A Complicated Love escrita por Gabiih Levi


Capítulo 9
Praia (Parte I)


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeeeeee!
Não me matem, eu sei que demorei, e ainda por cima tive que dividir o capítulo em dois, mas toda essa demora tem um mottivo bem plausível:
Vou me casaaaaaar! Pois é, vou me casar daqui a 18 dias e não tenho tido muito tempo pra postar, e talvez tenha que dar uma pequena pausa nos posts!
Mas isso ainda não é certo. Se eu conseguir conciliar eu continuo.
Fiquem com mais um capítulo, e lá em baixo eu quero fazer uma pergunta pra vcs!
Beijos e boa leitura! =)



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Mellissa:

A semana passou depressa e o tão esperado sábado chegou juntamente com o aniversário de Chester. O dia estava bonito, seria um dia perfeito na praia, Mike estava na dispensa pegando o cooler e enchendo de gelo e refrigerantes que havia comprado na noite anterior, ele estava animado, acordou mais cedo, tomou banho e se vestiu bem despojadamente: camiseta branca, bermuda de tactel azul e chinelos. Eu estava preparando nossas bolsas e mexendo em umas roupas dele, encontrei um papel com nome e telefone, era daquela amiga que eu havia conhecido na locadora, Gabrielle Anderson. Fiquei apreensiva, o ciúme tomou conta de mim, a primeira coisa que eu fiz foi tacar o abajur na parede e gritar. Em menos de 10 segundos Mike chegou na porta do quarto apavorado:

MK: O que foi? O que está acontecendo? Você está chorando Mel? – disse alterado

M: E-Eu estava arrumando e, e... o abajur caiu e eu... eu – disse nervosa

MK: Amor, tudo bem. A gente compra outro. Vou pegar a vassoura e limpar tudo pra você, não precisa chorar, eu volto já. – saindo.

Sentei na cama e respirei fundo, não posso continuar com essas crises, como o Brad me disse isso vai revelar minha culpa. Fui até o closet e peguei duas toalhas de praia e continuei a arrumar as coisas. Já estava quase tudo arrumado: Protetor solar, toalhas, cangas, roupas para Mike e uma saída de praia pra mim.

Mike retornou ao nosso quarto com uma vassoura e uma pazinha de lixo, estava tirando os cacos do abajur do chão, seu olhar era de preocupação, me mantive em silêncio mas não demorou muito para que ele o quebrasse.

MK: Por que você está tão nervosa? – perguntou sem me olhar.

M: Não sei, amor. Deve ser o meu ciclo. – disse enquanto colocava as coisas dentro da bolsa.

MK: Isso é impossível, eu conheço seu ciclo menstrual melhor que você, você sempre foi regulada, e fazemos tabelinha desde que começamos a namorar, sua menstruação veio semana passada. Seja lá qual for, esse não é o motivo. – parou de varrer e sentou-se na cama me encarando. – Me diz vida, por que você está tão estressada?

M: Eu to preocupada com tudo. A banda, as gravações, o prazo que a maluca da Juliet estipulou, tudo isso está me estressando. – Mike me olhava com doçura, o que me fez derramar algumas lágrimas. – Não me olhe assim. – corando pelo olhar dele.

MK: Mel, vem cá. – me puxou para seu colo. – Fica calma, se toda vez que tivermos um prazo apertado você ficar assim, vou ter que te demitir. – rindo.

M: Você não faria isso, faria? – assustada.

MK: Claro que não, sua boba. Só estou dizendo pra você relaxar, vamos conseguir. Seu marido é muito competente, e um ótimo compositor! – se gabando. – Não, é sério. Vai dar tudo certo, e esse álbum vai ser bem polêmico, agora vai por seu biquíni e terminar de se arrumar, use o dia de hoje pra relaxar e esquecer tudo isso, afinal é o ultimo dia das nossas férias.

M: E aniversário do Chester. Já ligou pra ele? – disse saindo de seu colo.

MK: Não, a gente vai se encontrar mesmo. Dou os parabéns na praia.

M: Não é isso, Mike. Ele não ia conosco?

