O Segredo De Avalon escrita por Camila Lacerda


Capítulo 7
Capítulo VII




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Ao entrar na sala ela vistou o irmão sentado num canto roendo as unhas.

- Ei. Para! – ela segurou as mãos babadas do irmão e o fez parar, o garoto fez cara de emburrado, mas parou – Você não vai pro teste não? É agora. James acabou de descer.

O menino não respondeu. Então ela sentou ao lado dele.

- Sério que vai fugir agora? Bem agora? – Nina o encarava

- E se eu não conseguir? – ele finalmente olhou para ela

- Você tenta de novo, e de novo, e de novo. Quantas vezes quiser se for isso que quer fazer mesmo. – a garota bagunçou os cabelos do irmão.

- Para. Eu não gosto disso. – ele ralhou e os dois ficaram em silêncio.

- Olha, eu to indo. Se quiser tem gente esperando pra ver o seu talento.. – ela se levantou e antes de partir deu sua cartada final – E eu to dizendo isso porque a Lily ta esperando pra te ver. Porque ela acredita em você.

Assim ela saiu da Sala Comunal, deixou seu material no quarto, colocou seu ovo que estava em uma cestinha feita pelo próprio Hagrid na cabiceira da cama e voltou, queria ver quem seria os jogadores. Queria também dar umas risadas dos vexames que alguns passariam, e quando chegou à Sala Comunal viu que seu irmão não estava mais lá. Ela desceu correndo, pulou vários degraus, esbarrou em vários alunos, ignorou xingamentos, mas correu o mais rápido que pode.

Até sair do castelo e chegou a quase voar quando estava a caminho do Campo.

Chegando lá viu que um aluno, provavelmente do terceiro ano que estava voando na frente dos três aros enquanto todos do time jogavam e todos marcaram gols.

- Obrigado! Está dispensado.. – ouvia-se a voz de James ao longe, ele não parecia nada satisfeito – Bruce Carter..

Enquanto arrumava um lugar na arquibancada ela viu o time sobrevoando em vassouras.  Fred Weasley II e Keiran Powell eram os batedores, já  Joanne Thomas , a única mulher, era a artilheira do time.

Depois dessa pequena observação, ela focou-se no garoto que não deveria ser tão novo, mas não tinha tanta segurança em cima da vassoura. Ele parecia ter no máximo uns 13 anos.

- Comecem! – James gritou e Fred, Keiran e Joanne começaram a atacar as bolas vermelhas, os goles, no garoto. Ele defendeu algumas, mas não foi tão bem assim.

Uma garota quartanista foi até bem melhor que os outros três meninos se inscreveram para o lugar de goleiro. Até que o Potter gritou:

- Alguém mais?

- Eu! – a Treeger reconheceu aquela voz de longe. Era a sua dupla.

- Elliot Ackerley... – James disse com muito desprazer.

O garoto voou até os aros e defendeu todos os goles. Foi impressionante. Ele deu um show, ensinou a todos como um goleiro deveria agir, até nos arremessos mais difíceis! Como? Por que ele escondera sua habilidade todos esses anos?!

- Muito bem. Peço que fique ai mesmo Elliot já que foi o melhor em seu teste e vamos usa-lo para o teste os artilheiros... – dava pra perceber que James estava se obrigando a dizer aquilo.

- Sem problema. – o garoto sorriu e duas garotinhas que assistiam suspiraram. Ele tinha esse efeito na maioria das garotas e até em alguns garotos.

- Então.. Hugo Weasley.

De longe se pode ver o cabelo ruivo do garoto, seu corpo pequeno e muito magro, parecia que poderia quebrar ao mais leve toque. Ele pegou a vassoura e começou a jogar, mas infelizmente não fez nenhum gol.

- Parabéns Hugo e obrigado. – James respondeu ao primo - Agora.. Ethan Treeger.

O coração da garota disparou. Será que ele estava ali? Ela olhou para os lados e para baixo e não viu nada, alé um ponto preto surgiu de repente em seu campo de visão. Era o irmão.

