They Belong Together escrita por Victor Stark


Capítulo 18
Capítulo 17: Speechless


Notas iniciais do capítulo

Well, Desculpe a demora T...T eu me esqueci de postar, por estar tão entretido este fim de semana... Primeiro final de semana que eu fiquei tão pouco no PC xD
Bem, mas com um dia de demora... aí tem! =D, espero que gostem ;)



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“Você me deixa sem palavras...; Tão sem palavras...” ­– Speechless, Lady Gaga

— Isso é ótimo! — Sorriu Hugo, sentindo o amor dos irmãos fluindo por todo os lados. Aquilo era como uma bomba nuclear que explodia, visível apenas para o garoto, que via ondas se espalhando por toda a cidade.

— O que é ótimo? — Perguntou Steve, curioso com a animação do garoto, ele ainda atirava em vários alienígenas que vinham pela rua, já havia perdido as contas de quantos havia matado.

— Tudo finalmente está acabando... — Sorriu, enquanto sentia a sua parte de coração brilhar, provavelmente a parte de Steve também brilhava, era a energia mais pura do universo se concentrando. — Eu vou poder fechar este portal... Finalmente... Tudo realmente acabará...

A mão do garoto começou a brilhar, era aquele o poder de luta que Odin o havia dado. Uma densa luz se formava em sua mão, ainda não era suficiente, para poder fechar o portal seria necessário muito mais energia.

— Eu preciso de mais energia para fechar o portal. — Falou Hugo.

— Tudo bem! Mas como você consegue ela?! — Gritou Natasha, atirando com precisão contra mais dos invasores. — Amor, eu preciso de muito dele. É a maior fonte de energia que eu posso receber.

— E como você acha que vamos conseguir isto agora?! — Perguntou Steve, que também prestava atenção na batalha que estava, tratando de defender o máximo possível Hugo com seu escudo.

— Eu tenho minhas teorias... — Comentou o garoto, sorrindo e olhando para Natasha e Clint que atiravam bravamente, ela com duas armas e ele com suas flechas.

— Natasha! — Falou alto Hugo. — Preciso que você beije o Clint.

— O quê?! — Ambos falaram simultaneamente, virando-se e encarando o atrevido menino. Clint conseguia atirar mesmo de costas.

— É o que eu disse. Amor...

— Mas...

— É para o bem de toda a humanidade! — Falou sorrindo. — Só preciso de mais um pouco!... — Mostrou a mão que brilhava.

Os dois se entreolharam, Natasha sorriu tímida. O garoto se virou, sentindo a chuva e as emulsões de amor dos irmãos o atingir. Era maravilhoso. Atrás dele, os dois se aproximaram rapidamente, se entreolharam sorrindo.

Um beijo saiu, tímido, mas logo se intensificou em algo que eles já estavam esperando havia anos, talvez desde a primeira vez que se viram. Hugo apenas sorriu quando sentiu mais uma onda daquela maravilhosa energia indo contra si. O brilho de sua mão realmente se intensificou, mas mesmo assim seria necessário algo mais.

Uma borboleta se formou em seu estômago, fazendo-o sorrir instantaneamente com a idéia. Talvez já tivesse passado da hora de fazer aquilo. Situações difíceis pediam exigências mais difíceis ainda. Mas ele não achava que aquilo seria difícil de maneira alguma.

A passos espertos e silenciosos ele se aproximou do soldado que cobria os dois que ainda se beijavam deliciosamente. Foi impossível não corar com a idéia que ele tinha na cabeça, ele mal podia acreditar que estava fazendo aquilo. O soldado era bem mais alto que ele, mas mesmo assim ele conseguiria, teria de ser ágil.

— Steve! Socorro! — Gritou o Asgardiano atrás do Humano, que se assustou com a idéia do garoto estar em perigo. Mal ele sabia que era ele quem estava em perigo.

O soldado se virou rapidamente e foi surpreendido com dois olhos azuis contra o dele e braços delicados o envolvendo. Os lábios vieram em seguida, era apenas um selinho, mas para o Asgardiano era um beijo, o primeiro beijo dele. Realmente era algo mágico o primeiro beijo.