MK: Não, ele vai na minivan da banda, é muita criança pra levar. – rindo e levantando da cama. – Nós vamos de moto. Te espero na sala.

M: De moto? E as bebidas? Como vamos levar o cooler na moto, Mike? – falei rindo e ele respondeu da escada.

MK: Não se preocupe, Rob vai passar aqui para pegar, ele ligou e já está chegando.

Chester:

Acordei bem, porém me sentindo triste, meu divorcio ainda é recente e sempre passava meu aniversário com minhas ex. Mesmo estando casado com a Talinda, Elka e Sam sempre vinham jantar conosco ou preparavam uma festa para mim, mas dessa vez vou passar com meus filhos e com a banda, e é claro com a Mel.

Tomei um banho rápido, o dia estava quente então coloquei roupas leves, camiseta vermelha, bermuda branca com estampas vermelhas e chinelos, fiz minha mochila e fui até a casa da Talinda buscar meus filhos, peguei a minivan da banda e dirigi devagar, curtindo a brisa. Estacionei em frente a minha antiga casa, era aqui que morávamos quando a Tali engravidou e nos casamos. Uma casa clara, não muito grande, mas espaçosa com grandes janelas de madeira na frente e uma moderna porta branca, era toda térrea, tinha um deck com churrasqueira na parte de trás, e uma piscina em formato de feijão, não muito funda. Meus garotos adoram aquela piscina. Fiquei olhando a casa por um tempo, mas tinha que pegar as crianças. Me aproximei da porta, mas a mesma estava apenas encostada o que me assustou, Talinda sempre foi neurótica com portas, nunca deixava destrancada, ainda mais encostada. Abri com cuidado e entrei, mas a sala estava vazia, tudo parecia em ordem, resolvi chamar por ela, mas não obtive resposta, aquilo estava me preocupando, então fui até a cozinha, mas quase tive um ataque cardíaco: Assim que entrei, Talinda, Elka e Samantha me receberam com um sonoro “surpresa!” e fui agarrado por quatro pirralhos desvairados.

C: Qual é pessoal, querem me matar de susto?! – disse enquanto me recuperava.

T: Eu sabia que deixar a porta entreaberta ia te assustar. – disse vindo em minha direção e me abraçando. – Parabéns, Chaz! Feliz aniversário.

C: É, me assustou mesmo! Obrigada, meninas! O melhor presente de aniversario vocês já me deram pra vida toda, que são esses pestinhas aqui. – agachei e fui agarrado pelos meus filhos.

TY: Não somos pestinhas, você é que ta ficando velho, papai! – rindo.

T: Tyler Lee, não fale assim com seu pai. – falou séria.

C: Relaxa, Tali. Ele ta certo! Não é todo dia que se faz 34 anos. – sorri, pisquei e me levantei. – E você Sam, não vai me dar um abraço?

S: Vou fazer melhor. – se aproximou e me deu um selinho. – Feliz aniversário Chazzy!

C: Ainda usa o mesmo gloss grudento, eca! – limpando a boca.

S: Sempre! Só pra te irritar – rindo.

Olhei pra Elka que ria de toda a situação e fui até ela.

C: E você branquela? Não vai me cumprimentar? – ela me abraçou rindo.

E: Claro que vou, seu bobo! Feliz aniversário, Abigail queria vir, mas está com gripe e não pode, mas pediu pra te dar isso. – me entregou um envelope com o desenho que a filha dela havia feito para mim. No desenho estávamos eu, Elka, o pai de Abigail, Jaime e Isaiah.

C: Obrigada! Essa garotinha é uma fofa. Melhoras pra ela. – passei a mão em sua barriga. – E esse bebezinho hein? Como está?

E: Crescendo, é outra menina!

C: Parabéns mamãe! Que nasça saudável, e linda como a mãe. – beijei sua bochecha. – E aí cambada? Prontos para irem pra praia?

JA: Pai, o Rob vai? – Jaime me perguntou olhando para Isaiah.

C: Vai sim, Jaime. Por quê?

I: Porque no aniversário do tio Joe ele prometeu que ia nos ensinar a surfar, podemos levar sua prancha que está aqui? – disse dando pulinhos.

