O Segredo De Avalon escrita por Camila Lacerda


Capítulo 1
Capítulo I




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Era um calorosa tarde do fim de julho e depois de quase três meses de férias muitos jovens estavam se preparando para voltar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, alguns estavam no Beco Diagonal, comprando seus materiais, ou pelo menos o que faltava dele, para iniciar mais um ano no glorioso colégio.

Pelo menos os mais novo dos Treeger estava exalando felicidade por estar ali, na verdade, estava de olho nos modelos das novas vassouras.


– Mamãe, mamãe, você vai deixar e levar a Nimbus 3000, não é? - era o primeiro ano do pequeno Ethan Treeger em Hogwarts, este já acreditava que seria da casa Grifinória como sua irmã mais velha e que assim que entrasse seria convocado para o time de quadribol da casa. Um jovenzinho com grandes planos, temos que admitir.

– Querido, devo lembra-lo mais uma vez de que os alunos do primeiro ano não podem levar suas vassoura...  – a Senhora Treeger, uma mulher de vestes simples, longos cabelos negros armados respondia com toda a paciência do mundo.

– Ai que saco. – o garotinho dos cabelos negros cruzou os braços, enrrugou a testa o que fez com que seus olhos negros brilhassem de raiva e fez bico. Bem, era assim que ele conseguia a maioria das coisas com sua mãe.

– Oh meu amorzinho não fique assim... – a senhora mexeu nos finos cabelos do filho – Vou falar com seu pai, pode ser?

– O que vai falar comigo Avandra? – o senhor alto, com aparência de alguém muito ocupado e com um bigode grande. O senhor tocou o braço da mulher, logo depois, ao seu lado apareceu uma garota magra, de vestes negras e cabelos mais negros ainda que caiam como ondas pesadas sobre seus braços, era muito semelhante aos demais que ali estavam a não ser pelos belos olhos violetas.

– Ethan está querendo a nova Nimbus. – a jovem pode ouvir de longe a conversa da mãe e do irmão, então rolou seus olhos, como se já conhecesse aquela ladainha a um bom tempo.

– Fica quieta Nina! – o pequenino ralhou, fechando ainda mais a cara.

– Mas alunos do primeiro ano não podem levar suas vassouras! – o senhor de bigodes respondeu encarando o filho.

– Eu sei, eu sei, mas podíamos comprar e guardar em casa pro ano que vem... Não podemos? – o rosto do pequeno se iluminou novamente com sua brilhante ideia.


Havia muitas pessoas passando por eles, algumas crianças tentando arrumar um espaço para ver as novidades do mundo do Quadribol, como o mais novo modelo de capacete para goleiro, as luvas feitas com um óleo especial de dragões que estavam praticamente extintos.


– Hum... E qual você quer? – o pai colocou sua mão no ombro do garoto e os dois olharam para a vitrine da loja que expunha vários modelos de vassouras, entre outros artigos esportivos.

– Aquela ali, a Nimbus 3000... – Ethan apontou extremamente animado em direção a vassoura mais equipada que ali havia e também a mais brilhante, além de a mais...

– 500 galeões?! Que absurdo! Isso é não é uma vassoura, é uma moto voadora!

– Papai! – Nina subiu seu tom de voz censurando-o por falar alto de mais.


Ela cobriu o rosto com a mão tentando se esconder, enquanto o pequenino se agarrou ao vestido da mãe e fingiu lacrimejar. Talvez seu pequeno drama o ajudasse, porque a sorte, claramente, não estava ao seu lado.


– Oh querido, não tem como pegar só mais um pouco no Gringotes?


Todos já sabiam a resposta daquele pergunta, então ela continuou:


– Então vamos acabar de comprar seus livros querido... – a senhora, a quem o jovenzinho havia agarrado, pousou a mão nos ombros do filho e os dois partiram na frente.


O chefe de família passou o braço em volta da filha e foram atrás.

