Ghost Of You escrita por Clara B Gomez Sousa


Capítulo 1
O1. Thats MY Fault?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem dessa história, é beeeem doida, beeeem maluca, beeeeem tudo, mas, enfim.
Enjoy :)



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Jason P.O.V.:

Ok, não vou mentir. Eu estava que nem um frango atrás daquele palco. Meus joelhos tremiam e minhas mãos suavam, e olha que eu nem ia me apresentar. Eu ia me declarar pra garota que cantava Magic lindamente, em seu traje roxo. Era uma espécie de maiô com brilhantes e uma calda, e salto alto prateado. Sofia Gomez era minha crush fazia muito tempo, e o babaca aqui não se declarava. Agora eu estava lá, na We Own The Night Tour, com a chance da minha vida, assim que ela saísse para trocar de roupa eu falaria com ela rapidamente. Não sei a reação dela, mas eu esperava que fosse boa. Eu e Sofia éramos ótimos amigos, quase irmãos, eu não queria estragar aquela amizade mesmo.

- It’s Magic! You kno-o-ow! Never believe is not so! – Eu ouvia Sofia cantar, sendo motivada por gritos sem fim dos seus dreamers. Ela havia lotado o Staples Center, em Los Angeles. Eu estava orgulhoso dela, da minha Sofy. Ela era linda, talentosa, fofa, humilde... Perfeita.

Eu observava de longe Sofia terminar a música, e, quando ela cantou o último verso, enquanto o baterista fazia uma virada na bateria, eu só vi alguém pular no palco não sei como, e avançar na minha Sofia. Ela gritou, e eu só ouvi o barulho de seu microfone caindo no chão. Corri para aonde eu pudesse ver o palco, e vi Sofia caída no chão, com os olhos abertos, arregalados, uma face assustada, a mão direita no peito. Olhei para o alguém que avançou nela, ele estava sendo segurado por um segurança, e minha respiração parou: o alguém estava segurando uma faca, que estava suja de sangue.

Ele a havia esfaqueado.

- SOFIA!!! – Eu gritei, assim que percebi o que acontecia. Todos estavam em choque, quem estava no palco estava assustado, um dos guitarristas correu até ela, e eu corri até Sofia também, me jogando ao lado dela. Assim que eu apareci, ouvi gritos da platéia, mas não me preocupei. Eu só tinha olhos para Sofia.

Eu observava de longe Sofia terminar a música, e, quando ela cantou o último verso, enquanto o baterista fazia uma virada na bateria, eu só vi alguém pular no palco não sei como, e avançar na minha Sofia. Ela gritou, e eu só ouvi o barulho de seu microfone caindo no chão. Corri para aonde eu pudesse ver o palco, e vi Sofia caída no chão, com os olhos abertos, arregalados, uma face assustada, a mão direita no peito. Olhei para o alguém que avançou nela, ele estava sendo segurado por um segurança, e minha respiração parou: o alguém estava segurando uma faca, que estava suja de sangue.

Ele a havia esfaqueado.

- SOFIA!!! – Eu gritei, assim que percebi o que acontecia. Todos estavam em choque, quem estava no palco estava assustado, um dos guitarristas correu até ela, e eu corri até Sofia também, me jogando ao lado dela. Assim que eu apareci, ouvi gritos da platéia, mas não me preocupei. Eu só tinha olhos para Sofia.

- S-Sofy... – Gaguejei. Ela olhou para mim. Sua roupa roxa estava suja de sangue no peito, longe do decote, mas, ela estava sangrando.

- Jas... – Ela gaguejou, sua voz fraca. – Jason...

- Sofia, Sofia... Por favor, por favor, fica aqui, fica aqui comigo!! – Eu implorei.