C: Já pediram permissão a mãe de vocês? – olhei para Elka que estava apreensiva.

JA, I: Deixa, mãe? – implorando.

E: Olha, não sei não! E se acontece alguma coisa? O mar pode estar batendo muito e vocês podem perder o controle... – ela começou a se desesperar.

C: Elka, acalme-se! Eles estarão comigo, nunca deixaria nada disso acontecer. E o Rob é um ótimo surfista, fique tranqüila, não vai acontecer nada e eles vão obedecer a mim e ao Rob, não é meninos?

JA, I: Sim! Podemos? – disseram em uníssono com as mãos juntas.

E: Já que é assim, tudo bem!

JA, I: Eba! – saíram correndo para pegar a prancha.

C: E vocês, peguem suas coisas e já pro carro! Vamos pra praia. – disse a Draven e Tyler.

S: Bem, eles estão em suas mãos. Deixe o Draven domingo à noite na minha mãe, vou ter um jantar importante e pego ele lá assim que acabar. – me beijou e saiu. – Até logo seu doido, e parabéns de novo. Tchau Tali.

T: Tchau, Sam. Até mais.

C: Tchau, Sam. Pode deixar que eu deixo ele lá.

E: Também já vou indo. Tenho consulta agora e o consultório só funciona até o meio-dia. – beijou Talinda e veio em minha direção. – Olho nos meninos! Parabéns, Bennington.

C: Obrigada, pode deixar.

I: Pai, já pegamos a prancha, podemos ir? – Isaiah entrou na cozinha correndo.

C: Vai pro carro e ajuda seu irmão a amarrar a prancha no bagageiro em cima da van, já estou indo.

I: Tá. – saiu correndo.

Talinda sentou-se no balcão e me olhou sorrindo, senti saudades de quando éramos casados, minha carreira atrapalhou nosso relacionamento, o ciúme, a distância, o estresse, a imprensa, os paparazzi, foi muita pressão para ela, ela não tinha liberdade de levar nem o Tyler pra escolinha. Mas eu amei aquela mulher, e ela me deu um filho lindo. Me sentei ao lado dela e segurei sua mão entre as minhas.

C: Obrigada pela surpresa, foi bom ter parte dos velhos tempos de volta. Sinto saudades disso.

T: Você merece, Chester. É um homem maravilhoso, seus filhos te amam e nós também. Nossa ligação com você é eterna, e sagrada pra mim. – sorriu docemente.

C: Pra mim também Tali, pra mim também. – depositei um beijo em sua testa e a puxei para um abraço. – Você ainda me ama? Quer dizer... como antes? Como quando éramos casados?

T: Chaz, acho que não é o momento... – ela desceu do balcão e foi até a janela da cozinha.

C: Só te fiz uma pergunta e gostaria que me respondesse com sinceridade: Você ainda me ama como antes?  - me aproximei dela e toquei seus ombros.

 T: Eu nunca deixei de te amar, Chester. Você é o homem da minha vida, mas não daria certo! Eu nunca me acostumaria com a fama, os holofotes, as mulheres te agarrando. Essa vida não é pra mim e eu não quero criar meu filho nesse meio. – me olhou com lágrimas nos olhos. – Seria como pedir pra você escolher: Ou o Linkin Park ou eu. Não seria justo, a banda é a sua vida e eu não tenho o direito de pedir que renuncie ao que você mais ama por mim.

C: Você é uma mulher incrível, sabia? – disse abraçando-a. – Eu sempre vou te amar Talinda, sempre. – nos entregamos ao choro. Neste momento tive uma grande idéia. – Posso te pedir uma coisa?

T: Pode, claro. – saiu do abraço limpando as lágrimas.

C: Vem conosco pra praia?

T: Chester, não sei se devo. – disse sem graça.

C: Por favor, os caras vão gostar de te ver, principalmente o Mike e a Mel. Vamos, Tali. Por favor? Seria meu presente de aniversário! – implorando.

T: Está parecendo seus filhos, Charlie. – sorriu lindamente.

C: Adorava quando me chamava de Charlie, o Mike me chama assim quando quer me provocar. – ri. – E então, vamos?