Os Treeger nunca foram do tipo burgueses, o pai trabalhava no Ministério da Magia, como o faz tudo, a mãe era uma grande confeiteira, mas sem muitos clientes. Era necessário um investimento maior para que a sua pequena loja de receitas mágicas crescesse. Um investimento que infelizmente eles não tinham como fazer.

A família passou o resto da tarde entrando e saindo das lojas. Comprando o que era necessário e obrigatório na grande lista de material do garoto, claro, pedindo descontos e procurando sempre economizar. Até que chegou um momento em que Nina não aguentava mais estar ali, ela já tinha comprado tudo em seu primeiro ano... Estava ali só para sair um pouco de casa, o que não tinha feito o verão inteiro. Havia passado a maioria dos dias em casa, estudando, ou ajudando a mãe na confeitaria, e agora se iniciava seu quinto ano.

 Ela era uma aluna exemplar, não queria perder seu posto para Rose Weasley, por mais que ela tentasse e algumas vezes conseguisse. Nina nunca foi o tipo de garota que desistia cedo, por isso, para derrubá-la exigia além de muita força, uma paciência fora do comum.

Estavam em uma loja de roupas de segunda mão, quando percebera que estava muito cansada, mas sua mãe persistia em comprar roupas de frio ao seu irmão.


– Mãe, essa tá otima. – ela revirou os olhos, já era a trigésima quarta blusa que Ethan experimentava, até ele estava aborrecido com aquilo tudo.

– Mamãe, eu só quero levar aquelas meias, posso? – o garotinho apontou para as meias estranhas que cheiravam muito mal e se mexiam, estas estavam nas mãos do pai.


As figuras de dragões eram assustadoras e fedorentas. A embalagem dizia “Chulé de dragão”.


– Meu filhinho, você tem que chegar a Hogwarts vestido decentemente. – ela persistia.

– Mãe somos obrigados a colocar as vestes da escola antes mesmo de chegarmos lá! – Nina estava sentada ao lado de seu pai com a cabeça encostada no ombro dele, os dois esperando que aquela tortura acabasse – E se ele levar essas meias estranhas, nenhuma das suas roupas bonitas o salvarão.

– Não fale assim do seu irmão moçinha.. – a senhora rechunchuda analisava melhor o filho - Mas... E nos dias que puder vestir outra roupa?

– Sábados e Domingos – ela disse usando sua voz no tom mais monótono possível.

– Vocês estão me atrapalhando! – a mãe puxava a blusa xadrez do filho para baixo – Acho que precisa ser um número maior...

– Eu posso esperar no Caldeirão Furado? Estou com muita sede.. – A jovem perguntou tentado arrumar uma maneira de fugir dali.

– Vamos acabar aqui e depois vou levar Ethan à Gemialidades Weasley. – a mãe respondeu.


Weasley, não, não. A jovem queria distância daquela família, nem três meses de férias tinham servido para que Nina se recuperasse, ou recarregasse as baterias para mais um ano junto aquela ruivinha que se achava um gênio.


– Eu vou querer bombons explosivos! – a animação do pequeno havia voltado.

– Então posso ir ao Caldeirão Furado? Espero vocês lá... - a garota já se levantava esperançosa de que não perdesse mais seu tempo ali.

– Vá, vá.. - mãe disse escolhendo outra peça de roupa – Mas por favor, fique longe de qualquer indivíduo duvidoso!

– Ei! Eu quero ir! – Ethan gritou de dentro do provador.

– Tudo bem, estou com a minha varinha qualquer coisa... – a jovem revirou os olhos, já cansada daquela preocupação a toa, ela já tinha quinze anos, isso já deveria significar algum tipo de liberdade.

– Mas você não pode fazer mágica fora da escola! - Ethan relembrou a irmã.

– Tudo bem então, ainda tenho meus pulsos.. – ela sorriu brincando.

– Você não vai Ethan, tem que ficar e acabar de experimentar as roupas – a senhora o repreendeu.

