Coletando Lembranças... escrita por Luangel


Capítulo 34
O encontro de gerações


Notas iniciais do capítulo

Oiê! ^^ Tudo bem com vocês minhas lindas cheirosas? ^-^ A titia voltou com o gás total, agradeço a todas q me deram tanto apoio e aki ta um cap prontinho!



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Ser tragada daquele jeito realmente não fora confortável, nem um pouco... Lucy sentia como o mundo estivesse acabando, sentia todos os átomos do seu corpo se revoltassem e em uma manobra suicida, começassem a se expandir dolorosa e freneticamente, a explodindo por dentro, como se ela fosse apenas um milho virando pipoca em meio ao universo que parecia recriar o big bang ao seu redor. Gritar não era o suficiente para demonstrar a sua dor dilacerante, chorar era inútil, pois nada aliviava, apenas alguns segundos se passaram nesse estado de tortura, mas a loira sentiu como se cada milésimo, eras se passavam e a sua dor penetrava no âmago de sua alma como a pedra que caia até o fundo do mais inóspito oceano.

Com a mesma rapidez que a dor viera, ela partira, abandonando a loira em uma bela campina. A Heartfilia se manteve quieta, tão quieta que quase parecia uma estátua, ou apenas parte da decoração natural da mãe natureza. Aquele descanso era merecido, era louvado e foi realmente aproveitado pela garota, que não teve pressa em abrir os seus olhos. Sentia uma grama macia fazendo cócegas em seu corpo, juntamente com uma brisa suave que a beijava calidamente, e que ao passar pelos galhos e folhas de arvores, as faziam farfalhar como risadas angelicais... Tudo naquele lugar parecia saudar a intrusa.

Quando abriu os olhos, a luz do Sol a fez fechá-los novamente. Ela se sentou, e o esforço que Lucy teve de fazer para isso, foi quase sobre-humano, a loira sentia como se toda a sua força tinha sido drenada, seus músculos tremiam, seus membros formigavam e sua cabeça parecia oca. Mesmo assim, a loira se levantou e começou a andar apoiando-se nas arvores, esperando que seja lá onde fosse o seu destino, que pelamor de Deus, fosse perto...

Quando a mesma viu o primeiro dragão cruzar graciosa e majestosamente o céu azul, quase que morreu de susto, mas logo se lembrou de onde estava e quem procurava e ignorou seus sustos idiotas. Enquanto andava, aquela paisagem paradisíaca e isolada foi mostrando algum sinal de vida, de longe, Lucy ouvira sons de risada, que pareciam ecoar pela floresta. Curiosa, a loira seguiu o som angelical e quando se deu por si, estava diante de uma encantadora cachoeira onde havia duas mulheres se banhando.

As duas mulheres riam e brincavam com a água como duas crianças, e a Heartfilia ficara olhando para aquela cena, perplexa. As duas mulheres não pareciam humanas, claro, tinham traços humanos e femininos, mas o que as tornavam diferentes é que nenhuma das duas parecia ser real... As duas eram fantasmagóricas, tendo uma aura brilhante ao seu redor como se a luz do Sol fosse refletida em sua pele leitosa e transparente, aquilo era tão curioso que a água e as pedras atrás delas podia ser vistos através da pele de ambas como se fossem apenas ilusões de ótica.

Ao verem a garota, as duas desconhecidas a encararam com um misto de terror e medo, e como ninfas gregas, fugiram magicamente, uma delas se transformou em água e correu juntamente que a cachoeira, enquanto a outra se transformou num pássaro que voou para longe. Lucy correra para a água balbuciando coisas ridículas, tentando mantê-las ali, sem sucesso. Vendo o fracasso, a loira continuou a sua caminhada, encontrando adiante, outras damas igualmente belas e fantasmagóricas e logo achou que todas fugiriam como as anteriores, mas não, apesar de estarem com os olhos arregalados e temerosos, as mulheres se aproximaram de Lucy, como se a loira fosse a estranha ali no meio.