Não preciso dizer que a mão com energia de Hugo se transformou em uma espécie de arma de energia pura, brilhava em um tom que irradiava do azul ao branco, pulsando vivamente como um coração vivo.

O humano realmente não esperava por aquilo, então apenas deixou cair no chão a arma e agarrou-se ao garoto, era apenas um selinho por parte do outro, então pediu passagem à boca dele, o garoto realmente não esperava por aquilo, mas consentiu.

Hugo apenas fechou os olhos, era tão bom, nunca esperou que tivesse tanto poder daquela forma, sentia-se incorruptível naquele momento, sentia-se invencível. Sua mão tinha um brilho intenso, como uma estrela em colapso. Infelizmente ele teve de colocar sua cabeça no lugar, então apenas interrompeu o beijo com o soldado com um olhar triste, se virou e apontou certeiro para o céu, fechou os olhos e liberou o que tinha dentro de si.

Tudo o que havia no céu começou a explodir, o garoto realmente tinha receio por estar destruindo tantas criaturas vivas que ele mal conhecia, e que tinha certeza que estavam sendo manipuladas. Mas ao fim tudo havia terminado, a energia do Tesseract não foi suficiente e acabou sendo desligado, uma última linha de energia se emitiu dele, o portal finalmente não se conteve com uma força tão forte contra ele. Se fechou.

Os seres que ainda estavam lutando apenas explodiram, a fonte de energia que os alimentavam antes estavam a uns poucos quilômetros e naquele instante estava a bilhões e bilhões de anos luz.

— Enfim acabou... — Falou Natasha, quando terminou de beijar Clint e apenas observava o céu de mãos dadas com ele. — Parece 4 de Julho*. — Ela tinha percebido o beijo entre os dois atrás dela, mas apenas se contentava em sorrir timidamente observar o céu de mãos dadas a Clint.

Hugo terminou de fechar o portal, ele estava fraco, muito fraco, mas enfim feliz. Afinal tudo havia acabado bem. Então, finalmente ele conseguiria ter o repouso que tanto ansiou. Estava fraco demais para tentar se manter de pé, então desmaiou. Dois braços fortes o agarrou antes que ele caísse no chão, uma expressão de preocupação se formou no rosto do soldado.

— Hugo!? Você está bem?! — Perguntou preocupado.

— Fique calmo, Clint. — Respondeu Natasha. — Ele só está tranquilo. O melhor a fazer é voltar para o Helicarrier, lá ele terá cuidados médicos.

O Capitão-América acenou, alçando heroicamente o garoto, que tinha uma expressão feliz e exausta. A expressão de alguém que depois de muito tempo sem dormir, finalmente tivera um tempo.

oOo

Estava quente, eles não queriam se largar, as mãos de Thor puxavam o irmão mais novo contra si, para que o beijos pudesse durar o máximo e pudesse ser o mais profundo possível.

Loki estava no céu, literalmente. O fogo ao redor já não queimava com tanta vivacidade, ele estava mais tranquilo e a chuva estava caindo ainda, tão bonita como sempre. Agora seu coração já não batia tão rápido, era algo lento e carinhoso. Os dedos esguios deslizavam pelos cabelos delineados e loiros do outro.

Gentilmente o moreno parou o beijo, os olhos esverdeados olhando para baixo, sem conseguir olhar diretamente ao Grande Thor, sentia-se no mínimo envergonhado.

O loiro levou os grandes dedos até o delicado e perfeitamente desenhado rosto de Loki, o ergueu apenas um pouco para que ambos pudessem se olhar, os olhos azulados agora estavam profundos. Loki mordiscou o lábios, nunca havia ficado sem palavras.

— Eu devo...

— Shii! — Pediu o loiro, um pequeno sorriso. — Apenas vá devagar. Não se apresse em pensar. Você começa a fazer coisas erradas quando pensa demais...

— Eu... — Pensou Loki. Olhando para baixo novamente. — Devo ir...

— Para aonde?...

— Não sei... Apenas quero ir...

— Você não pode ir a lugar nenhum. Seu lugar é ao meu lado. Eu te amo. Por favor Loki... Sem mais mentiras... Sem mais farsas... Agora eu quero estar junto de você. A eternidade. — Thor puxou novamente o olhar de Loki com a mão.