– E você? O que você vai querer de lá, filha? – pai se levantou e se espreguiçou, estava na mesma posição a muito tempo.

– Hum, só um sapo de chocolate, por favor... – ela sorriu - Vou estar sentada lendo no Caldeirão Furado, ok? – ela se virou e quando estava saindo o pai a alcançou e perguntou:

– Quanto você tem ? – ele começou a tirar algo do bolso de tras de sua calça.

– Uns 3 sicles... – ela responde dando de ombros.

– Tome mais alguns. – o pai a entregou mais 7 galeões e voltou antes que ela lhe devolve-se o dinheiro.


Assim começou a caminhar em direção ao bar.

Quando o Beco Diagonal estava tumultuado de corpos andando para todos os lados, saindo e surgindo a todo o tempo, isso significava que O Caldeirão Furado estava do mesmo jeito, só que cheio de - como sua mãe havia dito - indivídos duvidosos. Isso desanimou um pouco a garota, mas ela prosseguiu.

Só que antes mesmo de entrar, ela reconheceu alguns alunos do colégio. Viu James Potter, Fred Weasley e Adam Lewis passarem correndo por ali e rindo, dando altas risadas, na verdade só os dois primeiros, já que Lewis nunca foi de rir por qualquer coisa. Aquele era um garoto intrigante.

As aulas mal tinham voltado e eles já estravam aprontando, típico, ela concluiu. Aqueles garotos nunca haviam sido um bom exemplo, jogavam no time da Grifinória – sim, coincidentemente eles eram da mesma casa – e só ganhando as partidas esses conseguiam recuperar os pontos que perdiam por aprontarem.

Graças a eles e suas graçinhas Corvinal havia ganhado a Taça das Casas no ano passado, não só por causa dos pontos que aqueles infelizes tinham perdido, mas porque o time de Quadribol era muito bom também. Aquela Jessica Pennick era uma ótima goleira.

Não que a mais velha do Treeger se importasse, ou estivesse a par do jogos, porém, todos no colégio comentavam, os alunos torciam para suas casas, sendo assim, ela acabava sempre participando de algum evento..

A gaorota então os ignorou, como sempre fazia no colégio e entrou no estabelecimento, pediu sua cerveja amanteigada, pagou e procurou sentar-se em uma mesa bem no fundo, apesar de estarem quase todas ocupadas. Viu uma vazia no centro e logo abriu seu livro ”Os primórdios dos bruxos”, escrito por M.A. Kyghton.

O livro em si eram consideravelmente bom, apesar de sua leitura cansativa, levando Nina várias vezes a acabar adormecendo em cima daquela pequena montanha de páginas amarelas. Porém, ela odiava começar uma coisa e não terminar, essa era sua pior mania.

Entretanto, voltando ao livro, esse contava as várias versões das histórias dos mais antigos bruxos de todos os tempos, como o Mago Merlim, e muitos outros grandes bruxos, mostrando desde os contos trouxas à relatos e reais desses bruxos. O livro não era impresso, era escrito a mão com uma letra muitíssimo bonita, além de legível e mesmo depois de milhares de anos a tinta da caneta parecia fresca, como se tivesse sido feito hoje.

Estava quase na metade do livro, quando viu no canto esquerdo da página com outra letra, e outra cor de caneta. Morganos. E na mesma página havia circulado o nome Morgana.

Sim, ela e a maioria dos bruxos sabiam algumas histórias sobre Morgana, a aprendiz de Merlim que se transformou em um bruxa do mal, já que Merlin pregava uma relação igualitária entre bruxos, magos e as pessoas desprovidas de mágia, hoje, mais popularmente conhecidas como trouxas. Entretanto, a aprendiz se voltou contra seu mestre por não ter as mesmas crenças que ele em relação a esse assunto.