Elas conversavam com Lucy, suas vozes saiam pelo vento, indecisas e decaindo em vários tons, não deixando que a Heartfilia entendesse o que diziam. Elas cercaram a intrusa, estendendo os braços para agarrá-la, não de modo violento e sim como se estivessem impressionadas, preocupadas a fim de lhe falar alguma coisa, sem sucesso. De súbito, um dragão pousou a poucos metros diante delas. A garota estremeceu ao reconhecer a majestade que pulsava de Igneel a sua frente. O dragão a olhou como se estivesse vendo a sua alma, e aquilo era tão desconfortável que ela sentia vontade de sumir.

De cima do dragão, duas figuras saltaram de encontro ao chão e uma delas veio correndo em sua direção. O coração de Lucy descompassou ao reconhecer aquela que corria na sua direção... Layla já se entregava às lágrimas, mas não deixava que as mesmas estragassem o seu sorriso aberto. Quando as duas se abraçaram, foi como se os dois corações estivesse sintonizados, as duas almas em um encontro profundo e enraizado na saudade de ambas. Layla era como as mulheres que havia ali, era incorpórea e envolta de ilusão, mas o brilho dos olhos continuava amável e seu toque, morno e carinhoso como o colo de uma mãe.

Lucy abriu e fechou a boca inúmeras vezes, mas nenhuma palavra saída de seus lábios trêmulos de emoção, céus, havia tanta coisa a ser dita, tantas palavras engolidas, tantas cartas sem serem enviadas, e agora tudo aquilo que fora guardado em seu peito durante tanto tempo parecia ter sido enterrado de sua alma, soando distante e perdido, como se não tivesse nenhum significado agora. Logo, Ismália apareceu, caminhando até chegar ao lado de ambas, olhando para a loira como se fosse uma pedra preciosa rara, com os olhos brilhando, vendo na sua frente, a única neta, objeto de seu amor.

—Vovó...—Murmurou a Heartfilia mais nova, hesitante em ver a Rainha dos Espíritos na sua frente, estranhando chamar uma mulher de aparência jovial de “Vovó”, mas a morena, ao ouvir aquilo, sorriu abertamente para a neta.

—Por que você está aqui, minha pequena?— Perguntou Ismália, em um tom penoso.

—Vim para libertar vocês!—Exclamou a garota, enxugando as lágrimas com as costas das mãos.

—Nós não estamos presas...—Respondeu Ismália, com um sereno sorriso em sua face angelical.

—Não é justo a existência desse portal e é muito menos justo que o nosso destino seja regulado por ele! Vocês não precisavam morrer...—Gritou Lucy, indignada.

—Todas as pessoas morrem um dia, Lucy, é o ciclo da vida, de todos...—Explicou a mais velha de todas, com um ar de sabedoria inquestionável.

—Mas Cacius me disse que-

—O que?!—Exclamou Layla a interrompendo bruscamente.

Lucy demorou um pouco a responder, sentindo como se tivesse dito alguma coisa de errada. Foi só pronunciar o nome de Cacius que o ambiente pareceu mudar, todo o ar de amabilidade e nostalgia, se tornou tensa e receosa.

—Você estava com Cacius?!...—Sussurrou a mãe de Lucy, falando lentamente cada palavra, como se estivesse tentando drenar a sua cólera, sem muito sucesso.

A garota se assustou ao ver que sua mãe conhecia seu mestre, mas se assustou mais ainda por saber que sua adorável mãe era capaz de nutrir um ódio tão profundo pelo homem que até ao pronunciar o seu nome, o cuspia como se tivesse veneno.

Ismália tocou o ombro de sua filha, a lembrando que agora, remoer o passado não ajudaria a evitar a desgraça que estava para acontecer.

—Eu não contei a ela o monstro que Cacius é, acredito que você tenha esse direito...—Murmurou a mais velha, se afastando para junto de Igneel, deixando as duas sozinhas.

Layla respirou fundo e disse com uma voz controlada:

—Eu irei abrir os seus olhos sobre Cacius.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que vocês acharam o/? Mereço reviews ;-)? Recomendações ;-D? Ou Tomates T.T? Bem, o q vcs acham q vai rolar?
:*



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