Escolha-me escrita por IaraEulb


Capítulo 6
Hikaru


Notas iniciais do capítulo

[Redit: Não esqueçam de Ouran, é uma obra ótima para ser esquecida ♥]
Yo! Desculpem a demora, ando bem ocupadinha ><'
Aqui está mais um, espero que gostem o/



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—Ugh...

 O clima da praia é agradável para todos que procuram diversão. O cheiro da areia fina, o barulho das ondas e a leve brisa que bate no nosso rosto. Mas nada disso estava de acordo com o humor de Hikaru Hitachiin. Queria muito sair da sua casa de Okinawa, queria caminhar lá fora para aproveitar a tarde que logo iria embora e gostaria de tomar sorvete. Mas sua namorada não queria saber de nada disso.

—Haruhi vamos lá fora, por favor!

—Hikaru, eu já lhe disse. Já que estamos algum tempo fora, é ótimo para eu fazer as lições de férias! Pense bem: meu pai não precisa pedir para eu fazer compras, nem o Tamaki-senpai pedirá para nós sairmos... está ótimo pra isso. –Ela diz de forma simples.

—Você só pensa em estudar! E eu? –Ele diz apontando para ele mesmo.

—Gosto muito da sua companhia aqui comigo Hikaru. Mas acho que podemos ter tempo depois.

 Hikaru suspira e passa a mão pelos fios de cabelo negros. Quer aproveitar as férias se divertindo, e não se ocupando com os estudos! Desde que chegaram, Haruhi se ocupou com as atividades da escola. Os professores sempre deixam diversas atividades antes das férias começarem, mas Hikaru sempre deixava para depois e fazia junto de Kaoru.

Kaoru...

 “Se ele estivesse aqui já estaríamos jogando água um no outro...”

 É a primeira vez que Hikaru vai para praia sem seu irmão. Na verdade, é a primeira vez que viaja sem o irmão. Mesmo que queira estar com Haruhi agora, não pode deixar de comparar com o tempo que tem com o irmão quando viajam. Queria melhorar seu relacionamento com Haruhi, a única intimidade deles era andar de mãos dadas e trocar alguns beijos no dia-a-dia.

—Você quer voltar para casa então? –Ele pergunta um pouco chateado.

 Haruhi repara a face triste dele. Ela deixa o lápis na mesa e se vira na cadeira para encará-lo.

—Não é isso Hikaru. Eu gosto daqui. É um lugar calmo e ótimo para estudar, sem falar que vim na sua companhia. Estou gostando muito. –Ela sorri na esperança de acalmá-lo.

 Ele sorri de volta. “Pelo menos ela está gostando”. Ele vai até a janela e olha o sol se pondo. Ainda queria sair de casa...

Seu namoro e de Haruhi sempre foi assim. Ela não demonstra muito sentimento e sempre se preocupa com os estudos, ela realmente não se importa muito com “relacionamentos”. Ele pensou que trazê-la para cá poderia mudar isso, mas... Haruhi é tão cabeça-dura. Só saíram da casa para comprar lembranças para os anfitriões. Aquela viagem estava tão... chata. E Haruhi não demonstrava nada.

 Ele tinha boas notas na escola, ele estuda e tem um futuro guardado para ele, mas todos têm uma hora para se divertir! Por que tornar a vida tão chata e monótona se pode deixá-la mais divertida?

—Haruhi, vou caminhar um pouco, está bem?

—Tudo bem. Tome cuidado. Leve seu celular.

—Certo... –Ele pega o celular e sai.

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 Parece que essa viagem não foi uma ideia tão boa. Hikaru já deveria saber que Haruhi reagiria assim, ela não gosta que gastem muito dinheiro com ela e gosta de aproveitar seu tempo para fazer coisas que, para ela, são úteis, como estudar por exemplo. Os outros alunos de Ouran estão lá apenas para aperfeiçoar conhecimento, todos já têm seus futuros garantidos nas empresas de seus pais. Ele até entende que ela é bolsista, mas...

“Ela não pode vir se divertir um pouco? ”

 Ele compra um picolé e senta na areia, aproveitando o cair da tarde.

“Devia ter trazido Kaoru... Seria tão legal...”

 As lembranças deles vindo para Okinawa retornam e começa a sentir um aperto no peito.