— Isto é tão errado... — Loki desviou o olhar novamente. — Mas eu não consigo me imaginar ao lado de ninguém mais... Mas eu apenas não posso ficar aqui... Olha o que eu fiz a este lugar... Eu destruo tudo aonde eu vou...

— Você teve um bom motivo... Eu teria feito o mesmo...

— Não, você não teria Thor. — Respondeu Loki sério, olhando diretamente a Thor. — Esta é nossa diferença, você preferiria lutar, você nunca tomaria o mesmo caminho que eu. Então este é o caminho que devemos tomar. Eu devo ir a um lado... E você ao outro.

— Não, eu não vou a lugar nenhum sem você. Eu prometi sempre te proteger. Eu pertenço ao seu lado, desde a primeira vez que te vi, eu prometi estar ao seu lado.

— Você... Sempre prometendo o que não pode cumprir... — Loki ficou olhou ao céu, o portal já não estava aberto.

— Este é o modo que devemos começar. — Disse Thor. — Se nós nos amamos tanto, não é errado ficarmos juntos... Eu nunca deixarei ninguém te machucar. Eu pro...

— Shi!... — Loki colocou o dedo no lábio de Thor. — Sem mais promessas.

— Só mais uma! — Thor sorriu. — Eu prometo ficar ao seu lado para sempre! Por favor Loki! Vamos começar de novo!

— Bem... — Loki respondeu, olhando diretamente a Thor. — Eu devo ir, se eu for capturado aqui neste mundo, serei condenado eternamente. O melhor é fugir. Depois... Quem sabe não podemos recomeçar...

— Você não vai fugir. Eu vou te ajudar. Não vou deixar que te façam nada. Por favor Loki, foi um erro deixá-lo sozinho naquele segundo planeta... Apenas confie em mim, uma vez, por favor... Caramba!

Loki cruzou as sobrancelhas. Um pequeno sorriso se formou em seu rosto, não era o tipo de sorriso malicioso que sempre dava aos inimigos, mas era o tipo de sorriso natural que raras vezes se escapava.

— Eu vou. — Respondeu. — Eu confio em você. Apenas uma promessa, eu vou passar a confiar sempre em você agora...

— Até mesmo quanto a Sif ser uma boa pessoa?... Ou sair comigo e meus amigos...?

— Não peça também o impossível Thor...

— Você não tem idéia de como me deixa sem palavras quando você se põe pensativo... — Falou Thor, encarando o moreno que realmente olhava pensativo o loiro. — Você não tem idéia de como eu te amo... Sério... Não tenho palavras para dizer o quanto te amo...

— O silencio é a maior palavra que pode existir. — Comentou Loki, com um pequeno sorriso. Era um sorriso puro. — E há algo mágico, que faz qualquer palavra do mundo desaparecer, quebra qualquer maldição. Faz qualquer infelicidade se tornar felicidade... Você sabe o que é isto Thor?

— Não se... — Thor começou a responder.

— É isto. — Loki selou os lábios com os de Thor, fazendo a proximidade ficar deliciosamente confortável.

Aquilo realmente deixou o loiro sem palavras, sentia-se extremamente amado, nenhuma garota jamais havia proporcionado a ele o que ele sentia naquele momento. Durou alguns segundos até que ambos ficaram sem fôlego, então se separaram lentamente, ambos com um pequeno sorriso e arfando.

— Eu te amo. — Murmurou Loki, abrindo um sorriso que raras vezes ele dava.

Thor sorriu mais ainda, aquele era o Loki que ele realmente conhecia. Apenas se aproximou do irmão, o agarrou fortemente, dando um abraço de quebrar os ossos. O Mjölnir voltou para a mão de Thor.

— Agora vamos. — Falou, com a mão desocupada agarrando uma das mãos de Loki.

— Eu consigo voar... — Começou Loki, mas não conseguiu terminar a frase, pois seu corpo foi bruscamente puxado pela força da arma do irmão.