- Não... meu Deus... Eu não consigo... – Ela gaguejou. Sofia virou o rosto e encostou a bochecha no chão. Sangue desceu por sua boca. Eu tentei não sacudi-la, só chamar a atenção dela, chamando o nome dela com o guitarrista da banda, tentando fazê-la ficar consciente. Enquanto eu gritava para que Sofia não dormisse, eu lembrei de tudo num flash: como eu pedi (implorei) para Scooter para conhecê-la, quando tinha acabado de fazer 15 anos, quando nós viramos melhores amigos, quando eu me apaixonei, primeiro uma paixonite aguda, depois um amor platônico que encheu meu celular de fotos e músicas de Sofia Gomez & The Scene, e lotar meu quarto de pôsteres dela. Depois, eu tinha certeza: eu estava total e completamente apaixonado por aquela garota.

- Sofia, por favor... – Eu gaguejei.

- Eu te amo, Jason. – Ela disse. Abri a boca, e ela fechou os olhos.

- So... SOFY! SOFIA!! ACORDA! – Eu gritei, socando o chão.

- Socorro!! – O guitarrista (acho que se chama Ethan, ele nem está mais na banda) gritou. Vieram vários médicos e seguranças, e no meio deles, Kenny me pegou pelos braços e me afastou dali. Eu nem percebi, mas eu gritava o nome dela, chorando e tremendo.

- Jason, Jason, calma. – Ele me disse, assim que me levou para os backstages. Eu soluçava.

- Ela vai ficar bem? – Perguntei. – O que aconteceu?! Kenny, ela vai morrer?

- Eu não sei, Jason... – Kenny disse. – só se acalme. Ela é forte. Ela é muito forte.

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Foi muito apavorante ver Sofia ser colocada numa maca, seu corpo estava mole e sem vida, sua pele estava pálida, seus fãs gritavam em desespero ao ver a diva quase morta por causa de um hater que a esfaqueou em plena Magic. Não sei quantas facadas foram, mas, assim que Sofia foi erguida na maca, inconsciente, eu pude ver a poça enorme vermelho-sangue que brilhava sobre o chão preto do palco. Eu segui a maca aonde a minha garota (em pensamento) estava sendo levada, quase morta. Assim que os médicos a colocaram numa ambulância, Mandy, a mãe dela, entrou no carro, os paramédicos também, e a ambulância arrancou. Eu estava com Lenny quando vi o carro arrancar.

- Vamos! Vamos!! – Eu gritei a ele.

- O quê?! – Ele perguntou.

- Aonde está o meu carro?! – Eu perguntei.

– O quê? Você não vai pra lá agora! – Lenny disse.

Resultado? Nós fomos. Eu virei a noite acordado naquele hospital, na emergência, andando de um lado para o outro, totalmente assustado. Minha mãe e Scooter apareceram, mais alguns amigos de Sofia, inclusive Sara Lovato. Na verdade, ela foi a primeira a aparecer, exatamente quando fizeram meia hora que eu estava ali. Foi com ela que eu conversei por um tempo, quando minhas pernas já doíam de tanto andar em círculos, mais a tensão mas a exaustão das duas noites anteriores que eu passei sem dormir, enfim, eu estava esperando algum sinal de vida da mãe de Sofia. Assim que Sara entrou no corredor da emergência, ela me viu, sentado no chão. Chorando não. Eu estava arfando, um pouco suado, mas não estava chorando. Sara se sentou ao meu lado, tanto ela quanto um bando de gente viu o vídeo que já havia vazado de mim socorrendo Sofia com Ethan (sim, o guitarrista se chama Ethan, acabei de procurar no Google), em desespero.

Além do fato de qualquer um próximo a Sofia saber que os melhores amigos dela são eu e Sara.

- Oi. – Sara disse. – Alguém já sabe como...

- Não. – Eu respondi. – Ela e a Mandy estão lá dentro por horas.

- Foi assustador ver?

Assenti.

- Muito. – Eu disse. – Q-quer dizer... Era a Sofy... um hater esfaqueou ela... Eu estou com muito medo dela morrer, Sara... – Minha voz fraquejou. – Muito, muito medo mesmo.

- Todos estão, Jason... – Sara tentou me acalmar.