A garota estranhou ao observar a palavra pela primeira vez e ignorou aquilo. Talvez apenas alguém idiota quis estragar mais um livro muito importante para a literatura.

Nina suspirou pesadamente quando percebeu que se houvesse pelo menos uma pequena imagem dos grandes bruxos do passado, talvez o livro ficasse um pouco mais interessante.

E assim, tão absorvida pelo conto, não ouviu quando foi chamada pela primeira vez, nem pela segunda. Só foi reparar que alguém dizia seu nome quando a pessoa parou em seu frente.


– Oi Nina. – ela finalmente olhou para cima e encontrou os olhos azuis dele.

– Oi Alvo! – a garota respondeu animadamente e se levantou, fechando o livro. eAraçou o garoto que lhe retribuiu de uma maneira bem desajeitada e ficaram os dois de pé, um de frente para o outro – Desculpa, estava totalmente longe daqui – ela pousou sua mão no livro e sorriu, depois se sentiu mal.

– Tudo bem, não queria atrapalhar sua leitura. – ele murmurou.

– Não, tudo bem. Quer sentar? – ela fez um movimento indicando a cadeira a sua frente e se sentou.

– Tudo bem. – o seu amigo puxou a cadeira e ela notou uma mínima formação de músculos em seus braços que não estavam ali antes. O que ele teria aprontado nessa férias? Estava tentando ficar como o irmão? Não, não... Alvo era mais esperto, mais sensato, muito mais educado e mais tímido.

– Como foram suas férias? – ela nunca foi muito boa em puxar assuntos, mas o silêncio sempre a deixava muito desconfortável.

– Passei bastante tempo com toda a minha família, que não é nada pequena... – sim, sim, todos sabiam que os Potter eram da família dos Weasley, que eram bastante grandes – É, me diverti e você? – ele estava mais corado, parecia mais saudavel, até mais bonito. Mas o que ela estava pensando? Bonito? Desde quando Alvo Potter era bonito? Ele costumava ser apenas aceitável, um cavalheiro, simplesmente isso. Não um rapaz bonito.

– Ajudei minha mãe na confeitaria. – ela sorriu com vergonha do que tinha dito.

– Você viu que eu encomendei o bolo... Como prometido. – ele mordeu o lábio.

– Vi. – a garota repitiu o gesto do amigo. Alvo tinha encomendado o bolo de abóbora e amendoas da sua mãe, era ótimo, a especialidade dela. – Espero que peça sempre.. – ela ficou ainda mais envergonhada, parecia estar implorando para que comprassem os doces de sua mãe. Que vergonha.

– Sim, sim.. Estava muito bom. Minha avó está louca pela receita, mas e ai? Está comprando o quê? – os dois procuravam assunto.

– Ah, nada. Vim acompanhar meu irmão, mas minha mãe demora demais para escolher as coisas, então os deixei. E você? – assim, se lembrou de que sua cerveja estava ali e ofereceu ao amigo que recusou.

– Eu vim ajudar a minha irmã também. - o garoto soltou um riso baixo assim que a garota afastou o copo da boca.

– O que foi? – Nina não se sentia nada confortavel com o fato de alguém estava rindo da sua cara na sua frente.

– Formou um pequeno... – ele gesticulou com a mão indicando o local acima do lábio onde estava a marca da bebida.

– Ah! – assim ela pode se limpar rapidamente e respondeu constrangida. – Me desculpa.

– Você fica bonita de bigode. – depois de ter dito aquilo, os dois ficaram em silêncio. O que aquilo significava? Você fica bonita de bigode?! Que ela deveria usar bigodes?


Entretanto alguém interrompeu aquele momento extremamente incomum.


– Alvo! – como esquecer a voz de Rose Weasley?

– Oi Rose. – ele se levantou, enquanto a garota ruiva vinha na direção dos dois.

– Você disse que só iria pegar um bebida e logo sairia... – ela colocou a mão na cintura daquela maneira autoritária, como sempre fazia quando estava brava com alguém.