Keiran passou algumas bolas para ele e eles também trabalharam o passe, a posse do gole, o garotinho até que era bom e quase conseguiu fazer um gol no golerio imbatível.

- Obrigado Ethan. – James sorriu e fez um sinal de apoio – Bem.. Chloe.. Chloe Quirke

A garota da cabeleira loira subiu devagar e sorriu para Elliot. Pois é, parecia que eles estavam namorando mesmo. Ou ela era de flertar com todo mundo?

- Talvez eu deixe você passar alguma, amor. – ele sorriu

- Eu não vou precisar da sua ajuda. – a garota se virou e pegou o gole da mão de Joane e fez uma manobra incrível no campo então marcou o gol. Depois desceu e saiu do campo.

- Ela é assim mesmo.. – James disse – Bem, Amanda Wilson.

A morena fez outra jogada também diferente, o gole bateu na trave, depois delas ninguém conseguiu fazer nada de especial para entrar no time. Às 4 horas James avisou:

- Está encerrado. Amanhã vocês terão os resultados. – e desceu da sua vassoura para pisar em terra firme. James parecia sério e pensativo, como se estivesse a milhas e milhas dali.

Nina saiu e foi para o Castelo, tinha muito dever para fazer antes do jantar.

Sentada na biblioteca, com seu mais novo bichinho –O Ovo- ela estava fazendo seu trabalho para entregar segunda ao Professor Jenkins. Estava contando sobre seus sonhos, que na verdade eram pesadelos. Com pessoas que ela não conhecia, em lugares estranhos. E sempre com a mesma mulher. E ela queria buscar ajuda, mas não sabia como... Talvez alguém  como Professor de Defesa podesse ajuda-la. Porque o que ela mais queria era que isso parasse.

Algumas mesas de distância estavam Alvo e Rose. Ela fazendo seu trabalho de Runas e ele o de Defesa Contra a Arte das Trevas.

- Sobre o que você fez mesmo? – ele perguntou

- Sobre os métodos do outro Professor, sobre todos os Professores marcantes de Defesa Contra a Arte das Trevas que Hogwarts já teve.. – ela dizia enquanto não parava de escrever.

- Falou de Severo Snape e sua obsessão por esse cargo? – Alvo murmurou

- Não... – ela respondeu calmamente. Alvo sempre teve uma pequena obsessão sobre esse Professor, o qual ele levava o nome.

- Escreveu sim. Eu sei que escreveu. – ele a encarou

- Ah, Alvo não venha descontar a sua raiva em mim. Se ta bravo vai se resolver logo com a sua namoradinha... – Rose revirou os olhos, já estava cansada daquele mau humor de Alvo desde manhã ele estava assim.

- Ela não é minha namorada... – ele restrucou

- Ela beijou você! – Rose tinha tido isso alto demais – Tudo bem, você beijou ela e ela lhe correspondeu, não te deu um fora na hora, nem deu um tapa na sua cara como eu teria feito, por que você foi muito folgado sabia? – o primo ria baixinho – Agora fica ai nesse mau humor você sabe que ela gosta de você.

- Não sei não, porque a única pessoa que poderia falar com ela sobre esse assunto não esta me ajudando! – ele ralhou.

- Alvo. – ela fechou seu livro bruscamente, o que fez a bibliotecária mandar que o silêncio permanecesse no recinto – Vire homem e comece a correr atras do que você quer, porque senão outra pessoa vai rouba-la de você.

A Weasley passou o braço em seus livros e saiu marchando. Estava se cansando dessa conversa mole do primo. Ele gostava da menina desde que chegara aqui, desde que a vira no trem, desde que colocara os pés nesse colégio e nunca fizera nada para demonstrar. Ficava apenas feliz quando conversavam e muito mal quando descobria que ela estava namorando alguém.

E ao ver a prima partir, ele viu que Nina olhava para ele, mas ela desviou o olhar rapidamente. Tentando se segurar para não ir até a garota ele olhou para o pergaminho em sua frente e bateu os olhos no seu relógio de pulso. Já estava quase nada hora do jantar e ele não tinha feito nada ainda.