- Mas só eu estava apaixonado por ela... – Solucei. – E ia me declarar depois daquele show... Só eu.

Baixei a cabeça, e uma lágrima desceu.

- Eu devia ter contado antes... Agora ela pode morrer e não sabe de nada... – Daí que eu chorei mesmo. Por medo de nunca ter Sofia nos meus braços e poder chamá-la de shawty, brincar com ela dizendo que iria ver todo o meu swag... Só de pensar que eu poderia ter de vestir uma roupa totalmente escura para ir no velório da garota que eu amava, e depois vê-la num caixão, sendo enterrada... As lágrimas desceram junto com soluços, eu cobria o rosto, encolhido, sendo consolado por Sara. Eu acho que ela sabia o quão ruim era perder uma paixão: John Jonas a havia feito sentir do mesmo jeito que eu estava me sentindo, fazia pouco tempo.

- Jason... eu sinto muito mesmo... – Ela murmurava baixinho pra mim, e eu notei entre soluços que ela chorava também. – Mas... a Sofy é forte.

Eu ergui o olhar, e ela conteve o choro, passando os dedos por baixo dos meus olhos, limpando minhas lágrimas.

- Vamos, não chore, é de cortar o coração! – Sara me fez rir. Ela me chamava de baby face (cara de bebê) ás vezes. – Vamos, garoto, ergue o olhar, você é forte! E, a Sofy também. Ela vai acordar, ela vai ouvir você, por que, convenhamos, além de você ser quase irresistível com essa carinha de bebê, – Ela apertou minhas bochechas de leve, arrancando uma risada baixa de mim. – ela... Ela tem uma quedinha pelo Baby.

Meu olhar se iluminou de esperança imediatamente ao ouvir aquilo.

- O... O quê? – Perguntei.

- Ela gosta de você! – Sara disse. – Ela me contou que estava fissurada em “My Worlds: Acoustic”.

Eu ri.

- Meu Deus, essa... Essa é a melhor notícia do dia! Do dia, não, da semana! Do ano! – Soltei. Mas o momento descontraído sumiu quando ouvi um barulho do lado oposto ao que eu olhava, e, quando olhei para trás, vi Mandy sair de uma sala. Imediatamente eu e Sara corremos até ela, e chegamos quando o médico que falava com ela saiu.

- Como a Sofia está? – Sara perguntou. Dei uma cotovelada de leve em Sara: a mulher devia estar abalada. Notei que a mãe de Sofia (e minha ‘sogra’) tremia.

- Tia... – Sim, eu chamo a mãe de Sofia de “tia” desde que a conheci, problema?você está bem?

Apesar de ser óbvio que ela não estivesse nada bem, eu perguntei aquilo. Sara me olhou como se eu fosse louco. Mas eu “sabia” como lidar com aquilo; dois anos antes, antes mesmo de eu me mudar pra Atlanta, meus avós sofreram um acidente gravíssimo, quase morreram. Quando eu fui falar com minha mãe, quando cheguei no hospital (eu estava na escola e uma amiga da minha mãe foi me buscar, que estranho, dizendo que íamos encontrar minha mãe no hospital, e no caminho, eu soube do acidente) eu ia perguntar sobre como meus avós estavam, daí notei o estado dela.

Enfim, voltando. Mandy também me olhou como se fosse louco, mas cedeu ao choro e me abraçou bem forte. Eu e Sara. Mandy tinha um pouco mais que o meu tamanho, quase o mesmo tamanho que Sara. Sara era um pouco mais baixa que ela. Nós cedemos ao abraço, e só ouvimos os soluços da mulher ficarem mais altos. Em certa hora, Mandy riu, enquanto nos abraçava, em meio ao pranto. Se separou de nós dois, com um sorriso transparecendo.

