The Heiress escrita por Lady Caady
Notas iniciais do capítulo
Mais um capítulo. E, bem... A fic tá acabando. Falta só uns dois capítulos, eu acho. Talvez só mais um depois desse...
Já faz três dias que estamos na casa dos Denalis. Tanya fica cada dia mais estranha. E continua olhando pro Matt. Amanhã é domingo, ou seja, o ultimo dia de nossa ─ ou só a minha ─ existência por aqui. Só que eu não faço ideia de como vamos embora... E nem sei se Matt vai comigo.
“Lya, aconteceu uns imprevistos...” falou Sal preocupado.
“O que houve?”, perguntei.
“Permaneça todo o tempo junto com Matt, porque vai ser hoje.” Ele respondeu e eu engoli em seco. Matt! Ele estava na sala junto com Emmett... Quando eu estava prestes a ir até lá, ouvi vozes.
─ Vamos! Você vai gostar... ─ era a voz de Tanya.
─ Tanya, me largue. ─ Matt reclamou. Andei até eles que iam em direção a um bosque congelado. Eles pareciam não perceber que eu estava ali.
Tanya o puxava e ele tentava se soltar do aperto dela.
─ É sobre a Lya ─ disse Tanya e eu percebi que ele havia ficado confuso.
O que Tanya poderia dizer a ele sobre mim? Desconfiei na hora, obviamente.
Continuei os seguindo, até que chegamos mais ou menos em uma clareira.
─ Matt, Matt, Matt... ─ disse Tanya balançando a cabeça. ─ É impressionante como você ainda não me reconheceu...
─ O que você quer dizer com isso? ─ perguntou ele estreitando os olhos.
─ Eu passei tanto tempo te procurando, mas sua mãezinha adotiva não quis me dar às pistas. Ninguém soube me dizer onde exatamente você estava, e eu adorei isso, sabe? Foi tão maravilhoso torturá-los... ─ disse Tanya gargalhando.
Era realmente Tanya ali? Quem diabos era ela e o que ela queria com ele?
─ Eu tentei tanto te ver sozinho, mas sempre estava junto com sua namoradinha imbecil. Você não largava dela, pareciam colados... Mas agora, você não vai escapar como da ultima vez.
Matt a encarou horrorizado.
─ Quem é você? ─ perguntou ele, mas parecia que ele já sabia. Só queria confirmar...
─ Você sabe quem eu sou, amorzinho. Quem mais pode possuir corpos assim, se não eu? ─ perguntou a criatura à frente dele. Ela não era Tanya. O corpo era, mas quem a controlava... ─ Está com medo?
─ Calissa. ─ disse Matt amargamente. ─ Sabia que não iria desistir tão fácil. Não é de seu feitio.
─ Que bom que lembrou-se de mim, queridinho. ─ disse ela e então olhou em minha direção. ─ Quer se juntar a nós, Lya?
Saí de meu esconderijo improvisado e fui até Matt, ficando ao lado dele.
─ O que você quer com Matt? Quem é você? ─ perguntei estreitando os olhos e cruzando os braços.
─ Não importa, o que importa é que vocês não sobreviverão tempo o suficiente para alguém dar falta de vocês. Vão pensar que estão namorando, e quando demorarem e eles vierem procurar, a existência de vocês já não será percebida. Como se sentem em encarar a morte? ─ discursou a tal Calissa sorrindo maldosamente. Percebi que um fogo roxo nos circundava.
─ Morte? Você não é a morte, e se fosse, eu a reconheceria. Afinal, quem não reconhece o próprio pai? ─ falei com um sorriso sádico e a encarei perversamente, como um predador encara a sua presa.
─ A morte não tem filha. ─ ela disse com os olhos estreitos, mas não parecia tão segura disso.
Peguei-a pelo pescoço e ela gritou. O fogo roxo pareceu aumentar descontroladamente.
─ Sua idiota! Agora vamos todos morrer aqui. Não tenho mais controle da chama... ─ ela berrou.
─ Não era isso o que você queria? ─ perguntou Matt puxando o cabelo dela.
─ Pois vamos todos morrer aqui! ─ continuei e a soltei no meio do circulo de fogo. Ela nos olhou com ódio, mas ao ver as chamas se aproximando cada vez mais, ela se apavorou.
Matt se aproximou de mim e segurou meu rosto entre suas mãos, olhando em meus olhos.
─ Eu te amo, Lya. Pra sempre! ─ disse ele e eu sorri tristemente. Parecia que era nossa despedida.
─ Eu também te amo, meu amor. Sempre e sempre, meu Matt. ─ falei e ele me beijou. Um beijo doce e cálido.
Como as chamas foram se aproximando, continuamos a nos beijar, de olhos abertos. Eu morreria olhando nos olhos de Matt e o beijando. Era uma boa morte até.
Olhando para as chamas que viam e pros olhos de Matt, observei o crepúsculo. Sendo que o sol era minha vida, que estava se pondo, assim como o sol se põe no crepúsculo ao entardecer. Então percebi que eu vivi o crepúsculo, mas mesmo assim o sol tinha que se por para que então a lua e as estrelas aparecessem e brilhassem no céu. E foi olhando nos olhos de Matt, o beijando suavemente, que eu morri...
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