Eles tiveram uma breve viajem, pois Thor apenas voou entre alguns prédios e desceu ao solo. Os outros Vingadores estavam reunidos, decidindo-se o que aconteceria em seguida. O Hulk não deixou de rugir quando viu Loki. Mas Thor não estava de brincadeira, apenas segurou firme o Mjölnir.

— Thor! — Anunciou Natasha, indo até o Deus dos Trovões. — Seu irmão está bem... Ele apenas está cansado... Ele desmaiou.

— ELE O QUÊ?! — Gritou Loki, agindo tal como uma mãe leoa.

— Loki... — Falou Thor, dando um pequeno aperto de mão em Loki que se controlou.

— Ele está bem? — Perguntou Thor, gentilmente.

— Sim, está, apenas que estava demasiado fraco. O mandei com Starks para o Helicarrier, era o caminho mais rápido.

— Espero que aquele louco não o deixe cair enquanto faz suas acrobacias... — Resmungou Steve, enquanto ajudava Clint a arrumar o avião que tinha um dos trem-de-pousos quebrado.

Loki sentiu um aperto no coração, esperava que realmente o irmão estivesse bem, não admitiria que algo aconteceu com ele quando tudo havia acabado. Nunca se perdoaria se tivesse ido tão longe por nada.

— Não é melhor colocarmos uma algema nele? — Resmungou Steve olhando com injúria para Loki.

— Eu sou a prisão dele. Nunca deixarei ele ir a lugar nenhum. — Respondeu Thor imediatamente, sendo o mais rude possível. — Apenas me levem ao nosso irmão mais novo.

oOo

Hugo realmente havia chegado rapidamente ao grande Helicóptero, que agora estava no Oceano e recebia os reparos necessários dos engenheiros. Starks havia tomado um cuidado supremo com o garoto, sabia que ele era importante para os Asgardianos, e uma guerra por algo tão pequeno seria estupidez.

— Acabamos de colocar soro nele. — Falou uma das enfermeiras ao Homem de Ferro, que agora estava sem sua armadura. — Do mais ele está perfeito, apenas desidratado e com alguns hematomas.

— Ótimo! Muito obrigado enfermeira. — Agradeceu Tony. — Devo ir ver como estar minha noiva, consegue tomar conta dele?

— Claro, claro. — Respondeu a enfermeira, checando novamente a pressão do garoto. Então Tony apenas saiu e foi ao Deck superior falar com o capitão da SHIELD.

A enfermeira teve de sair, pois haviam outros feridos da explosão parcial do Helicarrier. Mas o garoto estava bem, apenas precisava do repouso necessário.

Realmente foi rápido, pois vinte minutos depois ele já estava com os olhos entreabertos e sonolento. Ele levantou o tronco e ficou sentado na mesa do quartinho daquela enfermaria. O corpo dele havia se nutrido perfeitamente bem, ganhando mais vitalidade, mesmo sem comer nada, apenas com o soro, aquelas era uma das vantagens de se ser Asgardiano, a desvantagem era se comesse muito engordaria rapidamente também.

— Pois bem... Cansei! — Falou o garoto para si mesmo depois de alguns minutos sentado, ele já se sentia ótimo.

Ele saiu da mesa/cama e puxou a agulha do braço, fazendo uma pequena quantidade de sangue escorrer, ele apenas pressionou, odiando aquela pequena espetada ao contrário em seu braço.

A porta estava fechada, ele a abriu lentamente, não havia ninguém no corredor, saiu e trancou lentamente a porta nas suas costas. Então escapou, dando passos lentos em direção a escada no final do corredor. Depois passou a correr para cima, esbarrando em algumas pessoas que estavam sem entender quem era aquele garoto naquela nave militar.

Hugo chegou a parte de cima da nave, então se deparou com aviões e soldados que conversavam perto deles, outros lustravam grandes mísseis. Cruzou a sobrancelha e foi andando lentamente até uma das bordas daquela grande nave, era um lugar afastado, paralela a pista de pouso dos aviões. Ele simplesmente se sentou na borda observando o sol distante no céu e ouvindo o barulho daquela estranha nave batendo contra as ondas do mar. Estava sorrindo alegremente por tudo finalmente estar resolvido.