“Eu devia ter insistido para ele vir com a gente...” Ele pensa entristecido. Devia ter convidado mesmo o irmão, eles sempre iam a todos os lugares juntos, e agora que o mais novo não estava lá com ele, é como se a diversão tivesse... sumido.

 Sair com Haruhi era divertido e ele amava ter seu tempo com ela, mas nunca ficou tanto tempo longe do irmão. Achou que seria fácil passar uma semana fora com alguém, mas não consegue deixar Kaoru de lado.

“Eu... Quero voltar”.

 As ondas estavam se acalmando e começou a dar paz ao ambiente. Alguns casais passavam e crianças voltavam correndo aos seus pais para irem para suas casas.

 Ele quer Kaoru aqui agora. A saudade do irmão estava crescendo, precisava vê-lo.

Não.

 Conhecendo Kaoru, ele vai inventar desculpas para não ir e deixar o irmão e a namorada curtirem a “viagem a dois”, como fez todas as outras vezes que Hikaru o chamava para sair com ele e Haruhi.

 Ele está com Haruhi porque Kaoru o ajudou muito. Sempre o apoiou, dizia palavras encorajadoras e mesmo o ajudava a escolher suas roupas quando ia sair com Haruhi.

Pensando bem, desde que ele começou a namorar, não saía com Kaoru.

 Iam para escola e voltavam juntos, ainda faziam tudo junto, mas sair e se divertirem... fazia um bom tempo. O aperto fica mais forte e ele sente uma necessidade de ver o irmão. Estava surpreso com ele mesmo por ter ficado três dias sem vê-lo.

 Precisava pelo menos ouvir que o mais novo estava bem.

 Ele pega o celular e disca o numero dele. Toca... Toca... Toca... Toca...

Ninguém atende.

 “O-O quê? ”

 Ele fecha o celular e fica surpreso.

“Kaoru não atendeu... O que será que ele está fazendo? ” Ele pensa triste. “Ele deve estar se divertindo sem mim...”

 Ele se levanta, limpa as calças e faz o caminho de volta pra casa.

“Será que ele está bem por eu estar alguns dias sem vê-lo?”

 Ele sabe que Kaoru se adapta melhor do que ele quando está sozinho. Kaoru não tem ataques quando está sozinho, não sai correndo atrás dele e não fica se lamentando por não estarem em uma mesma equipe. Mas mesmo assim... Três dias? Será que Kaoru queria distância dele?

 Apesar de que Hikaru também não estava sendo tão justo. Chegou à casa de praia e nem mesmo ligou para o irmão para avisá-lo. Não ligou nenhum dia!

 Estava ocupado tentando convencer Haruhi a passear pela areia. Essa viagem não foi uma ideia tão boa assim.

 Ele disca o numero do irmão de novo. Toca... Toca... Toca... Toca...

“Quero Kaoru aqui...”

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 Estava sentado na cama com um livro. A história parecia falar sobre a caixa de Pandora. De repente a porta do quarto abre, e ele joga o livro para o outro lado da cama.

 

—Hikaru! –Ele sorri.

 

—Oi. –O irmão sorri e entra no banheiro.

 

 Ele se vira e fica olhando para o livro arremessado e encosta na cabeceira da cama. Então sente braços enrolando sua cintura e vira o rosto para encontrar os olhos do irmão.

 

—A-Ah. O que está fazendo Hikaru? –Ele diz sorrindo levemente.

 

 O mais velho deixa Kaoru entre suas pernas e começa a subir as mãos por seu peito, subindo a camisa.

 

—Estou cuidando de você...

 

 Kaoru apenas assiste sua camisa ser descartada e sente seus mamilos endurecerem pelo frio que sente.

 

—De mim...?

 

Ele se vira e Hikaru o beija. Foi um beijo leve, muito leve. Mas sentia o encostar dos lábios como duas penas se tocando.

 

—Kaoru...

 

 Quando Kaoru olha para frente novamente, suas calças haviam sumido. Ele estava completamente nu. Hikaru desce as mãos para a virilha do mais novo e massageia o lugar, para provocá-lo.

 

—H-Hikaru, não faça isso...

 

—Não faça o que, Kaoru?

 

Hikaru pega o membro do irmão e começa a massagear lentamente. Kaoru sente formigamentos pelo corpo e agarra o lençol da cama, e começou a gemer.

 

—Mais alto Kaoru...

