The Lost Princess escrita por Lana6Willa


Capítulo 8
Capítulo 6: A Solução




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"Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer." (William Shakespeare)

Viserys manteve a mão sob a de Rhaneys. Um filho. Seu filho. E ela tinha prometido-o para uma completa estranha.

_Ele é nosso - sibilou, acariciando sua barriga.

_Não podemos ficar com ele. Elenya cuidará bem dele, tenho certeza. E teríamos um ano de segurança e conforto, comida, água e um lugar para dormir. - Rhaenys mordeu o lábio, tentando evitar que as lágrimas em seus olhos transbordassem. Ela sabia como ele se sentia. Ela já o amava tanto quanto amava Viserys. Para ser franca consigo mesma, já estava pensando em nomes para a criança. Rhaenyra e Aegon. Rhaenyra lembrava-a do próprio nome, Aegon era uma homenagem a seu irmão, e os dois haviam sido filhos de Viserys, primeiro de seu nome. Diria isso a Elenya, decidiu. Ao menos o nome poderia escolher.

Viserys abraçou-a com um suspiro. Ele podia ver em seus olhos que ela desgostava daquela ideia tanto quanto ele, mas havia um brilho de determinação em seus olhos, que ele sabia que não venceria. Ela apoiou a cabeça em seu ombro, e os dois dormiram assim, juntos, um reconfortando o outro em silêncio, como sempre havia sido.

O dia chegou e partiu suavemente. Rhaenys observava Elenya, que parecia evitá-la a todo custo. Quando anoiteceu e Rhaenys servia de apoio a uma Dany caindo de sono até o quarto, o marido de Elenya, cujo nome nenhum deles tinha conhecimento - chegou e avisou em sua voz rouca e rude.

_Assim que o Sol se levantar, acabam nossas responsabilidades de anfitriões para com vocês.

Rhaenys parou, em choque. Elenya não estava muito atrás dele, olhando-a com pena.

Pena. Rhaenys cerrou os olhos.

_Tudo bem. Viserys! - chamou - Nós estamos saindo.

_O quê? Mas, mas...

_ Deixe-os ir, Elenya. - ele pôs a mão sobre o ombro da esposa, que parecia estar em choque com a reação de Rhaenys.

Rhaenys pegou suas coisas, alguns cantis de água e um pouco de comida, mandou Viserys carregar Daenerys, que já estava dormindo a essa altura, e voltou para as ruas.

_O que houve?

_Eles iam nos chutar para fora de qualquer maneira.

Viserys olhou-a, entendendo.

_Eles não aceitaram.

_Não. - Ela confirmou, a mandíbula cerrada e as unhas cravadas na palma da mão. Era estúpido, ela sabia, ficar irritada por algo tão pequeno, mas ela sentia sua cabeça latejar de raiva. Ela iria abrir mão de seu filho, e, no futuro, de uma boa quantia de ouro, em troca de abrigo por um mísero ano, uma proposta que certamente os beneficiava mais. Por que eles recusariam?

_Esperem aqui. - Rhaenys se esgueirou para s fundos da casa de Elenya e abriu a despensa onde eles guardavam as frutas que Elenya venderia pela manhã, roubando uma boa quantidade. Era baixo, mas era a única coisa que podia fazer.

Com isso, e com o que conseguiram mendigar nas próximas semanas, conseguiram se manter, mas emagreceram muito, suas roupas estavam próximas a farrapos e eram raras as noites em que dormiam sob um teto. Ela podia ouvir as risadas e zombarias às suas costas.

Rhaenys evitava qualquer superfície que pudesse refletir sua aparência. Sabia que estava horrível, mas preferia não saber o quanto. Mais semanas se passaram, e Rhaenys já conseguia sentir o contorno das costelas de Dany quando a abraçava. O que conseguiam mendigar não era o suficiente para três pessoas, embora algumas vezes somente sua aparência tinha sido o suficiente para atrair doações. Rhaenys lhes dizia que se lembraria deles quando voltassem a Westeros. Na verdade, lhe seriamais fácil lembrar daqueles que não ajudaram-na, das portas que foram fechadas em sua cara. Aquelas portas vermelhas da casa de Sor Willem foram apenas as primeiras de outras tantas.

Um dia, enquanto viajavam por uma cidade desconhecida, viram um homem robusto, ajudando uma garotinha de oito ou nove anos a subir em uma carroça, junto de outras crianças, e logo depois entregando um saco de ouro para um casal que pareciam ser os pais da garota.

_O que está acontecendo.

O homem virou seus olhos castanhos para ela e coçou a barba suja que lhe cobria o rosto.

_Não são daqui. O velho Granjer sempre passa por aqui.

_Quem é Granjer? - interferiu Viserys.

_Eu sou Granjer, garoto. E essa carroça aqui está indo para as Sete Vilas.

_Sete Vilas? - essa foi Daenerys. - Não me lembro de ter visto esse lugar nos mapas.

_Certamente que não, menininha. Temos os melhores guerreiros e alquimistas, os melhores pescadores, mas quem há de ligar para uma pequena vila?

_Você disse que eram sete.

_O nome é Sete Vilas, uma velha lenda sobre a origem da cidade. O velho Granjer aqui - ele apontou para si mesmo - passa pelas Cidades Livres em busca de aprendizes que passem um ano lá em troca de ouro.

Rhaenys refletiu sobre aquelas palavras.

_Aprendizes de quê?

_Do que quer que eles quiserem. E sempre estamos precisando de ajudantes de cozinha ou de limpeza.

Rhaenys pensou mais um pouco. Por fim olhou Granjer nos olhos e indagou.

_O quanto darias para que eu fose a essas Sete Vilas?  


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