Um mês depois, Kitty e Shawn estavam na R.R.D., com Renato, Daron, Dawson, Rennan e Rafael. Tico, Lígia e Marlon estavam no shopping. Renato e companhia estavam na reta final da gravação do cd. Agora, eles ouviam as gravações, e davam os retoques finais.
- Ô Rê, faltou um berro aqui em “Again” – disse Daron.
- Manda aí a música. – pediu Renato. Shawn abraçava muito Kitty, até que Kitty disse:
- Calma Shawn, eu não vou sair correndo.
- Depois de tudo o que aconteceu, o que eu mais temo nessa vida é te perder.
- Ahhh... – gritou Renato, no compasso da música – é só isso?
- Sim, essa é a última – disse Daron distraído.
- Então quer dizer que...
- Sim Renato, acabam... – continuou Daron, ainda distraído, até que finalmente se tocou – eu não acredito. Acabamos!!!
- Oba – gritou Kitty – mas... e agora, o que a gente faz?
- Boa pergunta – disse Daron, rindo, tirando o cd do computador e colocando na caixinha – cara, está tudo pronto, a capa do cd, o encarte, os desenhos do próprio cd, os extras do cd, tudo.
- Calma, falta uma coisinha ainda – disse Renato.
- O quê?
- O nosso clipe oras – respondeu Renato, rindo – e também teremos que atualizar o site com a data de lançamento do cd.
- É verdade. Vamos falar com a Milenny – sugeriu Kitty, se levantando. Então os garotos foram até a recepção falar com Milenny:
- Oi Mi – disse Renato, acenando – bom, direto ao assunto. Terminamos.
- Vocês terminaram o cd? Beleza. Bom, acho que vocês estão afim de atualizar o site da banda e gravar um clipe né?
- Como você sabe? – perguntou Dawson.
- Fácil, todas as bandas que terminam de gravar um cd querem fazer isso.
- Por isso que eu digo que nós faremos isso – disse Kitty, rindo.
- Então, o que querem fazer primeiro?
- O clipe – responderam todos juntos, e começaram a rir.
- Vire a esquerda, depois à direita. Depois é só ir reto e entrar a segunda porta à direita. Eles estarão esperando por vocês.
- Falô – disse Renato, então começaram a andar. Quando encontraram a sala, Renato entrou, com Daron, Dawson, Rafael, Rennan, Kitty e Shawn em seus calcanhares.
- Olá? – perguntou Renato, procurando alguém.
- Oh, vocês devem ser os Defloid’s – um homem com cara de doido veio atende-los – meu nome é Ciro Domingos, mas todos me chamam de Cidão.
- Muito prazer. Eu sou Renato, o vocalista e guitarrista. Esses são Daron, o baterista, Dawson, o baixista, Rafael, o guitarrista e Rennan, o grande Tecladista Rennan. Essa é minha prima Kitty, e o namorado dela, o Shawn.
- Muito prazer – dizia Cidão, enquanto apertava a mão dos garotos. Cidão tinha uma aparência muito doida. Era alto, tinha os cabelos até o ombro, e muito armados e uma trança feita da própria barba.
- Bom, vocês estão aqui para gravar um clipe certo? Serei seu diretor.
- Legal – disse Kitty – temos um diretor!
- Bom, primeiro precisamos fazer um story board.
- Quem? – perguntou Shawn.
- Um story board – explicou Cidão – é um tipo de “história em quadrinhos”, com as seqüências do clipe. Como vocês imaginam o clipe?
- Em um cemitério – disse Kitty.
- A banda tocando em cima de uma ponte com um lago de sangue – continuou Renato.
- Apenas as nossas sombras – continuou Daron.
- Vultos saindo dos túmulos – disse Shawn.
- E não podem faltar os morceguinhos e a névoa! – terminou Dawson.
- Eu posso ajudar na direção? – perguntou Kitty.
- Por que não? – disse Cidão, fazendo com que Kitty abrisse um sorriso de orelha a orelha – venha minha assistente, traga a banda com você e faremos um clipe!
