No Boundaries escrita por yellowizz


Capítulo 1
Seconds, hours, so many days.


Notas iniciais do capítulo

Para os Delenas de plantão, aposto que, assim como eu, também sentiram-se satisfeitos com o episódio 19 da terceira temporada, principalmente com o beijo super empolgante entre Damon e Elena. Então aí vai um pouquinho do que eu acho a respeito das confusões de Elena sobre sua paixão pelos dois Salvatores.



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Eu não sabia onde droga havia enfiado a minha razão naquela noite em Denver. Eu estava num motel barato me escondendo de Klaus, longe de tudo e de todos com Damon. Eu sabia que Stefan havia aceitado a minha viagem com seu irmão porque sabia que esta seria a melhor oportunidade para eu entender o que estava acontecendo entre mim e Damon. Tenho quase certeza que quando entrei naquele carro, Stefan arrependeu-se amargamente por ter concordado com isso, porque ele me amava afinal, e me ver partir ao lado do seu irmão que também me amava deve tê-lo matado por dentro.

Eu havia começado uma conversa banal com Damon no quarto. Eu não conseguia pregar os olhos e ele parecia sem sono também rodando o uísque dentro de um copo de plástico. Nossos olhares se cruzaram e, por receio que aquilo tivesse algum efeito maior do que meu estômago revirado, eu desviei o olhar e ajeitei-me sobre cama. Mas eu sentia seus olhos azuis fixados em mim, então permiti que nos encarássemos de novo. Ele aproximou-se da cama com todo o seu jeito cauteloso e sexy, de camisa aberta e cabelo desalinhado, me fazendo tremer da cabeça aos pés, então deitou ao meu lado e tivemos a vaga conversa sobre Rose e a bondade de Damon que ele insistia em manter em sigilo absoluto.

A conversa se encerrou e o clima começou a ficar realmente tenso enquanto nos encarávamos. Eu quebrei a conexão sentindo minha respiração descontrolada dar o ar da graça, joguei minhas mãos ao lado do corpo e ironicamente a minha mão encontrou com a de Damon. Pronto. Bastou apenas esse toque para um arrepio percorrer-me toda, meu coração acelerar e eu me sentir a maior idiota tendo essas sensações com o irmão do homem que eu amava.

Eu não suportei ficar ao seu lado quando ele segurou a minha mão. Era como se aquele toque fosse um pedido inconsciente para sabe se lá o quê, mas eu não aguentaria ficar mais nem um minuto deitada naquela. Levantei e fui até a varanda. Estava frio, mas quem se importa? Encostei-me à parede e segundos depois senti Damon atrás de mim.

“Não” eu disse. “Por que não?” ele respondeu calmamente e eu tive que conter o meu coração de dar saltos quando aquela pergunta estava me direcionando a respostas perigosas.

A verdade é que eu tinha medo de ser como Katherine. De fazer o inferno entre os dois irmãos novamente e me arrepender amargamente por ter começado. Em minha mente a sua pergunta martelava “Por que não?” e meu coração se aquecia só pela possibilidade de uma resposta. Eu estava confusa com tudo o que estava acontecendo e, mesmo que eu quisesse tentar, que eu quisesse responder à pergunta de Stefan quando ele havia me questionado sobre o que eu sentia em relação ao seu irmão, era como se eu houvesse esquecido até de mim naquele momento. Mas quando Damon sibilou, com sua voz rouca e baixa, atrás de mim “Elena” eu sabia exatamente o que deveria fazer naquele momento. Eu o beijei.

Nossas bocas se encontraram, nossas línguas logo já estavam se enroscando uma à outra e em meu estômago as borboletas travavam uma dança enlouquecida. Minha pernas fraquejaram e eu agradeci por suas mãos estarem em minha cintura naquele momento. Cada toque seu, o cheiro do perfume amadeirado que ele usava e aquele gosto de álcool em sua boca, tudo estava me deixando enlouquecida. Ele puxou o meu lábio inferior e me empurrou para a parede. Deus, eu não havia sentido nada parecido antes. Seus lábios desceram pelo meu pescoço e colo e depois voltaram até a minha boca. Suas mãos percorriam o meu corpo e deixavam um rastro magnífico de calor. Eu queria mais. Eu estava me sentindo uma adolescente boba com os hormônios à flor da pele. Era proibido beijar Damon Salvatore, mas eu estava amando. Amando ele. E isso era frustrante.

“Elena?” ouvi o meu nome sair da boca de alguém que eu conhecia bem. Jeremy estava parado próximo de nós com um misto de surpresa e decepção. “Jeremy” eu respondi ajeitando a minha roupa e recompondo-me sem conseguir olhar para Damon. Ele comunicou-nos sobre Klaus e eu ouvi a voz, mais rouca que o normal, de Damon avisar que iríamos até lá. Eu quis gargalhar de toda a situação. Eu havia mesmo beijado Damon Salvatore? Deus, isso foi incrível.

Eu não sabia se estava feliz com a aparição de Jeremy ou nem me importaria em continuar. Porque a verdade é que eu havia amado estar em seus braços pelo menos uma vez daquela maneira. Havíamos compartilhado um momento deveras intenso e eu sei que se Jeremy não tivesse aparecido, nenhum de nós se importaria em continuar. De qualquer maneira, o que aconteceu em Denver, ficou em Denver. E disso eu tive plenamente certeza quando Damon soube da pergunta de Stefan em relação aos meus sentimentos por ele. Ele sabia que aquilo havia sido uma espécie de teste, mas isso não quer dizer que alguém ali havia sido usado. Nós dois necessitávamos daquilo há muito tempo, mas o nosso orgulho e todas as consequências que disso resultaria nos impediam de tentar. Mas a verdade é que nada disso parecia importar naquele momento. Éramos eu e Damon.

Voltamos a Mystic Falls sem nos falar e isso foi péssimo. Com todos os acontecimentos envolvendo Esther e a transformação de Alaric, Klaus e seus planos, a volta de Tyler, Jeremy, não houve tempo para falar nada a respeito do beijo. E como eu havia dito, parece que o aconteceu em Denver, ficou em Denver, mas o meu coração palpitava que algo ainda aconteceria. Depois que Klaus havia roubado parte do meu sangue e de minhas forças, eu fui resgatada e trazida para casa pelos dois Salvatores e a minha decisão ou a falta dela deve os ter deixado frustrados, mas eu não tinha outra opção senão explicar-lhes a confusão que se formava em minha cabeça. Eu amava os dois e os dois me amavam. Eu não fazia ideia de como escolher. Stefan tinha aquele amor puro, aquele conforto que me fazia ter a plena certeza de que jamais me abandonaria. Damon tinha aquele fogo, aquela maravilhosa maneira de me fazer sentir viva, de odiá-lo ou amá-lo pelo que fazia. A verdade é que eu necessitava dos dois, desse equilíbrio perfeito entre um extremo seguro e o outro avassalador. Sem limites. Mas era egoísmo meu escolher os dois. Então eu decidi não escolher nenhum.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Beijinhos. :D



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