T: Tá, ta! Eu vou. Vou me arrumar e já volto. – riu e foi em direção ao nosso antigo quarto.

Mike:   

Estava muito quente e eu não queria ir de carro para curtir o vento morno que nos envolvia enquanto a moto ganhava velocidade. Era prazerosa a sensação de liberdade que eu tinha naquela moto. Eu ria das reclamações de Mel sobre o cabelo, e sobre o capacete ser quente.

Além de gostar de sair de moto, o transito de L.A estava um caos e era mais fácil e rápido chegar à praia de moto.

Sempre que íamos à praia, íamos àquela praia. Pode parecer estranho, mas ninguém freqüenta essa praia. É meio esquisito pensar que em Los Angeles, num sábado ensolarado possa haver alguma praia deserta, mas existe. A maioria das pessoas que freqüenta a praia por aqui o faz para praticar algum esporte radical aquático, ou coisas do tipo, mas essa praia não dá para fazer isso porque o mar é quase uma piscina, não tem ondas nesse lado da costa, por isso essa praia fica tão vazia.

Quando chegamos, já estavam quase todos lá, só faltava o ilustre aniversariante, claro. Ele devia estar todo enrolado com tantos filhos pra olhar. Estacionei a moto e fomos para a areia.

Phoenix e Brad estavam cuidando de armar a churrasqueira na areia, Joe estava atracado com Heidi numa arvore, passei por eles rindo, Rob, como sempre estava pegando onda, Regan e Jonah bricavam de correr da espuma do mar, Linsey e Elisa, ainda vestidas, arrumavam cadeiras e cangas um pouco perto de onde os caras estavam, Mel foi até elas para ajudar e eu fui falar com os churrasqueiros.

MK: Hey, guys! – batendo nas costas deles.

PH: E aí, meu parceiro? Tudo numa Nice? – Phoenix estava sem camisa, de boné pra trás e bermuda de tactel, estava parecendo um “mano” da periferia.

B: Oi Mike, não liga pro Dave, ele ta nessa de “mano” agora! – rindo e tentando acender o fogo da churrasqueira.

MK: Eu não ligo mesmo, mas cadê o outro maluco? – disse pegando uma cerveja no cooler que estava ali perto.

PH: Tá chegando, ele me ligou pra dizer que a Talinda vem também. – sorriu malicioso.

MK: Aí tem, hein! Haha! – rindo.

B: E como tem! –gargalhando. – O Chaz não dá ponto sem nó.

PH: Vai rolar um flashback! Tchu Tcha Tcha tchu tchu tcha! – fez um ritmo com a boca que me lembrou funk carioca.

Todos rimos da cena até que ouvimos gritos de crianças, o que anunciava a chegada de Chester e companhia.

Mellissa:

Estava conversando com Elisa e Linsey quando Chester chegou, e pra minha surpresa ele estava acompanhado. Talinda estava ótima, sempre a achei uma mulher deslumbrante e de muita classe, e ela permanecia assim. Eles eram bons amigos, mesmo depois do divócio, mantinham uma relação amigável, não só por eles, mas pelo filho: Tyler.

Chester e Talinda se aproximaram de Brad e Dave. Ela os cumprimentou rápidamente e veio em nossa direção:

T: Olá, meninas! – disse sorindo animada.

L: Nossa! Quem é vivo sempre aparece! – levantou-se e a abraçou.

T: Pois é, o Chaz me convidou e eu não pude recusar. É aniversário dele e além disso eu estava com saudade de todos vocês. – abraçou Elisa e veio falar comigo. – Oi, Mel! – sorrindo.

M: Oi Tali, é bom te ver, você está linda! – abracei-a. Talinda e eu sempre fomos boas amigas desde que nos conhecemos, mas quando ela e Chester se separaram, perdemos o contato.

T: É bom te ver também, você que está linda!

Continua...                                                                                                                     


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham de eu fazer a segunda temporada da fic? Eu sei que a história não andou muito, mas a segunda temporada seria tipo "Entrevista com Vampiro" e a Mel contaria como conheceu o Mike, como se encantou pelo Chaz, me digam o que vocês acham, tá! Beijoooo!