- Aê! – gritou Kitty.
Mais ou menos uma hora e meia depois, os garotos terminaram de fazer o story board. Iria estar ventando, e eles estariam tocando de frente pra uma capelinha. Então marcaram de ir a um cemitério, dois dias depois para gravar o clipe.
- Ai, ir a um cemitério de noite – disse Daron – que legal!
- Pois é – concordou Renato.
- Mas... e a história dos rockeiros desaparecidos? – perguntou Kitty.
- Vocês conhecem a história dos rockeiros desaparecidos? – perguntou Cidão – isso aconteceu quando eu estava na 6ª série. Meus melhores amigos desapareceram.
- O quê? – perguntou Renato – você conheceu Boris Hatsukara?
- Oras, ele era meu melhor amigo na 6ª série – respondeu Cidão – mas, você conheceu Boris Hatsukara?
- Era o meu pai – respondeu Renato, com um ar triste, olhando para chão.
- Seu pai? Garoto, era pra eu ser seu padrinho. Ele sempre dizia isso quando estávamos no 1° colegial. Ele começou a namorar uma garota bem mais nova que ele, acho que ela estava na 7ª série. Era linda. Chamava-se Kelly Johnson.
- Ela não se chama mais Kelly Johnson – disse Renato – ela se chama Kelly Hatsukara.
- O quê? – perguntou Cidão, assustado – você é filho do Boris e da Kelly? Cara, eu não acredito que eu não sou o seu padrinho.
- Eh... mas... por que você não é o padrinho do Rê – perguntou Kitty.
- Porque eu me mudei da cidade.
- Ah... isso explica – disse Daron, olhando para Renato.
- Na época, eu e seu pai ficamos muito tristes e assustados por causa do desaparecimento – disse Cidão para Renato – nunca mais entramos em um cemitério. Ficamos muito traumatizados. Quando soube que seu pai morreu, eu fiquei mais traumatizado ainda...
- Mas... e o clipe? Para grava-lo teremos que entrar em um cemitério de noite – disse Kitty.
- Sim, mas nós vamos entrar lá mais ou menos umas nove horas.
- Tá bom, então assim sim – disse Shawn, que sabia que Kitty ficaria com muito medo se os melhores amigos dela desaparecessem em um cemitério. Os garotos se despediram e foram até o estacionamento. Entraram no carro de Renato, e Daron pegou o volante antes de Renato:
- Ou, ou, ô Daron, o que é isso aqui?
- Senta aí do lado Rê – disse Daron apontando para o banco do lado – você ficou muito perturbado com essa história do Cidão. Pode deixar que eu dirijo.
- Obrigado Daron.
- Ai Shawn, está frio – disse Kitty, chegando no cemitério, e fazendo com que Shawn a abraçasse mais forte.
- Será que o Cidão já está aí com a equipe? – perguntou Shawn.
- Acho que sim – disse Renato, estacionando o carro. Atrás dele, parou o furgão de Daron e Dawson, com a bateria. Kitty desceu do carro com Shawn, e pegou o baixo de Dawson. Estava olhando para o cemitério, até que um calafrio perpassou pelo seu corpo.
- É assustador, não é?
- Calma Kitty, eu estou aqui. Nenhum monstro e nenhum zumbi e muito menos nenhum túmulo berrante vai chegar perto de você.
- Ai Shawn, só você pra falar tanta besteira.
- Vamos entrar? – disse Renato, parando do lado de Kitty e Shawn com sua guitarra.
- Vamos!
- Olha o Cidão ali gente – gritou Daron, parando ao lado de Shawn – e aí Cid?
- E aí garotos – gritou Cidão, empurrando-os para dentro do cemitério – a equipe acabou de chegar. Já montamos quase tudo.
- Legal! – disse Kitty, contendo um pouco a tremedeira – por onde vamos começar?
- Pelo começo – continuou Cidão, fazendo os garotos soltarem um “lógico, né!” – que tal uma coisa meio assim: os instrumentos de vocês já poderiam estar no lugar, de frente para aquela capelinha que estamos terminando de montar. Então vocês entram pelas portas do cemitério, pegam os instrumentos e começam a tocar!