Por isso começou a trabalhar. Começou dizendo que havia adorado a ideia do Patrono, dos Dementadores, porque ele sempre quis saber qual seria seu Patrono já que o de seu pai era o mesmo de seu avô e ele queria saber se seguiria essa linhagem. Enrolou mais um pouco e acabou dizendo que essa era sua materia favorita e que o professor já havia começado muito bem, conquistando a todos os alunos.

Então duas mãos, com dedos pequenos e unhas menores ainda e muito ruidas pousaram sobre seu pergaminho, ele seguiu com o olhar para cima e descobriu que era Sila.

- Oi! – ela disse sorrindo.

- Oi – ele respondeu intrigado.

- Olha o que está comigo? – ela sorriu ao se sentar na frente dele, onde Rose estava.

- O ovo? – ele perguntou com receio da resposta

- O nosso ovo. Olha a cestinha que fiz pra ele- ela respondeu mostrando a pequena cesta que parecia mesmo ter sido feita a mão e não por magia.

Ele pegou o ovo e disse:

- Mas ele é um menino! – Alvo o trouxe para perto de si.

- Pensei que concordamos em ser uma menina. – ela ralhou

- Não. Não. Você tomou a decisão sozinha. Sem me consultar... – e antes que começasse uma briga a loira sorriu e disse:

- Tudo bem, faço outra cesta... Mas qual vai ser o nome?

Os dois não estavam falando tão baixando quanto Nina gostaria, pois ela estava ouvindo toda a discussão sobre o ovo, tratando o objeto como se fosse um bebê de verdade! Ela suspirou e fechou seus livros, enrolou seu pergaminho e decidiu sair dali. Não gostava de ver aquele tipo de coisa, por isso se apressou para ir para seu quarto. Chegando a Sala Comunal, ela encontrou Elliot sozinho sentado em uma poltrona vendo outros alunos conversarem.

- Elliot, posso falar com você rapidinho? – a jovem esperou que o garoto espondesse, mas foi surpreendida por uma voz feminina dizendo:

- Será que eu posso conversar com você rapidinho? – ela Chloe, e dizia isso diretamente para a morena, com um tom nada agradável.

- Tá.. – a Treeger respondeu.

Chloe virou sua juba loira que quase bateu no rosto da morena e foram até o canto da sala e antes que Nina pudesse entender o porque daquela conversa a outra começou...

- Eu não quero ver você com ele. – ela tirou a varinha da parte de tras da saia e apontou para Nina.

- O quê? Mas nós estamos fazendo um trabalho juntos... – ela piscava sem entender.

- Trabalho, trabalho.. Sei. Eu te conheço. Você é a ex do Malfoy. A garota que ficou com o Scott Egen e com o Jens. – ela balançava a varinha na cara da morena.

- O que? Jens? Eu nem se quer falei com esse cara! – a garota dos olhos lilás se afastou um pouco, pois não era nada confortável ficar com aquilo quase batendo em seu rosto. Por isso ela já segurou sua varinha nas costas, já preparada para o pior.

- Eu conheço o seu tipo Nina Treeger. Você não vai roubar Elliot de mim. – ela enfim abaixou a varinha.

A morena contou até dez mentalmente e se segurou para não acabar com a raça daquela garota naquele momento, então começou.

- Primeiro: Não, você não me conhece. Segundo: Quer dizer que você acha que me conhece só pelo número de garotos o quais eu beijei? Acho que não. Terceiro: Eu não quero nada com o seu querido namorado. Estamos fazendo um trabalho juntos. Só isso - foi ai que a ironia começou - Quarto: Querida, você realmente quer que eu comece a te julgar pelos garotos que você ficou? Acho que não né? E Quinto: Eu acho que você é extremamente insegura e imatura, uma garota que se sente ameaçada por tudo e por todos e não é assim que você vai conseguir segurar o seu namorado... – ela começou a ficar vermelha - Foi por isso que James terminou com você? Deve ter sido por isso mesmo..

