.

– Olha, Percy, eu ainda te amo. Mas acho que já sabia que, para você, sempre foi Annabeth. Desde a época em que nós namoramos, acho que sempre foi ela. - ela disse sem sorrir.

Fiquei pensando no que ela havia dito. Talvez fosse mesmo. Começamos a namorar quando eu tinha 16 anos. Entrei um ano atrasado, por isso sempre fui um ano mais velho do que todos em minha sala. No ano anterior, eu havia conhecido Annabeth, e havia me encantado com ela. Mas Rachel me chamou a mais a atenção na época. Eu era mais novo, e com os hormônios gritando. Acho que foi isso.

Mas era mesmo verdade. Talvez, desde o primeiro dia que a vi, tivesse sido ela. Eu apenas demorei um pouco para notar o que realmente sentia. Cinco anos. Esse fora o tempo que demorei para notar que gostava de Annabeth. Três anos. Esse foi o tempo que passei guardando este sentimento para mim mesmo. De uns tempos para cá, acabou ficando cada vez mais difícil esconder tudo.

Eu iria me declarar para Annabeth. De um jeito ou de outro, eu queria que ela soubesse de tudo o que se passava dentro de mim.


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Notas finais do capítulo

Mais uma coisa, queria indicar uma fic. É do meu mano Júnior Brito, tá no começo ainda, mas eu gostei da ideia. É uma fic Percabeth completamente diferente de todas que eu já li. Aqui o link https://www.fanfiction.com.br/historia/231625/Heads_Or_Tails. Garanto que vocês irão gostar. Até amanhã NHAC ;3
P. S.: não deu para postar a conversa da Annie e da Piper, senão o capítulo ficaria mega grande. Mas calma, quarta eu posto sem falta.