 

 Hikaru aumenta a velocidade da mão, deixando o mais novo louco. Kaoru gemia mais alto, mais alto... sentia uma felicidade enorme por estar com o irmão e estar recebendo esse prazer. Estava tudo tão perfeito.

 

—Ah... A-Ah! Hikaru...! H-Hikaru...

 

 Ele joga a cabeça pra trás e sentia o formigamento aumentar conforme o ritmo da mão do irmão. Sentia os mamilos serem acariciados, as costas arquearem, seu membro ser massageado loucamente e o calor do irmão nas suas costas. A onda de prazer subindo e subindo...

 

—H-Hika...!

 

 Ele abre os olhos rapidamente e senta rapidamente na cama. Levantou tão depressa que acabou capotando de novo nos travesseiros.

“O-O que foi isso? ”

Ele suava um pouco e sentia o coração palpitando muito rápido. Que tipo de sonho foi esse?

 “E-E-Eu... estava fazendo sexo... com...”

 Ele sente o suor escorrendo e um embrulho no estômago. Ele realmente...?

Olha para as calças. Sim! Ele realmente--!

“SONHEI QUE ESTAVA FAZENDO SEXO COM HIKARU?!”

 Ele corre para o banheiro e lava bem o rosto. Tentava tranqüilizar a respiração e se apoiava na beirada da pia.

“Acalme-se Kaoru... A-Acalme-se... Deve haver uma explicação lógica para esse sonho...! ” Ele respira um pouco e senta no vaso sanitário com os braços apoiados no cotovelo.

 “Aposto que sonhei isso porque estou com saudade dele. É! É isso...! Não há nada com o que me preocupar! ”

 Ele olha para as calças de novo. Certo, ele estava um pouco excitado, mas isso é o de menos... Certo? O nervosismo toma conta de novo.

“M-Meu Deus... Isso não é normal! Eu sonhei algo obsceno com... Com... MEU IRMÃO! ” Começa a pirar de novo. Algo estava muito errado.

“Primeiro eu fico depressivo só de pensar que ele não está aqui, depois tenho um sentimento estranho, e agora... A-Agora... SONHO ALGO OBSCENO!” Ele não sabia mais o que pensar a respeito, era muita coisa girando em torno da sua cabeça, ele apenas, apenas...!

—AAAAAHHHHHHHHH!

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—Tem certeza de que está bem filho?

—Sim mamãe... obrigado.

 Obviamente acordou seus pais com aquele grito. Mas não foi porque quis.

—Tudo bem... vou voltar a dormir. Não precisa mais ter medo está bem?

—Sim... –Teve de contar à mãe que teve um pesadelo... Não podia contar que sonhou estar fazendo sexo com Hikaru. Ela beija a testa do filho e, antes de voltar, deixa na cama o celular dele que havia desaparecido na bagunça que fez com Honey para fazer o bolo.

—As empregadas encontraram agora à noite. Tome mais cuidado com ele, ouviu bem? –Ela fecha a porta e volto para o quarto com o marido.

 “Droga...” Ele estava tão confuso... Nunca teve atração sexual por alguém. Claro, pelo fato de ele ser adolescente, seus hormônios trabalhavam e tinha seus desejos, mas nunca desejou alguém em especial.

 E pelo visto, seu corpo deseja o de Hikaru.

 A saudade pode ser algo que está tomando conta de Kaoru, mas esse sonho não pode querer mostrar saudade.

“Preciso de ajuda...” Ele coloca a cabeça entre as mãos e respira fundo. Então lembra do celular na cama, e pega para ver se estava tudo bem com o objeto.

 Quando abre, se surpreende ao ver que Hikaru havia feito cinco ligações. Seu coração dispara, e as mãos começam a tremer.

“H-Hikaru ligou pra mim? O que será que houve? Ele... ele quer falar comigo? ”

 Ele vê a hora e solta um gemido de decepção ao ver que era de madrugada.

“Droga! Ele ligou para mim e eu nem estava com o celular! Maldito seja! ” Ele arremessa o celular do outro lado da cama e deita resmungando, puxando os cobertores até a cabeça. Ele olha para o celular novamente e suspira, se esticando para pegá-lo de volta.

“Ele... lembrou de mim”.

 Kaoru sorri, e segurando o celular no peito, tenta voltar a dormir.

 Amanhã ele vai ligar para Hikaru, e vai ouvir a voz melodiosa do irmão novamente...

“U-Ugh...! Melhor p-parar de pensar nele!”


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