Então, os movimentos seguintes foram tão rápido que só depois que aconteceu todos ali tiveram noção do que havia acabado de acontecer.

- Langlock! – ela girou a varinha na direção da morena.

- Protego! – a outra respondeu.

E o feitiço ricocheteou e a loira ficou com a lingua colada no céu da boca.

Os poucos alunos que estavam na Sala afastaram as duas.  Elliot foi o primeiro a aparecer para salvar a namorada e a melhor amiga dela também, assim como alguns curiosos que já olhavam a conversa das duas. Então um garoto mais velho, dos cabelos castanhos claros segurou Nina e a levou para o outro canto da sala enquanto os outros acodiam a garota com a lingua colada.

- O que você fez? – os olhos castanhos do menino estavam elétricos que a faz perder o fio da meada. Quem era ele? Por que ele havia se metido no meio daquilo?

- Eu só me protegi! – ela gritou e escondeu seu rosto. O que tinha feito?

- Usou o protego? – ele murmurou quando ela se sentou no sofá

- É.. Ela usou o Langlock e eu já sentia que ela ia me atacar...

- Que vergonha. Uma garota do sexto ano dizendo seus feitiços em voz alta. – o menino sacodiu a cabeça. Ele estava falando de Chloe? Porque era ela que estava no sexto.

- Eu não... Você está no sexto? – ela então o fitou melhor. Na verdade já tinha o visto antes, com James... Mas seu nome havia lhe fugido a mente.

- Sim, sou Adam. Adam Lewis e você? – ela esticou a mão em direção a garota.

- Nina Treeger. – ela apertou a mão dele meio envergonhada.

Entre tanto ela não deveria estar envergonhada. Conhecia Adam sim, conhecia as encrencas que ele se metia com James e Fred. E ao pensar nisso, ficou mais tranquila.

Quando voltou a olhar em direção a Chloe, ela não estava mais lá. Já deviam tê-la levado para a enfermaria.

- Você e do quinto, não? A garota que vive brigando com a Rose? – ele se sentou no braço da poltrona bem de frente a jovem. O garoto não era tímido como aparentava ser, estava com a gravata do colégio solta, com o cabelo um pouco despenteado e um sorriso travesso no rosto.

- Sim e sim. Mas até que esse ano  nós estamos nos dando bem melhor..  – Nina respondeu guardando a varinha nas vestes.

- É apenas o terceiro dia de aula. – ele comentou olhando o local que ela guardava a varinha, assim seus olhos se encontraram.

- É.. – ela deu de ombro e se ajeitou na poltrona.

- E você já richocheteou uma azaração. Parabéns. – ele riu e cruzou os braços.

- Alguma coisa a gente acaba aprendendo, não é? – a morena sorriu e ele copiou o gesto dela - Bem, eu tenho coisas pra fazer... – ela se levantou arrumando a saia, já sentia que em pouco tempo seria chamada e provavelmente levaria uma bronca.

- É o jantar agora. Você não vai descer? – ele se levantou e os dois ficaram alguns passos de distância.

- Vou, mas antes tenho que deixar meu material no quarto.. – ela passou por ele e pegou suas coisas que estavam ali por perto. Ela tinha as deixado em um puff quando Chloe a chamou.

- Tudo bem, então até mais. – ele disse as costas dela.

- Até.. – ela respondeu pegando suas coisas e quando estava subindo as escadas ouviu ele dizer

- Você não é tão insuportável quanto ouvi dizer. – ele sorriu e passou o braço no pescoço de Fred num abraço carinhoso, os dois junto de um grupo desceram.

O cabelo claro cortado em um estilo topete, com os olhos castanhos, o rosto branco com poucas espinhas e uma barba muito rala de alguma maneira fizeram Nina abriu um largo sorriso. Um verdadeiro sorriso.

- Obrigada. – ela enfim se virou e seguiu seu caminho.

Alguns minutos depois ela desceu. Nenhuma de suas companheiras estava no quarto, o que deu a Treeger alguns minutos de silêncio e ela organizou seu material. Preparou tudo para amanhã e falaria com Elliot ainda hoje se ela o encontrasse.