- É uma ótima idéia! – disse Kitty, sorrindo para Shawn e Renato.
- É, pode ser – disse Renato – mas nós vamos entrar como sombras?
- Vultos – disse Cidão.
- Gostei, gostei – disse Daron – gostei muito. Mas e o Renato, o que ele vai fazer? Ele é o vocalista, o grande ídolo da banda, depois vem eu e o Dawson, depois o grande Tecladista Rennan, depois o Rafael. Depois a Kitty e depois o...
- Já entendemos Daron – disse Renato, calando a boca do primo.
- Eu tenho uma nova idéia – disse Kitty, sorrindo mais ainda – que tal se a gente alternasse, entre as passagens da banda tocando, algumas passagens do Renato, Daron, Dawson, Rennan e Rafael andando pelo cemitério?
- Ótima idéia – disse Renato – mas então, não vamos tocar como sombras, vamos tocar como nós mesmos!!!
- É, é legal – disse Daron.
- Mas... nós não temos nada preparado – disse Shawn.
- Ué, vamos improvisar – disse Cidão.
- Grande Cid – gritou Daron, sorrindo.
- Vamos começar – disse Cidão – vai gente, vão ali pro camarim se trocar. Arranjamos umas roupas da hora. E tem os cabeleireiros, para o cabelo de vocês ficarem chique no último! O Corey tá lá pra ajudar vocês.
- Vamos lá, vamos ver, vamos ver, vamos lá – cantou Kitty, indo com seus amigos até um camarim que foi montado no cemitério. Aliás, nem parecia que estavam em um cemitério.
- E aí Corey – disse Shawn, pulando em cima do amigo.
- E aí garotos, beleza? Bom, eu não sou um especialista em Creatures, como vocês, mas eu sou um especialista em roupas de couro! – disse Corey, contando vantagem.
- Jaquetas de couro – gritou Daron correndo até um tipo de uma estante no canto.
Depois de algum tempo, os garotos já estavam prontos. Colocaram roupas de couro, com muitas pulseiras de pontas, fizeram o cabelo e ainda deixaram o olho bem preto, como sempre. Ou seja: ficaram mais lindos do que já são.
Começaram a gravar. Demoraram muito, mas muito tempo para conseguir terminar de gravar. Mas conseguiram. Agora eles precisavam ir até o estúdio, editar as imagens e montar o clipe. Quando finalmente acabaram, Kitty olhou o relógio e deu um berro:
- Ahhh, já é uma e meia da manhã!!!
- O quê? – perguntou Renato, assustado.
- Olha aqui, uma hora e vinte e cinco minutos. Já passou da meia noite!!!
- Então... acho... acho que está na hora de irmos embora – disse Renato, tremendo um pouco, mas aliviado por ter passado da meia noite e todos ainda estarem vivos.
- Sim, sim, vamos – disse Daron, então pegaram seus instrumentos, se despediram, entraram nos carros e foram embora.
Ora, o dia seguinte era sábado. Renato e Shawn acordaram bem cedinho, para ir ao estúdio. Passaram na casa de Kitty era mais ou menos nove e quinze da manhã. Depois passaram na casa de Tico e Lígia, e lá foram todos para a R.R.D. Na metade do caminho, Kitty perguntou à Lígia:
- E aí Lígi, firme e forte com o Marlon?
- Sim, estamos bem – respondeu a garota, começando a ficar vermelha.
- Legal – respondeu Kitty, que estava sendo abraçada por Shawn, que a derrubou no banco do carro. Vendo isso, Renato gritou:
- Ou, olha a bagunça aí no meu banco! Vai, chegamos.
- Oba, chegamos – disse Kitty, saindo do carro com a guitarra de Renato.