– Eu sei. É que eu vi a Nina aqui... – Alvo parecia pedir desculpas, por isso Nina interviu.

– Oi pra você também Weasley. – Nina usou seu tom irônico.

– Ha, Oi. – a ruiva foi curta e grossa – Que seja, então podemos ir?

– Tá... Tchau Nina. Até logo. – Alvo murmurou.

– Tchau Alvo e espero realmente que não perca o trem, Weasley. – A garota não sabia se controlar, era como se a ruivinha fizesse seu sangue ferver de tanto ódio.

– Nem você, Treeger. – Na verdade, as duas não se suportavam.


Teve de tomar mais um gole para não acabar levantando e brigando com ela.

Os dois partiram, só que antes de sairem pela porta um pequeno lírio surgiu na mesa da garota. Ela tomou um susto, e concluiu que aquilo deveria ser de Alvo, como um pequeno pedido de desculpas, talvez, pela péssima maneira que sua prima a tinha tratado. Ela apenas sorriu e segurou o lírio, logo o guardou entre umas das páginas de seu diário que ela sempre carregava consigo.

Até tentou voltar a sua leitura, porém, isso não a entretia mais.

Pensou em Hogwarts. Se já tinha separado tudo para mais um ano no colégio, o qual a ruivinha insuportável seria sua companheira de quarto, se até lá Rose não tivesse uma doença contagiosa, então, teria de ficar em casa e com muita sorte nunca se curasse, ou qualquer coisa desse tipo...

Assim seus pensamentos passaram de Hogwarts e a levaram à Scorpius Malfoy. Onde ele estaria? Porque não havia lhe mandado uma mensagem se quer, nem em sinal de fumaça, nem por uma coruja, nem por nada. Tomou outro gole, dessa vez mais longo.

Já tinha perdido a conta de quantas vezes naquelas férias ela pensou nele. Pensava se realmente estava em um relacionamento sério com Scorpius, pois eles mal se falaram durante esses três meses e antes, quando ela teve a ideia de apresentá-lo aos seus pais ele a enrolou e não marcaram nem de sair.

Respirou profundamente e fechou os olhos. Assim ouviu Ethan gritar:


– Ela está ali! - quer anunciação maior do que aquela?


Abriu seus olhos e viu sua família chegando, acabou imediatamente com a bebida.


– Trouxemos seu sapo de chocolate. – o pai disse alegremente, o garotinho começou a mexer nas sacolas e disse:

– Eu também comprei um pra mim. – então ela reparou que o irmão tinha a boca toda suja de chocolate e que suas mãos também estavam na mesma situação.

– Tudo bem, eu pego. – ela mexeu nas sacolas e achou os dois sapos.

– Você vai adorar as roupas que eu comprei para o seu irmão Nina.- a mãe dizia animada, mas a garota nem ligou muito para o que lhe tinha dito, só quis abrir o seu sapo e viu a foto de Hengisto de Woodcroft .

– Tirei pela terceira vez Woodcroft... – ela disse ao dar a primeira mordida no sapinho.

– Droga, Dumbledore, de novo. – o irmão disse infeliz.

– Não diga isso dele! Dumbledore foi um grande bruxo. – o pai o censurou, pois, este era um fã enorme do maior bruxo de todos os tempos.

– Então vamos para casa da mamãe agora? - a mãe disse impaciente com as compras em suas mãos. Como se ela não tivesse gastado a paciência de todos naquela tarde compras.

– Claro, preciso mesmo falar com a vovó – Nina disse ao se levantar de repente viu algo se mexer no bolso do casaco de seu irmão, o que era aquilo? Então a figuirinha apareceu – Você comprou um rato Ethan?!

– Não, achei na rua – ele disse pegando o bicho do bolso e mostrando a irmã.

– Tire ele de perto de mim! – Nina respondeu gritando – Mãe! Não acredito que está deixando ele levar um rato de rua pra casa!