Ela desceu e a sala comunal já estava vazia, mas encontrou Rose e Alvo conversando no corredor no sétimo andar, mas ao ouvi a garota comentando sobre a Diretora, ela se prontificou a ir em direção aos dois.

- Então, foi exatamente por isso que eu e Nina – ele apontou para a garota – fomos a enfermaria, porque pensávamos que ela estava lá já que Filch estava internado.

- Não pensou que ela estivesse lá? – a ruiva indagou.

- Não.. – Alvo procurou apoio em Nina.

-Não, nem me passou pela cabeça.. – a morena murmurou

- Bem, eu vou à sala dela e tirar logo essa história a limpo. – Rose empinou e nariz e se virou seguindo seu caminho com passos fortes e determinados.

Os dois deram os ombros e seguiram caminho para o jantar. Estavam esfomeados.

Nina mordia o lábio porque não queria falar com ele, talvez seu silêncio demonstrasse como estava. Porém, era pouco provavel que ele percebesse algo. A maioria dos garotos nunca percebia só que Alvo era diferente. Alvo era Alvo. O seu amigo, que lhe ajudava sempre que precisava que estava ao seu lado, lhe dando apoio. Sim, ele entenderia.

Quando já estavam em frente ao Salão Principal, com toda aquela barulheira feita pelos alunos que não paravam de conversar, ele perguntou:

- E ai? – e olhou para ela sorrindo.

- Bem e você? Ta se divertindo bastante com a Silá? – assim ela aumentou o passo e se sentou ao lado do irmão e de Lily. Precisa se afastar do garoto o mais rapido possível.

Já ele ficou parado. No meio do Salão. Não tinha entendido. O que ele tinha feito dessa vez? Nada. Ele não a deixara no café da manhã. Ficara perto dela em todas as aulas. Menos a de Trato de Criaturas Mágicas, a qual ele teve de ficar um pouco pois, Rose queria conversar com ele. Mas depois ele voltara a seu devido posto.

E depois disso a garota sumiu. Encontrou-a no corredor, porém ele teve o incidente com a Tia Fler, depois fora ver o time de Quadribol e teve seus deveres para fazer, até que Silá veio e lhe roubou todo seu tempo com aquele trabalho do ovo.

Bem. Ele não tinha feito nada para ela agir de tal modo, por isso ele acabou ficando bravo e foi se sentar longe dela. Com Keiran, quase na ponta da mesa ele ouviu algumas garotas que estavam ali por perto dizerem o nome de Nina.

- Sim. Nina Treeger grudou a língua da Chloe Quiker. Você não viu?

- Não, estava fazendo meu dever. – outra voz feminina respondeu.

- Pois você perdeu. A coitada da Chloe foi levada as pressas pra ala hospitalar. Elliot que a levou, viu como eu disse que ele era um cavalheiro!

- Que seja Anna, mas me diz uma coisa. Quem é Nina Treeger?

-Você nunca a viu? É aquela senta ali.. – assim Alvo também se virou na direção da garota. Ela estava sorrindo e conversando com a pequena Noah e Ethan.

- Eu não acredito que ela tenha feito isso. – Keiran acabou com o silêncio.

As garotas que conversavam sobre o assunto se vivaram para ele.

- Você a conhece? - perguntou uma morena, de olhos verdes, era ela que estava passando a informação às outras.

- Sim. Estamos no mesmo ano e não acredito que ela possa ter feito tal coisa. – Keiran demostrandosse afavor de Nina. Desde quando? E por quê?

- Então onde esta Elliot e Chloe? – a morena ergueu a sobrancelha, de maneira desafiadora.

- Você acredita nisso Alvo? – ele se virou para o amigo.

- Impossível. - o Potter murmurou, pois nem ele acreditava naquilo também.

Assim a conversa acabou. O jovem suspirou pesadamente e percebeu que alguém estava correndo, muito rápido, podia se ouvir os sapatos baterem desesperadamente no chão.

- Alvo! Alvo... – a pessoa estava sem folego, mas não era qualquer pessoa. Era Rose.