Os garotos entraram na R.R.D. e logo viram Cidão acenando para eles. Daron e Dawson já haviam chegado. Renato, Kitty, Shawn, Tico e Lígia correram até eles e já começaram a bagunça. Depois de uma baguncinha básica, foram até a sala de Cidão para terminar o clipe. Depois de amontoarem as cadeiras em volta de cinco televisões, e o computador de Cidão, começaram a montar o clipe. Cidão mostrava todas as imagens juntas nas televisões. Havia duas televisões que mostravam a banda tocando de ângulos diferentes. Outras duas alternavam cada integrante da banda tocando, e a outra mostrava a banda andando pelo cemitério. Todos davam opiniões sobre quais imagens seriam colocadas depois de quais. Kitty falava de dois em dois segundos. Não via a hora de ver o clipe pronto, passando naquelas emissoras musicais de televisão por todo o mundo. Renato também se mostrava ansioso. Sua perna tremia e ele dava opiniões a cada cinco segundos. Uma hora depois, cara, não acredito, o clipe estava pronto! Renato, Daron, Daw, Kitty, Shawn, Tico e Lígia viram o clipe pronto cinco vezes seguidas. Estava muito bom. Agora só faltava atualizar o site, o que era muito chato. Mas, isso não era tarefa nem para Kitty, nem para Renato. Esse era um trabalho para Dawson. Dawson foi quem fez o site, sabia todos os comandos, então, terminou rapidinho. Demorou só uma hora e meia. O site ficou prontinho, com a capa do cd, a data de lançamento, o nome do novo clipe e uma foto da banda, na qual aparecia Renato, Daron, Dawson, Rennan, Rafael, Kitty, Shawn, Tico e Lígia. A foto era linda, e Renato, mais lindo ainda.
- Cara, o clipe estréia semana que vem – disse Kitty, depois de Cidão dar um telefonema, vendendo o clipe para uma emissora de TV.
- Pois é – disse Renato, se levantando, seguido por seus companheiros – bom Cid, acho que está na hora de irmos pra casa!
- É cara, sabe, tia Kelly nos espera com o almoço – completa Daron.
- E o almoço de tia Kelly não dá pra perder – disse Dawson.
- Prefiro as sobremesas de tia Kelly – disse Kitty.
- Ah, a torta de sorvete de chocolate de tia Kelly é tudo – completou Shawn.
- Eu prefiro a torta de morango – disse Tico.
- Não, não, não, os sorvetes de abacaxi ao vinho que tia Kelly sempre desenterra do freezer são tudo – disse Lígia, lambendo os lábios.
- Ai gente, se vocês continuarem falando, eu vou acabar me convidando para o almoço – disse Cidão, com vontade.
- Essa é a intenção Cid – disse Daron – vamos?
- Opa! Torta de sorvete de chocolate, aí vou eu!
- Oi mãe! – gritou Renato, entrando em casa – esse aqui é o Cidão, ele que é o diretor do nosso clipe!
- Olá – disse tia Kelly – meu nome é Kelly, muito prazer.
- O prazer é todo meu! – disse Cidão.
- Eu o convidei para o almoço mãe – disse Renato – tudo bem?
- Claro filho, não tem problema! Venham garotos, sentem-se que eu já vou colocar o almoço na mesa!
- Certo!
Almoçaram calmamente. Cantaram, brincaram, falaram mais do que comeram e riram mais alto que qualquer um. Cidão adorou o almoço. Quando terminaram de almoçar, tia Kelly se levantou e disse:
- Agora vem a sobremesa!
- Opa!
- Hoje é especial!
- Hummm!
- Mas infelizmente é só pra olhar...
- Hã?
- Ora, é pavê de nozes!
- Ahhh – disseram todos ao mesmo tempo, até que se tocaram do que era a sobremesa – Pavê?
- De nozes – completou tia Kelly, rindo. Os garotos amaram o pavê, mas Cidão ficou maravilhado com as mãos que tia Kelly tinha para cozinhar. Depois do almoço, ele só tinha uma dúvida: como falar para tia Kelly que ele era quem era? Resolveu começar do começo (lógico né!).
- Hum... Kelly – começou ele, fazendo com que a mesa inteira olhasse – tenho uma coisa para te falar.
- O quê? – perguntou tia Kelly, curiosa.
