Marvels New Avengers - Next Generation escrita por Joke


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Enfim, nosso último narrador.



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Capítulo 6 - James Rogers




O alarme que disparou foi o da sala branca, que Banner, Barton e eu apelidamos carinhosamente de “Sala Castigo”. Demos esse nome a ela quando costumávamos ficar de castigo no cubículo branco e claustrofóbico sempre que brigávamos entre nós.



Fury nunca teve muita paciência em lidar com a gente.


– Como eles conseguiram fazer aquele rombo no chão? – Banner pergunta a si mesmo pela décima vez.

– Algum deles deve carregar uma bomba relógio no cinto. – Barton sugere enquanto ajeita o arco nas mãos.

O elevador em que nos encontramos desce rapidamente para o andar de baixo, e, quando para, eu sorrio para Luke e Thomas.

– Hora de brincar de esconde-esconde.

Luke pega uma flecha, mas Thomas a arranca das mãos dele.

– Fury os quer vivos.

– Ele não especificou essa parte.

Solto um riso baixo enquanto passamos para o corredor do andar térreo, olho para os lados, o lugar onde nos encontramos desemboca em outros três corredores.

– Vamos nos separar. – eu aponto para o corredor da direita e depois para o da esquerda. – Banner, Barton, vocês seguem nessas direções, eu vou pelo central.

– E quando algum de nós achar eles? – Banner questiona.

– Grite por ajuda. – é tudo o que respondo antes de seguir pelo caminho defronte a mim.

Sigo devagar pelo lugar, tentando me concentrar com o barulho infernal do alarme, tenho que achar os três antes do Thomas e Luke, não é uma competição, mas sim por questões básicas de que Barton ser impulsivo demais e Banner ter pavio curto. Não sei do que as duas garotas e o moleque podem fazer, mas eu sei o que nós podemos fazer.

Luke Barton, além de ter uma enorme habilidade em lutas corpo a corpo e uma excelente mente para uma rápida estratégia de batalha, tem uma mira incrivelmente certeira, eu nunca o vi errar o alvo. Quando Barton atira uma de suas flechas, é apenas uma e bem objetiva: abater.

Já Thomas Banner... Bem, estou certo de apenas uma coisa, se algum deles tentar dar uma surra no Banner, vai estar morto no segundo seguinte. Eles não são que nem Luke e eu, que embora já tivéssemos levados vários socos do grandão, nós nos recuperamos rapidamente, bom, pelo menos digo por mim. Nunca entendi ao certo o porquê de nunca me ferir, sempre que levo um soco ou uma porrada realmente forte, eu não fico roxo e nem sequer vermelho, apenas sinto uma dor moderada que logo cessa.

Diversas vezes perguntei a Nick Fury se isso era normal, e tudo o que eu recebi em resposta foi “para você garoto, isso é”. Jamais entendi o significado dessa frase, e obviamente, nem Fury ou Hill, pareciam ter paciência para me explicar, apenas me deixavam falando sozinho.

– Vamos logo, Erika! – escuto a voz do garoto que eu procuro se manifestar a alguns metros de onde me encontro.

Corro para perto do som, até que eu os encontro, os três fugitivos correndo em minha direção. Quando estão perto de mim e já podem me ver, eu bloqueio a passagem e sorrio para os três maliciosamente.

– Vão a algum lugar?

O garoto franzino me encara com raiva enquanto a menina ruiva e a garota que eu salvara do Camaleão lançam-me um olhar de surpresa.

– Vamos para o outro lado. – o garoto ordena, empurrando as meninas para a direção oposta de onde estou.

Respiro fundo, ainda sorrindo.

– Vou dar um minuto de vantagem para vocês. – eu digo enquanto observo-os sumir pelo corredor.

Alguns segundos se passam, até que eu pego meu comunicador e corro atrás dos três rapidamente. Nunca fui bom em matemática ou em ter paciência.

