– Percy, vem aqui comigo. – Chamou Gui subindo as escadas da Toca.

Ele entrou no quarto onde Vic e Domi estavam dormindo, fechou a porta e encarou o irmão de frente.

– O que foi Percy? O que há de errado? Você anda muito estranho esses dias. Desde que Domi nasceu.

– Não é nada Gui. – Disse Percy, ficando emburrado e indo em direção a porta.

– Não vai sair não. – Disse Gui entrando na frente do irmão. –E não vem me dizer que tem nada errado porque eu sei que tem. O que é?

– Não é da sua conta. Agora saí da frente. – Retrucou Percy bravo.

– É claro que é da minha conta. Eu não esqueci o que você fez. E eu não to a fim de ver o pai e a mão tristes por causa de você de novo. – Disse Gui se recusando a sair da frente da porta.

– Não precisa me lembrar disso. Eu sei que agi errado. Já pedi desculpas. Não vou mais duvidar da família, se é isso que você acha. Agora dá licença. – Disse Percy tentando passar pelo irmão.

– É bom ouvir isso. Mas não é só isso que me preocupa. Você sempre foi quieto. Mas já faz um tempo que você está ainda mais quieto que o normal. O que é? – Exigiu Gui.

Percy ficou um tempo parado olhando para o irmão. Depois de uns dois minutos ele resmungou. – Audrey.

– O que tem ela? – Perguntou Gui mudando a expressão de preocupado para curioso.

– Ela quer casar! – Resmungou Precy. – Ela disse que ou a gente se casa logo ou ela vai partir para outra. Ela não entende. Como ela quer casar, sem que tenhamos uma situação financeira estável. Eu nem tenho uma casa ainda, você sabe que eu morro de aluguel. Sem contar que se a gente cassar, logo vem filhos, e aí as coisas vão ser ainda mais difíceis. Eu amo o pai e a mão, mas eu quero ter uma situação financeira boa para ter filho. Se fazermos tudo com presa, não vai dar certo. Só que eu não quero perder a Audrey. E eu sei que ela estava falando sério. Ela fala que eu me penso demais, que me preocupo demais. Além disso tem a mãe. Ela não gosta da Audrey. Não quero chatear a mãe. Eu não sei o que fazer. – Desabafou.

– Ok. – Disse Gui pasmo. O que quer que fosse isso era a ultima coisa que ele esperava. – Primeiro, se você se preocupar com quem a mãe vai gostar ou não para você se casar, você não vai se casar nunca.

– Ela gosta da Fleur, da Hermione, do Harry e até da Angelina. – Retrucou Percy.

– Ela só passou a gostar da Fleur depois que eu fui atacado por Geyblak, e Fleur não se importou. Foi quando ela entendeu que Fleur realmente gostava de mim. E as coisas melhoraram depois que a Fleur deu uma neta para ela. –Apontou Gui.

– Quanto a Angelina, ela gosta porque ela sabe que foi a Angelina que ajudou e muito a tirar o George da depreção que ele ficou quando... você sabe. – Disse Gui sem conseguir disser o que havia acontecido com Fred. Podia já fazer mais de três anos, mas a dor ainda era presente. – O Harry ela gosta desde que o conheceu. Ela sempre achou ele prefeito para Gina. Talvez pelo fato que ela conseguiu meio que ‘adotar’ ele para ela.

– Hermione... bem ela eu não sei, mas talvez seja o fato dela conhecer ela a um bom tempo. – Disse Gui pensativo. – Agora a Audrey, faz pouco tempo que ela a conhece. E ela vem pouco aqui. A mãe deve achar que ela quer tirar você dela. Você conhece a mãe. Quer todos nós debaixo da asa dela. Ela só vai aceitar a Audrey, quando ela não tiver mais escolha.

– Você tem razão. – Resmungou Percy.

– Agora quanto a sua situação financeira. Até onde eu saiba ela não é tão ruim como você diz. Se você for esperar ser rico para se casar, você não vai se casar nunca. – Apontou Gui. – Quanto a filhos, vocês não precisam ter eles logo depois de casar. Podem muito bem esperar alguns anos para isso.

– Mas e se ela não quiser esperar? – Retrucou Percy.

– Francamente Percy. – Bufou Gui. – A Audrey não é burra. Ela só está te pressionando porque ela sabe que suas desculpas são furadas. Duvido que ela vai querer ter um filho enquanto vocês não tiverem uma boa situação financeira. Ela pensa nesse tipo de coisa quase tanto quanto você.

Precy ficou um tempo pensando no que o irmão havia dito.

– Você está certo. – Resmungou Percy. – Eu vou pedir ela em casamento. Tenho que marcar um almoço... Mas aonde? Nossa família é enorme. E tem que ser em um bom restaurante.

Gui riu do irmão. – Percy, você não precisa ser formal para isso. – Gui vendo que o irmão ia protestar continuou. – Não precisa ser a família inteira. Se você quer que seja num restaurante, chame apenas os nossos pais e os pais dela.

– É deve funcionar. – Disse Percy pensativo. – Mas eu tenho que achar um bom restaurante. E comprar um anel. Arrumar uma desculpa para levar todos lá. E...

Gui vendo que o irmão estava melhor saiu do quarto deixando Percy planejando o ‘grande’ dia.

– Com licença. – Disse Percy se levantando – Sr. McGovel, eu gostaria de pedir a mão de sua filha em casamento.

Todos ficaram um tempo perdidos, dado que ninguém esperava por isso. Bem, pelo menos não de uma forma tão formal como Percy fez questão de entoar.

– Me desculpe mas quem tem que decidir isso é a minha filha, não eu. – Disse o Sr. McGovel tentando segurar uma risada, e olhando para a filha.

– Claro! – Disse Percy, mas não tão certo assim. – Então Audrey McGovel aceita se casar comigo.

– É claro que sim. – Respondeu Audrey rindo da formalidade do namorado, mas ao mesmo tempo gostando do jeito que o namorado se esforçava para ser formal.

Com isso Percy sorrindo foi até a frente dela, se ajoelhou, pegou o anel que ela havia comprado e colocou no dedo dela. Audrey em contrapartida se limitou em puxar ele para cima e dar um beijo nele.

– Audrey! – Resmungou um Precy vermelho. – Nossos pais estão aqui.