- Bom... devo te chamar de Kelly Hatsukara ou Kel Johnson?
- Ahhh... o quê? – se assustou tia Kelly – Quem... quem é você?
- Não reconhece o outro integrante da nossa dupla? Hatsuk e Cidinho?
- Ci... Ci... Cidinho? É você?
- Sou eu sim – respondeu Cidão, sorrindo ao ver o sorriso que tia Kelly abria ao reconhecer seu velho amigo.
- Então agora o Cidinho virou o Cidão? – perguntou tia Kelly, se levantando.
- E Hatsuk, que saudade de meu velho amigo – disse Cidão, se levantando e abraçando a amiga.
- Você mudou muito Cidinho – disse tia Kelly, de olhos fechados, num longo abraço de dois quase irmãos.
- Você também Kel – falou Cidão, sorrindo – você mudou muito. Ai Kel, achei que nunca mais iria te encontrar... lembro-me tão bem do dia em que soube que Hatsuk tinha morrido...
- Nem me lembre Cidinho, nem me lembre...
- É... mãe... hum... – Renato pensava em uma coisa engraçada para cortar aquele clima chato da lembrança da morte de seu pai, mas nada lhe veio à cabeça. Até que Daron falou:
- Ô tia Kelly, nosso clipe já ficou pronto!
- Ah, já? – disse tia Kelly, ao lado de Cidão – que ótimo.
- Pois é – disse Cidão.
- Ora Cid, você sempre dizia que iria produzir clipes para bandas famosas, mas eu nunca levei muita fé nisso... – lembrou tia Kelly, sorrindo.
- Bom, pode-se dizer que foi graças ao meu sonho que eu encontrei os Defloid’s, e então pude te ver de novo minha amiga.
- Pois é! Ai, lembra de quando você e Hatsuk se juntavam para cantar Pink Floyd?
- Como poderia me esquecer? A melhor música que cantávamos do Pink Floyd era “Brick In The Wal”. Era tão legal...
- Né? Ai, os tempos de colégio foram os melhores da minha vida. Lembra-se do dia em que nos conhecemos?
- Ora, foi tão legal aquele dia. O Baile de Inverno. Lembra quando começou a tocar Aerosmith, aí você começou a chorar, na música “Crazy”. Então eu e Hatsuk vimos você, sentada sozinha em um canto, chorando e cantando ao mesmo tempo. Quando Hatsuk te viu, a primeira coisa que ele disse foi: “Quem é esse anjo?”. Então fomos falar com você...
- E eu me lembro direitinho. Vocês chegaram assim e Hatsuk disse: “Por que está chorando?”, aí eu respondi: “Porque essa música é linda!”. Foi aí que olhei para Hatsuk, e pensei: “Obrigado Aerosmith, por trazer esse anjo pra mim.”.
- Aí eu perguntei o seu nome, e você respondeu: “Kelly Johnson, mas pode me chamar de Kel.”.
- Então eu perguntei o nome de vocês, e Hatsuk respondeu: “Boris Hatsukara e Ciro Domingos, mais conhecidos como Hatsuk e Cidinho.”. Eu comecei a rir, e pensei que vocês eram loucos.
- Pensou certo. Foi aí que começou a tocar a melhor música de todos os tempos. Lembra de qual era?
- Como poderia me esquecer? “Stairway To Heaven”, do Led Zeppelin. Foi aí que Hatsuk me convidou para dançar.
- É, aí eu perdi meu melhor amigo para uma garota em um baile de inverno.
- Mas foi só naquele dia, porque nos outros dias, nós não nos separamos nem um minuto só. Lembro que vocês entraram para a manutenção da sala de informática, só para ficar na escola de tarde, e poderem me ver.
- Ô gente – falou Renato, baixinho para Daron, Dawson, Kitty, Shawn, Lígia e Tico, que estavam com os pensamentos muito longe daquele reencontro de “Cidinho e Kel” – vamos pra sala?
- Vamos! – então se levantaram e saíram de fininho, enquanto tia Kelly ria alto, se lembrando do filme que foram assistir no cinema num domingo.