– Barton, Banner, estão me ouvindo? – chamo por meus amigos.

Logo recebo uma resposta de Barton.

– Na escuta, Rogers.

– Encontrei os três, estão indo para a parte da linguística, alguém por perto? – continuo a andar rapidamente.

– Eu estou. – Banner responde. – Pode deixar que cuido deles.

– Banner! – eu o chamo. – Nada de matá-los.

Banner ri.

– Eu não sou o Luke, Rogers. – e desliga o comunicador.

Banner está certo, ele pode não ser impulsivo como o Barton, mas é bem mais agressivo e mortífero quando está bravo.

Acelero o passo, percorrendo rapidamente os corredores largos e escuros da SHIELD até me deparar com a porta que me separa do setor da linguística. Quando me aproximo da superfície fosca, posso ouvir ruídos e alguns xingamentos.

– Parabéns, Howard, conseguiu trancar a gente numa sala sem saída.

– Cale a boca, May, foi você quem deu a ideia de nos escondermos aqui.

– Mas é claro! Você viu no que aquele menino se transformou?! Acha mesmo que eu iria ficar parada?

– Você não deveria ter dado um murro na cara dele!

– Foi sem querer, mas ele me assustou!

Bufo, não acredito que o Banner perdera o controle por causa de um soco, ainda por cima o soco vindo de uma garota. O que é uma menina perto dele?

Escuto um enorme baque vir de dentro da sala da linguística, como se... Como se uma parede de metal tivesse sido derrubada por algo grande e monstruoso, mas que eu chamo carinhosamente de Banner.

Ah não.

Tento abrir a porta, entretanto, essa parece emperrada.

– Droga! – xingo, enquanto pego o comunicador. – Barton, está na escuta?

– Pode falar, Rogers.

– Banner, ele...

– Saiu do armário? – Barton pergunta.

– Basicamente. Onde você está?

– Nesse momento, atrás de você.

Olho para trás e lá está um Luke sorrindo para mim.

– Sentiu saudade?

Reviro os olhos.

– Consegue explodir a porta?

Luke analisa a superfície com seu olhar crítico.

– Vai ser moleza. – ele ergue o arco e posiciona uma flecha, depois, mira bem no centro da porta e dispara o projétil, que assim que toca a superfície de vidro a explode em mil pedaços que voam contra nossos corpos.

Protejo meu rosto com meus braços e sinto o vidro cortar uma parte da minha roupa, entretanto, não sinto dor, apenas um leve arranhão.

Assim que descubro minha face, eu olho para Luke, este sacode os cabelos cheios de vidro e logo depois faz um sinal para a sala.

– Depois de você.

Corro para dentro do local e logo avisto os três fugitivos caídos num canto da sala. Vou ao encontro dos três.

– Vocês estão bem? – indago, mas tanto a menina ruiva quanto o garoto mal humorado parecem atordoados demais para responderem, a única que parece sã é a garota dos olhos azuis que eu salvei há um dia.

Ela aponta para algo detrás de mim, seus olhos estão arregalados, dizendo-me o que sua boca não consegue.

– Ele está atrás de mim, não?

E em resposta recebo um soco nas costas juntamente com o grito de desespero da menina dos olhos azuis e uma gargalhada vinda de Luke.

– Ah, eu sempre quis ver isso.

Eu me levanto, ainda atordoado e olho para os três caídos no chão, a garota continua a me encarar horrorizada enquanto Banner se aproxima de mim com uma áurea assassina que posso sentir de longe.

Dirijo-me a Luke.

– Hora de trocar de time, Barton. Precisamos afastar o Banner dos três.

Ele ergue as sobrancelhas.

– Parece algo simples. – Luke me encara. – Como nos velhos tempos?

Estralo meus dedos, olhando para Banner com um tom desafiador.

– Como nos velhos tempos.



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Notas finais do capítulo

É isso pessoal, próximo capítulo é o Luke novamente.

Beijoss e até a próxima