Ele não sabia a quanto tempo estava ali, mas viu o sol daquele planeta descer um bom tanto, pelo menos até que estivesse quase chegando a linha do horizonte e o céu estivesse tingido de laranja.

Homens ao fundo começaram a gritar, não era um grito de medo ou qualquer outra coisa, apenas ordens dadas em alto som. “Liberem a pista!” Gritavam... Logo depois um som estridente soou e um avião pousou naquela imensa nave...

— Eles chegaram... — Falou o garoto, deitando-se de lado observando o céu tingido de laranja. — Mas aqui está bonito demais... Vou aproveitar o famoso pôr-do-sol da Terra...

oOo

No avião, o clima estava tenso, ninguém falava nada. Apenas Thor se limitava a apertar a mão de Loki, apertava fortemente, transpassando segurança. O avião havia chegado e a portinhola atrás se abriu, Thor foi o primeiro a se levantar e Loki foi puxado por ele.

Todos saíram do avião, caminhando para fora rapidamente, o clima estava demasiado tenso lá dentro. Realmente ninguém gostava de estar ao lado do inimigo.

— Por favor... — Sussurrou Loki para si mesmo. — Que ele esteja bem... Por Odin...

— Ele estará. — Respondeu Thor, apertando levemente a mão do outro.

Assim que chegaram, o agente Fury os estava esperando, com um olhar recriminatório contra Loki, ele já fora informado por Tony a situação de Thor com o irmão.

— Bem vindo de volta, meu vingadores! — Sorriu amarelo, abrindo os braços como se os acolhesse. — E... Nosso inimigo...? — Falou ironicamente, Loki apenas desviou o olhar, notando longe um pequeno saco caído na beira do avião, pensou estar vendo coisas.

— Por favor, agente, apenas nos leve ao nosso irmão, logo iremos voltar para Asgard.

— Claro, Thor. — Respondeu Fury. — Mas Loki está preso. Ele será levado agora para uma prisão de segurança máxima e será julgado o mais breve possível.

— Estes termos se aplicam a Humanos. — Falou Natasha, em defesa ao moreno, ele se surpreendeu. — Eles não são Humanos, ele tem o direito de ser julgado no planeta de origem deles. Além do mais, os Asgardianos provaram ser bons aliados.

— Bem, minha querida Natasha... — Pensou Fury, sorrindo amarelo novamente. — Temo que então não deixarei vocês passarem...

— Eu juro que se você não me deixar passar, eu vou quebrar isto tudo até chegar ao meu irmão. — Falou Thor, rude. — Eu realmente amo este planeta... Mas não estou gostando de você.

— Ei! Calma aí amigo! — Rapidamente Fury falou. — Tudo bem, eu os deixo passar, mas seu irmão ficará sobre a mira dos meus soldados...

— Tudo bem, agora rápido. — Respondeu Thor.

Eles caminharam rapidamente, apenas Clint e Natasha ficaram para trás, pois Steve quis ir junto para ver se o garoto realmente estava bem. Thor e Loki estranharam aquela atitude.

Finalmente chegaram a zona da enfermaria, a enfermeira acompanhou os heróis sorridente, já esperando o agradecimento de todos por ter tomado conta do garoto, mas quando ela abriu a porta, foi uma surpresa para ela.

— Isto é uma espécie de brincadeira? — Perguntou Loki, recebendo um aperto na mão de Thor.

— Ele... Ele... — Falou a enfermeira confusa.

— Aonde está meu irmão?! — Perguntou Thor, a voz grossa fazendo a pequena enfermeira se assustar.

— Ele estava aqui...

— Vocês procuram por um garoto...? — Perguntou um homem em uma muleta, mancando até a porta. — Ele saiu de fininho pelo corredor faz um bom tempo... Subiu as escadas...

Todos se desesperaram, aonde teria ido o garoto? Era o que todos se perguntavam. Cinco minutos depois até mesmo times de procura já estavam formados para procurá-lo.

Thor e Loki procuravam por um dos primeiros andares, o Deus do Trovão gritando com todos de como tinham deixado um garoto ficar correndo por aquele lugar sem ser parado.