- O que aconteceu? – ele se virou para a prima que sentava ao seu lado – Você está bem? Está mais vermelha que seus cabelos. Parece que correu uma maratona..

A ruiva tentava recuperar seu folego, mas sem sucesso, decidiu se sentar ao lado do primo quando os professores apareceram em suas mesas e o Subdiretor deu novamente o recado sobre o Torneio, enfim dando a todos a liberdade de comer.

- Você vai me contar.. – ele murmurou quando atacou a coxa de frango

- Tá.. – ela bebia uma taça de água atras da outra.

E quando se sentiu satisfeita disse sem mais nem menos.

- Eu fui... Até a Sala.. Da Diretora... – ainda era difícil para ela se lembrar.

A jovem tinha ido até a sala da Diretora embusca de notícias, pois estava preocupada não só como sendo aluna, mas como amiga da Diretora Minerva. Elas se davam muito bem. Só que a sala estava fazia. A fênix que sempre lhe abriu o caminho quando ela precisou não se mexeu por isso, ela tentou todas as senhas que lembrara e nada. A Diretora havia saido.

Assim tomou a decisão de ir a sala dos professores, porque alguém no colégio saberia de algo! Eles sabiam que só estavam escondendo dos alunos. No café da manhã, até o no Profeta Diário havia como materia principal o acontecimento em Hogwarts e o sumiço da Diretora. Mas os professores se pronunciaram.

Chegando à sala. Ela estava prestes a bater quando ouviu a voz elevada do Professor Firenze e suas patas batendo no chão.

- Ela voltara logo ao colégio. Os céus dizem isso.

- Mas enquanto estamos sem ela, o que faremos? – era a voz da Professora Tarsila.

- Tenho que concordar com Firenze, não devemos fazer nada. Está escrito que a Diretora Minerva voltara logo. – era a vez da louca Professora Trelaway.

- Mas estamos sendo atacodos pelo Profeta Diário. – O Professor Prewett parecia ter jogado algo sobre a mesa, provavelmente o jornal.

- Sim. Sim. Mas não temos o poder para fazer nada. – disse o Professor Flitwick

- E o Profeta Diário nos deve muito, pois poderíamos ter acabado com eles a muito tempo atras por causa de suas mentiras caluniosas. – era o Professor Longbottom que expressava sua raiva.

- Bem na verdade eu posso. Sou Subdiretor. – era o Professor Prewett que tinha a voz agora.

Então a sala entrou em profundo silêncio e Rose saiu correndo dali, mas não antes de aplicar o feitiço desilusório em si própria para não ser pega.

- Uau. Rose Weasley ouvindo conversas atrás da porta... – Alvo ralhou.

O Salão estava quase vazio quando ela acabou a contar sua pequena aventura.

- Sério Alvo. Eu não quero que Prewett se torne diretor. – ela tomou um gole de agua

- Ninguém quer, porque a Diretor Minerva é a melhor. – Alvo concordou – Mas ela não está aqui e alguém precisa tomar o controle da situação, não acha?

Rose se levantou bruscamente, seu rosto voltava a ficar vermelho, deixou o primo sozinho na mesa de Grifinória.

O que o garoto tinha feito agora? Por que as garotas tinham essa mania? Só que ele não quis se preocupar com aquilo, deveria comer toda a sua gelatina antes que ela se fosse.

Mas sobre o que seu primo tinha dito não parava de martelar em sua cabeça. O que teria acontecido com a Diretora? Por que ela abandonara a escola de tal como? Por quê? E assim que a ruiva abriu a porta de seu quarto ela viu que Julie estava no décimo sono, Nina parecia estar lendo e Sila encarava Nina mordendo o dedo. Ela queria dizer algo a morena?

Rose começou a se trocar e viu que a loirinha foi até a cama da Treeger.

- Nina. – ela começou.

- Sim? – a garota respondeu ainda com o livro em seu rosto.

Sila se sentou na ponta da cama de Nina e começou a passar a mão levemente sob o lençol, parecia estar mais tímida do que já era normalmente.

