Para Sempre. escrita por Amizitah


Capítulo 10
Capítulo 10 - A morte de mais um Terasu?


Notas iniciais do capítulo

Yo minna!!
Como prometido, agora que as provas - finalmente - terminaram eu pude lançar mais um capítulo para vocês!! E já aviso, vou deixa-los muuuuito desapontados - e provavelmente mortos de raiva - comigo!! Mas se acalmem e aguardem os proximos capítulos! Vocês irão ter surpresas boas e talvez ruins =D
MORRAM DE CURIOSIDADE.
Bjks
Ami ~



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Já havia pensado naquela possibilidade várias vezes pois as provas eram indiscutíveis, mas nunca aceitei aquilo de verdade. Nunca. Agora que o próprio Lance me confirmou aquilo não tinha como não ser verdade.

Olhei o Ryo que me estava com os olhos um pouco marejados. Ryo... ele sempre foi tão importante para mim, como um irmão mais velho que eu nunca tive, e agora percebo que compartilhamos o mesmo destino e o mesmo sangue.

– Parece que você não estava realmente sozinha, né Mitsue? – sorriu o Lance – Acho que tenho que prestar mais atenção quando foi exterminar meus inimigos para deixar nenhum escapar – apertou mais a kunai no pescoço dele fazendo um pequeno corte.

Encarei-o com os olhos em brasas.

– Já falei para você solta-lo Lance...

O sorriso dele aumentou.

– Oh, que dó que eu tenho de você... – riu – está com medo de perder mais um de seus queridos parentes?

Ryo arfou. Lance havia cortado mais sua garganta.

– Ryo! – gritei angustiada.

– Mitsue... – Ryo falou com a voz um pouco rouca – Não se preucupe... Vai ficar tudo bem.

O riso cínico do Lance ecoou pela floresta.

– Até mesmo eu quase fui capaz de acreditar em você Ryo – aproximou seu rosto do dele – Pena que são somente palavras.

Ele retirou a kunai do pescoço dele e a levantou.

– Não! Não toque nele! – Gritei prestes a correr na direção dos dois.

– Tarde de mais... – murmurou o Lance.

Num rápido movimento, Lance cortou a garganta do Ryo fazendo o sangue escorrer no pescoço dele.

– RYO!! – berrei ao vê-lo cair no chão.

Senti-me ser perfurada por milhares de espadas ao mesmo tempo ao ver o sangue escorrer. Nunca senti tanto medo.

– RYO! – gritei mais uma vez.

Quando o alcancei, Lance já estava longe apreciando a cena. Agachei-me ao lado do Ryo sem crer ainda no que tinha acontecido.

– M-Mitsue... – Levei um susto ao ouvi-lo falar, mas sua voz era apenas um sopro.

Lance cerrou os dentes. Como ele não havia morrido naquelas circunstancias?

– Desculpe-me... Parece que eu vacilei – sussurrou o Ryo.

– Cala boca... Pare de tentar falar – algumas lagrimas já haviam escorrido pelo meu rosto e caído no Ryo.

Ryo sorriu para mim de leve.

– Então pare de chorar... – murmurou pela ultima vez antes de seus olhos se fecharem.

Encarei o rosto do Ryo que permanecia com um sorriso... Que parecia ser o ultimo que ele iria me dar, e tudo por culpa...

Meu corpo não começou a formigar e nem a dar convulsões... Não... não precisava mais de tudo isso para meu chakra começar ser liberado, agora apenas o ódio pelo Lance bastava para ele reagir daquela maneira.

E foi exatamente isso o que aconteceu.

Meu chakra estava maior, muito maior do que nunca, parecia ser alimentado pelo meu ódio. Levantei de onde estava e olhei para minha frente enxergando o Lance camuflado em cima de uma árvore.

– Eu realmente não queria fazer isso... Mas agora eu vou acabar com sua raça de uma vez por todas!! – Meu chakra reagiu ganhando mais tamanho.

– Mitsue-san não seja tão imprudente! – o ANBU de cabelos negros estava do meu lado – Se você fizer isso você vai se arrepender depois...