Mas foi o Capitão América quem teve a sorte de encontrá-lo, ele havia ido informar à Natasha o desaparecimento, mas estranhou um pacote distante que se mexia. Preferiu não alardear ninguém e ir para lá verificar se realmente era ele.

oOo

Hugo estava adorando ver o pôr-do-sol, era perfeito, talvez nunca mais teria a oportunidade de ver aquilo depois que fosse a Asgard. Apesar de amar os raros pores-do-Knif, que era a estrela principal de Asgard, não chegava perto da beleza que era aquilo.

— Fazendo o que aí sozinho?

O garoto deu um pulo, assustando-se pela repentina aparição do ‘amigo’, os olhos azulados ficaram arregalados, olhando no outro que se sentava confortavelmente ao lado, esticando os braços como se tivesse acabado de acordar.

— Está gostando? — Perguntou Steve, apontando para o sol que partia tristemente no horizonte.

— Muito. É lindo... — Respondeu Hugo olhando diretamente para a imensidão laranjada.

Hugo docemente se apoiou a cabeça no ombro do outro, dando um leve bocejo, ainda sentia sono, não via a hora de deitar-se tranquilo. Steve tirou as luvas de couro que utilizava e carinhosamente fez um pequeno carinho.

— Aquilo... — Sussurrou o Asgardiano, ficando levemente corado e dando um pequeno sorriso.

O humano também não deixou de corar. Aquele também havia sido o primeiro beijos depois de anos... Ele não tinha muitas lembranças antes de ser congelado por um longo período, as únicas lembranças dele eram as de uma garota muito bonita que ele beijara quando ainda nem era o Capitão-América.

— Nós não deveríamos... — Disse o humano.

— Ah! — Respondeu o garoto, se afastando em um impulso e sorrindo alegremente. — Eu não sou tão novo assim! E você não é tão velho assim!

— O quê?! — Perguntou Steve, se perguntando como o garoto sabia do que ele estava pensan... — Você leu meus pensamentos, não foi?

— Bem, não foi proposital... — Sorriu mentindo, na verdade tinha sido, ele estava gostando de explorar os próprios poderes, era algo natural. — Tudo bem... Foi... — Mordeu os lábios. — Desculpe... Está se transformando em um vício...

Steve sorriu com o garoto, ele realmente não era do tipo de pessoa que mentia. Apreciava muito pessoas como ele, sinceras.

— Não foi nada...

— Mas como eu dizia, eu não sou tão novo quanto pareço... E você não é tão velho quanto pensa.

— Eu sou. — Falou Steve, abaixando a cabeça. — Tenho 84 anos.

— Humanos... — Bufou. — Grande coisa! Meu pai tem quase vinte mil anos! Thor tem cinco mil e Loki um pouco menos que ele...

— E você? — O humano perguntou cruzando a sobrancelha, os olhos azul-acinzentados pedindo sinceridade.

— Aonde moro tenho Vinte Quatro Anos. — Falou. — Faz alguns anos que eu estou prezo nos dezesseis... — Sorriu. — Mas em ‘breve’ estarei como Thor e Loki. — Ele deu uma bela ênfase em breve, sabia como demoraria para ser adulto.

Steve acenou, compreendendo. Então se arrepiou com uma voz gritando atrás dos dois, Hugo novamente se assustou quase tendo um infarto, se pudesse.

— HUGO ODINSON! — Gritou Loki, fazendo até Thor que estava ao seu lado se assustar.

— L-L-Loki... — Gaguejou o garoto, se aproximando do irmão, em um abraço. — Tudo bem irmão...? — Desconversou.

— Eu estou! Mas você está em problemas! — Respondeu Loki. — E o que você faz com esse... Humano? — Perguntou Loki, entrecerrando os olhos.

— Eu? — Falou com surpresa. — Ah! Nada! Steve e eu estávamos apenas vendo o Pôr-do-Sol... — Sorriu amarelo.

— Não venha com conversinha que você não me engana!

— Calma Loki... — Falou Thor, com a voz grossa como uma criança. — Não precisa ser assim...

— Sim, precisa! Você não vê Thor?! — Continuou Loki, olhando do irmão ao humano. — Eles dois...