Seus pais nada disseram, apenas deram um pouco do peso das sacolas para ela, e quando estavam saindo acabaram dando de cara com Alvo e sua família.


– Potter! – o pai largou as sacolas e foi cumprimentar o colega de trabalho.

– Treeger! Meu salvador! – o homem com óculos pequenos circulares, branco, não mais alto que seu pai o cumprimentou de volta. Alvo era a cara do pai e os dois tinham os mesmos olhos.

– Oi de novo Alvo. – dessa vez ela o cumprimentou e sorriu – Ta sem a Rose agora?

– Oi de novo Nina. – ele sorriu de volta, era estranho a sensação que um causava no outro, porém, eles sempre a deixavam de lado – Ela teve de ir com seus pais..

– Ah! Essa é minha esposa Gina ... – o bruxo mais famoso de todos os tempos apresentava sua esposa ao amigo.

– E essa é minha esposa Avandra. – Oswald Treeger respondeu de volta.

– Olá, sou Gina Potter. – a mulher ruiva ao lado de Alvo esticou o braço para cumprimentar a Senhora Treeger.

– Avandra Treeger, muito prazer – a senhora que não se contentou com um mísero aperto de mão, deu um abraço caloroso na  ruiva.


Assim os olhos de Nina passaram da mãe para a pequena menina, uma miniatura da mãe que agarrava seu braço.


– Então estes são os famosos Nina e Ethan? – aquele era Harry Potter dizendo que Nina era famosa. Ela? Apenas uma quintanista...

– Sim, sim... – o senhor Treeger estufou o peito e agarrou os dois filhos. – E esses são os seus, certo?

– Sim – Senhor Potter continuou sorrindo – Alvo e Lílian estão aqui, o mais velho está em casa.


James? Em casa? Pobre Potter, ele realmente não conhecia o filho que tinha.


– Nós somos da mesma casa. – Alvo comentou sorrindo.

– Isso mesmo. – Nina encarou o amigo sorrindo.

– São crianças lindas. – Gina comentou.

– Obrigada – a Avandra chegou a estufar o peito de tanto orgulho, como o marido havia feito a pouco tempo – Seus filhos também são lindos... Nina me falou muito de Alvo.


Nesse momento os olhos da garota se esbugalharam e se viraram para a mãe, mas todos os olhos estavam nela. Alvo, seu pai, Sr. Potter e até a Sra Potter a mirava.


– Eles são bons amigos... – a mãe concluiu.

– Sim, são sim.. Alvo também me contou.– a Senhora Potter mantinha um sorriso calmo no rosto. Ela parecia ser uma mãe tão calma. Nada parecia com a jogadora Gina Potter nervosa e competitiva das Holyhead Harpies que muitas vezes Nina tinha visto na tevê.

– Sou uma grande fã da senhora, Sra. Potter. – Nina tentou salvar um pouco da sua pele.

– Obrigada, querida. – ela não mudava sua expressão.

– Bem, nós estávamos de saída... - Oswald Treeger interviu.

– Então nos vemos em breve. – eles se cumprimentaram e os pais foram os primeiros a sair. Nina teve de puxar o irmão para fora e murmurou.

– O que foi isso? – Ethan não havia parado de encarar a pequena Potter, o rato que a pouco segurava pulou de suas mãos e saiu correndo.


O garoto não se importou, depois que saiu ele colocou a mãos no bolso e respondeu.


– Nada – ele tinha voltado a si e a irmã não querendo se entrometer perguntou:

– Desde quando eu falo de Alvo Potter pra você, mãe?

– Ah Nina.. Você falou uma vez a muito tempo... – o Senhor Treeger segurou o riso.

– Sei, sei... – Nina continuava a encarar mãe.

– Pare de falar besteiras e venha me ajudar com estas sacolas. – a mãe a censurou e assim eles partiram para casa vovó Hunt, agora só faltava uma semana para voltar as aulas.


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