Pousei meus olhos nos dele. Ele se afastou assim que olhou para eles, era perturbador encara-los. Receber ordens de um ANBU era a ultima coisa que eu queria.

– Fique quieto ANBU – falei para ele antes de desaparecer de onde estava.

Para o meu contento, alcancei o Lance bem rápido, lançando um soco no seu rosto que o fez voar por vários metros. Não esperei sua queda, apenas me lancei em sua direção e com ele ainda no ar, chutei suas costas fazendo com que seu corpo fosse de peito ao chão com um estrondo.

Lance arfou no chão, sangue não parava de escorrer pelo seu nariz e boca. Pousei no chão arfante e fui na sua direção. Peguei-o e o levantei pondo-o de pé e sem esperar muito tempo, lancei um soco seguido de vários outros no rosto dele, fazendo o sangue espirrar no chão.

– É bom apanhar não é Lance?! – rosnei em quando dava-lhe mais socos – Isso não chega nem perto do que você já me fez sofrer! Você nem imaginaria o quando doeu por todos esses anos me sentir abandonada pelos pais, completamente sozinha! – Dei um soco mais forte que eu queria por causa das lembranças, fazendo-o cair no chão com violência.

Lance se sentia atordoado, se levantou com dificuldade do chão com o rosto desfigurado de tão inchado e cheio de hematomas.

– Cale-se... Eu pouco me importo com oque você sentiu ou oque vai sentir, mas isso não muda o fato de toda a sua família ter morrido junto com o Ryo – Sua fala saiu com dificuldade em quanto procurava o ar para falar – E a culpa pelas mortes dele não foi somente minha... Nada daquilo teria acontecido se você não tivesse herdado esse chakra monstruoso de seu avô!

Perdi o ar.

– Meu avô? Ele tinha o mesmo chakra que o meu...? - perguntei a meia voz.

Lance limpou o sangue do canto da boca com uma mão antes de me responder.

– Sim... O seu avô paterno foi o segundo líder da sua vila. O seu pai era forte por causa disso, mas como o corpo dele não suportava o chakra, o seu avô selou-o de alguma forma para que ele não morresse... – fez uma pausa ao olhar para mim – Mas pelo que eu pude ver a morte do seu pai era iminente, a única coisa que eu fiz foi adiantar um pouco as coisas. Nada mais.

Fechei as mãos em punhos.

– Como você se considera um ser humano ao falar disso com tanta naturalidade? Não fale da morte dois meus pais como se fosse uma coisa sem importância!

– Como pode falar assim se nem pode conhecê-los? Você não pode falar com tanta certeza sobre sua família ou ate mesmo do seu clã se nem ao menos pode vive-los. – falou pesadamente com os olhos nos meus.

Meu ódio por ele começou a ficar insuportável, mas, com muito esforço evitei acabar com a vida dele ali mesmo.

– Posso não ter vivido com eles, mas eu sei oque é ter uma família - baixei a cabeça – Por mais que ela tenha sido pequena eu tive uma família na minha infância em konoha – A imagem doce da Senhora Yume se formou na minha frente – Graças a essa pequena família eu pude esquecer essa dor...

Lance sorriu de leve.

– Mas como toda família sua ela acabou morrendo, me pergunto quantas pessoas próximas a você vão morrer ainda.

O meu limite foi ultrapassado naquele momento.

O ódio foi demasiado grande que todo o meu chakra foi liberado de uma vez do meu corpo em várias direções, e a ultima coisa que senti foi o choque da explosão ao meu redor.

Vários objetos foram lançados e despedaçados e uma grande cratera se formou em minha volta com nada mais que poeira e terra.

Quando parte da poeira se desfez, as orbitas de meus olhos giraram e eu cai no chão com um baque, fazendo mais poeira se levantar ao redor de mim. Senti o gosto de sangue na boca.

Acabou... Tudo acabou... Pensei.

Do nada, não senti mais o chão em baixo de mim, de alguma forma ele havia desaparecido, mas logo após senti um leve formigamento na pele e tive vontade de sorrir de alivio.

– Ryo... Você voltou... – murmurei antes de desfalecer completamente.


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