Moments escrita por MrsHazelLevesque


Capítulo 1
One-shot


Notas iniciais do capítulo

É a minha primeira fic mais dark, então sejam bonzinhos -nn



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/221421/chapter/1

Silena trancou a porta do chalé de Afrodite, jogou a chave em um canto qualquer, apagou a luz, fechou as janelas e se jogou em sua cama. Elas sentia falta de Charles mais do que qualquer outra pessoa, e ninguém parecia entender. Todos estavam chocados, mas ninguém mais amava Charles como ela. E também tinha a culpa.

Beckendorf fora um herói, ele morreu como um, e o que ela era? Uma mera traidora, uma espiã de Cronos. Talvez ela mesma fosse um pouco culpada pela morte de seu namorado. Silena arrancou com força a pulseira que a marcava como uma ajudante do Titã e a jogou em outro canto do chalé. A força acabou fazendo com que o objeto machucasse seu pulso, de onde agora saiam pequenos filetes de sangue.

E então, ela se lembrou de Charles novamente. De como, nesses momentos em que Silena se sentia péssima por tudo que ela estava fazendo, ele entrava, a perguntava o que estava acontecendo e, mesmo ela não falando, ele a abraçava e dizia que iria ficar tudo bem. E ela acreditava. Porque ela confiava nele, ele a fazia se sentir melhor. Ela o queria ali, mas não poderia. Jamais poderia, não novamente.

O coração dela apertou. Ela continuaria sempre lembrando o Acampamento de Beckendorf, de sua coragem, de como ele agiria nos momentos difíceis, porque ele representava um herói e era um exemplo. Mas ela não conseguia fazer o mesmo por si. Não importava o quanto ela lembrasse que ele sempre estaria com eles, protegendo-os em suas memórias. Mas ela não estava protegendo o Acampamento como Charles achava, esperava e confiava que ela estava. Estava fazendo justamente o contrário. Droga! Por que ela tinha que confiar tanto em Luke? Silena estava arrependida. O jeito era consertar sua escolha da melhor maneira que ela encontrasse.

Certo, consertar o erro. Como? Não havia saída aparente. Não havia nada para fazer ali. Ela só iria estragar mais as coisas, e talvez ainda tivesse uma chance de estar com Charles. Mínima, mas Silena se agarrou à ela, porque ela não queria ficar longe do garoto que ela amava.

As lágrimas escorriam cada vez mais. A maquiagem dela provavelmente estava completamente borrada, mas e daí? Ninguém a veria. Ela não queria que ninguém a visse. Nunca mais. Talvez, se ela... é, seria uma boa ideia.

Ela só atrapalharia mais as coisas se continuasse lá, viva, espiando seus amigos para Cronos. Estava decidido, ela faria o que pretendia, não poderia se arrepender depois. Seria o melhor para todos. 

Silena se levantou, acendeu a luz de um abajur e abriu a gaveta da sua mesa-de-cabeceira. Em meio às muitas coisas lá dentro, havia uma lâmina afiada, alguns comprimidos para vários tipos de dores, um bloquinho e uma caneta. Perfeito.

Silena arrancou uma folha do bloquinho e começou a escrever uma mensagem explicando o porquê de ela não querer mais estar ali. Ela não citou o fato de ela ser a espiã, eles descobririam isso sozinhos, mas deixou algo claro. Sem Charles com ela, nada mais valia a pena.

"Eu sinto muito. Eu amo vocês. Sigam em frente. Vocês não precisam de mim". E, por algum motivo, ela escreveu uma outra frase que não era dirigida a ninguém no Acampamento Meio-Sangue: "Me perdoe, Charles. Eu te amo". Deixou o bilhete sobre sua cama, pegou alguns comprimidos e os digeriu sem tomar ao menos um gole d'água, e depois passou a lâmina com força em seu pulso.

Lembranças. Lembranças dela com Charles, de quando ele a convidou para os Fogos, de quando ele a pediu em namoro, de todos os presentes que ele deu a ela, de sua "primeira vez", enfim, de todos os momentos bons que eles passaram juntos. Mesmo as brigas que acabavam em calorosos beijos e pedidos de desculpas. Nada disso novamente. Nunca mais.

Então, Silena sentiu seu corpo se chocar contra o chão e ficou inconsciente.

---

- Silena! Silena! - Clarisse gritava do outro lado da porta. Silena não respondia. O que poderia ter acontecido? 

A filha de Ares empurrou a porta, acendeu a luz e encontrou sua melhor amiga deitada no chão, em uma poça de sangue, imóvel. Ela irrompeu em lágrimas, correu e abraçou Silena. Encontrou o bilhete sobre sua cama e o leu. Não. Não podia ser...

E, naquele momento, a única esperança que sobrava era o fato de o coração da filha de Afrodite continuar batendo. O melhor a fazer agora era levá-la ao chalé de Apolo e esperar. Silena merecia viver muito mais.

The End


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, é isso aí! Gostaram? Não gostaram? Querem toddynho? Deixem reviews!