— O quê?! — Perguntou Thor, confuso.

— Esse humano está assediando nosso irmão! — Gritou Loki para Thor.

— O quê?! Eu?! — Falou Steve, se levantou apontando para si mesmo. — Pelo menos não foi eu que quase destruí um planeta...

— Não seja dramático Loki. — Disse Hugo, ficando irritado, curvando a sobrancelha. — Steve... Pisar na ferida dele realmente não ajuda...

— Como é bom ter a família reunida... — Sorriu Thor de Loki para Hugo e depois estreitou os olhos para o Capitão-América. — Você está bem tampinha? — Se aproximou do mais novo, finalmente soltando a mão de Loki, bagunçou o cabelo negro do garoto.

— Estou! — Sorriu.

— Mal o conhece e já o está mimando... — Bufou Loki, mas depois sorriu pela cena dos irmãos se abraçando.

— Tem algo para comer? — Perguntou Hugo para Thor. — Estou morrendo de fome irmão!

— Olha só! Ele se parece muito comigo Loki, não é?! — Falou Thor para Loki, deixando o garoto e se aproximando do amado.

— Muito... — Respondeu Loki, eram as únicas duas pessoas do universo que conseguia fazê-lo mudar de opinião e de humor tão rápido.

Hugo agarrou as luvas de Steve que estavam caídas no chão e colocou nas mãos dele. Daquele modo ele não saberia os pensamentos dos outros, nem o que sentiam e nem as lembranças de quem é que ele tocasse naquele lugar. Havia aprendido uma coisa sobre os humanos, eles tinham memórias estranhas.

— O que está fazendo? — Perguntou Steve, observando o gesto do garoto.

— Elas não ficaram tão grandes... — Comentou Hugo, colocando as mãos de frente a ele e analisando. — Assim eu não lerei os pensamentos das pessoas sem querer... É errado e impulsivo.

— Eu não falei por mal aquela hora... — Respondeu o homem.

— Eu sei, mas realmente gostei delas, minha mão estão mais quentes...

— Sério? Eu sempre a achei desconfortável...

— Vamos indo!? — Falou Thor para os dois. — Meu irmão tem de descansar! — Olhou para Steve rancorosamente.

— Claro, claro Thor! — Respondeu Steve, tal como um soldado. Hugo revirou os olhos, odiava quando alguém mandava em outra pessoa.

— Eu gostei daqui, está gostoso ver o pôr-do-sol... — Disse o garoto, parando de braços cruzados. — Você quer mesmo ir Steve?

Steve olhou para Loki e Thor que tinham um rosto de assassinos, era melhor não contrariá-los.

— É melhor irmos... Você pode não se sentir cansado... — O garoto olhou para ele. O soldado se sentiu intimidado pelo olhar do outro.

— Tudo bem. — Respondeu sorrindo, mudando de humor.

— Este garoto irá dar trabalho... — Murmurou Loki em uma bufada, enquanto Hugo tomava a frente, esticando as asas. Então Loki se lembrou que tinha que ensiná-lo a voar. Mas seria uma outra hora.

Talvez, aquele havia sido o fim de um perigoso dia, mas para todos havia sido o fim de um maravilhoso dia. Para os Humanos, Nova Iorque não havia sido totalmente destruída.

Para Hugo e Loki, haviam dado o primeiro beijo. Não havia como estarem menos felizes, eles estavam radiantes, apesar de toda a tensão que aquilo havia exigido deles.

Para Thor, o universo havia se transformado, ele estava ótimo, sentia-se novo, tal como se tivesse nascido novamente. A tensão do amor escondido durando milhares de anos havia desaparecido e havia surgido algo maravilhoso que duraria por outros milhares de anos.


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Notas finais do capítulo

N/t: * 4 de Julho é quando há vários fogos de artifícios nos Estados Unidos, é o Dia da Independência Americana.
E então, e então? =D
Bem, aqui acaba a ação em si... Agora será mais Light ^..^, espero realmente que gostem ^^
Até domingo que vem! Sim, DOMINGO! xD Não vou atrasar, eu juro ;)
Kissus, do Aiko s2



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