- Ela gostava tanto de vocês... – Mandy disse. Com a conjugação passada do verbo, eu me apavorei. – Sofia dizia que vocês dois eram os melhores amigos que ela já teve. Ela tem outros amigos, claro, mas... Mas ela sempre fala mais de vocês dois... Ela está agora em coma profundo, claro que eu tenho esperança que ela volte à si, mas... Caso ela... – A voz dela falou, e ela soluçou. – Saibam que vocês dois são muito importantes para ela.

- E-ela está viva. Não está? – Perguntei.

- Sim, ela está. – Mandy disse.

- Então é isso que importa. – Eu disse. – Nunca diga nunca. Não é só esperança, é certeza de que ela vai acordar.

Mandy sorriu para mim, e ela me abraçou de novo.

Só um tempo depois eu fui descobrir o porquê de Sofia estar tão mal: ela recebeu três golpes à faca, dois atingiram o coração e o pulmão (é, ao mesmo tempo), e o outro rompeu a artéria aorta, que oxigena o corpo inteiro. É um lance meio de matéria de Biologia. Sofia ficou muito tempo perdendo sangue, sangue da artéria mais importante do corpo inteiro, o cérebro dela foi perdendo sangue e oxigênio, e, ela ficou literalmente a um fio de sofrer morte cerebral, conseguiram pô-la numa sala de cirurgia e operá-la para consertar o rompimento. Se demorassem mais dois minutos, Sofia teria morrido. E parte de mim teria morrido junto.

Ficamos eu, Sara e Mandy ali por um tempo, até que Sara perguntou se podia ver Sofia. Mandy disse que sim, e fez como se fosse guiar nós dois até o quarto. Eu ergui os braços.

- Não, eu... – Gaguejei. – Eu não sei se eu estou pronto...

Sara olhou para mim com um sorriso fraco, e seguiu Mandy. Baixei a cabeça logo que me vi sozinho ali, olhando para minhas mãos, que eu tamborilava nas coxas, mesmo estando de pé. Assim que eu me virei, eu vi um homem correndo pelo corredor. Em minha direção. Só quando eu ouvi um “Aonde está mi hija?!” com um tom desesperado e um sotaque espanhol forte, eu percebi quem era: Ricardo Joel Gomez, o pai de Sofia. Eu não o chamo de tio. Na verdade, depois daquele dia, eu passei a ter medo dele.

- Você! – Ele me reconheceu. Apontou pra mim como se eu fosse um criminoso. Quando ele estava a, tipo, três passos de mim, ele me atacou com um belo tapa no rosto, me fazendo voar para a esquerda. – Você, seu desgraçado!

Ele me atingiu com um soco, que me derrubou sentado.

- O que eu fiz?! – Perguntei. Ele me pegou pela gola da camisa e me fez ficar frente a frente com ele.

- Você, seu falso. Uma das suas... Uma das suas fãs atacou a minha filha por causa de você!

- P-por causa de mim? – Perguntei.

- Sim, por causa de você, seu desgraçado, falso! Uma garota quase matou mi hija por causa de um molequinho que nem você!

- O-o quê? – Eu gaguejei.

- A... pessoa que esfaqueou minha filha... Sua fã. Ela era uma das suas beliebers, disse que você “seria muito mais feliz se ela morresse”. – Ricardo me fuzilava com o olhar. Abri a boca, em choque. Uma belieber? Uma belieber esfaqueou minha Sofia? Uma fã minha esfaqueou a garota que eu amava e minha melhor amiga dizendo que eu seria feliz com a morte dela?

Eu sou o culpado disso tudo?



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Notas finais do capítulo

Ignorem o fato do Ethan ter o nome esquecido até certa parte da história, eu estava sem internet escrevendo e havia dado branco, e eu estou com preguiça de mudar .-.
Comentem!
>>>>PARA OS LEITORES ANTIGOS
Antes eu estava com uma crise de inferioridade e tals, queria deixar a história assim mesmo pra ser deletada, mas aí eu postei um capítulo novo depois de muito tempo e vocês continuaram comigo, e eu amei isso e quis continuar, por isso tive de mudar os nomes da Sel, Jus & cia para esses nomes! Amo vocês :)



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