- Posso te perguntar uma coisa? – ela não falava olhando nos olhos de niguém.

- Pode, é claro. Está com dúvida em alguma coisa? – Nina deixou o livro de lado e se sentou na cama agora encarando a amiga.

- Bem.., É que eu queria saber se não tem problema pra você uma coisa.. Porque se essa coisa começar a acontecer eu me sentiria mal porque você é minha amiga, sabe? – a loira olhava para suas mãos enquanto se embaralhava com as palavras.

Rose viu Nina tocar a mão da outra e dizer calmamente:

- Tudo bem... E obrigada pela parte da amiga. Você também é minha amiga, mas agora fala o que é? Estou curiosa!

- É que se... Se eu e o Alvo começarmos a namorar...

A garota não conseguiu passar dai, pois Rose começou a rir, mas para tentar se controlar ela segurou  o riso logo em seguida tentando fingir que não estava ali, que não estava prestando atenção nas duas, por isso foi logo para debaixo das cobertas e começou a rir sem fazer barulho.

Imagine só Alvo e Silá. A Weasley morria de rir por dentro.

- Então... – a loira tentou continuar – É que vocês estão sempre juntos, mas não são namorados, são?

- N-não... –a Treeger gaguejou. Ela e Alvo não tinham nada oficialmente, eles haviam apenas se beijado, mas eles não tinham tomado nenhuma atitude em relação a isso.

- É. Ele me disse que vocês eram amigos, assim muito amigos... E como você tava namorando o Scorpius e bem, foi o que eu ouvi dizer... Que você está interessada no Adam Lewis... Eu achei...

- O que? Adam? Eu-eu conheci esse garoto hoje! – Nina se exaltou um pouco. Era um absurdo o que falavam dela pelo colégio.

- Então não tem problema eu namorar o Alvo tem? – a loirinha de voz baixa murmurou.

Nina mordeu a lingua, contou até dez antes de responder:

- Pode, não tem problema... E ele já te pediu em namoro? - os olhos de Sila se iluminaram, o que fez o coração da morena apertar. Ele já tinha pedido.

- Ah! Não, ele não pediu não... Mas que bom que não tem problema, porque eu venho sentindo um clima entre nós desde hoje. – ela agora parecia entusiasmada - Você não acredita como ele é um bom pai pro nosso ovo!- Sila Anderson chegou a suspirar.

- Ah! Que bom. Sim, eu imagino. Ele é bem cuidadoso... Mas está tarde e eu estou muito cansada. Amanhã você me conta os detalhes viu? – Nina voltou a se ajeitar na cama.

- Tudo bem. Boa Noite. – a loirinha beijou a cabeça da amiga e foi deitar – Nox.

E todas as luzes se apagaram.

Nina sentiu que toda a felicidade que estava sentindo por ter colado a lingua no céu da boca de Chloe, por ter dado um lição nela, por ter sorrido quando Adam brincou com ela, e quando conseguiu buscar uma solução para o seu problema com seus sonhos. Tudo o que lhe tinha feito bem naquele dia agora tinha se esvairado. Como se nunca tivesse existido.

Por quê? Desde quando Sila gostava de Alvo? Desde quando ela falava com alguém? Desde quando ela não era mais a garota mais tímida da escola? Mas esse namoro não iria acontecer certo? Isso não vai acontecer porque Alvo não gosta dela? Não. Não. Alvo nunca tinha gostado de ninguém da escola. Ele era muito ligado a família. Aos estudos. Não era James que já tinha namorado metade da escola.

Só que algo dentro da garota dizia que ela deixava escapar algum detalhe. Os dois na biblioteca. Ele sorria. Mas sorria de verdade, ou era para agradar a sua dupla? Só que. Então porque o destino tinha juntado os dois? Isso era um sinal?

Pelas barbas de Merlim. Ela estava procurando sinais nas coisas. Estava ficando louca, completamente maluca, não era possível. E ficara assim, até o sono vir e acalmar pelo menos um pouco dessa mente atordoada de pensamentos ilusórios e tentativas de compressão feitas em vão.


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